Amarolinda Zanela Klein (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Carla Bonato Marcolin (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (PPGCONT / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Cristiane Drebes Pedron (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Guilherme Costa Wiedenhoft (PPGa - ICEAC / FURG)
Mauri Leodir Lobler: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Taciana de Barros Jeronimo: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PROPAD/DCA/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) - (Prog de Mestr Prof em Gestão Pública e Desenvolvimento do Nordeste - MGP/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Como e porque decidimos de determinada forma? Como conseguimos determinar a melhor opção? Como escolhemos um elemento em detrimento a outro? Como nosso cérebro processa informações para a decisão? O tema processo decisório tem o objetivo de elencar os estudos sobre os constructos teóricos que englobam e embasam a decisão. Desde fatores humanos que influenciam a decisão até modelos matemáticos. São aceitos trabalhos que enfocam a detecção de sinais e a memória, as heurísticas e os vieses cognitivos, o aprendizado individual e coletivo, a forma como processamos as informações, a construção cognitiva das escolhas a nível mental. Estudo de como os indivíduos e grupos tomam decisões sob pressão, em contextos de risco e conflito, e como esses fatores impactam nas decisões. Enfoca também discussões baseadas em métodos quantitativos, como análise de decisão, modelos de otimização e simulação e o uso de algoritmos comportamentais refinados, bem como, avanços no aprendizado de máquina para resolver problemas mais complexos, com decisões mais objetivas, éticas e justas.
Este tema abrange (mas não se limita a) os seguintes tópicos:
José Carlos da Silva Freitas Junior: (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios - PPGN / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Luis Hernan Contreras Pinochet: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
A transformação digital e a inovação estão profundamente interligadas no cenário dos negócios, no qual a evolução tecnológica exige que as empresas repensem suas estratégias para manter a competitividade. A inovação tornou-se imperativa na medida em que as organizações acompanham mudanças impulsionadas pela digitalização. Este processo não envolve apenas a adoção de novas tecnologias, mas uma reestruturação dos processos, capacitação interna e práticas de gestão, criando oportunidades de crescimento. Inovar no contexto da transformação digital significa antecipar tendências e reconfigurar setores inteiros. Empresas proativas otimizam operações e geram valor de formas inovadoras, explorando novos modelos organizacionais e aprimorando o relacionamento com stakeholders. A transformação digital, associada à inovação, torna-se uma vantagem competitiva, permitindo que as organizações evoluam em mercados dinâmicos. Novos modelos de negócio utilizam tecnologias digitais para obter vantagem competitiva, e as empresas precisam investir em tecnologias e desenvolver capacidades digitais. Portanto, o objetivo deste tema é conceituar, teorizar e apresentar evidências práticas de transformação digital, impulsionada pela inovação, e também o contrário, ou seja, como as tecnologias contribuem para a inovação nas organizações. São aceitos artigos teóricos e empíricos relacionados ao tema.
Este tema abrange (mas não se limita a) os seguintes tópicos:
Ariel Behr: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Kathiane Benedetti Corso: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa)
Eduardo Henrique Diniz: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
O objetivo deste tema está em explorar a relação entre os elementos sociais e técnicos que se apesentam na área de Sistemas de Informação. Nesse sentido, o foco da agenda de pesquisa direciona-se para compreender o papel da tecnologia digital e da informação na constituição da vida na sociedade e, em especial, nas organizações. Busca-se, assim, contribuir com discussões contemporâneas das origens e efeitos vistos na sociedade e nas organizações quando diferentes sistemas e tecnologias de informação são incluídos em suas práticas. Os grandes eixos temáticos podem ser reconhecidos nas Abordagens Relacionais em SI, Trabalho Digital, SI na sociedade, e Educação e SI. O uso ou análise de abordagens teóricas relacionais (Sociotécnica, Ator-Rede, Sociomaterialidade, etc.) são bem-vindas, bem como outras com olhar individual e social sobre SI. São aceitos trabalhos com diferentes abordagens metodológicas, sejam qualitativas, quantitativas ou mistas.
Este tema abrange (mas não se limita a) os seguintes tópicos:
Marcirio Silveira Chaves: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
RENATO PENHA: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
A adoção e implementação de Tecnologias e Sistemas de Informação é um tema fundamental em nossa área. A gestão de projetos (GP) é essencial para isso, mas muitas organizações enfrentam altas taxas de insucesso, seja em relação a prazos, custos ou qualidade. Nesse contexto, tecnologias emergentes estão transformando a dinâmica das equipes, trazendo novas abordagens de gestão, como metodologias ágeis, tecnologias da indústria 4.0 e sistemas descentralizados. A adoção de práticas ágeis provoca mudanças significativas, exigindo adequação rápida das organizações ao mercado. Pesquisas sobre frameworks ágeis, como Scrum, Kanban e DevOps, além de métricas ágeis, como Velocity e Lead Time, são necessárias para melhorar o controle e o desempenho de projetos ágeis e híbridos. Esse cenário convida à pesquisa científica sobre a GP na adoção e implementação de TI/SI, incentivando estudos com abordagens qualitativas, quantitativas, mistas e de Design Science Research. O gerenciamento ágil de projetos, que enfatiza integração incremental e colaboração, e o gerenciamento híbrido, que une gestão de negócios e TI, são tendências que buscam otimizar os processos e resultados organizacionais.
O tema contempla os seguintes tópicos, mas não se limita a eles:
Anatália Saraiva Martins Ramos: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Cesar Alexandre de Souza: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Luiz Pereira Pinheiro Junior: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UP - Universidade Positivo)
A rápida ascensão da Inteligência Artificial (IA), exemplificada por ferramentas como modelos conversacionais de linguagem pré-treinados para compreensão e geração de conteúdos em aplicações diversas (LLMs), tem desafiado e modificado uma ampla gama de atividades na Administração. Este tema propõe discutir os impactos dessa tecnologia emergente em múltiplas dimensões, desde a pesquisa acadêmica até suas implicações para o mercado de trabalho, políticas públicas e o desenvolvimento de novas competências com a IA. Essa tecnologia está redefinindo processos em setores como serviços, comércio e industrias, promovendo tanto avanços quanto controvérsias éticas e práticas. O impacto de ferramentas de IA baseadas em grandes modelos de linguagem na pesquisa acadêmica também tem sido um ponto de debate, ressaltando a necessidade de uma abordagem crítica sobre o uso dessas tecnologias para garantir qualidade e integridade na produção científica. Isso inclui o uso de IA para automação de tarefas, especialmente em setores como varejo, marketing, educação, finanças e saúde, entre outros, levantando questões sobre a transformação de empregos e habilidades necessárias. Com essa abordagem multidisciplinar, o tema proporciona um fórum para discutir sobre sua aplicação atual e o futuro da IA.
O tema contempla os seguintes tópicos, mas não se limita a eles:
Raquel Janissek-Muniz: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Eduardo de Rezende Francisco: (Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas - MPGPP - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Mateus Panizzon: (Mestr e Dout em Admin / UCS - Universidade de Caxias do Sul) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
A capacidade de antecipação é essencial no turbulento século XXI. Através do monitoramento estratégico do ambiente, a função Inteligência potencializa percepção, interpretação e conversão de sinais de mudanças em insights, alimentando planejamento e decisão estratégica. A inteligência estratégica antecipativa (foresight) é uma abordagem organizacional essencial, envolvendo pessoas, processos e tecnologias que, combinados, alavancam a competitividade e colaboração, orientando decisões que moldam o futuro. Na evolução do campo da Inteligência Estratégica, destacamos a Inteligência Artificial (IA), preditiva ou generativa, que amplifica capacidades de gestores na sumarização, análise e interpretação de dados de grande aderência, dada sua possibilidade de representar, não apenas na forma, mas especialmente no conteúdo, o interlocutor. Ferramentas de NLP já permitem a análise, condensação e geração de textos complexos, enquanto técnicas de Machine Learning e Deep Learning detectam padrões e outliers em um mundo saturado de big data. A integração dessas abordagens representa uma nova fronteira para a pesquisa em Inteligência, conectando a interação, cognição e agência humano-máquina em todas as etapas. Este tema convida à pesquisas inovadoras que mesclam as várias formas de inteligência — estratégica, antecipativa, competitiva, de mercado, coletiva — com novas abordagens tecnológicas (Big Data Analytics, Data Science e IA), em seus contextos. Vamos discutir como a fusão entre pessoas, processos e tecnologia revolucionam a maneira como as organizações usam dados, e como essas ferramentas e processos analíticos podem ampliar a visão estratégica e fornecer respostas mais eficazes em um ambiente global, em rede, e repleto de desafios.
O tema contempla os seguintes tópicos, mas não se limita a eles:
Ernani Marques dos Santos: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Violeta Sun: (Sistemas de Informação / USP - Universidade de São Paulo)
Marcelo Henrique de Araujo: (Bacharelado em Ciências Contábeis / USP - Universidade de São Paulo) - (Bacharelado em Ciências Contábeis / USP - Universidade de São Paulo)
O uso das tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) tem impactos profundos na sociedade e na gestão pública, transformando a forma como os serviços são prestados e a governança é realizada. Esses sistemas são essenciais para melhorar a participação democrática, promover a transparência na administração pública e facilitar o acesso do cidadão aos serviços. A transformação digital no setor público representa uma evolução contínua que visa aumentar a eficiência, transparência e a interatividade entre o governo e a sociedade. Na gestão pública, TI/SI são usados como ferramentas de modernização e eficiência, com repercussões diretas nas políticas públicas. A participação eletrônica e as mídias sociais estão cada vez mais presentes na atuação cidadã, possibilitando novos canais de comunicação entre a sociedade e o governo. Além disso, o governo e a governança digital transformam a qualidade dos serviços públicos para otimizar a gestão urbana. Do ponto de vista social, o uso de TI/SI pelo governo traz à tona questões de inclusão digital, onde o acesso equitativo é essencial para evitar a ampliação de desigualdades. O tema visa analisar e discutir como se dá adoção e uso de TI/SI nas organizações públicas e suas implicações e impactos na sociedade.
Este tema abrange (mas não se limita a) os seguintes tópicos:
Alisson Eduardo Maehler: (PROFIAP / UFPel)
Clarissa Carneiro Mussi: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Mirian Oliveira: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) - (ISEG / Universidade de Lisboa - Portugal)
O conhecimento é um ativo intangível fundamental para a vantagem competitiva sustentável, o que torna relevante a sua gestão. A gestão do conhecimento (GC) envolve processos de criação, aquisição, armazenamento, compartilhamento, proteção e aplicação do conhecimento, visando atender aos objetivos organizacionais. Embora a tecnologia da informação facilite esses processos, ela também pode aumentar os riscos de perda de vantagem competitiva, exigindo que as organizações equilibrem o compartilhamento e a proteção do conhecimento. Com o avanço da inteligência artificial generativa, surgem novas oportunidades e desafios na GC. Vários são os antecedentes que podem potencializar a GC na organização como, por exemplo o capital social, assim como mediar a relação dos seus processos com a inovação ou o desempenho organizacional como, por exemplo a capacidade absortiva. Este tema abrange a análise de recursos e capacidades ligadas ao conhecimento em diferentes níveis: individual, de equipe, organizacional e interorganizacional.
Os tópicos abordados incluem, mas não se limitam aos seguintes:
Taiane Ritta Coelho: (Programa de Pós-graduação em Gestão da Informação - PPGGI / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Daielly Melina Nassif Mantovani: (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Nas últimas décadas, acadêmicos, o setor privado e instituições internacionais exploraram o potencial da implementação de tecnologias digitais em espaços urbanos para oferecer serviços, melhorar a economia e tornar as cidades um lugar melhor para viver. Além disso, estamos testemunhando o surgimento de uma nova era de transformação, na qual o nível de conexão entre os moradores e o ambiente ao seu redor aumenta devido ao uso de tecnologias digitais. Essas mudanças trazem uma maior probabilidade de aprimorar o bem-estar e a prosperidade da sociedade. Contudo, há desafios que precisam ser superados para colocar as pessoas no centro do desenvolvimento das cidades inteligentes, priorizando a humanidade, a inclusão e a sustentabilidade, para que ninguém fique para trás na transformação digital. O tema proposto tem como objetivo explorar como a sociedade gerencia e enfrenta tais desafios urbanos em busca de soluções inovadoras que possibilitem uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e ao mesmo tempo criando mecanismos para a sustentabilidade dos espaços, das comunidades e das cidades inteligentes. Este tema também inclui pesquisas relacionadas a governança inteligente, tecnologias para cidades resilientes, engajamento do cidadão, infraestruturas digitais e sistemas de inovação local, co-criação e coprodução cidadã.
Este tema abrange (mas não se limita a) os seguintes tópicos:
Thiago Ferreira Dias (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Eduardo José Grin (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Maria Carolina Martinez Andion (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Morgana Gertrudes Martins Krieger (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Frederico José Lustosa da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
João Luiz Passador: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Josiel Lopes Valadares: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Este painel acadêmico propõe integrar discussões teóricas e histórigráficas para analisar as perspectivas contemporâneas da administração pública. Destaca-se a importância de fortalecer uma agenda de pesquisas que transcenda a perspectiva empírica e valorize abordagens críticas, hermenêuticas e fenomenológicas, com especial atenção a abordagens críticas. O objetivo é fomentar uma investigação disciplinar, interdisciplinar, multidisciplinar e comparada que articule a administração pública em âmbitos técnico, político, social e cultural. Buscamos promover um debate sobre os fundamentos teóricos multi/interdisciplinares e as perspectivas metodológicas na pesquisa em administração pública, abordando a construção, delineamento e desenvolvimento do campo do ponto de vista ontológico, epistemológico e metodológico. Além disso, o painel acolhe discussões sobre paradigmas e modelos de gestão pública, como institucionalismo, nova gestão pública, novo serviço público e governança pública. Por outro lado, nos últimos anos, houve um renovado interesse pelos estudos históricos no campo da administração pública, evidenciado pelas celebrações de importantes efemérides e pela produção historiográfica recente. No entanto, ainda há um caminho a percorrer para incorporar as conquistas da historiografia contemporânea. Por isso, este painel também convida trabalhos que resgatem a memória da administração pública brasileira, discutindo as transformações do Estado e da administração pública em perspectiva histórica e comparada. Encorajamos a produção de dissertações, artigos e livros que analisem as influências mútuas entre países e as mudanças históricas no campo da administração pública brasileira. O conhecimento histórico, aliado a abordagens teóricas inovadoras, é fundamental para entender e evitar a repetição de erros do passado, contribuindo para o fortalecimento das instituições e a valorização da produção intelectual no campo. Os pesquisadores são convidados a submeter artigos que contribuam para este diálogo integrado, ajudando a expandir e renovar o entendimento teórico e histórico da administração pública no Brasil.
Fabiano Maury Raupp: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Rita Silva Sacramento: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Ana Lúcia Romão: (Administração Pública / Centro de Administração e Políticas Públicas) - (Administração Pública / Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa)
O tema abrange trabalhos que versam sobre finanças públicas e accountability, dentre os quais: tributação/arrecadação, gasto público e financiamento; função de controle interno e externo; estudo sobre os órgãos de controle e compliance no setor público; políticas; gestão; mecanismos; e instrumentos relacionados com as questões de transparência, prestação de contas, accountability, responsabilidade fiscal, contratualização de resultados e auditoria operacional no setor público; combate à corrupção; e qualidade do gasto público.
Vânia Aparecida Rezende:
Denise Ribeiro de Almeida: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Kevin Ferreira Corcino: (Unidade Acadêmica de Gestão Pública / UFCG - Universidade Federal de Campina Grande)
O tema proposto visa estimular a produção de artigos que apresentem reflexões teóricas ou práticas sobre conteúdos relativos às funções e instrumentos gerenciais de planejamento estratégico, organização, direção e execução no âmbito intraorganizacional da gestão pública, enfoca ainda o estilo de liderança e os processos de tomada de decisão em órgãos públicos. Abrange estruturas, processos e comportamentos administrativos nas organizações públicas nas áreas funcionais de: gestão de pessoas, liderança e cultura organizacional; comunicação, marketing e qualidade em serviços públicos; gestão de materiais e patrimônio; logística, operações e suprimentos; gestão financeira e contábil; gestão por processos. Além disso, são destacadas abordagens e técnicas de gestão emergentes nas organizações públicas, tais como: gerenciamento de projetos, gestão do conhecimento, organizações matriciais, design thinking, análise de stakeholders, dentre outros. No cenário atual, caracterizado por mudanças rápidas e desafios crescentes, ganha cada vez mais relevância envidar-se esforços na construção de uma agenda de pesquisa que oportunize a produção de artigos que transitem por diferentes caminhos teóricos e metodológicos, tendo como objetivo comum promover a eficiência organizacional por meio da busca de soluções inovadoras e sustentáveis para os problemas enfrentados pelas organizações públicas de diferentes naturezas. A integração de novas tecnologias e práticas gerenciais pode fazer com que a administração pública, torne-se mais transparente, participativa e orientada para resultados. Portanto, a reflexão contínua sobre esses temas é essencial para a construção de uma gestão pública que para além da busca pela eficiência e eficácia, esteja apta a atender às necessidades da sociedade de forma mais justa e equitativa.
Flavia de Paula Duque Brasil: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Anderson Luís do Espírito Santo: (Programa de Pós-Graduação em Estudos Fronteiriços / UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
Danilo José Alano Melo: (Departamento de Governança Pública / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Este tema busca promover o diálogo e reflexão sobre o experimentalismo democrático e as interações socioestatais, a partir do enfoque no agir participativo na administração pública, nos instrumentos participativos e de políticas públicas e na governança pública. São esperados trabalhos teóricos e/ou empíricos que apresentem e discutam casos, processos e espaços participativos, bem como experiências e aprendizagens em torno das interações socioestatais em diferentes setores e esferas. O tema focaliza os processos de baixo para cima, fundados na participação democrática e na interface entre diversos atores, recursos, práticas, dispositivos e saberes na esfera pública, assim como os processos de institucionalização dos instrumentos (fóruns, comissões, conselhos, etc.) e da interação sociestatal na gestão pública, como as PPPs, os termos de fomento, os contratos pelas OS's, entre outros. Abre-se uma ampla agenda de pesquisa sobre os alcances e os limites da governança colaborativa e de outras formas do agir democrático na renovação da administração pública.
Propomos discutir a participação social, as relações socioestatais na administração pública e o Estado democrático de direito. Em particular interessa compreender: os alcances e os limites das experimentações democráticas e suas relações com a ampliação da efetividade, da legitimidade, da justiça social e da inovação (considerando suas múltiplas dimensões) na administração pública; os avanços e retrocessos do agir participativo democrático, nas relações socioestatais, nos sistemas políticos, na governança e na ação públicas em territórios, instituições e organizações governamentais e não governamentais, diante da regressão democrática no Brasil e em outros países; os desafios das dinâmicas de aprendizado coletivo, colaborativo, da investigação pública, do controle social e accountability. Interessa, ainda, abordar experiências de inovações sociais, ações coletivas emergentes e insurgentes, redes de colaboração, ecossistemas de inovação social, ativismos institucionais em defesa da democracia e suas relações com o setor público, as políticas públicas e a ação pública.
Diego Mota Vieira: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Lia de Azevedo Almeida: (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional / UFT)
Na administração pública e na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, observa-se a influência de stakeholders em esforços de cooperação e competição. O tema enfoca trabalhos teóricos e empíricos que utilizem a teoria de stakeholders, os modelos de análise de stakeholders e abordagens híbridas combinando outros referenciais teóricos com origem na administração, na ciência política e na sociologia, por exemplo. Algumas questões são propostas e ilustram a interface do tema com questões contemporâneas típicas do campo: como os stakeholders atuam em processos de co-criação de valor e governança colaborativa na administração pública? Quais são as estratégias e recursos adotados pelos stakeholders para influenciar as políticas públicas? Como os stakeholders podem influenciar inovações em serviços públicos? Qual é o diálogo possível entre a teoria de stakeholders e o emprego da inteligência artificial? De que forma os stakeholders lidam com as pressões institucionais? Como as organizações públicas gerenciar o relacionamento com seus stakeholders? De que maneira os stakeholders podem contribuir para o desenvolvimento de capacidades estatais? Qual é o impacto dos stakeholders no desempenho de políticas públicas? Como os stakeholders operam em redes de políticas públicas? Como a análise de stakeholders pode contribuir em estudos sobre participação social e advocacy? De que forma as especificidades políticas no Brasil, tais como federalismo e presidencialismo de coalizão, interferem na atuação dos stakeholders de políticas públicas? Quais são as críticas e os limites aos quais os estudos sobre stakeholders na administração pública estão sujeitos?
Ana Paula Rodrigues Diniz:
Bruno Lazzarotti Diniz Costa: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Mariana Mazzini Marcondes: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
O tema aborda discussões clássicas e contemporâneas relativas às teorias, metodologias e práticas de políticas públicas, enfocando, principalmente, sua relação com as desigualdades sociais e territoriais. O campo de políticas públicas, constituído pela interdisciplinaridade e pela dialética entre teoria e prática, é um campo de saber-fazer consolidado no Brasil e no mundo. No entanto, ainda é necessário avançar em abordagens críticas, especialmente para enfrentar as desigualdades em sua multidimensionalidade e multicausalidade. Seguindo essa abordagem, políticas públicas podem ser compreendidas como parte de um processo contraditório e conflituoso em torno da construção dos problemas públicos e do curso da ação pública, cujos contornos podem resultar tanto em reprodução, quanto em enfrentamento das desigualdades, comportando nuances e ambiguidades. Neste contexto, esperamos receber trabalhos que abordam desde discussões mais consolidadas (ex. ciclo de políticas públicas; relação com o federalismo e com a participação social; articulações intergovernamentais) até temas mais contemporâneos (políticas públicas baseadas em evidências, territorialidades, intersetorialidade, interseccionalidade, transversalidade, etc) no campo de políticas públicas. Convidamos, em especial, trabalhos que investiguem as relações entre políticas públicas e desigualdades, incluindo tanto análises sobre os efeitos das ações governamentais na (re)produção de desigualdades sociais, quanto sobre inovações para a transformação social rumo à igualdade e inclusão.
Washington Jose de Sousa: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
JONES NOGUEIRA BARROS: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Luana Ferreira dos Santos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
O tema volta-se a estudos e aplicações de políticas públicas sob perspectiva multi e interdisciplinar na tradição de policy orientation. Enfatiza a resolução de problemas e a aplicação de instrumentos e perspectivas analíticas diversas no diálogo com o mundo da prática, incluindo reflexões em torno conceito “impacto societal”. Estudos orientados a política pública (policy oriented), nos termos em que é definida na literatura das policy sciences, são aqueles que acumulam aspectos de multidisciplinaridade (e interdisciplinaridade), normatividade e ânimo na resolução de problemas. Enfatiza a análise de casos de políticas, programas, projetos e ações públicas estatais e públicas não-estatais originárias de organizações da sociedade sob vieses técnico-econômico, socioambiental, cultural, de infraestrutura, educacional, de ciência, tecnologia e inovação e de desenvolvimento territorial, entre outros. Contempla aspectos teórico-metodológicos de técnicas e aplicações de políticas públicas e mudanças organizacionais. Outras possibilidades estão na concepção e aplicabilidade da política pública a partir de contraditórios, de leituras crítico-reflexivas a partir de casos. Metodologicamente, o tema prioriza estudos de casos, multicascos e análises comparativas sem, entretanto, descartar outros interesses. As montagens das seções serão realizadas prioritariamente por políticas públicas setoriais sem prejuízo à noção de intersetorialidade quando possível.
Alex Bruno Ferreira Marques do Nascimento: (PPGA/UFCG / Universidade Federal de Campina Grande)
marco antonio carvalho teixeira: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas - MPGPP - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
A complexa relação entre pacto federativo e autonomia municipal tem criado tensões de relações intergovernamentais que marcam ciclos de crises políticas no mundo, e notadamente no Brasil. Essa teia de conexões subnacionais afeta decurso das políticas públicas, e, consequentemente, influencia o bem-estar social da população, a proteção grupos sociais mais vulneráveis, o agravo de desigualdades sociais e regionais, o desemprego e outros. Estes e outros dilemas públicos provocados pelas assimetrias interfederativas expõem as fragilidades municipais e suas capacidades estatais de promover políticas públicas desde a promulgação da Constituição de 1988 e o famigerado “municipalismo autárquico”. Portanto, o federalismo brasileiro enseja fenômenos de relações intergovernamentais que vêm à baila para que se analise práticas de arranjos de cooperação interfederativas (ex. Consórcios Públicos), dilemas de coordenação entre entes subnacionais, descentralização de responsabilidades na implementação de políticas públicas, e outros. Nesse ínterim, os desafios dos entes municipais vêm com tônica nas relações intergovernamentais, e portanto, espera-se discutir como as administrações dos governos locais estão organizadas, quais as características de suas capacidades estatais para implementação de políticas públicas, como lidam com as limitações fiscais, quais as infraestruturas locais e perfis dos gestores e servidores municipais. Portanto, ampliar o conhecimento sobre as relações interfederativas e seus dilemas de capacidades estatais, especialmente municipais, é a razão primeira deste Tema. Espera-se receber pesquisas sobre os mais diversos setores de políticas públicas, com os diferentes métodos de pesquisa (incentiva-se o envio de pesquisas que utilizem análises descritivas, pesquisas analíticas, quantitativas/qualitativas, longitudinais, recortes transversais, métodos mistos, análise de narrativas dentre outros). Apesar da descrição se centrar no caso brasileiro, o Tema incentiva fortemente o envio de análises internacionais de federalismo, as relações interfederativas e dilemas locais de outros países.
Micheline Gaia Hoffmann: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Dayse Karenine de Oliveira Carneiro: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Nathália de Melo Santos: (Docência / IFB - Instituto Federal de Brasília) - (Docência / IFB - Instituto Federal de Brasília)
O tema Inovação Pública visa promover uma discussão aprofundada e multidisciplinar sobre diferentes abordagens da inovação no setor público, destacando seu papel no fortalecimento de uma gestão pública mais eficiente, transparente, democrática, sustentável e inclusiva. Nesse contexto, a inovação tem potencial para gerar valor público, por meio de iniciativas que desafiam a administração pública a cocriar soluções para problemas complexos e a atuar além das suas fronteiras. Paralelamente às oportunidades, o tema impõe desafios, barreiras e possíveis efeitos adversos, que precisam ser estudados e discutidos. Convidamos pesquisadores(as) e profissionais a compartilhar suas experiências e pesquisas sobre o tema, destacando as seguintes subáreas:
- Inovação pública para a transformação social, promoção da equidade e serviços públicos mais sustentáveis e resilientes;
- Inovação pública, problemas perversos e os objetivos de desenvolvimento sustentável;
- Inovação pública para a transformação digital;
- Oportunidades e desafios da tecnologia digital e da Inteligência Artificial na inovação pública;
- Ética da inovação digital no setor público;
- Inovação pública para twin transition;
- Governança, gestão, avaliação e contingências da inovação pública;
- Contribuições das organizações da sociedade civil para a inovação pública;
- Cocriação, coprodução, colaborações interorganizacionais e inovação aberta;
- Redes e ecossistemas de inovação pública;
- Gestão do conhecimento e inovação pública;
- Perspectivas da gestão de pessoas para a inovação pública;
- Dimensões da inovação em políticas públicas;
- GovTech;
- Metodologias para inovação pública;
- Laboratórios e observatórios de inovação pública;
- Gestão da propriedade intelectual na inovação pública;
- O lado perverso da inovação pública.
Esperamos receber ensaios teóricos, artigos teórico-empíricos e artigos tecnológicos. Encorajamos trabalhos que estabeleçam diálogos com outras correntes teóricas no campo da Administração Pública ampliada, promovam novas perspectivas, contribuam para o avanço do conhecimento na área e fortaleçam a capacidade inovadora da gestão pública.
Pedro Jaime: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI) - (Graduação / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Marcelo Jorge de Paula Paixão: (African and African Diaspora Studies Department / The University of Texas at Austin)
TATIANA DIAS SILVA: (MIR / Ministério da Igualdade Racial) - ((IPEA) / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
Embora possua mais de um século de presença nas Ciências Sociais no Brasil, a temática das Relações Raciais é recente no campo da Administração, e mais especificamente da Administração Pública. O mito da democracia racial que vigorou de forma hegemônica no país do fim do sistema colonial escravista até os anos 1980 levou a sociedade brasileira a negar a existência do racismo como elemento estruturante da sua formação e causa motora das desigualdades sociais. Porém, desde o final do século XX as denúncias da sociedade civil liderada pelos movimentos negros e as análises empreendidas por pesquisadores de instituições acadêmicas e governamentais evidenciaram as desigualdades raciais em diversos indicadores sociais. Consequentemente, no século XXI, o Estado brasileiro passou a implementar medidas para o seu enfrentamento. É verdade que a crise econômica e político-institucional que se abate sobre o país desde 2013 trouxe riscos para a sustentabilidade dos arranjos que foram criados. Ela gerou arrefecimento político e perda de espaço institucional, ameaçando a implementação de ações estratégicas de promoção da igualdade racial. Diante desse contexto, essa Área fomenta discussões sobre os desafios para o campo da Administração Pública no que diz respeito ao tratamento das Relações Raciais como elemento endógeno do seu objeto. Alguns tópicos privilegiados são: racismo de Estado; racismo estrutural e institucional; racismo ambiental; questão racial, democracia e arenas públicas; implementação e gestão de ações afirmativas em vários setores como educação, saúde, emprego e renda; relações raciais, burocracia e arranjos institucionais; registros administrativos e análise de dados sobre a população negra; políticas públicas e empreendedorismo negro; direitos humanos e políticas de salvaguarda da herança cultural afrobrasileira; migrações, nova diáspora negra e políticas públicas; transversalidade, interseccionalidade, branquitude e políticas públicas. Valoriza-se ensaios teóricos e trabalhos resultantes de pesquisa empírica, realizadas a partir de diferentes lentes teórico-epistemológicas e distintas abordagens metodológicas.
Diana Cruz Rodrigues: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Jose de Arimateia Dias Valadao: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (Programa de Pós-Graduação em Administração Pública - PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Jeová Torres Silva Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Gestão Social - PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
O tema objetiva discutir no campo da Gestão Pública abordagens emancipatórias sobre gestão e tecnologia, especialmente aquelas de origem latino-americanas como a Gestão Social e a Tecnologia Social. Ao considerar as interrelações entre gestão e tecnologia, análises conjuntas de gestão social e tecnologia social no desenho e nas práticas de serviços, organizações e políticas públicas permitem iluminar potencialidades ou limitações ao exercício da cidadania e da democracia na gestão pública.
As interfaces da Gestão Pública com Gestão Social e Tecnologia Social potencializam discutir perspectivas críticas, emancipatórias e democratizantes nas relações entre a Sociedade e o Estado, quanto as suas dimensões de gestão e tecnologia. Convidamos a proposição de trabalhos que explorem as convergências e divergências teórico-metodológicas entre Gestão Social e Gestão Pública, bem como as interseções destas com a Tecnologia, especialmente a partir de abordagens sociotécnicas ou sociomateriais.
Nessa vertente, convidamos a proposição de artigos que envolvam pesquisas sobre: Gestão social, governança e políticas públicas. Gestão social e políticas sociais: desigualdade, justiça e democracia. Tecnologia social em políticas públicas. Autogestão em programas e projetos de desenvolvimento territorial. Tecnologia, gestão pública e (in)justiça social. Inovação social, ação coletiva e cooperação para o bem comum. Cidadania ativa, participação e ação pública. Gestão social e arranjos públicos coletivos: fóruns, colegiados e conselhos. Tecnologia para inclusão social e grupos negligenciados em política pública. Política tecnológica e desigualdades. Política pública e controvérsias sociotécnicas.
ELIZABETH MATOS RIBEIRO: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
CLAUDIO ROBERTO MARQUES GURGEL: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
ELINALDO LEAL SANTOS: (Rede de Pesquisa em Administração Política (EA_UFBA/UESB) / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB))
O atual contexto do capitalismo global impõe à Administração um fazer científico que incorpore análises geopolíticas, geoepistêmicas e geoeconômicas dos estados, governos e organizações, capazes de associar em diferentes escalas (global, regional e local), esferas (pública e privada) e formas (societal, pública, empresarial) os elementos do universo da gestão. A Administração Política como um campo de saber que trata da gestão das relações sociais de produção, distribuição e consumo, vem contribuindo para essa finalidade, descolando a análise praticada pelo mainstream, cuja ênfase é na lógica funcionalista/gerencialista, para uma discussão crítica e reflexiva da macro/meso/microgestão. O tema proposto objetiva abrir espaço para a apresentação e discussão de estudos voltados a diferentes modelos de gestão, de correntes teóricas diversas, de modo a evidenciar a produção, as relações de produção, circulação e distribuição da riqueza e da renda acumuladas, bem como de estudos dirigidos às análises dos modelos de desenvolvimento (desenvolvimentismo, neoliberalismo, (neo)devenvolvimentismo, pós-desenvolvimentismo, deocolonialismo, entre outros) e seus efeitos na promoção do bem-estar da sociedade. Esses estudos devem também ter em conta a necessidade de enfrentar os problemas teóricos e práticos que se colocam na realidade contemporânea. Nesse sentido, promovendo e efetivando concretas contribuições para a administração na atualidade, enquanto intervenção política transformadora das organizações e da sociedade.
Maria Elisa Huber Pessina: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Graduação em Administração / UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana)
Olympio Barbanti Jr.: (Relações Internacionais / Universidade Federal do ABC (UFABC))
Osmany Porto de Oliveira: (Departamento de Relações Internacionais / Universidade Federal de São Paulo)
Com a maior conexão internacional entre países, a transnacionalização das políticas domésticas e a crescente relevância das organizações internacioanais, torna-se importante considerar as correlações entre fatores e agentes externos com a formulação e implementação de políticas públicas no âmbito nacional e a ação de governos no desenvolvimento de políticas públicas internacionais.
Este tema, anteriormente intitulado “Estado, Governança Global e Organizações Supranacionais: gestão e políticas públicas no plano internacional”, atraiu, nas edições anteriores, bons trabalhos de investigação, demonstrando o potencial e a pertinência da manutenção de um espaço de diálogo entre a Administração Pública e os estudos acerca do internacional. Acreditamos ser de grande importância consolidar este espaço no EnAnpad e, por isso, reapresentamos a proposta, agora intitulada “Interfaces domésticas-internacionais da administração pública”.
Neste tema, buscaremos concentrar trabalhos que abordem: (i) Cooperação Internacional e sua relação com o desenvolvimento e com a gestão de políticas públicas, assim como, na transferência de políticas; (ii) regimes internacionais, os quais demandam que governos adotem legislações, políticas e práticas em conformidade com as diretrizes de acordos globais; (iii) redes transgovernamentais conectando governos de distintos níveis de diferentes países, possibilitando a troca e a coordenação em áreas específicas; (iv) redes transnacionais de empresas privadas, e parcerias público-privadas transnacionais, atuando em temas na interface doméstica/internacional para ações de advocacy para formuladores de políticas nos fóruns internacionais, influenciando mudanças na legislação e na gestão pública nacional; (v) agentes não-estatais, como organizações não governamentais e movimentos sociais, articulados internacionalmente, integrando a interface das relações domésticas/internacionais ao influenciar atores governamentais e não-governamentais na construção de propostas de programas, assim como, articulando seus posicionamentos em fóruns internacionais; (vi) as políticas públicas internacionais e globais, bem como os processos de coordenação, cooperação e conflito multi-nível em políticas públicas.
Silvio Roberto Stefani: (PPGADM PPGDC / Universidade Estadual do Centro-Oeste) - (Portugal / Atlântico business school)
GEYSLER ROGIS FLOR BERTOLINI: (Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Priscila Meier de Andrade Tribeck: (COEME / UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná) - (PPGDC / UNICENTRO)
As cidades são complexas e com diversos desafios para a gestão urbana e/ou governança urbana. As cidades sustentáveis, inteligentes e resilientes devem ser diagnosticadas, planejadas e monitoradas visando a qualidade de vida dos cidadãos. O tema cidades sustentáveis, inteligentes e resilientes oportuniza à apresentação de trabalhos na perspectiva de estudos sobre cidades, desafios e suas interfaces na gestão pública, com a proposição de diagnósticos, planejamentos, planos diretores, gestão municipal e projetos para soluções nessa abordagem. A agenda 2030 com a ODS 11 trouxeram diversas metas para as cidades que devem ser atingidas até 2030 que devem ser avaliados e monitorados.
Nas cidades sustentáveis os cidadãos devem buscar alinhar seus padrões de vida, produção e consumo, levando em consideração tanto aspectos econômicos, culturais, políticos, quanto socioambientais. As cidades inteligentes utilizam as TICS, a inovação tecnológica e as soluções digitais para enfrentar os desafios de governança, os problemas sociais complexos, melhorar ambientes urbanos e rurais.
Serão aceitos trabalhos do tema de revisões sistemáticas, trabalhos empíricos e outros que envolvam a gestão urbana e/ou governança urbana e políticas públicas na esfera das cidades e seu ambiente urbano e rural. Alguns subtemas serão aceitos como: objetivos de desenvolvimento sustentável e cidades; ODS 11 e suas metas; gestão de resíduos urbanos; planejamento municipal e plano diretor para cidades sustentáveis, inteligentes e resilientes; mobilidade urbana; áreas verdes; ISO 37120, 37121, 37122 E 37123; ESG e cidades; TBL e cidades; sustentabilidade urbana e rural; cidades estratégicas; sistemas de informação geográfica para cidades; big data e soluções inteligentes; TIC e cidades; planos de resiliência municipal; dentre outros que tenham nítida associação com cidades sustentáveis, inteligentes e resilientes.
Vinícius Costa da Silva Zonatto (Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Daniel Magalhães Mucci (Curso de Pós-Grad em Controlad e Contab/Facul de Economia, Admin e Contab – PPGCC/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Ilse Maria Beuren (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Monica Cavalcanti Sa de Abreu (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Carlos Eduardo Facin Lavarda: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Ieda Margarete Oro: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina)
Este tema foca no caráter interdisciplinar da controladoria e contabilidade gerencial. Tem como foco as relações entre contabilidade gerencial e comportamento humano, estruturas e processos organizacionais e institucionais, e o ambiente sócio-político mais amplo da empresa. Tem como objetivo desafiar e estender a compreensão dos papéis da controladoria e da contabilidade gerencial, e práticas emergentes e técnicas relacionadas na construção de atores econômicos e sociais, e seus modos de organização econômica, incluindo formas em que tais práticas influenciam e são influenciadas pelo desenvolvimento do mercado e outras instituições. Busca expandir a visão que os atores organizacionais são sempre racionais que tomam decisões eficientes. Destaca a importância de estudar fenômenos na área de contabilidade gerencial de forma mais abrange envolvendo aspectos ligados a pressões sociais, culturais e políticas no processo de adoção e usos de práticas de contabilidade gerencial. Buscam-se estudos de diversas metodologias e desenvolvimentos teóricos de todas as ciências sociais, e que iluminam o desenvolvimento, processos e efeitos da controladoria e contabilidade gerencial em seus contextos organizacionais, políticos, históricos e sociais. Este tema cobre, mas não se limita, os seguintes tópicos: papéis da controladoria e contabilidade gerencial nas relações entre agente e principal nas organizações; contribuição das práticas de contabilidade gerencial para o surgimento, manutenção e transformação de instituições organizacionais e sociais; papéis da controladoria e contabilidade gerencial no desenvolvimento de novas formas organizacionais e institucionais; relações entre contabilidade gerencial, accountability, ética e justiça social; estudos comportamentais dos provedores, verificadores e usuários das informações contábeis, incluindo aspectos cognitivos dos processos de mensuração, julgamento e tomada de decisão; aspectos comportamentais dos processos de planejamento, controle e avaliação; estudos de processos organizacionais de concepção, implementação e uso de sistemas de controle de gestão; estudos do processo de definição de padrões e práticas na área de contabilidade gerencial.
Vagner Antônio Marques: (PPGCon - Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Cristian Bau Dal Magro: (Ciências Contábeis e Administração / Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó)
Dermeval Martins Borges Junior: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis/PPGCONT / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
A Contabilidade visa fornecer informações úteis para diversos usuários, incluindo os externos, e a crescente complexidade empresarial aumenta a demanda por dados para avaliação de desempenho e monitoramento de contratos. Nesse cenário, o processo de reconhecimento, mensuração e divulgação da informação financeira, assim como a qualidade da informação contábil, são temas relevantes discutidos entre acadêmicos e profissionais, pois são influenciados pelos objetivos dos usuários e por fatores institucionais, econômicos, sociais, culturais e geográficos. As mudanças no ambiente de negócios têm, por um lado, impulsionado a evolução regulatória e de governança corporativa e, por outro, tornado o processo contábil mais complexo. Além disso, nas últimas décadas, intensificou-se a aproximação entre pesquisa e prática profissional.
Dessa forma, o tema Contabilidade Financeira e Qualidade da Informação Contábil abrange pesquisas sobre o reconhecimento, mensuração e divulgação de relatórios financeiros destinados a usuários externos, como credores, investidores e reguladores. Inclui tópicos como: reconhecimento e mensuração de ativos/passivos, receitas, despesas e perdas; modelos de risco de crédito com base em variáveis contábeis; implicações econômicas da divulgação; derivativos e outros instrumentos financeiros; impacto da regulação, especialmente com adoção e revisão de normas internacionais (IFRS); contabilidade de empresas listadas em múltiplos mercados; relevância de métricas non-GAAP; mensuração de criptoativos; e efeitos do Blockchain na Contabilidade. Também envolve temas como persistência, conservadorismo, gerenciamento de resultados, relevância de valor (value relevance), transparência e divulgação, integração de informações financeiras e não-financeiras, modelos analíticos e empíricos sobre a qualidade da informação contábil e seus fatores determinantes e consequências.
Sady Mazzioni: (Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis e Administração / Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó)
Denize Demarche Minatti Ferreira: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
O conceito de sustentabilidade experimenta um interesse crescente na contabilidade, conduzindo ao surgimento do campo de estudos e aplicação denominado “contabilidade para a sustentabilidade”. A contabilidade para a sustentabilidade trata de rastrear, monitorar, agregar e relatar informações ambientais, sociais, econômicas, financeiras e de governança no que diz respeito à redução de problemas de insustentabilidade ou de contribuição para o desenvolvimento sustentável. Trata-se de uma abordagem que reconhece a responsabilidade corporativa além do desempenho econômico-financeiro, assumindo que investimentos e práticas ambientais e sociais responsáveis estão imbricadas ao resultado econômico-financeiro.
Ao contrário, a insustentabilidade corporativa vem acompanhada de vários tipos de riscos para quaisquer partes interessadas. As controvérsias sociais, ambientais e corporativas, podem criar riscos financeiros e de reputação às organizações, com possibilidade de consequências graves para as partes interessadas, incluindo funcionários, fornecedores, financiadores e a comunidade.
Os relatos das práticas de sustentabilidade são vitais para as organizações que desejam operar de maneira responsável e sustentável, proporcionando benefícios significativos para si e para a sociedade como um todo.
Este tema abrange pesquisas transversais à Sustentabilidade, incluindo a Responsabilidade Social Corporativa; Políticas Públicas e Sustentabilidade; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Informação Contábil e Economia Circular; Aspectos Ambientais, Sociais e de Governança (ESG); Controladoria Socioambiental; Relato Integrado e Relatórios de Sustentabilidade, Matriz de Risco e de Materialidade, Impacto da Sustentabilidade nas Demonstrações Contábeis, Tecnologias para Gestão da Sustentabilidade, Tendências e Desafios Futuros, entre outros temas afetos a Contabilidade para Sustentabilidade.
Paulo Roberto da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / FURB - Universidade Regional de Blumenau) - (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Orleans Silva Martins: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Estudos relacionados a governança e auditoria nas organizações, como mecanismo de mitigação de riscos sob uma perspectiva de contabilidade financeira, contempla tópicos, tais como: auditoria (interna e/ou externa), compliance, conselho fiscal, conselho de administração, comitê de auditoria, controle interno na ótica da contabilidade financeira, fraudes e tópicos afins. Dentre os tópicos apresentados, a área incentiva estudos que compreendam a relação entre as boas práticas de Governança Corporativa e os diferentes agentes internos e externos da organização, de forma a mitigar problemas de controles internos e fraudes. Também incentiva estudos que discutam as novas regulações na área de auditoria e suas implicações. Aspectos comportamentais do auditor interno e externo e seus efeitos no processo de auditoria e julgamento também são almejados. O processo da auditoria interna e externa e sua relação com a tecnologia. Estudos relacionados a fraude financeira e ao fraudador. Assurance, Compliance, troca de firmas e de equipe de auditoria, educação profissional em auditoria e governança, Riscos de auditoria, Reputação/Litígio da firma e do auditor, etc.
Fernanda Filgueiras Sauerbronn: (PPGCC / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) - (PPGCON / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
SANDRA MARIA CERQUEIRA DA SILVA: (DCIS / Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS) - (FAT ADM / Faculdade Anísio Teixeira - FAT)
JULIANO LIMA SOARES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis/PPGCONT / UFG - Universidade Federal de Goiás)
As discussões no tema pretendem lançar um olhar amplo sobre a contabilidade em seu contexto social, cultural e político, abrangendo perspectivas históricas e visões utópicas voltadas para o futuro. A história e os contextos políticos e sociais, e também a cultura e as relações de poder dentro/ao redor das organizações têm sido pouco explorados na literatura contábil, devido a fatores influentes na moldagem, interpretação e construção dos fenômenos contábeis. Contemplar perspectivas interdisciplinares, plurais e diversificadas que desafiam a sabedoria convencional sobre práticas financeiras e não financeiras e dar visualidade a vozes alternativas e contribuições para uma práxis transformadora. Abraçar pesquisas que percebam a contabilidade como mecanismo, discurso, estrutura ou práticas que reforçam o neoliberalismo e sustentam formas invisíveis de controle, dominação ou violência. Esperam-se contribuições que tornem transparente o papel da contabilidade para o bem-estar social e dinâmicas de aprofundamento/enfrentamento de desigualdades, desafiando os modelos econômicos e de desenvolvimento tradicionais. Convidamos pesquisadores/as a submeterem estudos contemporâneos relacionados à contabilidade gerencial, pública, ambiental, auditoria, mercados financeiros, arcabouços de contabilidade, regulações, governança e responsabilidade, ensino, educação e pesquisa contábil. Oportunizaremos uma interface entre desenvolvimentos em estudos críticos de gestão em novas práticas, conhecimentos e formas de accountability e counter-accounting, além de recepcionar contribuições de uma variedade de tradições teóricas, epistemológicas, ontológicas e filosóficas relacionadas a paradigmas alternativos, críticos e interpretativos, com metodologias e abordagens qualitativas e quantitativas de pesquisa. O tema contará com um comitê plural, buscando a diversidade na construção, organização e divulgação da área temática, participando ativamente durante o evento da coordenação e mediação das sessões e do painel, bem como acomodando a contingência do conjunto de pessoas envolvidas com o tema e em termos de mudanças.
DIANA VAZ DE LIMA: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília) - (PGAP - Programa de Pós-Graduação Profissional em Administração Pública / UnB - Universidade de Brasília)
Lidiane Nazaré da Silva Dias: (PPGEA / UFPA - Universidade Federal do Pará)
O setor público enfrenta transformações complexas e aceleradas, as quais impactam a diretamente contabilidade. Tais transformações estão atreladas a mudanças na dinâmica orçamentária, pressões por maior transparência e controle social, disputas por poder e recursos, evolução do papel do Estado, impacto da tecnologia na contabilidade pública e na forma de prestação de contas, dentre outras (Bartoluzzio, Cruz, Dias, Diniz & Sauerbronn, 2023). Com isso a contabilidade no setor público é levada a enfrentar o desafio de compreender a influência do conteúdo da informação, o contexto, fatores psicológicos e características do tomador de decisões no uso potencial de tais informações, em vez de olhar para "o uso de informações contábeis para tomada de decisão" é preciso entender a dinâmica das decisões políticas coletivas (Domingos, Aquino & Lima, 2021). Como um processo político, a responsabilização em suas várias formas é proposta, institucionalizada e desinstitucionalizada por uma combinação de forças políticas em operação contínua, que leva a mudança de uma visão que até então seguia uma lógica neoliberal e a mercantilização dos serviços públicos que monitora o desempenho do governo, para outra com publicidade e valores públicos no centro, de cooperação e auto-organização (Aquino, 2024). Com isso a contabilidade no setor público é levada a enfrentar o desafio de reavaliar práticas pela incorporação de diferentes formas de governança (Grossi & Argento, 2022), reconhecendo a interface com outros atores envolvidos no processo em um contexto de pós-nova gestão pública (Funck & Karlsson, 2023). É nesse ambiente que surge a discussão de contabilidade, governança e accountability no setor público, materializada sob a forma de mecanismos de liderança, abertura, coparticipação, resiliência, estratégia e controle para avaliar, direcionar e monitorar a gestão pública, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. Todas as abordagens teóricas e metodológicas são bem-vindas.
José Alonso Borba: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) - (CPGA / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Juliano augusto Orsi de Araujo: (Programa de Mestrado Profissional em Administração / UNIB - Universidade Ibirapuera)
Fábio Minatto:
Entidades esportivas, anteriormente analisadas apenas como fenômenos socioculturais, passaram, na contemporaneidade, a serem estudadas sob uma perspectiva econômico-financeira (Zambom-Ferraresi, García-Cebrián, Lera-López, & Iráizoz, 2017). Consequentemente, a utilização dos demonstrativos contábeis tornou-se objeto de análise tanto na academia quanto no mercado. A relevância de estudos nessa área justifica-se pela importância desses dados para diversos stakeholders, incluindo gestores, credores, investidores, governo e torcedores.
O desempenho dessas organizações demanda análise a partir de duas perspectivas: os resultados obtidos no campo e o sucesso econômico-financeiro (Guzmán, 2006). Assim, seus objetivos são orientados para que se alcance tanto a maximização de lucros quanto o êxito esportivo (Sloane, 2015; Terrien, Scelles, Morrow, Maltese, & Durand, 2017).
Szymanski (2017) argumenta que o desempenho esportivo é mensurado semanalmente e que a gestão dos recursos financeiros ocorre de acordo com esse desempenho. A conquista de vitórias e, consequentemente, de títulos, tende a impactar positivamente os resultados financeiros; por outro lado, uma sequência de derrotas pode, em última instância, levar um clube à falência (Alaminos & Fernandez, 2019; Scelles, Morrow, Maltese, & Durand, 2017).
Sob outra perspectiva da gestão dos clubes, persiste ainda um cenário de má gestão, crises financeiras e escândalos de corrupção. Esse contexto, em certa medida, decorre do baixo nível de transparência da informação sobre a gestão das equipes e sua subsequente avaliação. Assim, a adoção de práticas de Governança e boas práticas pode auxiliar na mitigação desse cenário, contribuindo para o processo de profissionalização da gestão, além da reorganização financeira e administrativa das equipes (Marques & Costa, 2016; Ruta, Lorenzon, & Sironi, 2019).
Portanto, as áreas de interesse no estudo do tema incluem, mas não se limitam a, as seguintes: finanças em entidades esportivas; governança em entidades esportivas; transparência em entidades esportivas; gestão em entidades esportivas; e desempenho dessas organizações.
Amaury José Rezende: (Prog de Pós-Grad em Controladoria e Contabilidade - PPGCC/FEA-RP / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
José Marcos da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Roberto Miranda Pimentel Fully: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino)
As pesquisas sobre tributos abrangem três atores principais: o contribuinte, o estado e as corporações. Essa temática abre oportunidades para transferências de conhecimento voltadas à resolução de problemas sociais e à gestão fiscal das empresas e da administração pública, englobando tópicos relacionados à contabilidade e à gestão tributária.
PAPEL DO CONTRIBUINTE E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A literatura econômica e jurídica identifica funções alocativas, distributivas e estabilizadoras na economia, pautadas em princípios como equidade, neutralidade e simplicidade. Estudos que exploram a interação entre tributação, sociedade e gestão, bem como o comportamento do contribuinte e o papel da administração pública incluem: Conformidade e Comportamento do Contribuinte (Taxpayer Compliance), Moral Tributária (Tax Morale), Evasão Fiscal (Tax Evasion), Lacuna Fiscal (Tax Gap), Conformidade Fiscal (Tax Compliance) e Políticas de Monitoramento da Autoridade Tributária (Tax Authority Monitoring and Enforcement).
GESTÃO TRIBUTÁRIA E FISCAL DAS CORPORAÇÕES: A contabilidade também se relaciona com impostos corporativos, especialmente nos preços de transferência, que influenciam diretamente a tributação das empresas. Buscamos atrair pesquisas inovadoras sobre a interface entre tributação e gestão, enfocando as distorções criadas por normas fiscais e seu impacto nas decisões corporativas. Estudos abrangem temas como Tributos e Contabilidade, Fraude Contábil e Fiscal, Planejamento Tributário e Políticas públicas de benefícios fiscais.
Alexandre de Pádua Carrieri (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Fabio Bittencourt Meira (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Juliana Cristina Teixeira (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
RENATA ALVAREZ ROSSI (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Programa de Desenvolvimento e Gestão Social - PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Fernando Ressetti Pinheiro Marques Vianna: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr Acadêmico em Admin/PPGA / UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Rafael Alcadipani da Silveira: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
CINTIA RODRIGUES DE OLIVEIRA: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
As inovações tecnológicas produzem uma nova ordem econômica e social baseada em práticas veladas de extração, predição e vendas de dados. Tal fenômeno permite a maximização do lucro das organizações e potencializa a expropriação de direitos e de captura das experiências humanas, resultando em um discurso de solucionismo neutro tecnológico, indispensável para o crescimento e a produtividade das organizações. Essa racionalidade tecnológica tem permitido a reconfiguração das organizacionais, bem como o controle das ações e disputa de poder por meio de aplicativos de serviços, mídias sociais e gestão algorítmica.
Esse fenômeno acentua a (re)produção de desigualdade, exclusão e discriminação social, além de legitimar grupos, organizações e práticas inadequadas (como o cybercrime, a disseminação de fake news e crimes corporativos). Problematizar a ética das tecnologias digitais, expondo suas predisposições para (re)produzir privilégios e manter lógicas hegemônicas, é uma agenda necessária que contribui para a discussão de discriminação de gênero, raça, entre outras questões sociais importantes.
A chamada pretende reunir abordagens e métodos plurais, instigando o desenvolvimento de pesquisas sobre o mundo digitalizado e os estudos organizacionais, focando nas assimetrias de poder entre usuários, trabalhadores, plataformas digitais, tal como, o papel do Estado na mediação e controle dessas relações.
Para isso, são propostas sete temáticas principais:
1) Capitalismo de vigilância, colonialismo de dados, cultura de vigilância e gestão por algoritmo;
2) Meaningful work e o significado dos trabalhos digitalizados;
3) Digitalização como ferramenta de desigualdade, exclusão e discriminação;
4) Poder e tecnorresistência;
5) Mídias Sociais e identidade;
6) Inteligência Artificial e suas repercussões nas organizações como meios de opressão e formas de resistência;
7) Plataformas digitais como espaços de disputas organizacionais, disseminação de fake news, e outras práticas que visam prejudicar reputações e legitimar práticas inadequadas;
8) Plataformização da sociedade e a reorganização de práticas e construções simbólicas culturais.
Renê Birochi: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
NEI ANTONIO NUNES: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Igor Baptista de Oliveira Medeiros: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Estudar sobre a constituição do sujeito a partir de relações de poder-saber engendradas nas organizações e nas relações sociais e laborais tem inquietado a diversos pesquisadores dos Estudos Organizacionais (EO) ao longo dos anos. Abarcando pensadores consagrados como Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Bruno Latour, Giorgio Agamben, Suely Rolnik, Peter Pal Pelbart, as teorizações sobre relações de poder, práticas discursivas e processos de subjetivação já têm um caminho constituído e algumas contribuições relevantes, mas ainda merecem ser mais discutidas e problematizadas pelos pesquisadores de EO.
Foucault, Deleuze e Guattari tratam da subjetividade a partir da problematização, questionando aquilo que é dado, o que possibilitou a formação de uma epistemologia, o pós-estruturalismo, que tem inspiração filosófica em Friedrich Nietzsche. Assim, este tema tem como objetivo reunir pesquisadores interessados no pós-estruturalismo nos EO, promovendo o diálogo sobre as contribuições possíveis acerca da produção de subjetividades nas relações laborais, organizacionais e sociais. Acadêmicos que buscam explorar outras formas de produção de conhecimento, assim como novos movimentos do pensar trazendo outros modos de fazer crítica nos EO, são especialmente bem-vindos.
Ademais, outras abordagens e autores que estabeleçam interfaces com o pós-estruturalismo são bem-vindos, enriquecendo as discussões e ampliando as perspectivas sobre o tema. Considerando essas questões, encorajamos trabalhos que abordem as seguintes temáticas, mas não apenas:
- Constituição do sujeito em organização: produção de subjetividade no trabalho;
- Analítica do corpo e do poder: biopolítica e biopoder;
- Política dos afetos, ética de si e amizade em organizações;
- A noção de prática em estudos pós-estruturalistas;
- Teoria queer, gênero e sexualidade no pós-estruturalismo;
- Performatividade e Teoria Ator-rede;
- A dimensão política dos não-humanos;
- Questões epistemológicas e metodológicas do pós-estruturalismo;
- Arqueologias e genealogias sobre formações discursivas;
- O discurso e as relações do sujeito com as verdades da Administração.
Letícia Dias Fantinel: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Valderí de Castro Alcântara: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Tiago Franca Barreto: (. / UPE - Universidade de Pernambuco)
As rupturas socioambientais que irrompem em nosso cotidiano revelam um planeta em profunda transformação, expressão de mais uma crise do capitalismo fóssil global, inseparável da lógica de acumulação que há séculos organiza a relação entre modos de existência em termos de dominação, exploração e extração em benefício de poucos. Eventos e processos enredados em sistemas de exploração que perpetuam a ficção de um excepcionalismo humano, enquanto aprofundam desigualdades socioambientais, consequências das histórias de poder e geopoder que definem o Antropoceno e suas ramificações (capitaloceno, plantationoceno, chthuluceno, necroceno etc).
Buscamos aglutinar pesquisadoras e pesquisadores com interesse em discutir o papel das organizações e da ação humana organizada como agentes de destruição da natureza e reivindicar a responsabilidade da Administração e dos Estudos Organizacionais nesse debate. Contudo, queremos também reunir pessoas interessadas, com suas pesquisas, em contar novas histórias, outras analíticas de existência, modos de coabitar este planeta entre nós e com os múltiplos seres com os quais compartilhamos um destino comum.
Esperamos agregar artigos que reflitam criticamente sobre o papel de atores e agentes na crise climática, socioambiental e socioeconômica; (in)segurança alimentar, hídrica e energética; interrelações entre saúde planetária e dinâmicas que ocasionam sofrimentos psicoemocionais; ecoansiedade e ecoesperança; formas alternativas de organização e de (auto)gestão, resiliência, resistência e (re)existência com naturezas e territórios (agroecologia, permacultura, cosmologias originárias, comunidades e povos tradicionais, bens comuns/commons, pós-extrativismo, etc); conflitos e justiça socioambiental; grandes projetos e efeitos socioambientais; dinâmicas socioterritoriais e ecologia política; perspectivas críticas sobre responsabilidade social, sustentabilidade, transição energética e ESG; catástrofes, desastres e crimes ambientais; ativismo socioambiental, riscos e alertas ambientais; direitos da natureza; debates teóricos, ontológicos e epistemológicos relacionados ao tema e outras perspectivas plurais. Por fim, o tema espera encorajar metodologias, epistemologias e práticas não convencionais para amplificar vozes e conhecimentos silenciados, especialmente do Sul Global.
Ana Sílvia Rocha Ipiranga: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / Universidade Estadual do Ceará/UECE)
Eduardo André Teixeira Ayrosa: (Prog. de Pós-Grad. em Admin/Esc. de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA/ECSA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UP - Universidade Positivo)
A pervasividade das práticas organizacionais e de processos de trabalho na vida do cidadão contemporâneo é tal que a vida-para-a-família e a vida-para-o-trabalho passaram a partilhar espaços físicos e, muitas vezes, afetivos. A reflexão sobre o organizar e o trabalhar nesses tempos clama por perspectivas que deem conta de tais confluências, e a psicanálise é uma destas perspectivas.
A aproximação entre os estudos organizacionais e a psicanálise tem uma história prolífica de mais de 60 anos de estudos. Essas aproximações, ao incluir a dimensão do inconsciente, fundamentam diferentes abordagens ao questionarem os fins gerenciais informados pela ética psicanalítica e pelo reconhecimento do sujeito. Este Tema de Interesse visa examinar essas questões ao sugerir a abordagem psicanalítica como um paradigma para o estudo das organizações e gestão. Diferentes tópicos, como os sugeridos, mas não limitados aos listados abaixo, são de interesse.
Ana Paula Paes de Paula: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
ketlle duarte paes:
Raphael Schlickmann: (PPGAU / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
O ambiente acadêmico nacional já assimilou a necessidade da reflexão sobre a produção do conhecimento científico a respeito das organizações e da prática administrativa. A epistemologia está inserida como disciplina específica, ou como tópico particular de discussão na maioria das grades curriculares dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Epistemologia também é tema central de eventos científicos, como no caso do Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, e diversas vezes já recebeu, por parte de periódicos da área, edições inteiramente dedicadas à sua discussão. No âmbito da ANPAD, o Tema foi criado em 2009, na Divisão de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPQ), e, em 2010, na Divisão de Estudos Organizacionais (EOR). Enquanto estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus produtos, a epistemologia ocupa um lugar importantíssimo para o exame crítico de nosso próprio produzir ciências e saberes, auxiliando-nos, desta forma, na tomada de consciência crítica de nossa prática cotidiana.
Para a Divisão EOR, a proposta é que o tema seja dedicado à epistemologia nos estudos organizacionais e busque focalizar a reflexão sobre a produção de saberes e conhecimento científico dos fenômenos organizacionais e administrativos, como também discutir as condições sociais de produção desse conhecimento, sempre com o intuito de promover diálogos entre epistemologias e disciplinas. Com esses objetivos, o tema contempla as diversas abordagens epistêmicas (positivismo, funcionalismo, estruturalismo, institucionalismo, interpretativismo, teoria crítica, marxismo, pragmatismo, pós-estruturalismo, realismo crítico, pós-crítica, entre outras), a partir de contribuições de disciplinas como administração, sociologia, antropologia, filosofia, história, semiótica e psicanálise. Ontologia e metodologia podem ser abordadas, mas a partir da articulação dessas com as epistemologias, construindo-se princípios, argumentos, hipóteses, procedimentos, resultados, interpretações e práticas para analisar criticamente as diversas abordagens ou correntes epistemológicas.
Janaynna de Moura Ferraz: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Prog de Pós-Grad em Serviço Social - PPGSS / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Deise Luiza da Silva Ferraz: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Cleverson Ramom Carvalho Silva:
O tema pretende agregar pesquisadoras/es vinculadas/os às correntes clássicas e contemporâneas da ortodoxia e da heterodoxia dos marxismos e comprometidas/os com uma ciência radical. A tradição de estudos marxistas e suas vertentes têm sido determinantes para os enfrentamentos das lutas sociais ao longo dos últimos séculos, de modo que as agruras do capitalismo hodierno (crise climática, crescimento da desigualdade econômico-social, conflitos bélicos, ampliação da precarização do trabalho) demandam tal arsenal crítico, dado o seu potencial emancipatório, o que justifica sua atualidade e salienta sua relevância no campo. Vale ressaltar que a crítica marxista possui tradição na administração e nos estudos organizacionais brasileiros, destaquemos Tragtenberg, Prestes-Motta, Faria, Misoczky, Goulart e Paço-Cunha, autores e autoras que têm contribuído com a compreensão de fenômenos, tais como burocracia, alterações do processo de trabalho, resistências organizativas da classe trabalhadora, incluindo as próprias teorias organizacionais e da administração.
Neste tema, pretende-se receber trabalhos que investigam criticamente: i) o desenvolvimento das forças produtivas e/ou seus desdobramentos objetivos e subjetivos para a classe trabalhadora em termos de relações e condições de trabalho, de reprodução da vida humana e não-humana, da produção da saúde, das manifestações das múltiplas formas de opressões e as resistências por parte da classe trabalhadora em movimento; ii) a expansão do capital em suas distintas formas (produtivo, comercial, financeiro, especulativo) e as disputas intraclasse capitalista expressas em termos econômicos (independente de sua forma legal ou ilegal), culturais, políticos e de conflitos/guerras; iii) a conformação dos Estados como produto das lutas de classes materializados em formas de governo, políticas públicas e arcabouços jurídicos; iv) a obra de Marx e debates sobre o materialismo histórico.
Em suma, o tema visa congregar interessadas/os em apreender as contradições concretas da sociabilidade capitalista em suas formas diversas de existência.
Ana Flávia Rezende:
Josiane Barbosa Gouvêa:
Silvia Pereira de Castro Casa Nova: (Curso de Pós-Grad em Controlad e Contab/Facul de Economia, Admin e Contab – PPGCC/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Mestrado em Ciências Contábeis / Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
Este tema busca discutir as desigualdades sociais no mundo do trabalho e nas organizações, bem como os privilégios de grupos hegemônicos, considerando eixos de opressão e exploração como raça, etnia, gênero, sexualidade e classe social. Privilegiamos estudos com perspectiva interseccional, que examinem como essas diferenças se traduzem em desigualdades e se articulam no ambiente de trabalho e nas organizações, resultando em mecanismos de exclusão, discriminação e privilégios. Esse debate tem ganhado relevância acadêmica e política, dado o crescente interesse em construir ambientes de trabalho, gestão e organizações mais democráticos e inclusivos.
Valorizamos pesquisas que explorem dinâmicas de poder, enfatizando a dimensão política das diferenças em termos ideológicos, sócio-históricos e culturais. A visão de trabalho abordada inclui discussões sobre o trabalho produtivo e reprodutivo, assim como sobre organizações públicas e privadas, associações, movimentos sociais e outras formas de organização social.
Convidamos estudos que abordem a construção e reprodução de desigualdades no trabalho, focando tanto em grupos historicamente marginalizados (mulheres, negros, indígenas, LGBTQIAPN+, pessoas com deficiência, etc.) quanto em grupos privilegiados (masculinidades, branquidades, cisgeneridades, etc.). O debate abrange análises de desigualdades no mercado de trabalho, em níveis nacional, regional e internacional, nas esferas macro, meso e micro. Também inclui a atuação de movimentos sociais e experiências organizacionais no enfrentamento das desigualdades.
Destacamos o interesse em pesquisas que utilizem variadas perspectivas onto-epistemológicas, teóricas e metodológicas, como debates decoloniais, contra-coloniais e afrocentrados, além de novas agendas de pesquisa. Encorajamos, ainda, a adoção de formas alternativas de expressão e escrita, como a escrevivência, a escrita corporificada e a artística, promovendo modos de escrita diferenciados, especialmente em consonância com a escrita feminista.
ALESSANDRA DE SÁ MELLO DA COSTA: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Diego M. Coraiola: (Peter B. Gustavson School of Business / University of Victoria)
Ana Paula Medeiros Bauer: (Faculdade de Educação Tecnológica do Estado do Rio de Janeiro / FAETERJ) - (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Assumindo uma abordagem histórico-temporal, o tema explora as relações políticas/sociais/culturais/econômicas/psicossociais estabelecidas entre sujeitos, organizações e sociedades. Convidamos trabalhos que explorem o sentido passado/presente/futuro para as organizações em uma perspectiva histórica ou temporal a partir de quaisquer paradigmas epistemológicos ou ontológicos. Entendemos as organizações de forma ampliada, contemplando empresas, mas também movimentos sociais, o cotidiano do trabalho, organizações familiares, ou educacionais; em suma, elas denotam processos, práticas e estruturas que definem o modo como diferentes grupos entendem e praticam o organizar no tempo e espaço.
São bem-vindos estudos que:
- Compreendam as organizações e o organizar no tempo e a forma como passado, presente e futuro se manifestam e são utilizados por diferentes atores sociais na construção da realidade histórica, cotidiana e futura.
- Analisem a presença e vivacidade do passado na forma de tradições, rituais e artefatos tais como fontes e acervos/arquivos históricos, bem como o futuro que se faz presente na forma de utopias, ficções e prognósticos que mobilizam atenção e recursos, contribuem para ampliar a compreensão de fenômenos organizacionais e sua articulação com as esferas social, política, econômica, cultural e ético-moral.
- Estimulem debates sobre pesquisa histórica a partir da utilização de métodos históricos, tais como: pesquisa em arquivos, métodos biográficos, história de vida, estudo de caso histórico, história oral, ANTi-history e rethorical history.
- Utilizem abordagens críticas ao estudo do passado para discussões sobre versões históricas já estabelecidas na história e memória oficial das organizações e das sociedades. Trata-se da busca por uma compreensão mais reflexiva acerca de lugares privilegiados de produção de conhecimento - arquivos históricos - e suas lógicas de exclusão e silenciamento em contraposição às formas de arquivar as dissidências.
- Destaquem a experiência das pessoas e organizações no tempo e no espaço e as representações dos sujeitos sobre o passado, presente e futuro.
Ilan Avrichir: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Gustavo Matarazzo Rezende: (Instituto Federal de São Paulo / Instituto Federal de São Paulo)
Marcel Azevedo Batista D'Alexandria: (TERPI. Grupo de Pesquisa Território, Patrimônio e Propriedade Intelectual / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Em 1990, Elinor Ostrom ganhou o Nobel de economia, demonstrando que bens de uso coletivo podiam ser geridos de forma cooperativa, evitando o esgotamento dos recursos por causa do uso não controlado. De lá pra cá, a pesquisa se expandiu, de forma a incluir bens imateriais, como o conhecimento, software livre e dados. O conceito reflete um paradigma de compartilhamento e colaboração, com foco em questões de acessibilidade e inclusividade, e em criar e manter bens públicos, fora do controle exclusivo de corporações ou do Estado. O conceito atual de "comuns", não é mais necessariamente “bens comuns”, daí o parênteses do título. Enfatiza a governança coletiva e horizontal e tem uma dimensão abstrata e global, abrangendo tanto bens tangíveis quanto intangíveis. Nesse tema, estamos interessados em aspectos da governança e organização dos comuns, mas também em debates sobre as dimensões éticas e normativas deles (Murillo et al, 2024), na crítica à mercantilização implícita nos arranjos de governança dos comuns (Peredo e McLean, 2020) e nos impactos ambientais, socioeconômicos e institucionais deles. Estamos interessados em entender quais condições internas (liderança, cooperação entre atores, incentivos materiais) e externas (instituições, apoios políticos, contexto econômico, redes de relacionamento) influenciam e são influenciados por eles. Os comuns abrangem do fomento de hortas comunitárias à conservação da atmosfera, passando pela preservação de recursos hídricos e patrimônios culturais de grupos humanos, recuperação de espaços degradados, criação de cooperativas e condomínios habitacionais, entre outros. Um tipo de comum são as indicações geográficas, regiões que adquirem o direito de usar o seu nome na comercialização de produtos, como o Queijo Canastra. O estudo das IGs e de outros comuns oferece oportunidades de pesquisa quanto mais contribuir para o desenvolvimento de teorias sobre o engajamento de stakeholders, capital social e cultural etc. na governança e organização dos (bens) comuns.
Wescley Silva Xavier: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Carlos Cesar de Oliveira Lacerda: (PPGA-UECE / Universidade Estadual do Ceará - UECE)
Luiza Farnese Lana Sarayed-Din: (Depto Geografia/ IGC / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
O campo dos Estudos Organizacionais sempre se mostrou aberto a diferentes abordagens teóricas, epistêmicas e metodológicas. Seu caráter plural se deve fortemente à interface com outras áreas do conhecimento, que historicamente o alimentam das mais diversas formas, como a história, a geografia, a psicologia, a filosofia, a antropologia, a sociologia, as ciências políticas, a economia, a arquitetura e outros. Dentre os fenômenos estudados, as cidades têm sido tomadas como loci de estudos diversos que exploram suas complexidades, multiplicidades de processos sociais e territorialidades. As cidades, como espaços onde diferentes grupos urbanos se atravessam, são territorializadas por meio das disputas, apropriações, práticas cotidianas, relações de poder e ocupações que ali se dão. E a lente dos estudos organizacionais nos possibilita uma nova compreensão dessas dinâmicas sociais urbanas em seu entrelaçamento com a materialidade do espaço urbano. Para darmos continuidade a esta aproximação tão fortuita entre os Estudos Organizacionais e as Cidades, nossa proposta busca abarcar trabalhos teóricos e teórico-empíricos que se debrucem sobre as cidades e suas contradições, comumente presentes em temas como formações culturais nas e das cidades, o uso da história referente ao organizar das cidades, relação entre Estado e sociedade e seus desdobramentos urbanos, processos gentrificacionais, informalidade, dinâmicas simbólicas, os espaços monumentais, de resistências e ordinários, bordas, margens urbanas e periferias, segregação social e racial, diásporas, movimentos migratórios, mobilidade urbana, festas, processos territoriais e identitários relacionados ao espaço e as implicações que essas questões têm para os processos do significado, do tempo e da história, dentre outros. Ricas também são as abordagens estimuladas nessa proposta, na qual são bem-vindos trabalhos de abordagens quantitativas e qualitativas, de matrizes hermenêuticas, positivistas e críticas, que busquem olhar para o passado, o presente e o futuro das cidades.
Elisângela Prado Furtado: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Maíra Neiva Gomes: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
A singularidade do Século XXI pode ser ressaltada por óticas amplamente distintas. Dentre elas, a de como os grupos sociais se organizam e como denominam seu curso histórico é relevante por seu vínculo com alguns dos temas considerados grandes desafios da sociedade contemporânea. O aprofundamento da desigualdade, os conflitos sociais, a intolerância às diferenças humanas e a persistência da limpeza étnica como modelo de organização civilizatória são ideias que convivem no mesmo período histórico no qual que se reivindica o ápice do desenvolvimento tecnológico.
Ao traçar um paralelo entre a Administração Tradicional e a Renovada, Aktouf (1996) expõe questões que desestabilizam a ideia de desenvolvimento, como a conciliação universal de interesses e necessidades. Essa leitura comparece como resultado da análise da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Social realizada em Copenhague. Neste evento sem precedentes, o tema desenvolvimento social e bem-estar humano foi considerado alta prioridade para o século XXI. Todavia, a pauta se consolidou em meio a uma série de contradições.
A ambiguidade em torno do conceito de desenvolvimento social deriva da necessidade de sua contextualização sócio-cultural-política-histórica. Questões adjacentes são, por exemplo, que desenvolvimento social é possível considerando-se as diferenças humanas (geracionais, étnicas, gênero, sexo, religiosas, regionais, linguísticas para citar algumas)? Como o conceito de sustentabilidade pode ser ressignificado para promover inclusão social e econômica? Quais as interfaces entre o conceito de desenvolvimento social e a iniciativa privada, governo e o terceiro setor? Quais são as possibilidades organizacionais para a construção do conceito de desenvolvimento social, capaz de contemplar bem-estar, crescimento econômico, redução das desigualdades, preconceitos, violência e a sustentabilidade?
Espera-se que os estudos revelem os entraves e as potencialidades para a construção do desenvolvimento social possível, por meio da exploração das práticas organizacionais, das ações coletivas, das tecnologias sociais e do empreendedorismo social.
Gabriel Farias Alves Correia: (Instituto de Ciências da Sociedade - ICM / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Elisa Yoshie Ichikawa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Luciano Mendes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
O objetivo deste grupo temático é reunir, articular, fomentar e visibilizar resultados de pesquisas que articulem as práticas organizativas dedicadas a contrapor, desestabilizar, romper e/ou abrir brechas e fissuras nos modos de trabalho neoliberal. Para tanto, incentivamos artigos sobre outros modos de ser e organizar, que escapam, escorregam e invertem os jogos dados (Lazzarato, 2014; Foucault, 2017) e que tratem dos modos de saber e fazer populares, incluindo seus sabores, artes, festas, feiras, economias informais, populares, solidárias e/ou subterrâneas e das práticas de comercializar, negociar, vivenciar, experienciar, rememorar, narrar e recordar a vida cotidiana dos mais diversos grupos que compõem a sociedade. Desta maneira, propomos discussões de estudos que articulem, de alguma forma, uma resistência à sujeição neoliberal e à homogeneização dos saberes, discutindo culturas e práticas que desidratem a pragmática do utilitarismo do sistema capitalista.
Propomos que os textos direcionados a este tema reflitam sobre aquilo que é popular e pequeno do ponto de vista histórico, e sobre os movimentos vinculados a uma literatura menor (Deleuze & Guattari, 1978). Ao se fazer com o que se tem, o uso do popular reivindica um distinto funcionamento das hierarquias de saber e poder (Certeau, 2012), apresentando possibilidades de produção e organização em locais distintos dos já consolidados, como as praças, ruas, becos e vielas das cidades. Ainda esperamos estudos que tratem dos diversos marginais do sucesso, dos afetos que compõem a cultura popular, das fontes “menos confiáveis” e suas histórias “desinteressantes” e “desimportantes” para o mainstream, dos sujeitos, saberes e sabores invisibilizados, que constituem múltiplas possibilidades de desestabilizar os saberes gerenciais totalizantes institucionalizados e o status quo. Nesse cenário, como indicado por Pelbart (2000, 2003, 2016), mapear outros modos de existir torna-se um projeto relevante, destacando multiplicidades que não permitem ser englobadas pelos maquinários totalizantes do poder.
Raphael Jonathas da Costa Lima: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Francielli Martins Borges Ladeira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Mário Sacomano Neto: (Programa de Pós-Graduação em Administração e Sociedade - PPGASo / Universidade Federal de São Carlos - UFSCar)
Diferentes mercados e seus processos, tais como competição, cooperação, risco, avaliação e valoração, impactam as organizações, suas estratégias, estruturas e governança. Poder, política, moralidade, as leis e interesses também são aspectos relevantes para a compreensão da construção de mercados e de como as organizações nele se relacionam. Além disso, a diversidade institucional é influenciada fortemente por agentes econômicos. Tomando esses fenômenos em consideração, a Sociologia Econômica é uma das áreas que mais tem contribuído e ainda apresenta grande potencial para estimular novas teorizações no campo de Estudos Organizacionais. Esse ramo da sociologia tem ampliado o entendimento da ação econômica, principalmente ao transpor os pressupostos racionalistas da Teoria Econômica Tradicional e privilegiar aspectos culturais, sociais, cognitivos e políticos na dinâmica dos mercados e das organizações. Entendemos que o caráter distintivo da Sociologia Econômica, entre tantas outras teorias em Estudos Organizacionais, é a concepção de ação econômica imersa (embedded) socialmente e a sua relação com mercados, organizações e instituições. Portanto, tendo como objetivo o aprofundamento do conhecimento na área de Estudos Organizacionais acerca da relação entre Mercados, Organizações e Instituições, destacamos que são bem-vindos nesse tema trabalhos teórico-empíricos e ensaios de várias perspectivas teóricas, tais como: Sociologia Econômica, Sociologia dos Mercados, Economia Política, Socio-Economia, Nova Economia Institucional, Teoria Institucional, Análise Institucional Comparativa, Teoria dos Campos, Análise de Redes Sociais e Ciência Política. O tema está aberto a trabalhos de natureza tanto qualitativa quanto quantitativa.
Marcelo de Souza Bispo (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Beatriz Quiroz Villardi (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Bárbara Galleli (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Gracyanne Freire de Araujo (Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPADM/UFS / Universidade Federal de Sergipe) - (Programa de Pós-Graduação em Administração Pública - PROFIAP/UFS / Universidade Federal de Sergipe)
Manolita Correia Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Gabriel Vouga Chueke:
Elton Oliveira de Moura:
A trajetória de um professor da Educação Superior envolve um mosaico heterogêneo, complexo e diversificado de contextos institucionais. Os programas stricto sensu têm como objetivo formar futuros pesquisadores e professores, a partir de atividades relacionadas à pesquisa, ao ensino e a extensão. Nessa trajetória, emergem angústias relacionadas ao "ser" e "fazer" acadêmico: novos formatos de curso; contratos precários; fluência digital; proficiência em didáticas; reduzido apoio para o aprimoramento didático; competição acadêmica; assédio moral.
Os professores da Educação Superior assumem um número extraordinário de responsabilidades: ensino e orientação; elaboração de pareceres, participação em grupos de pesquisa; pesquisa e publicação; extensão, gestão acadêmica etc. Os PPG tem contribuído para que os egressos desenvolvam competências requeridas para tantas responsabilidades? Em que medida assumir múltiplas responsabilidades contribui para a desvalorização profissional e para o adoecimento dos acadêmicos?
Parte dos PPG se concentra no desenvolvimento de competências de pesquisa, mas, a grande maioria dos egressos permanecem exercendo responsabilidades docentes em cursos de graduação. Qual é a contribuição dos PPGA para a formação didático-pedagógica dos mestrandos e doutorandos?
A centralidade da formação para a pesquisa em detrimento da formação para o desenvolvimento de competências pedagógicas é flagrante! Isso não é intrigante quando o processo de ensino-aprendizagem não está restrito à universidade e se revela cotidianamente nos ambientes de trabalho?
Neste tema nos interessa particularmente, mas não exclusivamente, as seguintes temáticas:
Américo da Costa Ramos Filho: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Camila Braga Soares Pinto: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Lais Silveira Santos: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Este tema objetiva promover estudos sobre a formação e prática de pesquisadores e profissionais em Administração e Contabilidade ampliando-se para uma abordagem integral de saberes. Envolve, portanto, as dimensões ontológicas e epistemológicas e éticas do pensamento filosófico-científico, da construção do conhecimento, do ethos e da atitude prática e crítica no campo das ciências sociais aplicadas.
Discute questões ligadas à Ética e Ciência e possíveis mudanças paradigmáticas, sobretudo considerando aspectos sistêmicos socioeconômicos, sociomateriais e tecnológicos, e efeitos sobre o corpo social.
Nesse sentido, recupera-se o pensamento aristotélico que abarca a epistêmê (conhecimento científico), o conhecimento técnico baseado na téchnê (saber fazer) e o decorrente da phronesis (saber deliberar em contextos específicos, como e quando agir) que juntos triangulam e privilegiam saberes inerente à ação e à decisão, implicando a prudência e a aprendizagem pela reflexão e experiência direta.
Adicionalmente, cabe enfatizar a abertura do tema à recepção de estudos que contemplem outras ontoepistemologias, incluindo as não eurocentradas. Destacamos questões que iluminam objetivos de pesquisa no tema:
Como desenvolver o “saber que” (epistêmê), o “saber fazer” (téchnê) e o “saber agir/ser” (phronesis) no contexto de novas tecnologias? Quais suas repercussões na educação, pesquisa e prática na Administração e Contabilidade?
No momento atual de hiperatividade produtiva, consumidora e tecnológica artificial generativa, cabem reflexões educacionais e práticas sobre novas ontoepistemes não eurocentradas? A reflexão é cabível na tomada de decisões nas organizações hiperprodutivas capitalistas neoliberais?
Em que medida, a organização produtiva e acelerada é receptiva a adoção de saberes epistêmicos críticos conciliados aos saberes técnico-instrumentais? Como seriam as repercussões das sabedorias espiritualizadas, dos povos originários e do pensamento decolonial em educação e práticas nas organizações?
Adriana Teixeira Bastos: (Programa de Pós-graduação em Administração (PPGA/UECE) / Universidade Estadual do Ceará (UECE))
Michel Mott Machado: (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Desenvolvimento da Educação Profissional / CEETEPS - Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza)
A tessitura interdisciplinar da gestão educacional, onde ocorre o diálogo entre a Administração e a Educação, apresenta diversas ramificações que extrapolam os muros da escola.
A gestão escolar é apenas a ponta do iceberg, que carrega o nexo de práticas necessárias para o alcance do objetivo último da gestão educacional. A gestão educacional, por sua vez, corresponde a um espectro mais amplo que envolve outros arranjos mais formais, como os sistemas público e privado de ensino nos âmbitos municipal, estadual e federal.
Nestas estruturas, encontram-se ações organizativas, que contribuem para a implantação, manutenção e mudança das práticas educacionais, como uma malha de grande complexidade.
Dentre as possibilidades de discussão, destacamos algumas temáticas:
Josiane Silva de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Camilla Soueneta Nascimento Nganga: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Edir Vilmar Henig:
Este tema objetiva o desenvolvimento epistemológico e metodológico contra-hegemônico nas ciências administrativas e contábeis, valorizando contribuições e debates de saberes e fazeres científicos críticos.
Exemplos de discussões que propomos com o tema são métodos e metodologias feministas, afro-latino americanas, materialistas, etnoecológicas, hackerativistas, discursivas, etnográficas dentre outras metodologias que se articulem com epistemologias contra/anti/de/pós-coloniais e críticas. Destacamos que as discussões metodológicas e epistemológicas podem ser de natureza qualitativas, quantitativas ou mistas que também objetivam aprofundar análises sobre as diversas nuances de desigualdades estruturais que marcam nossa sociedade, como racismo, sexismo, misoginia, classismo, aporofobia, assim como a produção de privilégios e vantagens sociais, como branquitudes, supremacismos raciais, patriarcado, dentre outras.
No sentido da educação crítica em administração e contabilidade, pontua-se que é uma abordagem que visa relacionar educadores e educadoras com educandos e educandas com a finalidade de formar profissionais críticos quanto a realidade e comprometidos com a transformação social. Ao desenvolver o pensamento crítico no campo da administração e da contabilidade, espera-se que se crie e se aproprie de conteúdos para formular alternativas contra-hegemônicas para a análise e intervenção nas organizações e na sociedade como um todo. Exemplos de discussões que propomos no campo da educação são formação de docentes, práticas pedagógicas alternativas, currículos e curricularização, gestão educacional dentre outras discussões que contribuam com o debate crítico no e com o campo da pedagogia e da educação.
Por fim, destacamos que o tema também acolhe debates e discussões críticas de articulação de projetos de pesquisa com projetos de ensino, de extensão e de gestão, especialmente que visem à integralidade do processo formativo educacional e de pesquisa científica.
Amanda Soares Zambelli Ferretti: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino) - (Departamento de Administração / FACELI - Faculdade de Ensino Superior de Linhares)
Maurício Donavan Rodrigues Paniza: (Departamento de Administração / UFSCar - Universidade Federal de São Carlos)
Rafael Fernandes de Mesquita: (Professor do Bacharelado em Administração de Empresas / Instituto Federal do Piauí)
A realização de práticas de Diversidade e Inclusão (D&I) nas organizações pode envolver diversos públicos e agentes da sociedade. Para que haja mais diversidade e inclusão nas organizações, a literatura parece nos indicar a necessidade de construção de pedagogias para a diversidade, particularmente se considerarmos o contexto social, histórico e de desigualdade social do Brasil, em que o acesso e permanência à educação e ao mundo do trabalho não são igualitários. A partir disso, interessa ao tema receber pesquisas com foco em compreender:
As pesquisas submetidas ao tema podem abranger o público geral das organizações e a sua relação com as práticas de D&I, ou as experiências de populações específicas que componham os marcadores sociais da diferença de gêneros, raças, classes sociais, deficiências, orientações sexuais, etnias e gerações. Outras reflexões que considerem o eixo educação-diversidade-inclusão também são bem-vindas.
José Eduardo Ferreira Lopes: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Luiz Gustavo Alves de lara: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UP - Universidade Positivo)
A Transformação Digital no Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade é um tema que se destaca pela relevância e impacto no cenário contemporâneo, marcado pela rápida evolução tecnológica e pela crescente demanda por inovação nos métodos educacionais. A digitalização não se limita ao uso de tecnologias nas salas de aula ou laboratórios, mas envolve a reconfiguração de processos pedagógicos, a introdução de novas formas de interação, e a integração de dados e sistemas para promover um aprendizado mais eficaz e conectado à realidade organizacional e econômica atual. Entretanto, é fundamental considerar as críticas ao uso indiscriminado da tecnologia no ensino e na pesquisa.
São bem-vindos trabalhos que abordem tópicos abaixo, mas não limitados a eles:
Edson Sadao Iizuka: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Janette Brunstein: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Liliana Vasconcellos: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Em um ambiente em contínua transformação, marcado pelos desafios ambientais e sociais e pelo avanço das novas tecnologias, a educação responsável orientada para a sustentabilidade torna-se fundamental. Iniciativas como o HESI (Higher Education Sustainability Initiative) e o PRME (Principles for Responsible Management Education) refletem esta tendência. Neste contexto, as instituições de ensino têm o papel de formar os líderes do futuro, capacitando-os para uma atuação responsável, sustentável, ética e cidadã. Para fazer frente a este desafio, é importante definir estratégias e pedagogias adequadas e integrar atividades extensionistas que gerem impacto positivo para a sociedade. É igualmente importante garantir a sustentabilidade nas instituições de ensino superior (IES), abordando aspectos como o uso da inteligência artificial e o cuidado com a saúde mental de estudantes e docentes. Abrangendo pesquisas sob diferentes perspectivas, esta temática comporta discussões voltadas para:
Sandro Vieira Soares: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Elisabeth de Oliveira Vendramin: (Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCC/ESAN/UFMS / UFMS)
Alexandre Costa Quintana: (Curso de Pós-Grad em Controlad e Contab/Facul de Economia, Admin e Contab – PPGCC/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade - PPGCont / Universidade Federal do Rio Grande - FURG)
A gestão do ensino superior é dinâmica e seu desenvolvimento é permanente, pois reflete as mudanças culturais, sociais e tecnológicas. Diante disso, há a necessidade de formação contínua dos gestores educacionais. Dessa forma, entende-se como relevante o desenvolvimento de pesquisas e reflexões sobre os diferentes aspectos da gestão do ensino superior. Tais pesquisas e reflexões possibilitam evidenciar suas limitações e potencialidades que geram novos olhares para cursos, programas, disciplinas, aulas, sistemas de avaliação e financiamento de pesquisas em Administração e Contabilidade.
Principais tópicos, mas não exclusivos:
Trabalhos que envolvam as instituições de ensino superior e os ODS: 4 Educação de qualidade, 5 Igualdade de gênero, 8 Trabalho decente e crescimento econômico, 9 Indústria, inovação e infraestrutura, 10 Redução das desigualdades e 12 Consumo e produção responsáveis.
José Edemir da Silva Anjo: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
José Kennedy Lopes Silva: (Faculdade de Administração e Ciências Contábeis (FACC) / Universidade Federal de Mato Grosso)
Este tema é um espaço de discussão para trabalhos orientados a discutir métodos e estratégias de pesquisa em administração e contabilidade. Considerando a diversidade de possibilidades metodológicas para a pesquisa em administração e contabilidade, a criação de um espaço que reúna essas estratégias de pesquisa possibilita um debate amplo e aprofundado sobre o tema. Nesse sentido, todas as perspectivas ontológicas e epistemológicas são bem-vindas. Também são encorajadas submissões de trabalhos que discutam questões éticas e da formação metodológica da pesquisa em administração e contabilidade. Como forma de ilustrar (e não limitar) as temáticas que interessam este espaço temos:
• Métodos qualitativos
• Métodos quantitativos
• Métodos mistos
• Métodos pós-qualitativos
• Métodos críticos (e.g., decoloniais, feministas, queer, indigenistas, entre outros)
• Implicações éticas das estratégias metodológicas de investigação
• Aspectos da formação metodológica do pesquisador
• Utilização de softwares nas pesquisas em administração e contabilidade
• Ciência aberta e suas implicações nas pesquisas em administração e contabilidade.
Outras possibilidades de discussão metodológica são bem-vindas.
Deivid Ilecki Forgiarini: (Mestrado Profissional em Administração Pública - PROFIAP/UFAC / Universidade Federal do Acre)
Elieti Biques Fernandes: (Administração / FURG - Universidade Federal do Rio Grande)
Paulo Cassanego Jr: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa)
A formação de professores e pesquisadores em Administração e Contabilidade com foco em cooperativas e organizações complexas e plurais (microempresas empreendedoras, instituições de economia circular, ensino superior, hospitais, economia da comunhão, associações e Organizações Não Governamentais – ONGs) é fundamental para construir conhecimentos e práticas que atendam às demandas contemporâneas desses setores. Este enfoque busca integrar valores éticos ao desenvolvimento de novas habilidades técnicas, essenciais para uma gestão eficaz e responsável.
O tema “Educação e Pesquisa em Gestão de Cooperativas e Organizações Complexas e Plurais” cria um espaço para estudos em áreas como gestão estratégica, empreendedorismo, contabilidade financeira e gerencial, e auditoria à luz das especificidades destes setores. A proposta visa engajar profissionais e acadêmicos garantindo uma formação alinhada às necessidades desses setores e tipos de organizações.
Os trabalhos neste tema são orientados em duas perspectivas:
1.Educação e Pesquisa em Gestão de Cooperativas:
Formação direcionada a gestores, líderes e educadores de cooperativas, com foco em gestão democrática e valor social. Este tópico inclui práticas pedagógicas e metodologias que capacitam profissionais a entender e aplicar os princípios cooperativistas, adaptando estratégias de gestão às necessidades colaborativas das cooperativas.
2.Educação e Pesquisa em Organizações Complexas e Plurais:
Esta temática desenvolve conhecimentos para gerir organizações com múltiplos objetivos e valores específicos, como ONGs, associações, e instituições de saúde e educação. Enfatiza a formação de gestores para enfrentar os desafios únicos dessas entidades plurais, onde interesses diversos demandam uma abordagem colaborativa, equilibrando competências técnicas e éticas para responder às necessidades sociais, econômicas e ambientais.
MARCIO PASCOAL CASSANDRE: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Fernanda Coelho Liberali: (Linguística aplicada e estudos da linguagem / PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Wagner Roberto do Amaral: (Programa de Pós Graduação em Serviço social e Política Social / Uinversidade Estadual de Londrina)
Ao reconhecer a importância das áreas da Psicologia, humanidades, saberes tradicionais e da Educação para a formação de pesquisadores em Administração e Contabilidade, este tema busca promover intersecções dessas áreas com o objetivo de estimular discussões e diálogos sobre metodologias de ensino-aprendizagem. Fomentar diálogos que integram as abordagens teóricas e práticas dessas áreas, potencializando a formação de pesquisadores conscientes e críticos.
Além das teorias clássicas da psicologia educacional, como o construtivismo de Piaget e a teoria Sócio-histórico-cultural de Vygotsky, sugere-se a inclusão de autores das humanidades e os saberes tradicionais cujas abordagens oferecem novos olhares sobre a relação formativa de pesquisadores nos processos de ensino-aprendizagem.
O tema busca criar um espaço de reflexão e troca sobre como essas contribuições são capazes de gerar novas formas de pensar a educação e o ensino para a pesquisa em administração e contabilidade, resultando em práticas mais inclusivas, interculturais, colaborativas e voltadas para os desafios contemporâneos.
Neste tema são bem-vindas as seguintes discussões:
Gustavo Behling: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Flavia D` albergaria Freitas: (Administração e Marketing / Faculdades Integradas Hélio Alonso)
O caso para ensino é uma modalidade de trabalho que abrange um relato de uma situação vivenciada por um profissional, uma organização privada, pública ou do terceiro setor, ou ainda um projeto específico de natureza prática e/ou social, que apresenta um dilema a ser analisado no contexto do ensino de graduação ou pós-graduação. Desta forma, o método do caso subsidia o processo de tomada de decisão, oportunizando a maior integração entre a teoria e a prática. O principal objetivo é educacional e orientado para a aprendizagem e o desenvolvimento de competências específicas de uma disciplina.
Algumas características de um bom caso para ensino incluem a clareza do objetivo e do dilema, a sua contribuição para a área de conhecimento da Administração e o contexto em que foi desenvolvido, bem como a imparcialidade do autor na apresentação do caso, o fornecimento de informações detalhadas de incidentes ou diálogos abrangendo o contexto, os antecedentes, os agentes envolvidos e o dilema, além da qualidade das notas de ensino.
O formato de um caso para ensino é bem específico. Trata-se de um documento único de 8 a 16 páginas, organizado em duas grandes seções - descrição (narrativa) do caso e notas de ensino.
As notas de ensino são fundamentais, pois objetivam orientar o professor na análise do caso no contexto educacional, seja na graduação ou na pós-graduação, e é onde é apresentada a análise do caso, por meio de questões para discussão que ofereçam “possíveis respostas” - apoiadas por referências à literatura. Em outras palavras, as notas de ensino não devem apresentar uma seção de revisão de literatura. As referências à literatura devem ser feitas durante a articulação das respostas às questões.
Christian Daniel Falaster (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Clarice Secches Kogut (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Fábio Lotti Oliva (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Keysa Manuela Cunha de Mascena (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Adilson Caldeira: (Programa de Pós Graduação em Administração do Desenvolvimento de Negócios / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Peter Kelle: (Entrepreneurship and Information Systems / Louisiana State University)
Jefferson Luiz Bution: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
As organizações estão sujeitas à possibilidade de não atingirem seus objetivos e de falharem na execução de suas estratégias. A Gestão de Riscos Corporativos gerencia os riscos que podem impactar a organização, proporcionando uma segurança razoável de que seus objetivos serão alcançados, em conformidade com seu apetite ao risco. O tema se alinha à divisão acadêmica “Estratégia em Organizações” porque contribui de forma significativa para a implementação eficaz da estratégia organizacional, para o desenvolvimento sustentável das organizações, para a preparação e gestão de crises, para o aumento da confiança dos stakeholders e, consequentemente, para o incremento do valor dos negócios. Abrange uma ampla gama de riscos, como riscos estratégicos, operacionais, políticos, econômicos, naturais, financeiros, de imagem, cibernéticos, entre outros. De maneira integrada, a gestão de riscos corporativos complementa a gestão estratégica, sendo sujeita à avaliação do desempenho organizacional, mensurável, entre outras formas, por meio do Balanced Scorecard.
Além disso, ultrapassa as fronteiras internas da organização, pois os riscos são amplificados à medida que a organização estabelece relações com outros agentes no ambiente de negócios. Nesse cenário, caracterizado por volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, a gestão de riscos corporativos torna-se uma ferramenta essencial para sustentar os princípios da governança corporativa, gerando maior confiança nas relações com stakeholders. Finalmente, o tema explora as conexões entre estratégia, riscos, crises, desempenho e governança, de forma ampla. Exemplos de tópicos de pesquisa são de gestão de riscos associada a:
- Modelos de negócios;
- Gestão Estratégica dos Negócios;
- Desempenho Organizacional;
- Governança Corporativa;
- Crises Corporativas;
- Apetite a Riscos;
- Cultura organizacional;
- Cadeia de Valor;
- Gestão da Inovação;
- Gestão dos Negócios Digitais;
- Negócios Internacionais;
- Setor Público;
- Startups;
- Outros temas relacionas à Gestão de Riscos Corporativos.
Heidy Rodriguez Ramos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Marcelo Roger Meneghatti: (Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Vanessa Vasconcelos Scazziota: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
A intersecção entre estratégia e empreendedorismo é um campo de investigação que reflete como empresas nascentes ou incumbentes respondem à incerteza, ambiguidade e mudanças aceleradas (Ott & Eisenhardt, 2020). Enquanto a estratégia se concentra na criação de vantagens competitivas sustentáveis, o empreendedorismo abrange a criação ou expansão de negócios em novos mercados ou inovações (Davidsson, 2016). Nesse contexto, a estratégia empreendedora pode ser compreendida como a formulação de planos de ação flexíveis e orientados para a aprendizagem prática, como nas abordagens de Effectuation (Sarasvathy, 2008) e Bricolage (Baker & Nelson, 2005), que valorizam a adaptação contínua. Outros exemplos enfatizam a cognição como um elemento essencial na formulação estratégica em busca de vantagens competitivas sustentáveis, como evidenciado na literatura sobre cognição gerencial e capacidades dinâmicas (Helfat & Peteraf, 2015). Assim, esta linha temática explora como empreendedores e empresas estabelecidas equilibram a flexibilidade para inovar com a disciplina da formulação estratégica (Ott et al., 2017), focando em como conceitos tradicionais de estratégia oferecem novas perspectivas para o empreendedorismo, especialmente em cenários de alta competitividade ou crise.
Campos emergentes, como o empreendedorismo rural e artesanal, ganham destaque, especialmente no contexto de modelos de negócios regenerativos para o desenvolvimento local, pois oferecem perspectivas únicas sobre como empreendedores podem criar valor econômico e social em contextos peculiares (Hunt et al., 2021; Sirmon et al., 2022).
Temáticas de interesse incluem:
RENATO TELLES: (Prog de Pós-Grad em Admin / USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul) - (Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Douglas Wegner: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Nuno Rafael Barros de Oliveira: (Organization Studies / Tilburg University)
Movimentos colaborativos, que promovem o compartilhamento de recursos e desenvolvimento de inovações tecnológicas e sociais, tornaram-se opções estratégicas relevantes para as organizações em face a aceleração de avanços tecnológicos e mudanças sociais neste século. A competitividade de empresas, instituições e organizações do terceiro setor, demanda continuamente o acesso a novos recursos, conhecimentos e capacidade de inovação. Estratégias e movimentos colaborativos se materializam em diferentes estruturas e níveis de formalização, compreendendo parcerias, alianças, redes, plataformas digitais e ecossistemas de negócios. Progressivamente, verificam-se atores privados, públicos e da sociedade civil se articulando para propor/implementar soluções conjuntas com seus stakeholders. O presente tema objetiva reunir acadêmicos e praticantes interessados no avanço da compreensão de estratégias, políticas e ações que organizações de diferentes naturezas, por meio de interação, colaboração e cooperação, consideram no alcance de objetivos individuais e coletivos, envolvendo formatos como ecossistemas, plataformas, redes e clusters de negócios. Os debates se concentram em torno dos antecedentes, processos e resultados de estratégias e movimentos, em especial, governança e orquestração da colaboração, competências e capabilities necessárias para a colaboração e arranjos inovadores de atuação em redes, clusters, plataformas digitais e ecossistemas. Diferentes lentes teóricas podem ser utilizadas, compreendendo desde teorias tradicionais, focadas em custos de transação e recursos, até abordagens teóricas mais recentes como a Visão Relacional e a Governança Colaborativa. Estudos empíricos e ensaios teóricos são bem-vindos, gerando provocações, aprofundamentos e insights para o desenvolvimento do campo. Considerando o escopo apresentado, possíveis temas para envio de submissões incluem:
Benny Kramer Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Depto de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes / USP - Universidade de São Paulo)
Thiago de Luca Santana Ribeiro: (Gestão e negócios / FATEC - SP)
A criação e cocriação de valor tem ganho espaços nos estudos e práticas da gestão estratégica nos últimos anos, com aplicações em setores específicos da economia e sociedade, e mais recentemente pela sua consideração em relação a dinâmicas de trabalho, estruturas sociais e digitais, e em ecossistemas de negócios, remodeladas pela ascensão e uso da inteligência artificial. Nesse sentido, a cultura por dados vem evoluindo e proporcionando trocas entre stakeholders e entre estes e as organizações, criando ou cocriando valor, e formando verdadeiros ecossistemas phygitals, com uso de instrumentos da cultura do artificial, gerando ganhos que são apropriados por diversos atores. Nessa perspectiva, estudos que evidenciam o valor, sob as formas da criação, cocriação, distribuição e captura, envolvendo multi-stakeholders, processos de criação e trocas de dados, formação de ecossistemas phygitals e uso da IA, bem como as conexões e implicações entre estes elementos mais recentemente. A discussão sobre valor criado e cocriado, decisões baseadas em dados, uso da IA em decisões, e formação de ecossistemas phygitals, vêm se tornando centrais na estratégia. Entender como o valor é criado, cocriado e distribuído pelas organizações; como os dados são capturados, criados, trabalhados e alimentados nas decisões estratégicas; como a IA apoia estes processos estratégicos; e como estas transformações se conectam em ecossistemas phygitals, vêm se constituindo como grandes desafios contemporâneos na estratégia.
Os temas que abordam essas questões incluem:
Rosalia Aldraci Barbosa Lavarda: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Maria Elisa Brandão Bernardes: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
CHRISTIANE FERREIRA BELLUCCI: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
A “Estratégia Aberta” (Open Strategy) tem ganhado destaque ao promover processos de estratégia mais inclusivos e transparentes (Whittington et al., 2011). A Estratégia Aberta, definida como um “conjunto dinâmico de práticas que oferece maior transparência e/ou inclusão estratégica aos atores internos e externos” (Hautz et al. 2017, 299). Neste sentido, este tema possui especial interesse em discutir aproximações que endereçam, por diferentes lentes, as mudanças no fazer estratégico a partir deste processo de abertura. Dentre alguns temas que podem ser discutidos a partir do processo de abertura, destacam-se: (i) formas e variações organizativas para o fazer estratégico, como inovação, diferentes práticas e graus de abertura (Splitter et al., 2023); (ii) dinâmicas de abertura, como a evolução do processo de abertura ao longo do tempo, e a dinâmica abertura-fechamento; (iii) novos papéis e atores, os quais demandam novas funções e responsabilidades que emergem da inclusão desses atores; (iv) poder, como as mudanças nas relações de poder dentro da organização; (iv) práticas colaborativas, como a horizontalização no processo de formulação e a democratização do fazer estratégico; (v) discurso e materialidade, como as alterações sócio materiais para mobilização da abertura (Seidl, Von Krogh, Whittington, 2019, Stadler et al., 2021, Dobusch et al., 2024, Heinzen et al., 2024). A abertura da estratégia pode ser estudada como uma mudança de abertura da sociedade (openess), e envolver temas como: governo aberto, inovação aberta, ciência aberta, e outros (Seidl et al., 2019). Por fim, destaca-se que a abertura pode gerar uma mudança significativa nas práticas estratégicas (Luedicke et al., 2017), oferecer oportunidades para conversas interdisciplinares (Splitter et al., 2023), explorar os efeitos éticos da realização estratégica e da performatividade da própria abertura e suas relações com os grandes desafios contemporâneos (Mair, et al., 2023, Zanoni et al., 2024).
SILVIO POPADIUK: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
SUZANA GILIOLI DA COSTA NUNES: (GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS / UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)
Pedro Miguel Lopes Mota Veiga:
O capital social é um conjunto de redes, relações e normas que possibilitam a colaboração e a confiança entre indivíduos e grupos. Desempenha um papel essencial na facilitação da troca de informações, recursos e apoio social, contribuindo para o desenvolvimento pessoal, grupal, comunitário, organizacional (Nahapiet & Ghoshal, 2009), (Khan et al., 2021)
A ambidestria é a capacidade de uma organização de explorar novas oportunidades enquanto explota (exploitation) as suas operações existentes. Essa dualidade permite um equilíbrio entre inovação e eficiência, essencial para a adaptação e o sucesso em ambientes de negócios dinâmicos e competitivos e contribuindo para a geração de inovações de processo, produtos, serviços. (Mom et al., 2019),(Popadiuk et al., 2018)
Redes de conhecimento referem-se a grupos de indivíduos ou organizações que compartilham informações, experiências e habilidades. Elas facilitam a troca de saberes e a colaboração, promovendo a inovação e o aprendizado contínuo, essenciais para o desenvolvimento e a competitividade em ambientes dinâmicos.(Bao et al., 2012)(Zheng & Huang, 2020)
Com este tema poderão ser investigadas inter-relações entre o capital social, ambidestria e redes de conhecimento sob enfoques individuais, equipes, organizacionais ou Inter organizacionais. A combinação desses elementos cria um ambiente propício à inovação contínua e à resiliência organizacional. Algumas sugestões de tema são apresentadas na sequência.
João Maurício Gama Boaventura: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Simone Ruchdi Barakat: (Progr de Mestr Prof em Admin / FECAP - Centro Universitário FECAP)
Ronaldo de Oliveira Santos Jhunior: (Programa Eixos Temáticos USP / Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP))
O gerenciamento estratégico das organizações envolve uma ampla gama de stakeholders, os quais são conceituados como grupos ou indivíduos que afetam ou são afetados pela organização na busca por seus objetivos (Freeman, 1984). Entender o relacionamento com esses atores e sua influência em diversos resultados organizacionais tem ganhado destaque na literatura de gestão devido ao seu potencial para criar vantagem competitiva (Barney and Harisson, 2020; Boaventura et al., 2020; Harrison, Bosse and Phillips, 2010). Tendo em vista contemplar os avanços teóricos e empíricos acerca da gestão de stakeholders, o tema aborda estudos que buscam compreender como as estratégias de stakeholders são formuladas e implementadas, como a gestão pode contribuir com as dimensões ESG ao longo de sua rede de stakeholders e como as organizações podem melhorar seu desempenho frente às diversas e, muitas vezes, conflitantes demandas dos stakeholders. As pesquisas nessa temática contemplam diferentes contextos (empresas privadas, organizações públicas e sem fins lucrativos) e níveis de análise (individual, organizacional e institucional) sobre as seguintes temáticas:
- Teoria dos Stakeholders
- Estratégia para Stakeholders
- Cooperação, Envolvimento e Engajamento de Stakeholders
- Stakeholders e Responsabilidade Social Corporativa
- Stakeholders e Governança Corporativa
- Stakeholders e Gestão de Projetos
- Recursos e Capacidades Organizacionais para a Gestão de Stakeholders
- Microfundamentos da Teoria dos Stakeholders
- Rede de Stakeholders
- Valor para Stakeholders
- Desempenho para Stakeholders
Fernando Antonio Ribeiro Serra: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
FELLIPE SILVA MARTINS: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Nairana Radtke Caneppele: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
O tema Estratégia Comportamental permite estudar as ações humanas que afetam as decisões estratégicas nas organizações pela análise de aspectos como motivação humana, pensamento, cognição, emoções, decisões e interações sociais, considerando as redes, cultura e sistemas organizacionais. Esse tema une conhecimentos das mais diversas áreas com ciências sociais, e essa abordagem oferece uma visão mais realista do comportamento humano no contexto estratégico. Entender como líderes e equipes tomam decisões melhora a efetividade da estratégia, aumenta a eficiência das decisões e reduz riscos nas organizações. O diferencial está no entendimento de que a tomada de decisão e outros aspectos comportamentais são intensamente influenciados pelo contexto - isto é, como as decisões são tomadas na prática e não como deveriam ser tomadas na teoria. As implicações da Estratégia Comportamental podem ir muito além do mundo dos negócios. A pesquisa nessa área pode melhorar o desempenho em diversos setores das empresas, tornando seus processos mais ágeis e aumentando a competitividade. Sob a ótica social, esse campo de estudo pode ajudar a melhorar a gestão de pessoas, criar ambientes de trabalho mais colaborativos e aumentar a satisfação dos funcionários, tornando as empresas mais adaptadas às mudanças e necessidades atuais. Esta proposta justifica-se por promover a interação entre diferentes bases teóricas e metodológicas, refletindo a complexidade e o dinamismo da pesquisa em estratégia comportamental.
Marcos Cohen: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Flavio Hourneaux Junior: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Annelise Vendramini da Silva Caridade: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
É senso comum que a estratégia é fundamental para uma empresa obter vantagens competitivas, ser reconhecida em seu setor de atividade e se manter em operação por muitos anos. No entanto, com a crescente importância de temas de natureza social e ambiental, em escala global, a forma tradicional como se tratar a estratégia parece ser insuficiente. Para enfrentar os chamados Grandes Desafios (Grand Challenges), como proposto pela ONU em sua Agenda 2030 (p.ex.: combate à pobreza, à fome, às mudanças climáticas, à desigualdade etc.). Assim, este tema aborda as teorias, conceitos e práticas relacionadas aos processos de concepção, implementação e avaliação das estratégias com vistas à sustentabilidade em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, assim como os desafios estratégicos da transição das organizações rumo à sustentabilidade. Os tópicos abrangidos são: estratégias competitivas e colaborativas para o alcance da sustentabilidade socioambiental das organizações; sustentabilidade incorporada às estratégias de negócio; projetos estratégicos sustentáveis; criação de valor sustentável para os múltiplos stakeholders das organizações por meio de conceitos como Responsabilidade Social Corporativa. Inovação Social Corporativa e Valor Compartilhado; estratégias funcionais sustentáveis; gestão estratégica da sustentabilidade na cadeia de valor; estratégias para implantação de ecoparques industriais e da economia circular. Busca-se estimular, também, a discussão dos fatores motivadores e limitantes da adaptação das empresas, mudanças nas rotinas e o desenvolvimento de capacidades dinâmicas sociais e ambientais. Adicionalmente, são encorajadas pesquisas sobre modelos de mensuração da sustentabilidade e do desempenho socioambiental; sistema de controle da sustentabilidade; balanced scorecard sustentável; abordagens do Triple Bottom Line e ESG (Environment, Social and Governance) e indicadores relativos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Fernando Deodato Domingos: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Claudio Jose Oliveira dos Reis: (Núcleo Docente de Administração / UFOB - Universidade Federal do Oeste da Bahia)
OCTAVIO AUGUSTO DARCIE DE BARROS: (Pós-doutorado / HEC Paris) - (Doutorado em Economia de Negócios / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
A literatura em Estratégia de Stakeholders tem ganhado relevância em um cenário onde organizações enfrentam desafios complexos e intersetoriais. Em particular, parcerias entre o setor público, privado e formas organizacionais híbridas emergem como mecanismos essenciais para geração e alocação de valor social. Essas parcerias são baseadas em estruturas de governança que integram diferentes capacidades e recursos dos diversos stakeholders envolvidos. O presente tema visa explorar as diversas dimensões relacionadas ao potencial de criação de valor proveniente de estratégias de gestão de stakeholders, incluindo parcerias entre setores, licitações, interações com comunidades e iniciativas de impacto social.
Em um ambiente onde o impacto social está cada vez mais sendo considerado um indicador-chave de sucesso organizacional, explorar estratégias que envolvam múltiplos stakeholders se torna fundamental. O tema consiste em uma questão central nas discussões sobre como empresas, governos e organizações da sociedade civil (por exemplo: entidades sem fins lucrativos, institutos, ONGs e academia) podem colaborar para enfrentar desafios sociais e ambientais de larga escala, como a pobreza, a desigualdade, diferentes tipos de vulnerabilidade e as mudanças climáticas.
Em paralelo, o avanço da literatura em gestão de stakeholders tem contribuído para uma melhor compreensão da dinâmica de atuação, colaborativa ou competitiva, entre diferentes formas de organização, como empresas com ou sem fins lucrativos, e como essas interações podem ser alavancadas para enfrentar os chamados "grandes desafios sociais" (grand societal challenges). Assim, o estudo das parcerias e suas estruturas de governança não apenas contribui para o campo acadêmico, mas também oferece insights práticos para gestores que buscam promover o desenvolvimento sustentável.
Eduardo Guedes Villar: (Dep. de Ensino / INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Natália Rese: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Samir Adamoglu de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (IBEPES / Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais – IBEPES)
A partir do conceito de strategizing, o fazer estratégia ganhou novos contornos, sendo compreendido como uma prática socialmente constituída (Vaara & Whittington, 2012). Essa compreensão trouxe para o campo de estudos a possibilidade de diálogos do entendimento de estratégia com diferentes perspectivas do campo do management, das organizações, da teoria social e estudos de linguagem (Prashantham, Healey, 2022, Golsorkhi, et al., 2024). Entendemos que a estratégia é realizada em um nível micro, mas, também carrega os significados, ferramentas, discursos, valores, que são compartilhados em nível macro (Golsorkhi et al., 2024). Diante dessa discussão, o fenômeno da estratégia pode ser compreendido a partir de: (i) diversas abordagens onto-epistemológicas; (ii) diferentes teorias e concepções sociológicas e organizacionais que possibilitam interpretar a estratégia como um fenômeno construído na e pela linguagem; (iii) procedimentos metodológicos e aproximações não-tradicionais. Portanto, o foco situado e voltado ao que as pessoas fazem ao se envolver no strategizing permite que essa temática busque compreender fenômenos e diálogos atuais/contemporâneos (Gond, Cabantous, & Krikorian, 2018; Seidl et al., 2024). A partir da proposta de revigorar os estudos em estratégia (Rouleau & Cloutier, 2022), encorajam-se pesquisas que enderecem olhares inovadores sobre o fenômeno, particularmente pensando nos desafios de pensar a estratégia como prática sem perder o lastro com as discussões teóricas que sustentam a sua natureza social), ao mesmo tempo em que não percam de vista o que se entende por estratégia ou estratégico em organizações (Jarzabkowski et al, 2021; Seidl et al., 2024). Por fim, buscam-se trabalhos que possam desafiar os modos utilitários-intencionais que vem sustentando historicamente esse fazer (Chia & Holt, 2023), mas que têm produzido consequências não intencionais de difícil sustentação, como desastres, má conduta, crimes organizacionais, ou que possam olhar a estratégia a partir do contexto local (Da Costa Jr. Et al., 2023, Villar et al., 2025).
Isabel Cristina Scafuto: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Sérgio Henrique Arruda Cavalcante Forte: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
O uso de projetos dentro das organizações tem crescido significativamente com o objetivo de alcançar metas estratégicas e operacionais (Papke-Shields and Boyer-Wright, 2017). No entanto, apesar dos avanços nas práticas de gestão de projetos, a entrega de resultados que suportem desafios estratégicos continua sendo um desafio complexo para muitas organizações (Meredith and Zwikael, 2020).
O foco das pesquisas tem sido a gestão estratégica de projetos e o papel dos gerentes de projeto nesse contexto, especialmente diante de uma competição acelerada, pressões institucionais e rápidas mudanças tecnológicas. O alinhamento dos projetos com a estratégia empresarial é visto como uma forma de criar valor e gerar vantagem competitiva (Patanakul and Shenhar, 2012). Para isso, a gestão estratégica de projetos combina metodologias de gestão de projetos e estratégia, impulsionando benefícios organizacionais e otimizando a seleção de projetos que realmente se alinhem com os objetivos da organização (Quezada et al., 2022).
Além disso, o gerenciamento de portfólios desempenha um papel importante ao auxiliar as organizações na priorização e escolha de projetos que estejam alinhados com os objetivos estratégicos, contribuindo para a avaliação, seleção e execução dos projetos mais relevantes (Martinsuo & Anttila, 2022). Essa abordagem estratégica na gestão de portfólios pode ser aprimorada pela adoção de técnicas modernas de visualização de conhecimento, que apoiam a tomada de decisões em ambientes complexos e incertos (Martinsuo & Anttila, 2022).
Apesar dessas contribuições, ainda se sabe pouco sobre o impacto dos projetos nos resultados organizacionais, especialmente na escolha de portfólios estratégicos e sua conexão com a gestão de projetos. Assim, propomos a submissão de estudos que avancem na compreensão dessa relação entre estratégias e projetos, explorando, mas não se limitando, abordagens como Governança em Projetos, Metodologias Ágeis e Tradicionais, Inovação, Aprendizagem, Conhecimento, e Valor Estratégico.
Cláudia Sofia Frias Pinto: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira: (Departamento de Gestão e Economia / ESTG - Instituto Politécnico de Leiria)
CRISTINA LELIS LEAL CALEGARIO: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Este tema foca as questões de estratégia global e negócios internacionais. Incluem-se as pesquisas sobre internacionalização, modos de entrada, localização, estratégias e tomada de decisão nas multinacionais, subsidiárias, inovação internacional, fluxos de conhecimento globais, interação entre o ambiente global e as empresas, estudos comparativos em diferentes países, economias emergentes, internacionalização de e para a América Latina, cadeia de valor global, atuação subnacional, as diversas componentes do ambiente internacional de negócios, empreendedorismo internacional, entre outros assuntos, usando as teorias disponíveis. Buscamos também pesquisas que abordem os novos aspetos globais como a internacionalização na era digital, ecossistemas digitais, novas estruturas organizacionais, novos modelos de negócio, (de)globalização, entre outros.
O tema busca trabalhos que abordam assuntos como os seguintes, não estando restrita a estes:
- Estratégias globais e estruturas nas empresas multinacionais.
- Competição global, multinacionais e subsidiárias.
- A produção internacional e a cadeia de valor global.
- Transferência de tecnologia e conhecimento e inovação internacional.
- Como o ambiente internacional (p.ex., cultural, econômico, legal, politico) influencia as atividades, estratégias, estruturas e processos de tomada de decisão das multinacionais.
- A influência do ambiente politico, legal e regulatório na internacionalização e suas disfunções.
- O ambiente institucional e os negócios internacionais.
- A influência do governo e conexões na internacionalização e nas estratégias das empresas globais.
- Decisões de localização internacional e subnacional.
- CEOs, top management team e tomada de decisão nas multinacionais.
- Estudos sobre os modos de entrada (exportação, alianças estratégicas, aquisições).
- Estudos comparativos em diferentes países e ambientes institucionais.
- A internacionalização envolvendo mercados emergentes, multinacionais emergentes e (des)vantagens internacionais.
- Como a transformação digital e/ou inteligência artificial influenciam as estratégias de internacionalização e os negócios das empresas.
- A digitalização e novos modelos de negócio na internacionalização.
Carmen Pires Migueles: (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Cinara Gambirage: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau) - (. / .)
Organizações que operam em contextos extremos têm se tornado cada vez mais relevantes nos últimos anos devido ao aumento da frequência e intensidade de desastres relacionados ao clima e às perturbações tecnológicas. Essas organizações, como serviços de emergência, unidades militares e operações industriais em ambientes perigosos, são caracterizadas por operações de alto risco e a necessidade de níveis excepcionais de resiliência (Hannah, 2009).
O Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR, 2017) tem estado na vanguarda dos esforços para promover a prevenção de desastres e a implementação do Marco de Sendai (UNDRR, 2015). Um aspecto crítico desses esforços é o desenvolvimento de modelos organizacionais capazes de operar efetivamente em condições extremas. Organizações em contextos extremos podem ser categorizadas em dois grupos principais: aquelas criadas especificamente para responder a situações de alto risco (por exemplo, bombeiros, serviços médicos de emergência) e aquelas cujas operações principais envolvem inerentemente riscos significativos (por exemplo, mineração, petróleo e gás, energia nuclear).
Embora a pesquisa sobre organizações em contextos extremos tenha ganhado impulso, a complexa interação entre segurança e perigo, e confiança e risco, ainda é objeto de investigação contínua (Guiddens, 1990; Beck, Lash, & Wynne, 1992). Como proposto por Hällegren, Rouleau e De Rond (2018), estudar contextos extremos pode fornecer insights valiosos sobre fenômenos organizacionais difíceis de capturar em circunstâncias normais, facilitando o desenvolvimento de estratégias eficazes para prevenção, mitigação e resposta. Migueles e Zanini (2024) mostram os desafios de avançar nessa direção no contexto brasileiro e Zanini, et al (2023) mostra o quanto as comunidades ainda estão vulneráveis a esses riscos.
Ângela França Versiani: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
ALESSANDRA CASSOL: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Guillermo Davila: (Ingeniería de Sistemas / Universidad de Lima)
Historicamente, os estudos de estratégia buscam entender como as organizações respondem às incertezas ambientais (Haarhaus & Liening, 2020). Embora várias perspectivas teóricas expliquem o processo estratégico, abordagens que tratam o conhecimento como um ativo crucial para a competitividade têm ganhado destaque no cenário socioeconômico e acadêmico atual. Ao utilizar teorias de gestão do conhecimento (Grant, 1996), é possível compreender como as organizações criam, integram e aplicam conhecimento (Versiani et al., 2021) para desenvolver capacidades (Teece, 2021), visando a adaptação a ambientes turbulentos ( Wilden et al., 2020).
Estudos sobre como os gestores podem mobilizar e alavancar o conhecimento organizacional para construir vantagens competitivas sustentáveis têm se tornado uma discussão importante na literatura, despertando crescente interesse acadêmico (Rehman et al., 2022; Pütz, Schell & Werner, 2023). A cognição gerencial e os processos organizacionais promovem aprendizado em diversos níveis, facilitando a criação e retenção de novos conhecimentos, práticas e rotinas. A inovação emerge como resultado das capacidades dinâmicas, da aprendizagem e da cognição, gerando valor e diferenciação competitiva (Farzaneh et al., 2022; Cassol et al., 2021). Tecnologias disruptivas, como a IA generativa, trazem desafios e oportunidades diversas nos processos de gestão do conhecimento e no comportamento estratégico das organizações (Dávila et al., 2024).
Esse campo de estudo oferece muitas oportunidades de pesquisa para explorar novas abordagens gerenciais, estratégias inovadoras e os impactos das práticas de gestão do conhecimento na performance organizacional. Investigar as interrelações entre estratégia, conhecimento e inovação pode fornecer insights valiosos para as teorias de estratégia e gestão, além de melhorar as práticas corporativas. Nessa perspectiva, sugerimos explorar como o conhecimento, os processos de aprendizagem e as capacidades dinâmicas contribuem para a renovação estratégica e organizacional, além de investigar a cognição gerencial, as fontes externas de conhecimento e mecanismos de integração para gerar valor, promover inovação e vantagem competitiva.
Paulo Renato Soares Terra (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
CRISTIANE BENETTI (Mestrado / ICN Business School) - (Conselho / FECAP - Centro Universitário FECAP)
Igor Bernardi Sonza (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
LUIZ EDUARDO TEIXEIRA BRANDAO (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) - (McCombs School of Business / University of Texas at Austin)
JOSETE FLORENCIO DOS SANTOS: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PROPAD/DCA/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Daiana Paula Pimenta: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Tarcísio Pedro da Silva: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
O tema de Finanças Corporativas da EnANPAD mantém uma forte tradição dentro dos estudos financeiros, ao mesmo tempo em que incorpora novas abordagens para permanecer atual e crítica para a sustentabilidade organizacional. Esta trilha busca não apenas desenvolver estudos estabelecidos, mas também introduzir discussões complementares que aumentem sua relevância. Em particular, o objetivo é promover pesquisas inovadoras que investiguem os limites do conhecimento em Finanças Corporativas, examinando como as tendências emergentes impactam a criação de valor a longo prazo e interagem com teorias financeiras estabelecidas. Pesquisas explorando estrutura de capital, orçamento de capital, política de dividendos, fusões e aquisições, dificuldades financeiras e falência, entre outros tópicos, são incentivadas. Além disso, revisitar estruturas teóricas e empíricas estabelecidas — como as teorias Pecking Order, Trade-off e Stakeholder — continua sendo essencial para entender a tomada de decisões financeiras corporativas. Novas abordagens empíricas para a pesquisa em finanças corporativas, bem como a exploração de novos bancos de dados, também são bem-vindas. Integrar essas teorias fundamentais com tendências contemporâneas oferece potencial substancial para avançar as finanças como um campo, enriquecendo o discurso acadêmico e abordando os desafios modernos.
Jaluza Maria Lima Silva Borsatto: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Robert Aldo Iquiapaza: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) - (CEPCON / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Wesley Mendes-da-Silva: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
O tema acolhe pesquisas que explorem a intersecção das finanças com a sustentabilidade ambiental, responsabilidade social corporativa e governança corporativa. Esta trilha aborda o crescente imperativo para as empresas integrarem fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) em suas tomadas de decisões financeiras e operacionais. Os tópicos de interesse incluem estratégias de investimento sustentáveis, o impacto do desempenho ESG nos resultados financeiros, o papel das instituições financeiras na condução do desenvolvimento sustentável e estruturas para avaliar e aprimorar a responsabilidade social corporativa. Este tema também contempla pesquisas e discussões sobre como as empresas podem integrar considerações sociais em suas operações, contribuindo positivamente para a sociedade, explorando tópicos como práticas de negócios éticas, engajamento comunitário, iniciativas de sustentabilidade e a mensuração de impacto. Além disso, essa trilha incentiva a pesquisa sobre estruturas de governança que promovam a criação de valor de longo prazo, transparência e padrões éticos no comportamento corporativo. Ao avançar o conhecimento nessas áreas, o tema visa fornecer insights acionáveis para alinhar práticas financeiras com metas de desenvolvimento sustentável e promover práticas de negócios resilientes e responsáveis. O tema busca integrar essas várias dimensões sob a perspectiva financeira com sessões de apresentações de trabalhos, painéis e mesas-redondas com pesquisadores, profissionais da indústria e formuladores de políticas públicas explorando as últimas tendências e desafios neste campo.
Claudia Emiko Yoshinaga: (Programa de Mestrado Profissional em Administração - MPA - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Kelmara Mendes Vieira: (Prog de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Este tema abrange, sem se limitar a isso, pesquisas que investigam vieses comportamentais que desafiam a noção de plena racionalidade em investidores e gestores. A eficiência dos mercados é amplamente discutida à luz de eventos como bolhas especulativas, a exemplo da bolha da internet no final dos anos 90, que teve um impacto significativo sobre o mercado de ações dos Estados Unidos. Crises mais recentes, como a do subprime, intensificaram o debate sobre a eficiência dos mercados, levantando dúvidas quanto à capacidade dos mercados em refletir informações de forma precisa e destacando problemas relacionados à assimetria de informações, mesmo em economias desenvolvidas. A compreensão de como os vieses cognitivos e as limitações de informação afetam o comportamento dos agentes econômicos torna-se essencial nesse contexto. Entre os tópicos relevantes estão: o comportamento dos agentes; tomada de decisões influenciadas por vieses cognitivos; a teoria do prospecto e contabilidade mental; o efeito disposição; análise da eficiência de mercado e anomalias; o efeito manada; o impacto do humor, da atenção e da experiência do investidor; acesso limitado a informações; e pesquisas emergentes de neurociências aplicadas a finanças, que oferecem novas perspectivas sobre o comportamento financeiro. Além disso, o tema também acolhe estudos por meio da realização de experimentos controlados, permitindo que pesquisadores observem como as pessoas tomam decisões financeiras sob diferentes condições e estruturas de mercado, com o objetivo de entender os mecanismos subjacentes à dinâmica de preços e ao comportamento do mercado, geralmente utilizando software de simulação para criar mercados financeiros sintéticos.
Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
Marcos Antônio de Camargos: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) - (Mestrado Profissional em Economia / Faculdade Ibmec de Minas Gerais)
Rodrigo Fernandes Malaquias: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
O tema “Investimentos e Apreçamento de Ativos”, ao mesmo tempo em que é tradicional na área de Finanças, vem apresentando inovações recentes com novos modelos, metodologias e perspectivas de análise. O tema faz parte da divisão de Finanças, no qual estão incluídos os seguintes tópicos: avaliação de projetos de investimento; avaliações usando a abordagem de opções reais; investimentos em ativos individuais e carteiras; modelos de apreçamento de ativos (tanto de renda fixa como de ações); avaliação de desempenho de fundos; e avaliação de empresas. Estudos que considerem a abordagem Ambiente, Social e Governança (Environment, Social and Governance – ESG) e seus desdobramentos para a área de investimentos e apreçamento de ativos no mercado são bem-vindos. É possível desenvolver, avaliar, testar e propor metodologias de apreçamento de ativos financeiros para os Fundos de Investimento e aos Fundos de Investimento em Índice de Mercado. As metodologias devem ser desenvolvidas de acordo com as características de cada ativo ou grupo de ativos e devem seguir as melhores práticas do mercado. As informações de preços ou fatores a serem utilizados no apreçamento de ativos financeiros devem ser preferencialmente obtidos por fontes públicas para facilitar a replicação. Ademais, como exemplos de trabalhos empíricos, podem-se ter modelos baseados em consumo e visão geral; mercados de ativos contingentes; fronteira média-variância e representações beta; relações entre fatores de desconto, betas e fronteiras média-variância; etc. Também há interesse em estudos ligados títulos bancários (como CDB), a títulos públicos federais (representando a dívida do governo) e a debêntures (títulos de dívida emitidos por empresas). A interconexão entre esses tópicos e assuntos reforça a importância do tema para o ambiente empresarial e para a sociedade, de maneira geral.
Anderson Luiz Rezende Mól: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Programa de Pós-grad em Ciências Contábeis / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Pedro Guilherme Ribeiro Piccoli: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná) - (Prog de Mestr Prof em Gestão de Cooperativas - PPGCOOP / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
O tema visa estimular a investigação de alto nível sobre Mercados e Instituições Financeiras no Brasil e no Mundo.
De forma objetiva o tema proposto abriga discussão acerca dos aspectos da integração de mercados, política monetária e estabilidade financeira, canais de transmissão de volatilidade e contágio, regulação de mercados, “corporate banking”, ratings, governança corporativa de Instituições financeiras, concentração de mercados, valuation e desempenho de instituições financeiras, entre outros.
Stricto sensu, o tema se articula sob dois objetivos. O primeiro (1) é substantivo: contribuir com o debate sobre estabilidade financeira, a regulação e integração dos mercados além da gestão e avaliação das Instituições financeiras, viabilizando insights dentro e fora da ortodoxia econômica de forma a produzir uma pauta propositiva à luz do trinômio “Corporate Banking x Regulação x Integração de Mercados”. O segundo (2) é metodológico, e se relaciona diretamente com o objetivo do tema: consolidar metodologias de estudos que permitam a extrapolação do “ceticismo esclarecido” da simples evidência empírica. Em relação ao objetivo (1), estimulam-se investigações que tragam contribuições relevantes do ponto de vista do desenvolvimento dos instrumentos e das instituições financeiras partícipes do Sistema Financeiro doméstico e internacional. Neste contexto, a regulação, integração de mercados e globalização financeira sustentam um ambiente fértil de investigações para além de pautas institucionais clássicas. Políticas monetárias alternativas, reforma e novos instrumentos de regulação oferecem um contexto para produção de reconstruções institucionais comparadas, discutindo a evolução de certos arranjos de governança do sistema financeiro.
Isto posto, o tema proposto visa oferecer um ambiente adequado para a produção e veiculação de investigações de alto impacto sobre os Mercados e Instituições Financeiras.
Marcelo Cabus Klotzle: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
ELI HADAD JUNIOR: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Gláucia Fernandes Vasconcelos: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
A gestão de riscos corporativos é um processo contínuo, que consiste no desenvolvimento de um conjunto de ações e práticas destinadas a controlar fontes de incertezas que afetam os objetivos, processos e projetos empresariais, nos níveis estratégico, tático e operacional. Objetiva-se, por meio de estratégias de mitigação ou eliminação, a identificação, análise, avaliação, priorização, tratamento e monitoramento de fontes de riscos corporativos, de liquidez, de mercado, operacional, legal. Destaca-se a capacidade do uso de instrumentos financeiros para eficiência e alavancagem organizacional na gestão do risco de mercado, com o uso de derivativos financeiros, atuando como instrumentos de maximização de valor. A gestão de risco favorece os processos decisórios visando o uso de informações particulares das firmas, de seus concorrentes, contextos econômicos nacionais e internacionais, utilização de derivativos para proteção de flutuações inesperadas ou esperadas do preço de mercado dos ativos que compõem carteiras de investimentos ou afetam os resultados das firmas. Esse tema trata da identificação, avaliação, e gestão dos riscos corporativos de forma coordenada, com aplicações práticas e empíricas minimizando o impacto de eventos inesperados e negativos e, permitir a maximização dos resultados esperados para a organização. Os tópicos incluem, mas não se limitam a: identificação do risco e sua análise; instrumentos de gestão de riscos; avaliação de técnicas e gerenciamento de risco de mercado; de crédito e operacional; da adequação às normas para mitigação do risco legal; estratégias de gestão de riscos por meio da utilização dos mercados de commodities, termos, futuros, opções e swaps; apreçamento de derivativos; dentre outros. São esperados trabalhos que contribuam para a temática da gestão de risco e do uso de derivativos de contribuindo a literatura sobre o tema, tendo em vista o avanço nos estudos das finanças no Brasil, mas também suas intersecções com mercados e práticas internacionais.
Flavio Luiz de Moraes Barboza: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Herbert Kimura: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília) - (Programa de Pós-graduação em Contabilidade - PPGCont / UnB - Universidade de Brasília)
Leandro Maciel: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
O campo da Ciência de Dados (CD) em Finanças abrange um conjunto diversificado de frentes de pesquisa, cobrindo desde problemas clássicos até desafios emergentes. Asset pricing, gestão de carteiras, análise de riscos, previsão de falências [e similares] e mercados financeiros (incluindo criptomoedas) são algumas vertentes (Markowitz, 1952; Engle, 1982; Barboza et al., 2017; Maciel, 2020). Soluções com o uso de aprendizado de máquina e deep learning têm permitido modelagens de estruturas de dependência complexas e captura de efeitos não-lineares, algo recorrente em finanças (Goodfellow et al., 2016). Além disso, algoritmos de negociação já são capazes de responder a mudanças no ambiente de mercado (Sutton & Barto, 2018). Em finanças públicas, CD tem apoiado a formulação de políticas mais eficientes (Tillu et al., 2023). Dados financeiros de instituições públicas são basilares para o cumprimento de requisitos legais, sob os quais CD podem colaborar na otimização da prestação de serviços públicos e a facilitação da tomada de decisões. Há ainda a possibilidade de examinar variáveis macroeconômicas e fiscais (orçamento, endividamento público, etc), ajudando a identificar padrões de risco e prever impactos de choques externos. Adicionalmente, a aplicação de CD na análise de finanças comportamentais vem ganhando força, integrando big data e text mining para avaliar o sentimento de investidores e prever bolhas de ativos (LeBaron, 2001).
A importância desse tema reside na sua capacidade de oferecer novas abordagens metodológicas e ferramentas analíticas que transcendem os limites dos métodos tradicionais, proporcionando uma compreensão mais profunda de mercados, instituições e agentes, permitindo uma tomada de decisão mais robusta, sustentada em análises mais dinâmicas e atualizadas. A proposta visa promover um diálogo interdisciplinar, integrando finanças, estatística e computação, e incentivar a produção de conhecimento que contribua para a evolução do ambiente financeiro.
Ani Caroline Grigion Potrich: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Wenner Glaucio Lopes Lucena: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Moisés Ferreira da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis/PPGCONT / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (PPGCC / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
A complexidade dos produtos financeiros, serviços e sistemas atualmente disponíveis à sociedade fazem com que os indivíduos necessitem ser capazes de tirar o máximo proveito das oportunidades que estes oferecem, mas também se torna primordial a compreensão dos riscos e das incertezas inerentes aos diferentes produtos e serviços. Por isso, a educação financeira tornou-se uma habilidade essencial para a plena participação na sociedade. Complementariamente, a educação financeira é uma competência crítica no século 21 para os indivíduos, sendo necessária a existência de esforços para o seu aprimoramento, a fim de apoiar o crescimento econômico em qualquer economia mundial. No entanto, apesar de sua importância, vários estudos ao redor do mundo apontam que grande parte da população mundial ainda sofre de analfabetismo financeiro e que medidas para sanar tal problema são urgentes. Ademais, tanto governos de países desenvolvidos, quanto de países emergentes, estão preocupados com o nível de educação financeira dos seus cidadãos, principalmente pelo difícil contexto econômico e financeiro existente e pelo reconhecimento de que a falta de educação financeira é um dos fatores que contribuiu para decisões financeiras mal informadas e com enormes repercussões negativas. Além disso, as evidências indicam que a educação financeira é um fenômeno complexo, multifacetado, direta e indiretamente determinante de outros fatores comportamentais e que se apresenta de maneira distinta em diferentes perfis socioeconômicos e demográficos. Neste sentido, é um tema extremamente atual que vem sendo cada vez mais pesquisado em diversas esferas, o que o torna um importante tema de pesquisa e que vem crescendo ao longo dos anos.
Graciela Dias Coelho Jones: (FACIC/UFU / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Wilson Toshiro Nakamura: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Natalia Diniz Maganini: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Essa área temática refere-se a tópicos contemporâneos abordados pela área de Finanças, mas que não são contemplados nas demais áreas temáticas da divisão por se tratarem de assuntos emergentes na área de Finanças. Esses temas merecem ter espaço para sere estudados, discutidos e apresentados.
Como sugestões para submissão de artigos, sem contudo limitar outros temas emergentes, propõe-se os seguintes:
i. FinTechs e Finanças Digitais.
ii. Inteligência Artificial (I.A.) aplicada à Finanças.
iii. Mercado de Private Equity and Venture Capital (PEVC).
iv. Criptomoedas: Crowdfunding, Blockchain, Criptomoeda, ICO (Initial Coin Offer), STO (Security Token Offer).
v. Finanças no esporte: Gestão de equipes esportivas profissionais.
vi. Operações estruturadas e Securitização e Seguros e Previdência.
vii. Interações Sociais e Decisões Financeiras
A justificativa para a proposição dessa área temática está respaldada nos fenômenos que tem permeado o mundo moderno, na nova realidade e no atual cenário proveniente de inovação, novas tecnologias e legislações que impactam de forma significativa a área de Finanças.
LEONARDO AUGUSTO DE VASCONCELOS GOMES (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
José Augusto Lacerda Fernandes (PPGGP/NAEA / UFPA)
Paola Rücker Schaeffer (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios - PPGN / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Priscila Rezende da Costa (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Cristina Dai Prá Martens: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Suzete Antonieta Lizote: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Pedro Henrique Mariosa: (PPGCASA - Programa de Pós Graduação em Ciências do Ambiente e Sustentabilidade / UFAM - Universidade Federal do Amazonas) - (INC - Instituto Natureza e Cultura / UFAM - Universidade Federal do Amazonas)
Nos últimos anos, houve um considerável aumento no interesse por modelos de negócios que buscam mais do que apenas lucro financeiro, visando também causar impactos positivos na sociedade e no meio ambiente (Usman et al., 2022). Esses modelos, conhecidos como Negócios de Impacto Socioambiental (NIS) (Barki, Rodrigues & Comini, 2020), englobam diversas abordagens, como negócios sociais, inclusivos, da base da pirâmide, soluções de impacto social e empreendimentos sociais (Dees, 1998; Yunus et al., 2010).
Embora os NIS tenham surgido no início do século XXI, no Brasil eles são relativamente novos, geralmente operando por menos de cinco anos (Pipe.Social, 2021). Eles situam-se entre o segundo e o terceiro setor e têm como objetivo solucionar desafios sociais ou ambientais, utilizando métodos de negócios para gerar impacto positivo e sustentável (Koppell, 2003; Marins, 2019). Ainda que busquem sustentar suas operações e seu crescimento, enfrentam desafios únicos. Suas prioridades, valores, partes interessadas e métricas de sucesso são distintos dos negócios tradicionais, demandando uma abordagem particular.
Além dos NIS, há também iniciativas pontuais e temporárias desenvolvidas por empresas por meio de projetos (PMI, 2017) com propósito social e/ou ambiental. Projetos de impacto social, por exemplo, têm se voltado para a justiça social com o intuito de promover inovação social em áreas como finanças, saúde e educação (Dodescu et al., 2021; Villiers, 2021). As organizações, por meio de projetos, podem desempenhar um papel de facilitadoras do impacto positivo na sociedade (Reale, 2022).
Este tema convida ao desenvolvimento de artigos provenientes de pesquisas básica e aplicada, que permitam melhor compreender como o empreendedorismo, a inovação e as tecnologias podem ser usadas em benefício dos projetos e negócios de impacto socioambiental. Melhores práticas de gestão, ancoradas em teorias de empreendedorismo, inovação e tecnologias podem aprimorar seu desempenho e contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Ana Paula Franco Paes Leme Barbosa: (PRO - Poli Engenharia de Produção / USP - Universidade de São Paulo)
Anapatrícia de Oliveira Morales Vilha: (Ciências Econômicas / UFABC) - (Diretoria Científica / FAPESP)
ROBERTO CARLOS BERNARDES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Este tema de pesquisa tem como foco examinar os desafios e oportunidades da gestão da inovação em um contexto de rápidas mudanças tecnológicas e sociais, o qual iremos denominar de contexto crítico. À medida que novas tecnologias disruptivas, como
inteligência artificial (talvez a tecnologia mais profundamente disruptiva do último século), a digitalização, e a transição para a Indústria 5.0, transformam o ambiente competitivo, estudos que busquem compreender como gestão da inovação pode contribuir para as organizações se manterem relevantes e resilientes são necessários. Assim, a questão guia para esse tema é: Como a gestão da inovação pode contribuir para a organização enfrentar contextos críticos?
Sugerimos a seguir alguns temas, mas não nos limitados a eles:
● A coordenação da inovação em contextos disruptivos e críticos, como pandemias, e efeitos de mudanças climáticas, é um tópico que segue sendo relevante.
● Como empresas podem estruturar processos de inovação que incorporem práticas de resiliência, permitindo que projetos inovadores sejam mantidos ou ajustados mesmo em cenários adversos, com foco na sustentabilidade de longo prazo?
● As políticas orientadas por missões definem objetivos de impacto social, mobilizando recursos e atores para enfrentar desafios que vão além dos interesses de mercado e atendem a demandas da sociedade.
● O tamanho da empresa é um fator que influencia diretamente suas abordagens de gestão da inovação. Enquanto grandes empresas podem ter estruturas dedicadas à inovação e recursos para investir em tecnologias de ponta, as pequenas e
médias empresas muitas vezes dependem de soluções adaptativas e podem se beneficiar de ambientes colaborativos.
● Outro objeto de estudos que pode contribuir com o tema, são estudos em deep techs — empresas de base tecnológica que desenvolvem inovações com alto impacto científico e tecnológico.
Andre Grutzmann: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (Programa de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Giana de Vargas Mores: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
Agnieszka Radziwon:
Os complexos desafios postos às empresas demandam, cada vez mais, soluções criativas e sustentáveis. Entretanto, as estruturas tradicionais de organização podem trazer empecilhos que dificultam ou impedem novas propostas de valor. Assim, Ecossistemas de Inovação (EI) são formatos organizacionais para cooperação interdependente, principalmente, para criação de valor (Adner, 2006; Gomes et al., 2018). Por sua vez, o setor público ainda enfrenta dificuldades para contemplar estas novas configurações organizacionais nas políticas públicas. Portanto, além de avançar na diferenciação entre os ecossistemas de inovação e os de negócios, empreendedorismo e conhecimento (Scaringella, Radziwon, 2017; Cobben et al., 2022), é fundamental aprimorar as estruturas analíticas para os EI (Coletto et al., 2024). Assim, o presente tema conclama estudos que investiguem os aspectos abaixo, sem se limitar aos mesmos:
Kadígia Faccin: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Luciana Maines da Silva: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos) - (Mestrado Profissional em Gestão Educacional / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Nas últimas décadas, o conceito de grandes desafios (GCs) incluem debates sobre a mudança climática, a desigualdade e crises globais de saúde, e exigem soluções inovadoras que transcendam os limites disciplinares e organizacionais tradicionais. Ao considerar a inovação como um processo, o foco se concentra nas dimensões-chave da Inovação Responsável.
Esperamos discussões que abordem, entre outros tópicos: a) Como o empreendedorismo pode ser uma força motriz na superação dos grandes desafios globais, integrando soluções sustentáveis desde a concepção até a implementação; b) Estratégias de inovação que integram princípios ESG para gerar valor sustentável e impacto positivo e c) iniciativas empreendedoras que foram guiadas por uma agenda de inovação responsável, visando enfrentar desafios globais específicos; d) estratégias para aumentar o diálogo público, a bioética, a integridade da pesquisa e a gestão de riscos são todos mecanismos que apoiam a governança da Inovação Responsável (IR). Esses mecanismos precisam estar alinhados e integrados para fornecer uma abordagem de governança coerente e legítima. Esse alinhamento pode ser alcançado por meio de abordagens como a Avaliação Construtiva de Tecnologia, que integra múltiplos níveis de governança para abordar políticas públicas (nível macro), pesquisa em laboratório (nível micro) e estruturas e práticas institucionais (nível meso); e e) estratégias, ferramentas e práticas alinhadas com a proposta do track.
O objetivo é reunir pesquisas que demonstrem uma interseção clara entre inovação, empreendedorismo, e uma abordagem consciente e ética aos desafios globais, fornecendo insights sobre como essas áreas podem se reforçar mutuamente para criar um impacto duradouro. Para tanto, as pesquisas direcionadas a este tema devem necessariamente estabelecer uma conexão clara e robusta entre os temas tratados e a proposta central da divisão.
Aurora Carneiro Zen: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Bibiana Volkmer Martins: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Frédéric Prevot: (Strategic Management / KEDGE Business School Bordeaux)
Os modelos de transição para sustentabilidade estão sustentados pelo entendimento de que as dinâmicas produtivas e até mesmo de sobrevivência como o aumento populacional e o desenvolvimento tecnológico e econômico, afetam o planeta de maneira profunda, passando a exigir objetivos, métricas e indicadores que orientem a busca pela sustentabilidade (Viola & Mendes, 2022). Como respostas a essas demandas alguns modelos foram desenvolvidos. Geels (2011) propôs uma abordagem multinível entendendo que as estruturas sustentam um paradigma e por elas pode-se chegar às soluções sustentáveis. Na busca pela transição para sustentabilidade, destacam-se também autores como Avelino e Wittmayer (2016), que focam no entendimento de que as relações entre múltiplos atores pode descrever interações em diferentes eixos (público-privado, com-sem fins lucrativos, formais-informais) permitindo entender quem sustenta as possíveis mudanças e inovações, identificando quem exerce poder nos processos de transição para a sustentabilidade. A promoção de ecossistemas de inovação tem sido utilizada por territórios e empresas como alternativa para conectar e engajar atores no enfrentamento desses grandes desafios (Nilsson e Ritzén, 2023) e na promoção do desenvolvimento sustentável (Xin, Miao e Cui, 2023). Esses atores são estruturados em redes e interagem de forma complexa, buscando equilíbrio entre interesses conflitantes e objetivos convergentes (Foss, Schmidt e Teece, 2023).
Este tema buscará explorar como os ecossistemas de inovação poderão influenciar na transição orientada à sustentabilidade. Contempla as temáticas:
Estudos comparativos entre o sul e o norte global na transição orientada à sustentabilidade.
Edmundo Inácio Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)
Augusto de Castro Rocha: (University of Edinburgh/UK / University of Edinburgh)
Fernando Antonio Prado Gimenez: (Program de Pós-Graduação em Políticas Públicas / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
O tema proposto busca fomentar discussões conceituais, metodológicas e empíricas sobre a dinâmica dos ecossistemas empreendedores (EEs) e suas trajetórias futuras. EEs são redes complexas e interconectadas que incluem empreendedores, instituições, investidores e infraestrutura de apoio (BROWN; MASON, 2017; SPIGEL, 2017). Compreender sua evolução é crucial para possibilitar crescimento sustentável, inovação e desenvolvimento regional (WURTH; STAM; SPIGEL, 2021).
Com base em trabalhos seminais como ISENBERG (2010), que destaca a natureza sistêmica dos EEs, e SPIGEL (2017), que explora os aspectos sócio-materiais desses sistemas, este tema visa incentivar a pesquisa acadêmica que desvende as complexidades dos EEs, sua adaptabilidade e resiliência. Este tema promoverá a colaboração interdisciplinar, reunindo insights de empreendedorismo, desenvolvimento regional, estudos de inovação, entre outros. Convidamos discussões que expandam o potencial da metáfora do ecossistema (HARRISON; ROCHA, 2024), incentivando pesquisas que informem formuladores de políticas e stakeholders do ecossistema sobre estratégias de crescimento a longo prazo, adaptabilidade e sustentabilidade em cidades e regiões.
Os principais objetivos de pesquisa incluem compreender os mecanismos adaptativos dos ecossistemas, identificar fatores que promovem a saúde do ecossistema e explorar como a tecnologia e a circulação de recursos remodelam ecossistemas empreendedores em diferentes contextos.
Tópicos de interesse incluem, mas não se limitam a: Investigar como EEs se adaptam e se recuperam de choques econômicos, sociais e ambientais; Explorar o impacto das plataformas digitais, IA e blockchain nos EEs; Compreender como EEs podem melhor apoiar comunidades empreendedoras marginalizadas ou sub-representadas; Analisar as etapas de desenvolvimento e evolução dos EEs ao longo do tempo; Examinar o papel das políticas governamentais na formação e acompanhamento dos EEs; Avaliar como as colaborações transfronteiriças e redes globais influenciam EEs locais; Definir e medir o sucesso dos EEs além das métricas tradicionais; Examinar o papel dos recursos financeiros e não financeiros, incluindo como capital, conhecimento e talento.
Julio Araujo Carneiro da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Escola de Comunicações e Artes - ECA / USP - Universidade de São Paulo)
Victor Silva Corrêa: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
O empreendedorismo e a inovação são motores do crescimento econômico e desenvolvimento social. Contudo, há um lado obscuro que projeta luzes para uma dimensão problemática, ainda pouco explorada nos estudos do fenômeno. Esta proposta temática se insere neste contexto, compreendendo: (1) Aspectos negativos do empreendedorismo, incluindo como a pressão por sucesso e crescimento pode levar a práticas antiéticas, além de abordar questões de saúde mental relacionada ao fracasso empresarial; (2) Riscos da inovação, incluindo os efeitos da inovação sobre desigualdades sociais e econômicas, além dos impactos ambientais adversos e oriundos de tecnologias (especialmente disruptivas); (3) Desafios de governança, controle e mitigação de riscos que refletem sobre a responsabilidade ética de empreendedores e inovadores; (4) Dilemas relacionados à quebra de regras e regulamentações a partir de modelos de negócios inovadores que resultam em desequilíbrio de mercado e práticas empresariais predatórias; (5) Impactos sociais, econômicos e ambientais negativos oriundos da implementação de novos negócios e inovações que afetam comunidades locais; (6) Relação entre inovação disruptiva e a obsolescência de empregos, além de suas implicações para o futuro do trabalho e das relações interpessoais; (7) Desigualdades resultantes do acesso restrito às alternativas inovadoras e à busca de democratização do acesso às tecnologias; (8) Políticas para regular práticas empresariais inovadoras e proteger os direitos das empresas e da sociedade civil, assegurando práticas éticas e sustentáveis no empreendedorismo; (9) Casos de inovações que se mostraram fraudulentas e manipulações de mercado que geraram consequências legais e reputacionais. A partir desse conjunto de subtemas, pode-se oferecer uma plataforma para discutir os desafios e riscos associados ao empreendedorismo e à inovação. Ao se considerar o lado obscuro dos fenômenos aqui apresentados, pode-se ter uma compreensão mais equilibrada da realidade, contribuindo para práticas empresariais mais responsáveis e sustentáveis.
Ana Cláudia Azevedo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Rafael Morais Pereira: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Bruno de Souza Lessa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
A dinâmica de empreendedorismo e inovação tem sido cada vez mais moldada por parcerias colaborativas, cuja complexidade crescente, seja em ecossistemas, clusters, redes ou em arranjos não ecossistêmicos, exige uma compreensão mais profunda de sua governança, implementação e avaliação dos resultados. Este tema convida contribuições que explorem como as organizações podem projetar, operacionalizar e avaliar o desempenho dessas colaborações, promovendo a co-criação de valor em diferentes níveis organizacionais.
Neste cenário, busca-se desenvolver uma compreensão holística para identificar como, quando, onde e o porquê determinados modelos de governança e operacionalização de relações colaborativas são mais eficazes do que outros. Este tema incentiva estudos de diferentes lentes teóricas que investiguem os desafios evolutivos das parcerias, incluindo desalinhamento de objetivos, assimetrias de recursos e capacidades, riscos de dependência, estabilidade da relação e distribuição desigual de valor. Essas questões são recorrentes em ecossistemas e outros arranjos colaborativos, envolvendo corporações nacionais e multinacionais, PMEs, empresas públicas e negócios sociais, em diversas fases de maturidade.
Os estudos podem abordar questões como:
Incentivamos submissões que adotem uma abordagem multinível (micro, meso e macro) e compreendam a complexidade da colaboração em diferentes formas organizacionais e contextos setoriais. Estudos baseados em dados empíricos, bem como artigos conceituais que ofereçam novos frameworks, são bem-vindos.
Simone Vasconcelos Ribeiro Galina: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Iraci de Souza João Roland: (Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica / Universidade Federal de São Paulo)
Stelvia Matos: (Reino Unido / Surrey Business School)
Consideramos “Sul Global” aquelas regiões frequentemente marginalizadas política ou culturalmente, que ocupam posições periféricas de poder geopolítico em decorrência da colonização europeia e seus impactos econômicos e sociais (Dados & Connell, 2012). Isso influencia a geração de conhecimento em gestão, que geralmente espelha interesses e abordagens teóricas de países desenvolvidos (Wanderley et al., 2021). Há uma recente valorização de soluções singulares do Sul Global (Sousa-Santos, 2015; Quijano, 2007), que muitas vezes, ocorrem a partir do resgate de conhecimentos e práticas tradicionais (ou pré-coloniais). Isso porque a adaptação de inovações eurocêntricas nem sempre constituem melhores inovações para as necessidades sociais locais. Essas devem ser construídas a partir do envolvimento de atores engajados no contexto local (Cajaiba-Santana, 2014). Assim, é relevante compreender perspectivas que levam a soluções inovadoras para o desenvolvimento social e econômico inclusivo e enfrentamento dos problemas que são encontrados na região. É importante dar visibilidade a histórias e casos no sul global. Isso oferece novas agendas para a gestão da inovação, que podem ser particularmente voltadas para as questões abaixo, mas não se restringem a elas:
Bruno Anicet Bittencourt: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Giancarlo Gomes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Lucas Bonacina Roldan: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
O fator humano da inovação e do empreendedorismo tem se tornado cada vez mais central tanto na pesquisa acadêmica quanto nas práticas empresariais. Enquanto os estudos tradicionais nesses campos focam majoritariamente em organizações e ecossistemas, o entendimento do papel do indivíduo no processo de inovação e empreendedorismo tem ganhado crescente relevância. Como podemos capacitar indivíduos para serem mais inovadores e empreendedores? Quais competências devem ser desenvolvidas para estimular esses comportamentos? Além disso, como as organizações podem criar culturas que promovam e sustentem a inovação? Quais métricas podem ser utilizadas para avaliar comportamentos inovadores e empreendedores de maneira eficaz? E quais metodologias educacionais são mais eficazes para fomentar a inovação e o empreendedorismo?
Este track busca explorar pesquisas que examinem o lado humano e relacional da inovação e do empreendedorismo, acolhendo tanto ensaios teóricos quanto trabalhos empíricos. Os tópicos incluem, mas não estão limitados a:
Daniela Callegaro de Menezes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (PPGAgro - CEPAN / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Paulo Henrique Montagnana Vicente Leme: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Jose Enrique Arias Perez: (Programa de Doctorado en Administración y Organizaciones / Universidad de Antioquia)
A transformação digital se apresenta como uma solução para as demandas das organizações nos diferentes setores econômicos e para a sociedade em geral. Inovações tecnológicas que envolvem IOT, Cloud Computing, Blockchain, Inteligência Artificial, Geotecnologias, entre outras, vêm proporcionando ganhos de custos, de eficiência e de competitividade para àqueles que adotam. Nesse sentido, ainda estamos buscando entender como as inovações digitais beneficiam os ambientes onde são aplicadas? No entanto, também existe um lado que merece atenção no que diz respeito aos impactos negativos da adoção dessas tecnologias. Mudanças comportamentais de comunidades que dependem do conhecimento tácito para se manterem produtivas, restrição no desenvolvimento da criatividade e capacidade analítica dos profissionais e futuros profissionais, surgimento de novas epidemias junto aos usuários, entre outros, são preocupações que extrapolam os ambientes organizacionais, mas que impactam diretamente nos ecossistemas de inovação. Portanto, também é relevante compreender, quais são os impactos negativos que as inovações digitais geram nos ambientes onde são aplicadas? Além disso, as tecnologias estão efetivamente acessíveis aos ecossistemas? Quais infraestruturas de mercados permitem que a inovação digital possa acontecer?
Tópicos de Interesse:
Brenno Buarque: (Campus Quixadá / UFC - Universidade Federal do Ceará)
DANIEL PAULINO TEIXEIRA LOPES: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Elias Pereira Lopes Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UFCA - Universidade Federal do Cariri) - (Programa de Pós-Graduação em Administração / UECE - Universidade Estadual do Ceará)
O uso e o desenvolvimento da inteligência artificial (IA) têm sido acelerados nos últimos anos em diversos setores econômicos, se consolidando como uma importante ferramenta para a gestão. A IA também tem sido observada como questão de soberania nacional e objeto de estratégias nacionais (BRASIL, 2024). No contexto organizacional, a IA pode ser utilizado como ferramenta para suportar o gestor no processamento de informações em diversas áreas (Hafner, Wincent, Parida e Gassmann, 2021), como 1) geração e desenvolvimento de ideias; 2) coleta e análise de dados em sistemas de gestão; 3) reconhecimento de gargalos e proposição de soluções; 4) automatização de processos.
Mais especificamente, quando relacionamos IA com Gestão da Inovação, há um leque de oportunidades para pesquisadores e gestores da área se debruçarem sobre suas possíveis aplicações nas rotinas, práticas e pesquisas (Mariani, Machado, Magrelli, & Dwivedi, 2023; Paschen, Pitt, & Kietzmann, 2020; Roberts & Candi, 2024). O objetivo deste tema é explorar ferramentas, técnicas, práticas, perspectivas e abordagens da inteligência artificial aplicada à gestão da inovação, desde uma perspectiva prática quanto em aplicações em estudos acadêmicos da área.
Assim, é possível elencar possíveis áreas de estudos entre Gestão da Inovação e Inteligência Artificial, dentre elas:
Nota: este tema não contempla trabalhos que não estejam vinculados à área de Ciências Sociais Aplicadas.
Daiane Mulling Neutzling: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Renata Peregrino de Brito: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Paola Schmitt Figueiro: (Curso de Mestrado Acadêmico em Administração / FEEVALE - Universidade Feevale)
O empreendedorismo surge como uma ferramenta para enfrentar os problemas mais urgentes da sociedade e passa a ser um catalisador de impacto positivo em termos de recuperação ambiental e justiça social.
Todavia, os empreendedores que atuam fora do eixo central do empreendedorismo tradicional enfrentam desafios significativos. Esta proposta evidencia pesquisas que abordam o empreendedorismo social (ES) e o microempreendedorismo (ME) voltado às periferias e camadas da Base da Pirâmide. Essas formas de empreendedorismo se apresentam como ferramentas eficazes para a interlocução de soluções voltadas à mitigação da pobreza e à inserção produtiva de populações em situação de vulnerabilidade socioeconômica, promovendo sua participação ativa em atividades econômicas e fortalecendo o tecido social em regiões marginalizadas.
A proposta também busca englobar metodologias de pesquisa inovadoras neste campo, com ênfase na aproximação entre os pesquisadores e os contextos práticos de estudo. O papel ativo dos pesquisadores visando aprofundar a compreensão dos fenômenos e garantir que as abordagens teóricas e práticas estejam alinhadas às necessidades reais das comunidades e iniciativas estudadas. Assim, promove-se uma pesquisa mais participativa e transformadora que integra o rigor acadêmico com a vivência prática no campo de atuação.
Portanto, esse tema visa agregar trabalhos desenvolvidos nas seguintes vertentes:
- Desafios e oportunidades para o desenvolvimento do ES e ME de periferias, considerando o ambiente institucional, cultural e socioeconômico.
- Análise de aspectos comportamentais dos empreendedores, influência institucional e do contexto, efeitos da informalidade e do estigma das favelas/periferias sobre o desenvolvimento dos negócios.
- Análise de interseccionalidade e o efeito de gênero e raça nos desafios e oportunidades enfrentados pelos microempreendedores e empreendedores sociais.
- Estudos de monitoramento de intervenções e avaliação de impacto no âmbito do ME de periferia e do ES.
- Estudos sobre métodos e abordagens de pesquisa voltados ao ME de periferia e ES.
Silvio Bitencourt da Silva: (Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Luiz Carlos Di Serio: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Glessia Silva: (Programa de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Federal de Sergipe - PROPADM/SE / Universidade Federal de Sergipe - UFS)
O cenário contemporâneo, marcado por grandes desafios globais como a crise climática e a desigualdade social, demanda uma profunda reavaliação do papel do empreendedorismo e da inovação em resposta às necessidades emergentes da sociedade e para estimular a criação de oportunidades.
Nesse contexto, essa questão surge como crucial, exigindo uma análise crítica de como construir um modelo de desenvolvimento econômico dinâmico, sustentável e inclusivo, com foco central no papel estratégico das políticas públicas de empreendedorismo e inovação.
Propomos um debate aprofundado, com ênfase na pesquisa, sobre a intersecção entre empreendedorismo, inovação, sustentabilidade, equidade, justiça social e outros grandes desafios globais, com foco no desenvolvimento de políticas públicas efetivas. Buscamos estimular a pesquisa e o desenvolvimento de novas abordagens teóricas e metodológicas para compreender e impulsionar a formulação, implementação e avaliação de políticas públicas de empreendedorismo e inovação em diferentes arcabouços de “ciência, tecnologia e inovação” a partir de uma perspectiva “transformadora”.
Principais questões a serem exploradas:
- Como podemos desenvolver políticas públicas que promovam a criação de modelos de negócios sustentáveis e inclusivos, priorizando “missões e políticas de inovação orientadas por missões”?
- Quais as implicações da sustentabilidade para a gestão financeira e tomada de decisão nas organizações, considerando os avanços teóricos e metodológicos nas políticas de empreendedorismo e inovação, e como essas questões impactam a formulação de políticas públicas?
- Como incentivar o empreendedorismo e a inovação em um contexto de desafios globais, considerando seus "racionais, lições e desafios", e como traduzir essas reflexões em políticas públicas efetivas?
Acreditamos que esse tema pode ser um espaço fértil para a troca de conhecimento, a produção de pesquisas inovadoras e a construção de soluções efetivas para os desafios atuais, com foco na formulação de políticas públicas capazes de impulsionar a transformação para um futuro mais sustentável.
Fabio Luis Falchi de Magalhaes: (Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica (PIT) / Universidade Federal de São Paulo)
Marcia Rodrigues dos Santos Capellari: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
João de Paula Ribeiro Neto: (Prog de Pós-Grad em Admin / USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul)
O tema Captação de Recursos para Inovação Tecnológica abrange o panorama, desafios, oportunidades e recomendações, além de outros fatores essenciais para o desenvolvimento sustentável de projetos inovadores em um ambiente global cada vez mais competitivo.
O acesso a recursos financeiros é essencial para transformar ideias em processos, produtos, serviços e soluções que impulsionem a economia e promovam o avanço tecnológico e social.
Programas de fomento nacionais, incluindo opções não reembolsáveis (subvenção), como FINEP, Programa Centelha, Rota 2030, Embrapii e PIPE-FAPESP, oferecem suporte financeiro direto e indireto, complementados por incentivos fiscais, como Lei do Bem e Lei de Informática; recursos reembolsáveis, como os do BNDES, aumentam a viabilidade dos projetos.
O investimento privado, via venture capital, corporate venture, private equity, crowdfunding e business angels, também é essencial, especialmente para negócios de alta tecnologia. Programas internacionais, como o SBIR (EUA) e outros da União Europeia, Israel e BRICS, junto com investimentos obrigatórios regulados por órgãos como ANP e ANEEL, ampliam as oportunidades. Além disso, financiamento com foco em sustentabilidade, como Green Bonds, Sustainability Bonds e Social Bonds, também contribuem para esse cenário.
Arranjos organizacionais, como Incubadoras, consórcios e alianças de empresas com centros de inovação, ICTs, universidades e governo, formam ecossistemas que fortalecem a colaboração em projetos integrados em busca de financiamento. É essencial priorizar a regionalização do fomento e o acesso financeiro a PMEs, startups e organizações em diferentes estágios de maturidade, superando as barreiras burocráticas que limitam essas iniciativas.
É fundamental atender a linhas temáticas em setores estratégicos e usar tecnologias habilitadoras e métricas de impacto para viabilizar projetos com maior risco tecnológico. Essa gestão exige atenção à documentação, aos requisitos dos editais, aos aspectos comerciais, técnicos, científicos e metodológicos. Também é vital considerar a prestação de contas e a propriedade intelectual, assegurando uma execução eficaz e responsável.
Vânia Maria Jorge Nassif: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Cândido Vieira Borges Junior: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Henrique Cordeiro Martins: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
Embora o empreendedorismo seja amplamente estudado, as pesquisas sobre o empreendedorismo feminino têm ganhado relevância acadêmica e empírica nos últimos anos (Brush e Cooper, 2012; Cardella et al., 2020; De Bruin et al., 2007; De Vita et al., 2014; Owalla e Al Ghafri, 2020). As mulheres empreendem em diversos contextos e setores, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico, como a geração de empregos, a redução da pobreza e a exclusão social (Brush e Cooper, 2012; Cardella et al., 2020; De Vita et al., 2014). Esse fenômeno é particularmente explorado em países emergentes e em desenvolvimento, onde o empreendedorismo feminino desempenha um papel crucial no desenvolvimento econômico e no bem-estar social (Zhang e Zhou, 2019; Afshan et al., 2021; Owalla e Al Ghafri, 2020). No entanto, as mulheres enfrentam mais obstáculos que os homens, incluindo conflitos familiares (Santos et al., 2018; Surangi, 2018), dificuldades de acesso a recursos (De Vita et al., 2014), capital humano (Afshan et al., 2021), e redes sociais (Afshan et al., 2021; Corrêa et al., 2022), além de sofrerem discriminação, preconceito e assédios. Políticas governamentais insuficientes e a influência de fatores culturais e normas sociais também afetam o empreendedorismo feminino (Moreira et al., 2019), impactando suas decisões e comportamentos nos negócios. Portanto, o empreendedorismo feminino é um fenômeno complexo e influenciado por múltiplos fatores contextuais. Para enfrentar esses desafios, as pesquisas devem aprofundar o entendimento das interações entre mulheres empreendedoras, seus negócios e o ambiente. Soluções devem promover um empreendedorismo inclusivo, responsável e de impacto, abordando temas como:
Edmilson de Oliveira Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROSE MARY ALMEIDA LOPES: (N/A / ANEGEPE) - (Vice-Presidência / ANEGEPE Associação Nacional de Estudos de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas)
João Paulo Moreira Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Problemas variados afligem o empreendedorismo, muitos deles sob a forma de ameaças e dificuldades. As ameaças são problemas que podem acontecer, e embora não se tenha precisão de como e se efetivamente acontecerão, causam apreensão. Dificuldades são problemas efetivamente enfrentados, que normalmente impõem barreiras e maior dispêndio de recursos aos empreendedores na realização do que desejam. Os problemas são frequentemente enfrentados com carência de recursos, principalmente quando ocorrem crises (desastres, pandemia, etc. – Osiyevskyy et al., 2023; Nelson e Lima, 2020; Lima, 2022). Contudo, quando se trata de pequenas organizações (p. ex.: pequenas empresas ou pequenas associações, tal carência já é uma característica corrente, que acaba agravada por eventuais crises.
O empreendedorismo, principalmente nas pequenas organizações, tem encontrado modos para superar ameaças e dificuldades em condições de carência de recursos, inclusive em crises. Fazer muito com pouco é indispensável. Esse comportamento aparentemente óbvio em condições de restrição, no entanto, precisa ser mais estudado e compreendido. Há falta de estudos em particular quanto à variedade dos modos de se fazer muito com pouco e sobre a interação e a complementaridade entre eles. Por exemplo, a effectuation (Sarasvathy, 2001) e a bricolagem (Baker e Nelson, 2005), assim como o bootstrapping (Michaelis et al., 2020), são alguns desses modos. Ainda assim, mais conhecimento precisa ser produzido sobre como se combinam e complementam, quais são suas limitações e a que tipos de problema e crise respondem melhor. Outros modos também existem (p. ex.: gambiarras, jeitinhos, negociações do tipo rolo e a jugaad indiana) e têm a mesma carência de pesquisa, mas mais intensa.
Nesta chamada para o Enanpad, serão bem-vindos trabalhos teóricos e empíricos, estudos quantitativos, qualitativos e mistos que podem ser comparações e perspectivas internacionais e apresentar qualquer configuração possível de tratamento de apenas um ou vários dos temas da chamada.
Daniela Meirelles Andrade: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Alex Fernando Borges: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (FACES / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
LUCIANA RODRIGUES FERREIRA: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia) - (Observatorio de Governança Publica / Secretaria de Estado da Fazenda - SEFA.PA)
O tema destaca o papel do empreendedorismo público como ferramenta para enfrentar desafios complexos visando contribuir com sua eficiência para mitigar problemas públicos e gerar valor social para a comunidade e seu entorno. A partir de uma análise das principais barreiras à eficiência governamental – como a burocracia, a escassez de recursos e a falta de integração entre diferentes níveis de governo – o tema busca por soluções colaborativas, envolvendo servidores públicos, cidadãos e empresas. Observa-se esforços e condutas colaborativas para além do setor público, envolvendo organizações empresariais e do terceiro setor para cocriarem projetos e soluções para o bem comum ou de uma determinada comunidade. Neste sentido, busca congregar pesquisadores e fortalecer agendas de investigação inter(multi)disciplinares, por meio de ações colaborativas e em rede.
Espera-se receber trabalhos com diferentes epistemológicas e métodos que abordem sobre:
Marcelo Amaral: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Andrea Aparecida da Costa Mineiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Adriana Ferreira de Faria: (Economia / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
A economia e sociedade seguem em acelerada transformação. Este contexto exige a reformulação do papel de governos, academia, empresas e instituições como um todo. Especificamente, na dinâmica empresarial, os modelos e as apolíticas nacionais e regionais de inovação enfrentam mudanças com as tendências tecnológicas, implicando em novas configurações organizacionais.
A metáfora da Hélice Tríplice, formada pelas conexões entre atores das esferas da universidade-empresa-governo, proposta por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), vem incorporando novos atores relevantes para a geração da inovação, como a sociedade (Hélice Quádrupla) e a sustentabilidade (Hélice Quíntupla), especificamente nesse contexto de transformações tecnológicas rápidas (Etzkowitz & Leydesdorff, 1995; Carayannis & Campbell, 2009). Esta evolução vem levando ao desenho de uma teoria das hélices e do neo-Triple Helix model, como uma síntese deste modelo (Carayannis & Campbell, 2022; Cai, 2022).
As relações entre os atores analisadas pelas teorias das hélices refletem na transformação da universidade, de tradicional à empreendedora, como elemento-chave de criação do conhecimento técnico-científico na economia do conhecimento. E como os mecanismos e ambientes de inovação (MAI) fazem a decodificação do conhecimento científico em inovação, seja em ambientes como incubadoras de empresas, parques tecnológicos, hubs de inovação, projetos de desenvolvimento econômico regional, entre outros.
Este tema estará recebendo submissões nas seguintes temáticas:
- Criação, gestão, consolidação e impactos de ambientes de inovação (ecossistemas; incubadoras de empresas; parques científicos e tecnológicos; hubs, áreas e distritos de inovação, entre outros);
- Mecanismos de proteção do conhecimento e transferência de tecnologia (escritórios de comercialização, núcleos de inovação tecnológica, entre outros);
- Sistemas de inovação (nacional/regional) e as abordagens da Hélice Tripla e de modelos derivados;
- O papel da sociedade civil organizada na inovação e no desenvolvimento econômico;
- O papel da universidade no século XXI, universidade empreendedora, universidade engajada, universidade sustentável, universidade empreendedora sustentável e gestão universitária.
Alex Fabianne de Paulo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Alexandre Aparecido Dias: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Flávia Oliveira do Prado Vicentin: (Programa de Pós Graduação em Administração de Organizações FEARP/SUP / USP - Universidade de São Paulo)
As discussões sobre as mudanças climáticas têm se intensificado, especialmente diante dos desastres recorrentes e graves que atingem diversos países ao redor do mundo. Mecanismos diplomáticos, como a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC), o Painel Intergovernamental sobre as Ações Climáticas (IPCC), o Protocolo de Quioto e Acordo de Paris, além de instâncias de governança como a Conferência das Partes (COP), visam estabelecer e gerenciar proposições, acordos e metas para mitigar e reduzir o rápido aumento da temperatura global e suas consequências. Nesse contexto, o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis torna-se crucial para apoiar os países no cumprimento de suas metas climáticas, posicionando a inovação como um vetor essencial para a transição rumo a uma economia de baixo carbono. Apesar dos esforços dos países de renda média no desenvolvimento de inovações e na transferência de tecnologias climáticas - exemplificados pela criação do Programa de Implementação de Tecnologia - persistem assimetrias entre países desenvolvidos e países em desenvolvimento no que diz respeito à capacidade de criar e implantar de forma célere novas tecnologias que reduzam as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Assim, torna-se urgente expandir estudos sobre mecanismos de transferência de tecnologia eficazes, com foco na transição para uma economia de baixo carbono, especialmente em países em desenvolvimento. Pesquisas sobre transferência de tecnologia e cooperação tecnológica para apoiar a transição em direção a uma economia de baixo carbono são de interesse deste eixo temático, assim como estudos que explorem formas de fortalecer a capacidade de absorção tecnológica dos países em desenvolvimento de modo a reduzir as lacunas tecnológicas. Adicionalmente, o papel da bioeconomia na redução dessas assimetrias entre nações em diferentes estágios de desenvolvimento também é de especial interesse deste eixo temático.
Joysi Moraes: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Jairo de Carvalho Guimaraes: (Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas (PPGPP) / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
FÁTIMA REGINA NEY MATOS:
Entre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) está promover o crescimento econômico inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho digno para todos. No entanto, em países como Brasil, a taxa de jovens entre 15 a 24 anos que não estão empregados ou estudando está em 20,6%. O país adotou a educação para o Empreendedorismo no ensino básico e superior com o propósito de providenciar meios para que as pessoas possam desenvolver habilidades e competências que possibilitem sua atuação em atividades cada mais complexas. Isto posto que, desde o final do século XX, diferentes autores propõem que o empreendedorismo pode e deve ser ensinado e incentivado, procurando criar atitudes de cidadania ativa e competências empreendedoras, gerando e transformando novas ideias em valores de cunho social, econômico e cultural.
Nestes termos, fundamental atentar ao ecossistema educacional. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos de artigos que examinam, sem exclusão de outras possibilidades no escopo desta chamada:
- O ecossistema da educação para o empreendedorismo.
- Perspectivas internacionais de colaboração entre escolas/universidades.
- A educação para o empreendedorismo em um mundo impactado pela revolução tecnológica e desenvolvimento da Indústria 4.0.
- A educação para o empreendedorismo e a promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável e a promoção do trabalho digno para todos.
- A educação para o empreendedorismo como educação continuada.
- Educação para o empreendedorismo na Educação Básica e no Ensino Superior
- Práticas pedagógicas e organizacionais para o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo
- Integração da Educação Profissional e da Educação para o Empreendedorismo
- Formação de educadores e metodologias educativas para o empreendedorismo
- Ambientes de aprendizagem inovadores
- Práticas didático-pedagógicas orientadas ao Empreendedorismo para formação profissional integral
- Estudos e pesquisas, produtos técnico-tecnológicos e casos de ensino em Empreendedorismo
Graziela Dias Alperstedt: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Os desafios sociais, econômicos, políticos e ambientais da atualidade têm mobilizado organizações diversas em âmbito local, regional e nacional para fazer frente a essas problemáticas. Apesar disso, poucas análises robustas têm sido empreendidas a respeito de inovações sociais e seus ecossistemas em termos de teorias, epistemologias e respostas a esses problemas (Pradel
Miquel, M.; García Cabeza, M.; Eizaguirre Anglada, S., 203). O Brasil, com sua diversidade territorial, é um celeiro destas inovações e as diferentes configurações territoriais do país sugerem a necessidade de situar o debate global (Andion, Alperstedt, Graëff, 2020). É nesse sentido que este tema se propõe a debater as inovações sociais e suas consequências nos contextos rural e urbano (Domanski, Howaldt; Kaletka, 2020). Nesse sentido, busca discutir a inovação social e sua relação com a mudança e a transformação social, a partir de suas consequências, destacando perspectivas multissetoriais e multinível. Interessa o resultado de pesquisas sobre inovações sociais, ecossistemas de inovação social e suas consequências nos territórios, direcionando o olhar para as respostas coletivas e à capacidade dos diferentes atores de desenvolver práticas socialmente inovadoras. A abordagem da
Inovação Social e dos Ecossistemas de Inovação Social (EIS) e sua influência na promoção de cidades e territórios mais sustentáveis é central nessa agenda de pesquisa e também para a prática da inovação social (Kaletka; Markmann;
Pelka, 2016; Alijani Et Al, 2016; Hodson; Kaika, 2017; Howaldt et al, 2018; 2019; Andion, C.; Alperstedt, G. D.; Graeff, 2020).
O tema convida os autores a submeterem artigos sobre os seguintes tópicos, mas não restrito a eles:
- Discussão sobre paradigmas, epistemologias e teorias de Inovação social;
- Experiências de inovação social e ecossistemas de inovação social nos meios rural e urbano;
- Inovação Social e Governança para a sustentabilidade;
- Inovações sociais e perspectiva multi-setorial e multinível;
- Estudos comparados sobre inovação social e ecossistemas de inovação social;
Aline Mariane de Faria: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
ABRAAO FREIRES SARAIVA JUNIOR: (Parque Tecnológico (Partec UFC) / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Valoração e seleção de patentes, tecnologias, inovações e startups são questões centrais para o desenvolvimento de novas tecnologias e o avanço de empreendimentos inovadores, incluindo negócios de base tecnológica, startups, spin-offs acadêmicas e deep techs. Esse tema é particularmente relevante na atualidade, pois as fontes de financiamento tradicionais, como bancos e investidores institucionais, têm sido complementadas por alternativas mais dinâmicas, como capital de risco, crowdfunding e corporate venture capital. Além disso, o papel do financiamento governamental, nas formas de subvenção econômica e bolsas de apoio ao empreendedorismo inovador, permanece crucial, especialmente em estágios iniciais de inovação tecnológica.
Adicionalmente, a relação entre o tipo de financiamento e o ciclo de vida das empresas inovadoras é um aspecto fundamental a ser investigado, uma vez que diferentes estágios de desenvolvimento demandam abordagens e fontes de capital específicas. Compreender como os processos de seleção e valoração influenciam o sucesso e a sustentabilidade da inovação e startups podem auxiliar tanto empreendedores, gestores quanto formuladores de políticas.
O estudo da seleção e valoração de patentes, tecnologias, inovações e starrtups é, portanto, essencial para a promoção de uma economia baseada no conhecimento e para a criação de novas oportunidades de desenvolvimento socioeconômico, alinhando-se aos objetivos da ANPAD de incentivar a pesquisa e a colaboração internacional no campo das ciências administrativas e contábeis.
Sílvio Luís de Vasconcellos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Hilka Pelizza Vier Machado: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Ronaldo Couto Parente: (Mestrado e Doutorado em Administração / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas) - (Doutorado / Florida international University)
O empreendedorismo internacional tem ganhado crescente relevância no cenário acadêmico, visto que o avanço tecnológico tem diminuído barreiras, permitindo que empreendedores, mesmo com recursos limitados, se posicionem internacionalmente. Os recentes progressos tecnológicos, como a inteligência artificial, têm acelerado o surgimento de startups e empresas "born globals" — movimento iniciado nos anos 1990 — que hoje representam parcela significativa dos negócios internacionais.
A visão do empreendedorismo internacional enquanto descoberta, avaliação e exploração de oportunidades no contexto global para a criação de produtos e serviços, tem sido amplamente transformada pela influência da tecnologia. Esse redimensionamento do fenômeno exige novos olhares, além da tradicional análise de indivíduos e empresas, incluindo, o impacto das tecnologias.
Esta proposta fomenta o debate sobre empreendedorismo internacional, explorando aspectos relacionados a indivíduos, empresas e o ambiente global, com ênfase no papel da tecnologia. Amplia a compreensão de como esses empreendedores expandem suas operações para além das fronteiras, enfrentando desafios culturais, regulatórios e mercadológicos.
Como resultado, espera-se incentivar estudos sobre o desenvolvimento da intenção empreendedora internacional, o papel da expatriação e repatriação, e a orientação e educação empreendedora internacional. O tema contribui para uma melhor compreensão dos efeitos da internacionalização sobre os empreendedores, empresas e ecossistemas. Além disso, abre espaço para pesquisas sobre o impacto da internacionalização em grupos minoritários, incluindo empreendimentos sociais. Finalmente, oferece uma base sólida para o desenvolvimento de metodologias inovadoras para estudos em empreendedorismo internacional
Ao colocar em evidência esse tema, a divisão ITE amplia sua contribuição para a literatura e promove insights para o fortalecimento da presença internacional de empresas brasileiras em mercados globais. A proposta também enriquece o debate sobre a evolução dos estudos de empreendedorismo internacional, com foco especial em economias emergentes, propondo um espaço de análise de setores onde a inovação e o empreendedorismo desempenham um papel crucial para a competitividade.
José Alberto Carvalho dos Santos Claro: (Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar / UNIFESP)
Almir Martins Vieira: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
O Empreendedorismo Azul refere-se ao conjunto de iniciativas econômicas e de inovação que utilizam os recursos dos oceanos, mares e zonas costeiras de maneira sustentável e regenerativa. Este tema busca explorar as diversas facetas do empreendedorismo no contexto marítimo, promovendo um diálogo interdisciplinar que englobe desde a exploração de novos mercados até a conservação ambiental. A economia azul abrange um vasto espectro de atividades, incluindo a aquicultura sustentável, a bioeconomia marinha e as energias renováveis oceânicas, como a eólica e a maré-motriz. Além disso, práticas como o turismo costeiro sustentável e a pesca responsável são fundamentais para equilibrar a utilização dos recursos com a preservação dos ecossistemas.
Neste contexto, também será analisada a questão do greenwashing, onde empresas promovem uma imagem de sustentabilidade que não condiz com suas práticas reais. A proposta incentiva o estudo de estratégias de comunicação e marketing que sejam transparentes e efetivas, contribuindo para a conscientização e a educação ambiental do público.
O desenvolvimento de modelos de negócios que integrem a sustentabilidade e a regeneração ambiental é um dos principais focos deste tema, destacando iniciativas que promovam a recuperação dos ecossistemas marinhos, como o cultivo de algas e a restauração de recifes de corais. Também serão abordadas as políticas públicas e os marcos regulatórios que apoiam ou dificultam o avanço do empreendedorismo azul, assim como as oportunidades para a criação de redes de colaboração internacional e parcerias público-privadas.
A proposta visa, portanto, estimular pesquisas que aprofundem o entendimento sobre como práticas inovadoras e sustentáveis podem transformar a relação da sociedade com os oceanos, promovendo o desenvolvimento econômico e social sem comprometer a integridade dos ambientes marinhos e costeiros. Ao fomentar um debate robusto e colaborativo, espera-se contribuir para um futuro mais próspero e equilibrado para os recursos oceânicos.
Simone Sehnem (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Fernando Luiz Emerenciano Viana (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Maciel Manoel de Queiroz (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Paulo Renato de Sousa (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Cyntia Meireles Martins: (ISARH / UFRA-UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA) - (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Luciel Henrique de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) - (Gestão de Negócios / UNIFAE - SP)
Marcia Regina Santiago Scarpin: (Master Science / Concórdia College)
A economia circular (EC) pressupõe a adesão a modelos de negócios que permitam contribuir para a circularidade de materiais ao longo das cadeias de produção. A intenção é reter valor por meio da retenção dos recursos nas cadeias de suprimentos, no mesmo ciclo ou em diferentes. Quanto menor o ciclo para reintroduzir o material na mesma cadeia de suprimentos ou em outra, maior é o valor que se retém. Seguindo essa prerrogativa os 10Rs ilustram as potencialidades de retenção de valor, por meio das práticas de recusa, redução, reutilização/revenda, reparo, renovação, remanufatura, reutilização com nova função/propósito, reciclagem, recuperação de energia e re-extração de recursos. Para que essas práticas se tornem viáveis nas organizações, requer-se o engajamento dos diferentes atores, a integração da inovação e das premissas da circularidade na estratégia e nas operações das organizações. Isso demanda uma cultura organizacional alinhada com os preceitos da economia circular. Além de demandar novas métricas não financeiras para mensuração dos níveis de circularidade, a necessidade de gestão pautada por valores éticos, sociais e ambientais, para além do econômico. Dessa forma, o tema propõe distintos tópicos, detalhados a seguir: Antecedentes e barreiras. Práticas. Transição do modelo linear para o circular. Modelos de negócios. Alternativas comerciais circulares. Dimensão social. Reformulação de produtos e cadeias de suprimentos. Modularização e aproveitamento em cascata. Reutilização de produtos, componentes e materiais. EC e comunicação com o mercado. Cidades sustentáveis e EC. Indicadores de desempenho e avaliação. Ecossistemas industriais. Mudanças institucionais e Políticas Públicas para EC. Eco-design. Redução. Reuso. Reciclagem. Reclassificação. Renovação (energias renováveis). Custo de fabricação. Competências. Liderança. Inovação. Modelagem, simulação, modelos de decisão e técnicas de pesquisa operacional para EC. Transições tecnológicas e sustentabilidade. Integração da EC com a Indústria 4.0, Transformação Digital e tecnologias emergentes. Certificação. Educação para Economia Circular. Sustentabilidade e mudança de comportamento.
Kenyth Alves de Freitas: (Programa de Pós-graduação em Administração - PPGA / IBMEC - Centro Universitário IBMEC)
Marcelo Martins de Sa: (Faculty of Business and Law - Newcastle Business School / Northumbria University) - (MBA Executivo Internacional / Saint Paul Escola de Negócios)
Michele Morais Oliveira Pereira: (. / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
As organizações e suas cadeias de suprimentos enfrentaram desafios sem precedentes, como uma pandemia, vários desastres naturais e crises geopolíticas, que expuseram ainda mais vulnerabilidades e ressaltam a importância da resiliência (Sá et al., 2020; van Hoek, 2020; Wieland e Durach, 2021). O tema "Incertezas, Riscos e Resiliência em Organizações e Cadeias de Suprimentos" é crucial, pois explora como as empresas podem não apenas sobreviver a crises, mas aprender e prosperar em um ambiente imprevisível, adotando estratégias adaptadas ao seu contexto (Freitas et al., 2024). A resiliência, impulsionada pela inovação tecnológica, governança eficaz e práticas sustentáveis, torna-se um diferencial competitivo e a capacitação de gestores é essencial para promover práticas resilientes (van Hoek, 2020) e garantir o desenvolvimento a longo prazo (Silva et al., 2023).
Esse tema acolhe estudos sobre diversos tópicos, incluindo, entre outros:
Marcos Lopez Rego: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Luciano Ferreira da Silva: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Juliano Denicol:
Os projetos representam uma das principais fontes de competitividade e aprendizado das organizações, públicas ou privadas. A importância de um projeto pode ser evidenciada na busca para soluções para crises climáticas ou sanitárias, desenvolvimento de infraestrutura, construção de cidades inteligentes e sustentáveis, bem como o desenvolvimento de novos produtos e serviços. Além disso, a busca pela adequação de processos e estruturas organizacionais, atualização tecnológica, aumento da capacidade inovativa, projetos de transformação, operações sustentáveis, geram uma série de desafios e oportunidades que devem ser tratadas com abordagens de gerenciamento de projetos adequadas. Neste contexto, diversas pesquisas são conduzidas a fim de compreender como melhor gerenciar projetos aplicando competências nos níveis individual, equipe e organizacional, bem como a busca de soluções tecnológicas que os suportem. A partir desse entendimento são propostas três principais vertentes de estudos em projetos. A primeira delas refere-se aos processos usados para governança e gerenciamento de projetos, tanto com abordagens preditivas, ágeis ou híbridas. A segunda vertente trata das competências relacionadas as pessoas e organizações, incluindo as competências dos gerentes de projetos, das equipes, ou competências advindas das relações com os clientes e outras partes interessadas. A terceira vertente trata de tecnologias associadas à gestão de projetos, principalmente o uso das tecnologias digitais como Inteligência Artificial, Computação em Nuvem, Big data, entre outros.
Subtemas: Projetos e sustentabilidade; Megaprojetos; Projetos sociais; Governança e estruturas; Escritórios de projetos; Abordagens e metodologias de gestão de projetos (GP) ; Ferramentas e técnicas de GP; O gerente de projeto; Gestão estratégica de projetos; Programas e portfólios de projetos; Desempenho, benefícios e sucesso de projetos; Projetos internacionais; Gestão do conhecimento e Lições aprendidas; Ensino e treinamento em GP; Tecnologias digitais da Indústria 4.0; Abordagens ágeis e híbridas; Projetos no setor público; Organizações baseadas em projetos; Casos em projetos: projetos culturais, sociais e ajuda humanitária.
Marcio Cardoso Machado: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
ANDREW BEHEREGARAI FINGER:
Vilmar Antonio Gonçalves Tondolo: (PROFIAP / UFPEL) - (PPGOM / UFPEL)
As estratégias de operações buscam se alinhar as estratégias da organização para maximização dos critérios de desempenho. A logística é uma dessas operações de grande impacto nas organizações, com os seus processos ancorados principalmente nas atividades de transporte, definição do estoque, no uso das informações e nas definições sobre as localizações e instalações. Desta forma, suas estratégias e suas formas de gestão, condicionam o posicionamento das empresas nas redes de suprimentos em termos de seu desempenho, sua capacidade de resposta e sua participação na formação de parcerias de redes de sucesso ou não. Da mesma forma, pesquisas relacionadas com o aumento da produtividade e da qualidade em gestão de operações tornam-se importantes para a discussão da estratégia e gestão operacional. Questões relacionadas com as estratégias de manufatura, onde projetos e implementação de sistemas e processos voltados para o aumento e melhorias da produtividade e da qualidade, partem da utilização de novas tecnologias. Questões relacionadas com a criação de valor em processos produtivos a partir da eliminação de desperdícios utilizando ferramentas e técnicas de lean manufacturing, assim como o controle da variabilidade na produção, com base na metodologia six sigma e a implementação de sistemas de gestão da qualidade. Artigos sobre estratégia e gestão de operações, bem como sobre princípios e técnicas de excelência operacional, são temas de interesse. O tema de gestão de operações produtivas está aberto a diversos métodos de pesquisa, incluindo modelagem, estudos qualitativos e quantitativos.
Os tópicos potenciais para submissão podem incluir (mas não limitado a esses):
• Integração de Sistemas de Gestão (e.g. ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001).
Sérgio Castro Gomes: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
HAROLDO DE SÁ MEDEIROS: (Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração / UNIR - Universidade Federal de Rondônia)
Aracy Alves de Araújo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
O tema se propõe a discutir a gestão de operações nas cadeias produtivas de pequenos negócios, arranjos produtivos e redes sociotécnicas no contexto agrícola, florestal e extrativista, tomando por base a sua cadeia de valor inclusiva e de suprimentos e sustentáveis, as inovações e tecnologias sociais, a sustentabilidade, as unidades de conservação e a conjuntura do bioma em que estão inseridos. Nesta perspectiva, tem-se interesse nas operações de produtos de base primária em contextos locais, regionais ou globais, sustentáveis e inovadores. A competição, a concorrência, a cooperação e outras formas de relacionamento são consideradas na gestão de operações, produção, agregação de valor, comercialização e logística. O tema aborda o papel das finanças verdes e do financiamento de baixo carbono na promoção de práticas sustentáveis dentro das cadeias de suprimento extrativistas e agrícolas. Neste tema são bem apreciados estudos que articulam conceitos como o pagamento pelos serviços ecossistêmicos e a valoração ambiental de forma expandir os estudos sobre a criação de valor sustentável.
Os tópicos para submissão podem ser relacionados a:
- Impactos da gestão econômica e financeira da rede de suprimento nos relacionamentos entre fornecedores e clientes
- Logística reversa, práticas sustentáveis de produção e agregação de valor com serviços
- Pequenos negócios, certificações ambientais e o impacto das regulamentações
- Extrativismo sustentável e segurança alimentar, inserção em mercados regionais, nacionais e globais;
- Cooperação, coprodução e colaboração entre agentes econômicos de arranjos produtivos
- Estruturas de governança, custos de transação, políticas públicas e impactos socioambientais
- Mudanças ambientais e climáticas na produção e rentabilidade de produtores rurais
- Inovação/tecnologia/negócio social, interdisciplinaridade, educação transformadora e sustentável.
- Financiamento verde e investimento em cadeias sustentáveis
- Criação de valor sustentável inserindo o pagamento pelos serviços ambientais e o custo de oportunidade das comunidades tradicionais por manter a floresta em pé.
Dafne Oliveira Carlos de Morais: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Gustavo Picanço Dias: (Programa de Pós Graduação em Gestão Pública - MPGP-UFPI / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
Minelle Enéas da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
A visão tradicional das cadeias de suprimentos como sistemas rígidos está sendo substituída por uma abordagem mais dinâmica e holística, que reconhece sua fluidez e interdependência com fenômenos planetários (Wieland et al., 2021). Essa mudança impulsiona estudos interdisciplinares e engajados no campo de operações e gestão de cadeias de suprimentos, mudanças climáticas e desigualdade social.
Para cumprir as metas climáticas, será necessário adaptar substancialmente os sistemas industriais, com práticas de baixo carbono e tecnologias para remoção de carbono (Matos et al., 2024). Na frente social, discussões como uso de tecnologias para rastreabilidade e transparência na cadeia de suprimentos e o quanto são suficientes, ou não, para impedir práticas como escravidão moderna (Marques, Morais e Terra, 2024) também se destacam. Assim, discussões importantes sobre como recuperar os danos existentes, minimizar os efeitos futuros e gerar impactos positivos passam a ganhar espaço.
O conceito de cadeias de suprimento regenerativas vai além da sustentabilidade tradicional, focando na restauração e renovação dos sistemas naturais e sociais impactados pelas atividades econômicas (Gualandris et al., 2024). Uma proposta que emerge é a estratégia transformativa de OGCS, considerando a capacidade de transformar radicalmente estruturas e processos do sistema em resposta a mudanças ou interrupções (Wieland et al., 2023).
O tema “Gestão de Operações Sustentáveis e Cadeias Regenerativas” aborda entre outros tópicos correlatos:
Mudanças climáticas e gestão de operações e cadeia de suprimentos
Cadeias de Suprimentos Regenerativas e Sustentáveis
Abordagens e estratégias transformativas para OGCS
Redução e neutralização de emissões em cadeias de suprimentos
Métodos e critérios de seleção e monitoramento socioambiental de fornecedores
Rastreabilidade e Transparência na cadeia de suprimentos para sustentabilidade
Indicadores de sustentabilidade em operações
Tecnologias 4.0 para operações sustentáveis
Certificações socioambientais - motivações, implantação e resultados (ex. Fair-trade)
Objetivos do desenvolvimento sustentável e a contribuição das operações sustentáveis
Ana Paula Ferreira Alves: (Campus Viamão / Instituto Federal do Rio Grande do Sul - IFRS)
Priscila Laczynski de Souza Miguel: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Andrea Lago da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção / UFSCar - Universidade Federal de São Carlos)
Embora a literatura sobre sustentabilidade social na cadeia de suprimentos tenha crescido nos últimos anos, os aspectos sociais permanecem pouco representados na literatura (Yawar & Seuring, 2017; Carter et al., 2020; Gonvidan et al., 2021; Miguel & Lago, 2024). Mani e Gunasekaran (2018, p. 151) afirmam que a adoção da sustentabilidade social nas cadeias de suprimentos depende de "produtos e aspectos do processo em toda a cadeia de suprimentos que invariavelmente afetam a segurança, a saúde e o bem-estar das pessoas". A gestão de aspectos sociais em organizações e cadeias de suprimentos previnem decisões e adoção de práticas não aceitas social e eticamente (Yawar and Seuring, 2017).
Contudo, o colapso do edifício Rana Plaza em Bangladesh e o escândalo do trabalho análogo à escravidão em vinícolas no Sul do Brasil evidenciam que as questões sociais ainda são um desafio para as cadeias de suprimento. Este conjunto de desafios ainda está aberto para aumentar nossa compreensão sobre como a sustentabilidade social se torna parte das cadeias de suprimentos. Visando maior ênfase a pesquisas de sustentabilidade social, esta temática alinha-se a cadeias de suprimentos e operações responsáveis e éticas. Espera-se ampliar as oportunidades de pesquisa ao trazer um espaço específicos para estudos sobre sustentabilidade social. Esta temática inclui, mas não se limita a:
- Objetivos do desenvolvimento sustentável e sua contribuição para a sociedade;
- Saúde e segurança de trabalhadores da cadeia de suprimentos;
- Direitos humanos em operações e cadeias de suprimentos;
- Diversidade, equidade e inclusão na cadeia de suprimentos;
- Condições de trabalho e cadeias de suprimentos;
- Gênero em operações e cadeias de suprimentos;
- Justiça em operações e cadeias de suprimentos;
- Papel da tecnologia na sustentabilidade social de cadeias de suprimentos;
- Corrupção nas operações das cadeias de suprimentos.
Helio Arthur Reis Irigaray (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Anelise Rebelato Mozzato (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm/FEAC / UPF - Universidade de Passo Fundo) - (Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano / UPF - Universidade de Passo Fundo)
Jefferson Rodrigues Pereira (Programa de Mestrado Acadêmico / Centro Universitário Unihorizontes) - (Graduação / FDC - Fundação Dom Cabral)
Milka Alves Correia Barbosa (FEAC / Universidade Federal de Alagoas) - (PPGDides / Universidade Federal do Vale do São Francisco)
Ludmila de Vasconcelos Machado Guimaraes: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) - (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Renato Koch Colomby: (Programa de Pós-Graduação em Ambientes Saudáveis e Sustentáveis / IFPR - Campus Palmas) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Sérgio Henrique Barroca Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Este tema propõe um debate interdisciplinar sobre as complexas interações entre Trabalho, Organizações e Subjetividade, a partir de uma ótica não funcionalista, destacando abordagens ontológicas, epistemológicas, teóricas e metodológicas não pautadas pelo gerencialismo.
Nessa perspectiva, o trabalho é estruturante na construção da identidade e na saúde biopsicossocial de trabalhadores(as), sendo também campo de relações sociais em que práticas e discursos organizacionais moldam e são moldados por dinâmicas econômicas, ideológicas e institucionais. As organizações refletem essas interações tanto nas experiências subjetivas dos indivíduos quanto em processos macrossociais, exigindo uma compreensão mais profunda das intersecções possíveis na tríade Trabalho-Organizações-Subjetividade.
Para tal, são acolhidos trabalhos teóricos e empíricos que abordem, de maneira ampla e crítica, os eixos articuladores a seguir, sem se restringir exclusivamente a eles:
Fabricio Stocker: (Mestr Prof em Admin Pública / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Alice de Freitas Oleto: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Lucas Amaral: (PGE - Programme Grande Ecole / IESEG School of Management)
Este grupo de trabalho se dedicará a analisar como as organizações enfrentam desafios sociais em contextos diversificados, enfocando a interação dinâmica entre a sociedade, gestores e trabalhadores. Entende-se como pertinente explorar como as corporações respondem e se adaptam às crescentes demandas sociais e desenvolvem práticas que alinham as expectativas da sociedade com os objetivos estratégicos corporativos, sem perder de vista as ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Utilizando a abordagem de ESG (Ambiental, Social e Governança), o grupo de trabalho dará especial atenção aos direitos humanos e às relações de trabalho, investigando como as empresas promovem ambientes de trabalho éticos, inclusivos e sustentáveis. O estudo buscará compreender os mecanismos através dos quais as políticas de gestão de pessoas são influenciadas por, e atuam em resposta a, pressões externas e internas em prol da sustentabilidade corporativa e do respeito aos direitos humanos.
As áreas de investigação incluirão: Organização e Sociedade
Gerencial
Pessoas
Liliane Magalhaes Girardin Pimentel Furtado: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense) - (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Tatiana Iwai: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
Danilo Andretta: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
O tema “Comportamento Organizacional” tem por objetivo ser um espaço inclusivo de discussão para pesquisadores(as) que estudam o comportamento individual e de grupo no contexto organizacional nas mais variadas perspectivas epistemológicas, teóricas e metodológicas. O tema se concentra primordialmente na investigação dos elementos associados a comportamentos e resultados dentro e entre os níveis de análise individual, interpessoal, de grupo e organizacional. Está, portanto, aberto a tópicos tradicionais da área, como por exemplo:
Além desses tópicos bem estabelecidos, o tema recebe e quer encorajar submissões para tópicos emergentes em comportamento organizacional, como o impacto da inteligência artificial para o comportamento organizacional; people analytics; bem-estar dos trabalhadores; novos arranjos de trabalho; virtualidade e seus impactos para os trabalhadores; entre outros. Trabalhos que se enquadrem no domínio do Comportamento Organizacional e não são abrangidos pelos vários outros temas da divisão de GPR são bem-vindos nesse tema.
Anderson de Souza Sant Anna: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Juliana Mansur: (Mestr Prof em Admin Pública / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas) - (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Fernanda Versiani de Rezende: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes) - (Graduação Administração / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Nas últimas três décadas, especialmente desde os anos 2000, o campo da pesquisa científica em Liderança tem apresentado um crescimento expressivo, com avanços significativos tanto em teorias quanto em práticas. Tradicionalmente, liderar envolvia a capacidade de direcionar, alinhar e mobilizar pessoas. No entanto, o fenômeno da liderança vem sendo cada vez mais reconhecido como multifacetado e adaptativo, especialmente em contextos de grandes desafios e transformações sociais, organizacionais e ambientais. A partir da virada do século, abordagens mais dinâmicas, relacionais e distribuídas emergiram, deslocando o foco exclusivo da figura do líder para uma compreensão mais ampla da liderança como um fenômeno coletivo, horizontal e interdependente. Hoje, reconhece-se a importância de diferentes loci de liderança, bem como a relevância das interações entre liderança, poder e contextos culturais, organizacionais e digitais. Dada a crescente complexidade dos cenários globais, é imperativo que a pesquisa em Liderança acompanhe essas transformações e ofereça novas lentes teóricas e metodológicas para compreender seu impacto em diferentes esferas – societal, organizacional e individual. Nesse contexto, o tema “Liderança: Teoria, Prática e Desenvolvimento” busca fomentar um espaço de debate robusto e plural, aberto tanto às abordagens consolidadas quanto às perspectivas críticas e emergentes. Incentivamos a exploração de novas fronteiras de pesquisa teórica e empírica, com ênfase nos desafios contemporâneos e futuros. Além disso, o tema acolhe perspectivas interdisciplinares que integrem conceitos da psicologia, psicanálise, sociologia, filosofia, economia e outras áreas afins, que dialoguem com a complexidade da liderança nos contextos contemporâneos. Contribuições metodológicas que explorem novas formas de investigação, como métodos digitais, simulações e análise de redes, são especialmente bem-vindas.
Darcy Mitiko Mori Hanashiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Lucia Barbosa de Oliveira: (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
MAYARA ANDRESA PIRES DA SILVA: (ADMINISTRAÇÃO / UPE - Universidade de Pernambuco) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PROPAD/DCA/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
A força de trabalho global está envelhecendo a uma taxa sem precedentes. No Brasil, o último censo revelou uma redução da proporção da população jovem, enquanto a população com mais de 65 anos está crescendo. Ao mesmo tempo, trabalhadores considerados mais velhos, ainda que não idosos, enfrentam preconceitos e discriminação no ambiente de trabalho. O envelhecimento, entendido como um processo heterogêneo, envolve experiências individuais que atravessam outras dimensões identitárias, como: classe, gênero, orientação sexual e raça.
No contexto organizacional, empregadores precisam cada vez mais acomodar diversas gerações, o que traz tanto novos desafios e tensões quanto oportunidades de colaboração intergeracional. Assim, compreender as diferentes necessidades, expectativas e motivações das várias gerações é uma questão urgente para promover uma convivência intergeracional saudável. Neste sentido, as dificuldades vivenciadas por jovens para a inclusão no mercado de trabalho, bem como as barreiras enfrentadas por trabalhadores maduros, evidenciam a necessidade de estratégias que favoreçam sua integração e desenvolvimento mútuo.
Com a transformação digital, o uso e a aceitação de novas tecnologias representam tanto desafios quanto oportunidades para a adaptação dos trabalhadores mais velhos às novas formas de trabalho, frequentemente estereotipados como resistentes à mudança. Além disso, a preparação e a transição para a aposentadoria são etapas críticas, exigindo planejamento e suporte adequados para garantir uma adaptação bem-sucedida e a continuidade das atividades laborais.
Espera-se que o tema proposto promova reflexões contemporâneas relevantes sob diferentes perspectivas ontológicas, epistemológicas e metodológicas, contribuindo para o avanço do conhecimento no campo.
Nesse sentido, sugerimos alguns temas para enriquecer o debate:
Jair Nascimento Santos: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Administração / UNEB)
Diego Costa Mendes: (Mestrado Profissional em Administração Pública - PROFIAP / UFV - Universidade Federal de Viçosa) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Elisabeth Cavalcante dos Santos: (Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo – PPGIC / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Entendemos que os estudos sobre diversidade no ambiente de trabalho, em diálogo com a sociedade, devem iniciar um movimento de de(s)colonização do discurso das identidades (sociais) e das políticas e práticas de diversidade instrumentais adotadas pelas organizações. Para tal, é preciso que tomemos consciência da onipresença de um "sistema manipulador" de injustiças sociais e culturais, economicamente determinadas (Reich, 2020) e colonialmente estruturadas.
Assim, o objetivo deste tema é promover o debate sobre todas as formas de desigualdades, a partir do reconhecimento e análise das manifestações do colonialismo, da colonialidade, do capitalismo e do heteropatriarcado nas relações de trabalho, nas políticas e práticas organizacionais – públicas, privadas ou de terceiro setor – no que diz respeito às diferenças e à diversidade.
Neste tema, aceitamos trabalhos empíricos, teóricos e tecnológicos que partam de qualquer premissa ontológica e se valham de qualquer escolha epistemológica, visto que identidades diversas nas esferas organizacionais representam desafios para a gestão e podem levar a opressões e/ou exclusões baseadas em gênero, raça, etnia, cor da pele, cultura, religião, idade, estética, corporeidades, neurodiversidades (físicas, mentais, sensoriais, psicossociais, intelectuais), orientações afetivo-sexuais, país ou região de origem, classe social, situação organizacional e outros marcadores.
Experiências de exclusão muitas vezes se manifestam em atos simbólicos ou explícitos de marginalização ou violência que perpetuam um ciclo de privação de direitos, cerceamento de oportunidades, assédio, muitas vezes negligenciados pela Gestão de Pessoas. Ao mesmo tempo, tais experiências suscitam na organização o surgimento de movimentos sociais baseados na(s) identidade(s), que exigem reconhecimento oficial e reparação. Embora cada uma das identidades reflita a sua própria história de lutas e mobilizações, elas se interseccionam e compartilham interesses de emancipação coletiva, além de conter potencial para alianças transversais em um movimento contra hegemônico generalizado.
Renan Gomes de Moura: (Prgrama de Pós-Graduação em Humanidades, Culturas e Artes - PPGHCA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio) - (Prog. de Pós-Grad. em Admin/Esc. de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA/ECSA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio)
Sergio Eduardo de Pinho Velho Wanderley: (Prog. de Pós-Grad. em Admin/Esc. de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA/ECSA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio) - (Mestr Prof em Admin Pública / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Débora Vargas Ferreira Costa: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
O setor de Recursos Humanos (RH) nas organizações é tradicionalmente dividido em subsistemas como Provisão (recrutamento e seleção), Aplicação (alocação de funcionários), Manutenção (benefícios e satisfação), Desenvolvimento (treinamento e crescimento) e Monitoração (desempenho). Porém, críticos apontam que o RH atua como uma extensão do capitalismo, perpetuando desigualdades e exclusões tanto dentro quanto fora das organizações. Essas práticas, muitas vezes vistas como neutras ou benéficas para os funcionários, podem estar reforçando um sistema que prioriza o lucro em detrimento da dignidade humana. Há uma crescente necessidade de debater como as políticas organizacionais afetam as relações de trabalho globalmente. Por exemplo, certificações como “Great Place to Work” normalizam relações assimétricas em diferentes contextos. Além disso, o resgate da história dos movimentos sindicais é vital para entender formas de resistência ao avanço do capitalismo. Em tempos de home office, surgem novas associações de trabalhadores, enquanto movimentos tradicionais, como os de funcionários da Amazon e Walmart nos EUA, e professores universitários na Inglaterra, demonstram que a capacidade de organização e resistência dos trabalhadores permanece forte.
São bem-vindos trabalhos de natureza empírica e teórica, que utilizem diferentes perspectivas onto-epistemólogicas e metodológicas. Entre os temas de interesse, que não se limitam a estes, destacam-se:
- Relações de trabalho e capitalismo
- História dos movimentos de defesa dos trabalhadores e de associações sindicais
- Análise crítica dos subsistemas de Recursos Humanos
- Recursos Humanos, trabalho e desigualdade social
- Novas abordagens metodológicas em gestão de pessoas e relações de trabalho
- Inclusão de minorias no mercado de trabalho
- Crítica à gestão da diversidade
- Racismo algorítmico e as práticas de Recursos Humanos
-Formas de violência nas relações de trabalho (assédio moral, assédio sexual, incivilidade, violência no e do trabalho, violência organizacional, entre outras formas de violência)
Heliani Berlato: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Ana Heloisa da Costa Lemos: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Falar sobre igualdade de gênero e justiça social é fundamental, especialmente quando relacionado à gestão de pessoas e às relações de trabalho. No contexto organizacional, a crescente conscientização sobre as desigualdades estruturais, a violência de gênero e a invisibilidade de grupos marginalizados reforça a importância de revisitar as práticas de gestão de pessoas, integrando debates feministas e interseccionais para criar ambientes de trabalho mais justos e inclusivos.
O feminismo desempenhou um papel crucial na luta por direitos das mulheres e de minorias de gênero, especialmente no mercado de trabalho. No entanto, o movimento evoluiu ao longo do tempo, ampliando suas pautas para incluir questões de interseccionalidade — ou seja, a consideração não apenas do gênero, mas também de outros marcadores sociais, como raça, classe e orientação sexual, que impactam as experiências e oportunidades no ambiente de trabalho. Para a gestão de pessoas, essa abordagem amplia a capacidade de compreender como diferentes formas de opressão afetam as pessoas e exige soluções que atendam a essas necessidades.
As lutas feministas contemporâneas não se limitam mais a questões políticas e econômicas; elas também abrangem temas como violência de gênero no local de trabalho, a necessidade de maior representatividade de mulheres e grupos minorizados em cargos de liderança, a promoção de uma educação organizacional inclusiva, e a desconstrução de papéis tradicionais que perpetuam desigualdades de gênero.
Refletir sobre gênero e feminismo na gestão de pessoas é essencial para promover uma cultura organizacional inclusiva e justa. Isso inclui não apenas a criação de políticas e promoção das mudanças culturais, mas também a implementação de práticas que garantam a equidade de oportunidades, independentemente de suas identidades e experiências. Assim, a gestão de pessoas pode ser um agente transformador na construção de ambientes de trabalho que reflitam os valores de justiça social e igualdade.
Andrea Poleto Oltramari: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (SOCIUS / Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa (ISEG/UL))
Inês Macamo Raimundo: (Universidade Eduardo Mondlane / Moçambique)
Jorge Malheiros: (Universidade de Lisboa / Portugal)
Com a globalização, as mobilidades acadêmicas e a internacionalização dos programas de pesquisa têm sido incentivadas. Para alguns autores, o foco não deve mais ser evitar o brain drain, mas sim promover o brain circulation (CARNEIRO et al., 2022; Murphy e Pacher, 2022; Khan e Oghenetega, 2021), um fluxo em que esses profissionais qualificados contribuem tanto para o país de origem quanto para o de destino, formando redes de pesquisa que transcendem fronteiras geográficas.
Para o pesquisador, a oportunidade de vivenciar uma experiência internacional é fundamental para o desenvolvimento de sua carreira, mas essa experiência também envolve desafios significativos. Trabalhos anteriores, como os de Malheiros e Padilla (2014), França e Oliveira (2021) e Tonelli, Oltramari e Casaca (2021), têm mostrado que a inserção laboral dos imigrantes apresenta diversas facetas, especialmente quando se considera as barreiras de inserção laboral e as marcas da colonialidade predominantes entre ex-colônias (Oltramari, Rainho e Oliveira, 2022).
A proposta ora encaminhada dá continuidade e busca consolidar estudos que problematizem especificamente a diáspora científica, os trabalhadores do conhecimento, empreendedores étnicos angolanos, cabo-verdianos, moçambicanos, brasileiros nesses países e que nesse momento tenham a produção de textos robustos para o debate acadêmico, ora espacialmente alocado no ENANPAD. Adicionalmente, esse grupo de trabalho/área temática visa promover estudos que tenham em seu cerne conhecer e analisar as transformações nos processos migratórios internacionais, contemplando os movimentos dos trabalhadores do conhecimento e da diáspora científica brasileira dos diversos países da CPLP, de modo a auxiliar na promoção e disseminação de estudos sobre o tema e integrar os pesquisadores de mestrado, doutorado e pós-doutorado.
Palavras-chave: migração internacional; diáspora científica; trabalhadores do conhecimento; países de língua portuguesa; mobilidade humana; trabalho.
Serão acolhidos os trabalhos teóricos e empíricos que versem sobre as seguintes temáticas:
- Diáspora Científicas;
- Trabalhadores do conhecimento em trânsito;
- Mobilidade humana;
- Migração internacional entre países da CPLP;
- Emigração Brasileira;
- Barreiras na mobilidade;
- Gênero e Migração;
- Carreiras e migração internacional;
- Saúde mental, migração e colonialidades;
Simone Costa Nunes: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Felipe Gouvêa Pena: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
Amalia Raquel Pérez Nebra: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília) - (Psicologia / Universitat de València)
No contexto contemporâneo de maior movimentação internacional, no qual se verifica maior mobilidade de profissionais, a gestão internacional de recursos humanos se mostra presente. As práticas de gestão de pessoas têm três eixos: orientadas ao desempenho, orientadas ao bem-estar e a práticas verdes. Essas práticas são influenciadas por aspectos supra-organizacionais como as políticas locais, cultura, fusões, aquisições etc. Como tal, elas apresentam impactos no indivíduo, na liderança, na área de gestão de pessoas e nas organizações. Como exemplos não exaustivos, podemos pensar na necessidade de critérios para a escolha de quem será enviado ao exterior a fim de suprir demandas de transferência de conhecimento; como a família de um expatriado deve participar do processo de transferência internacional; entre outras. Esses são apenas alguns dos desafios com os quais a área de recursos humanos se depara em processos de internacionalização e transferência de profissionais. Assim, são sugeridos os seguintes temas:
Janaina Maria Bueno: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão Organizacional - Mestrado Profissional / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Vanessa Amaral Prestes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Bens Culturais / Universidade La Salle)
Propomos discutir a(s) (i)mobilidade(s) relativas ao trabalho vivenciadas por pessoas e organizações na contemporaneidade. Vivemos na era das mobilidades (CRESSWELL, 2024; HAAS; CASTLES; MILLER, 2020), embora estruturas e contextos produzam estratificações e atributos limitem/expandam os movimentos. Ainda que pessoas e organizações vivenciem a mobilidade internacional, cruzando fronteiras para negócios, de modo voluntário e intencional, a existência de disputas de poder, crises econômicas e climáticas impele pessoas a deslocamentos geográficos forçados (BURNETT et al., 2021).
Mudanças climáticas e degradação ambiental estão cada vez mais presentes globalmente, na migração e deslocamento, novos termos e discursos surgem para descrever as migrações decorrentes de alterações ambientais nos territórios (UNHCR, 2023), que exigem pensar as dinâmicas de poder implicadas, e das infraestruturas materiais (moradias, abrigos) e imateriais (memórias, territórios) destas (i)mobilidades (HIRAIDE, 2023; ADEY et al., 2024).
O enfraquecimento das “fronteiras digitais”, impulsionado pela automação e inteligência artificial, vêm modificando modos de trabalhar e a relação vida-trabalho. Os vínculos veem-se mais fluidos, coexistindo a imobilidade geográfica e a tecnológica (EVANSLUONG; KARAYIANNI, 2023), destacando a (i)mobilidade social no território digital do trabalho.
As (i)mobilidades sociais no trabalho revelam, ainda, a intensificação de desigualdades (CRESSWELL; DOROW; ROSEMAN, 2016) no acesso ao ensino superior, emprego formal e distribuição de renda, levando à precarização, flexibilização e criação de novas formas de resistência.
São bem-vindas investigações teóricas e empíricas, com diversas abordagens epistemológicas, nas perspectivas:
(I)mobilidade Geográfica e Ambiental - (Auto)Expatriação. Executivos(as) globais. Mobilidade acadêmica/cultural/religiosa. Circulação de cérebros. Deslocamento ecológico. Refúgio. Refúgio climático. Migrantes internos, econômicos e ambientais.
(I)mobilidade Tecnológica – Migração virtual e nomadismo digital. Teletrabalho, trabalho híbrido, remoto e home office. Automação e Inteligência Artificial. Multilocalidade. Plataformização. Flexibilização e precarização do trabalho. Inclusão/exclusão digital. Saúde mental.
(I)mobilidade Social - Espaços sociais de circulação. Territórios. Infraestruturas. Memória. Resistência e resiliência. Inserção e transição profissional. Interseccionalidade (classe/etnia/raça/geração/gênero/sexualidade).
Ivan Beck Ckagnazaroff: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Kamila Pagel de Oliveira: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Lilian Bambirra de Assis: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
A gestão de pessoas nas instituições públicas possui o desafio de apoiar a atração, seleção, desenvolvimento, carreiras, gestão do desempenho, incentivos e engajamento de seus profissionais para alcançar bons resultados e permitir a melhoria da qualidade das políticas públicas. As pessoas constituem ativos intangíveis deste processo de mudança e modernização no setor público e exige-se, portanto, uma nova concepção de políticas e práticas de gestão de pessoas pautadas em modelos inovadores e flexíveis, que alcancem eficiência, eficácia e efetividade organizacional. Por outro lado, as administrações públicas vivenciam dilemas que persistem, sendo que o serviço público convive com dois extremos em gestão de pessoas: estrutura e modelos de gestão tradicionais com desafios que demandam soluções inovadoras. Segundo Longo (2007), por mais importantes que sejam as mudanças legais, as reestruturações organizacionais e a modernização tecnológica não são suficientes para alterar o funcionamento das organizações públicas, sendo necessária uma atuação estratégica e propositiva da área de gestão de pessoas em suas diferentes frentes de atuação. Falamos de uma administração pública, mas sabe-se que as realidades organizacionais, regionais e de níveis federativos são distintas, coexistindo organizações públicas que possuem modelos de gestão de pessoas mais avançados e outros mais arcaicos. Além disso, questões contemporâneas como a diversidade na gestão de pessoas, teletrabalho e desenvolvimento de lideranças demandam novas estratégias de gestão que gere valor público. Esse espaço tem como objetivo discutir sobre as oportunidades de aprimoramentos das políticas e práticas de gestão de pessoas, compartilhar políticas e práticas de gestão de pessoas em implementação nas organizações públicas e debater sobre como as organizações públicas podem se organizar para tornar a área mais estratégica e resolutiva frente aos desafios que persistem na administração pública.
Andrea Leite Rodrigues: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Políticas Públicas/Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Victor Cláudio Paradela Ferreira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA/FACC/CMAA / UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora)
Diva Ester Okazaki Rowe: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Considerado uma atividade central que estrutura a vida dos indivíduos, o trabalho passou a adquirir diferentes sentidos em tempos de precarização e novas modalidades de vínculo trabalhista. Diante desse cenário, faz-se necessária a ampliação e atualização da agenda de pesquisas sobre como os sentidos e os significados que o trabalho tem assumido na contemporaneidade
O tema aqui proposto procura, assim, contemplar diálogos, a partir de diferentes ontologias e epistemologias, sobre desafios da Gestão de Pessoas no atual contexto, o sentido do trabalho, as identidades sociais (visíveis ou invisíveis) e contextos organizacionais (estruturas, processos, práticas e políticas das organizações), considerando, ainda, as especificidades do Brasil, analisadas em investigações próprias, bem como em estudos comparativos.
São exemplos de possíveis tópicos para submissão: Modelos de Gestão de Pessoas; Tendências da Gestão de Pessoas nas organizações contemporâneas; Sentido do trabalho e identidades; Investigações sobre a representação social do trabalho; Relações entre sentidos do trabalho, estigma, moralidade e ética; Estudos teóricos que proponham ampliação das discussões existentes e/ou conexões com outros conceitos ou correntes teóricas; Estudos empíricos com foco em experiências locais, regionais e interculturais; Estudos sobre os fundamentos teóricos/epistemológicos das pesquisas sobre políticas de Gestão de Pessoas e sobre o sentido do trabalho no Brasil e no exterior.
Arnaldo José França Mazzei Nogueira: (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Estudos Pós-Graduados em Admin / PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Rodrigo Bombonati de Souza Moraes: (PROFIAP - Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Carlos Roberto Domingues: (Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Gestão Organizacional / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
As transformações do trabalho, a partir das mudanças tecnológicas, inovações organizacionais e deslocamentos da força de trabalho desafiam as relações de trabalho (RTs) em todas as suas dimensões. Seus efeitos pedem pesquisas sobre as condições de trabalho, negociação coletiva, sindicatos-empresas, flexibilização e (des)regulamentação, bem como estudos teóricos e empíricos, qualitativos e quantitativos nos níveis global (supranacional e mobilidade da força de trabalho), macro (legislação social-trabalhista e políticas públicas), meso (setores econômicos e público) e micro (organizacional e local de trabalho). Há necessidade de exame das mudanças e permanências existentes, dos novos modelos de organização e gestão de pessoas em seus impactos nas relações de trabalho (RTs) e no bem-estar psicossocial. As novas tecnologias, inovações organizacionais e reestruturações na indústria, serviços e comércio introduzem e refletem um contexto de flexibilidade laboral e das organizações. A Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (AI), Indústria 4.0 e novas configurações tecnológicas, a uberização, a gig economy, os deslocamentos e a mobilidade da força de trabalho impactam as ocupações e o mercado de trabalho, desafiando as relações de trabalho na contemporaneidade. A análise das dinâmicas atuais das RTs e sua complexidade requer lentes analíticas diversas, multidisciplinares, críticas e inovadoras, desde as abordagens marxistas até as institucionalistas. Convidamos a comunidade acadêmica a submeter artigos dentro dessa temática, no Brasil e em outros países, tanto nos setores privados quanto nos públicos.
Kely Cesar Martins de Paiva: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Silas Dias Mendes Costa: (Mestrado Interinstitucional em Administração UFPE/UFRR / UFRR - Universidade Federal de Roraima)
A gestão de recursos humanos (GRH) tem se desenvolvido significativamente ao longo das últimas décadas, adaptando-se às mudanças socioeconômicas e culturais de diferentes regiões, onde os percursos de tais adaptações se mostram variados e peculiares. Este tema de pesquisa visa explorar esses percursos “evolutivos”, as práticas e os processos de gestão relativos à área de GRH, em contextos internacionais, nacionais e locais, já que as organizações reagem de modos diferentes a partir dos espaços que ocupam e das relações que desenvolvem com os diversos atores sociais com os quais lidam. Isso se verifica no setor privado, no público e no terceiro setor, cada um com suas especificidades, especialmente, no Brasil.
Nesse sentido, os dilemas e paradoxos vividos pelos gestores, dos mais diversos níveis hierárquicos e funções, têm implicações diretas na gestão cotidiana e nesses processos adaptativos, quer seja para reforçar padrões, quer seja para conduzir as mudanças nos nortes estratégicos. Assim, os processos envolvidos na gestão de/por competências podem fazer face aos modelos e às técnicas tradicionais da GRH, nos diversos níveis em que ocorrem e são passíveis de análise e intervenção, ou seja: multinível, organizacional, equipe, individual.
A análise das abordagens funcionalistas e críticas, especialmente no contexto de países em desenvolvimento, como os da América Latina, proporciona uma base para entender como as práticas de GRH podem ser otimizadas para melhor atender às especificidades culturais e econômicas locais; por outro lado, podem, também, ser utilizadas para fazer frente a relações de trabalho assimétricas, no que tange aos processos de mediação de conflitos, nas suas diversas interfaces.
Considerando-se o exposto, este tema abraça possibilidades de reflexões (pesquisas empíricas, ensaios teóricos, metaestudos etc.) que focalizem um ou mais tópicos, dentre os mencionados anteirormente.
Fabiano Larentis: (Mestr e Dout em Admin / UCS - Universidade de Caxias do Sul)
Marina de Almeida Cruz: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
Luana Folchini da Costa: (Mestrado e Doutorado em Administração / Universidade de Caxias do Sul (UCS))
Conhecimento e aprendizagem são fenômenos sociais e culturais, não apenas cognitivos, o que nos remete às suas naturezas processuais ao enfoque das práticas e dos saberes, uma vez que envolvem atividades coletivas situadas em práticas de trabalho, no panorama de gestão que é distribuído, fragmentado e contínuo (Gherardi; Miele, 2018). Assim, há necessidade de pesquisas no campo da aprendizagem organizacional que considerem processos tendo em vista as interações sociais, utilizando uma variedade de métodos (Elkjaer, 2022; Nogueira; Odelius, 2015). Da mesma forma, devido ao seu caráter complexo e interdisciplinar, deve se enfatizar a análise multinível da aprendizagem organizacional. Consideram se os níveis individual, grupal, organizacional e interorganizacional, consciente
de que a aprendizagem é socialmente referenciada, tendo em vista que os limites dos níveis de análise não são nítidos ((Ananda et al., 2021; Nogueira; Odelius, 2015). Por outro lado, a integração entre processos e rotinas de gestão do conhecimento, aprendizagem organizacional e práticas de gestão de pessoas pode contribuir para o desenvolvimento de capacidades organizacionais, como
as capacidades dinâmicas e a capacidade absortiva (Kianto et al., 2017). Tais capacidades podem ser desenvolvidas, por exemplo, por meio de práticas de treinamento e desenvolvimento relacionadas à identificação, aquisição, assimilação, transformação, aplicação, compartilhamento e reutilização do conhecimento (Martínez-Sánchez et al., 2020). Pelos caráteres transversais das temáticas Aprendizagem Organizacional e Gestão do Conhecimento, enfatiza-se a sua importância dentro da área de Gestão de Pessoas e Relações de Trabalho. Estão portanto no escopo do tema aspectos como espaços e suporte para aprendizagem, processos formais e
informais de aprendizagem, aprendizagem nos níveis individual, grupal, organizacional e interorganizacional, estudos baseados em práticas e saberes, aspectos sociomateriais, processos e estrutura de gestão do conhecimento, desaprendizagem organizacional e aprendizagem intergeracional, assim como relações com inovação, inovatividade, empreendedorismo, capacidades organizacionais e cultura organizacional.
Adriana Cristina Ferreira Caldana: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
João Henrique Paulino Pires Eustachio: (Research Centre - FTZ-NK / Hamburg University of Applied Sciences) - (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Caroline Krüger: (Professora na Especialização em Gestão Pública / Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)) - (Professora na MBA Gestão Estratégica de Pessoas e Organizações Sustentáveis / Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace))
Em um contexto mundial de crises coletivas decorrentes de calamidades ambientais, guerras, fome e profunda desigualdade social, torna-se relevante o desenvolvimento e educação de pessoas para lidar com situações complexas e desafios urgentes de sustentabilidade (Redman & Wiek, 2021), bem como encontrar caminhos para promover mudanças comportamentais focadas na criação de um futuro mais sustentável (I5 PRME, 2023). Nesse contexto, a educação para o desenvolvimento sustentável (EDS) é fundamental (Mochizuki & Fadeeva, 2010), pois tem o propósito de contribuir para que as pessoas se tornem agentes de transformação nos ambientes onde atuam e vivem (Caldana et al., 2021; Sroufe et al., 2015). Visando promover discussões neste campo, o presente tema objetiva investigar a EDS ao nível curricular, instrumental e institucional no contexto de gestão de pessoas, a partir de uma visão humanística, holística, crítica e transformadora. Com este propósito, as pesquisas neste tema concentram-se em: (i) estudos que contribuam para a temática ou incorporem questões sobre competências para a sustentabilidade (Krüger, et al., 2024; UNESCO, 2020), tendo em vista que se constituem em um arranjo holístico e interconectado de conhecimento, habilidades, valores, comportamentos e práticas para o desenvolvimento sustentável (DS) nas instituições (Wiek, Withycombe, & Redman, 2011; Redman & Wiek, 2021); (ii) pesquisas que abordem processos inovadores e metodologias de aprendizagem participativa com foco na capacitação e motivação quanto aos aspectos necessários para o DS (Cebrián, Palau, & Mogas, 2020; I5 PRME, 2023; UNESCO, 2020); e (iii) investigações que tratem de desenvolvimento e formação de líderes responsáveis, bem como da liderança no contexto da sustentabilidade, ou seja, a liderança que apoia a inovação em sustentabilidade e inspira a agir em direção a um mundo orientado para o DS (Eustachio et. al., 2023; Sroufe et al., 2015).
Jorge Brantes Ferreira (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Ana Augusta Ferreira de Freitas (Programa de Pós-Graduação em Administração / UECE - Universidade Estadual do Ceará)
Evandro Luiz Lopes (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing) - (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Ricardo Limongi França Coelho (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Leonardo Vils: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Eduardo Mesquita: (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Christian Gomes e Souza Munaier: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
O tema “Perspectivas e Paradigmas Emergentes no Marketing Contemporâneo” aborda transformações recentes que afetam tanto o marketing quanto o comportamento do consumidor. Para lidar com questões sociais e tecnológicas emergentes, as marcas enfrentam o desafio de adaptar-se a novas dinâmicas de confiança, responsabilidade social e engajamento ético. O avanço da digitalização e as rápidas mudanças nos hábitos de consumo criam um ambiente de desafios complexos, como sustentabilidade, diversidade e transparência nas interações com o público. Aspectos como o uso da inteligência artificial (IA) e a personalização de dados trazem à tona questões éticas sobre privacidade e abertura, exigindo que as marcas reconsiderem o uso responsável das informações pessoais para equilibrar inovação e confiança. A influência crescente das mídias digitais molda novas identidades e comportamentos de consumo.
O marketing, portanto, precisa desenvolver novas compreensões e estratégias que alinhem crescimento econômico com impacto positivo para a sociedade e o meio ambiente, integrando práticas éticas e abordagens inclusivas para responder às demandas sociais e ambientais atuais. Questões de acessibilidade e o impacto das mudanças climáticas nas decisões de compra são somente alguns exemplos de temas essenciais para a adaptação do marketing às novas expectativas.
Convidamos autores a submeterem trabalhos que explorem esses e outros temas alinhados às Perspectivas e Paradigmas Emergentes no Marketing Contemporâneo, ampliando a compreensão sobre os desafios, inovações e o papel do marketing em responder às complexidades da sociedade e do mercado atual.
Paula Chimenti: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Everaldo Marcelo Souza da Costa: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
O marketing digital e o comportamento do consumidor no mundo digital são questões centrais do marketing nos dias de hoje, tanto para a academia quando para empresas. Da mesma forma, a compreensão de como empresas e consumidores lidam com inovações, desenvolvendo-as ou decidindo adotá-las, ganha mais relevância conforme a velocidade com que tais inovações surgem na era da informação. Este tema contempla trabalhos que explorem o marketing digital em qualquer um de seus aspectos (comportamento do consumidor digital, redes sociais digitais, e-commerce, propaganda digital, mobile commerce, boca-a-boca eletrônico – eWOM, marketing via dispositivos móveis, inteligência artificial (AI), realidade aumentada, marketing via ferramentas de busca, realidade virtual, games, métricas e dados digitais, big data, e-mail marketing, electronic marketplaces, marketing afiliado, marketing baseado em localização, blog marketing, influenciadores digitais, mundos virtuais 3D, plataformas digitais, ofertas digitais e novas regras de precificação em plataformas, entre outros), assim como trabalhos que tratem do desenvolvimento, difusão e adoção de inovações e novas tecnologias (teorias difusão, processo decisório de adoção, modelos de adoção e aceitação de tecnologias – TAM, UTAUT e outros, taxa de adoção, atributos de inovações, desenvolvimento de inovações, liderança de opinião, redes de difusão, agentes de mudança, consequências de inovações, entre outros). O tema está aberto tanto para estudos de marketing digital e inovação que tenham foco no comportamento do consumidor quanto para estudos com foco na perspectiva das empresas, explorando as dinâmicas de plataformas digitais e as mudanças mais recentes trazidas pela disseminação da inteligência artificial.
Luís Alexandre Grubits de Paula Pessôa: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Ana Raquel Coelho Rocha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Este tema inclui discussões integradas com a perspectiva teórica da Consumer Culture Theory (CCT), uma tradição de pesquisa interdisciplinar que tem contribuído para o conhecimento sobre cultura do consumidor (em todas as suas heterogêneas manifestações) e gerado achados empiricamente fundamentados e inovações teóricas relevantes para um amplo público das disciplinas de ciências sociais, da arena das políticas públicas e dos setores empresariais. Nesse sentido, o tema contempla estudos ou ensaios que busquem explorar o consumo - discursos, significados, sócio materialidade, influências, práticas – a partir de uma abordagem multidisciplinar. Articula áreas de conhecimento tais como Antropologia, Filosofia, Sociologia, História, Linguística e Comunicação Social. Como exemplos, podem ser citadas as investigações que buscam compreender o consumo e as questões relativas a gênero, raça, estética, regionalidades, construção e manutenção de identidade social, diferenças culturais e sociais, tribos urbanas, diferentes tipos de coletividades de consumidores, redes, anticonsumo e resistência, nostalgia e memória relacionadas ao consumo ou ao comportamento do consumidor.
Isabela Carvalho de Morais: (Engenharia de Produção / Universidade Federal de Ouro Preto)
Marlon Dalmoro: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Este tema visa ampliar a interconexão entre o conhecimento do marketing e a noção de mercado. Embora essa conexão fosse prevalente até 1960, recentemente tem ressurgido devido ao papel fundamental do mercado - sua formação e suas dinâmicas - na teorização e prática do marketing. O interesse no tema abrange pesquisadores ligados a perspectivas socioculturais do consumo, marketing industrial, macromarketing, sociologia e antropologia econômica. A perspectiva ontológica que orienta os estudos de mercado inclui concepções estruturalistas, da prática, culturais, teoria dos sistemas e ontologias planas, como a Teoria Ator-Rede. Assim, o tema abrange múltiplas visões de mercados, desde perspectivas neoclássicas, mercados como sistemas de trocas econômicas, passando pelo entendimento de mercados como arenas, até aquelas que os entendem como sistemas sociais, envolvendo trocas simbólicas, materiais e culturais.
A configuração dos mercados é considerada em termos de atores (produtores, consumidores, governos, entre outros), dispositivos, objetos e dimensões sociais, físicas e espaciais. São bem-vindos estudos que abordem o 'mercado' como elemento central, sob diversas perspectivas teóricas e metodológicas, incluindo as emergentes: mercado como prática, exercício de agência, modelagem de mercados, sistemas dinâmicos e agenciamentos. Este tema contempla estudos de mercados em níveis de análise (macro, meso e micro), abordando sistemas agregados de marketing, instituições e processos institucionais, e a intersecção entre mercados e sociedade. Exemplos de discussões incluem as dinâmicas que moldam um mercado, a formatação de mercados, análise de mercados alternativos, os conflitos e o papel de atores na constituição, estrutura, regulação e institucionalização de mercados, processos de mercantilização e explicações culturais, sociológicas, históricas e antropológicas. O tema envolve a compreensão de mercados digitalizados. Também explora novos arranjos como economia do compartilhamento e a complexificação das relações de troca diante de múltiplos modelos econômicos, como os voltados para sustentabilidade e gig economy.
Eduardo Eugênio Spers: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Felipe Zambaldi: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Elder Semprebon: (PPGADM UFPR / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
O tema Teoria, Epistemologia e Métodos de Pesquisa em Marketing já é oferecido como opção para submissão de trabalhos no EnANPAD por muitos anos. Uma de suas contribuições principais é a de ser um espação para a submissão de artigos que discutam e reflitam ao mesmo tempo a essência da área acadêmica de marketing, quanto proponham novas sugestões de teorias, modelos e metodologias que devam ser exploradas pela área de marketing em artigos futuros. Engloba tanto estudos que exploram tanto o desenvolvimento e aplicação de novos métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos em marketing, bem como a contribuição para o desenvolvimento da teoria e epistemologia em marketing. Este tema inclui estudos sobre as novas opções metodológicas em estudos de marketing, desenvolvimento e testes de propriedades de escalas, construção de novos modelos teóricos e modelos de previsão e de simulação. Também abrange discussões metodológicas e epistemológicas sobre usos de métodos qualitativos em marketing. Contempla estudos que busquem o entendimento dos fenômenos em marketing associados às diferentes realidades brasileiras, integrando contribuições teóricas e metodológicas não apenas de outras áreas da administração, mas também de outros domínios de conhecimento. Por fim, este tema inclui discussões de bases epistemológicas que permeiam a construção de Teorias em Marketing. Trata-se de um tema que já existente na divisão de marketing e que permite não só testar ou propor inovações e melhorias metodológicas e teóricas, mas também uma reflexão sobre a produção atual e as tendências das pesquisas de marketing realizadas no contexto nacional e internacional. São bem-vindos todos os tipos de estudos que envolvam a coleta e a análise de dados qualitativos e quantitativos, resenhas, bibliometrias e ensaios teóricos e conceituais.
ANA MARIA MACHADO TOALDO: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Flavio Santino Bizarrias: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing) - (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Marta Olivia Rovedder de Oliveira: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Este tema relaciona estratégias e atividades de marketing como inputs e o desempenho mercadológico como principal output. Por inputs entende-se o esforço mercadológico das estratégias de marketing (segmentação, posicionamento, produto/serviço, preço, distribuição, comunicação) e por outputs variáveis de desempenho/resposta em níveis de mindset do consumidor (brand equity, qualidade percebida, satisfação, lealdade), comportamental do consumidor (aquisição, retenção, boca a boca, customer lifetime value, share of wallet), produto-mercado (participação de mercado, rentabilidade, inovação), contabilidade/financeira (custos, lucros, margens, alavancagem, retorno para o investidor) e outras métricas de marketing (customer equity, brand value, innovation equity). Também se considera nessa relação o processo de formulação e implementação de estratégias de marketing e constructos a ele inerentes, como inteligência de marketing, capacidades, orientações estratégicas, digitalização. O tema de pesquisa ampara-se teoricamente na cadeia de produtividade e resultados de desempenho de marketing. Inclui estudos sobre conceitos, modelos e teorias acerca de relacionamentos entre organizações e clientes e outras partes envolvidas na entrega de valor e geração de desempenho. Portanto, é um tema transversal, cujo principal objetivo é compreender o efeito e o retorno das atividades de mercado nas medidas de desempenho. Observa-se sua importância na afirmação de Varadarajan (2015) de que o fundamental para o marketing como campo de estudo é a repercussão de suas atividades no desempenho da organização. Como também, permanece o interesse no estudo dessa relação (Katsikeas et al., 2016; Morgan et al., 2019; Singh, Singh; Mishra, 2021; Stathakopoulos et al., 2022). Assim, o tema recebe trabalhos de diversas metodologias, como pesquisas qualitativas, de levantamento (survey, dados secundários), experimentais e econométricas, aplicadas a dados de marketing e técnicas analíticas para compreender o impacto da estratégia de marketing em níveis competitivos, da empresa, produto-marca e/ou consumidor. Inclui também revisões sistemáticas de literatura (revisões bibliométricas ou meta-análises) para explicar os determinantes das variáveis de desempenho mercadológico.
Carla Ramos: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
Juliano Domingues da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Gabriel Gonzalez: (Fowler College of Business / San Diego State University)
Este tema de pesquisa abrange qualquer estudo que contribua para o avanço da ciência e prática de marketing em mercados industriais ou organizacionais (business-to-business - B2B). Busca-se estudos que aprofundem o entendimento sobre como empresas ou organizações comercializam produtos, serviços ou ideias para outras organizações. Esse tema inclui investigações de fenômenos que envolvem transações, trocas e relacionamentos em díades, tríades ou redes de empresas, instituições e revendedores. Esse tema abrange tanto o marketing de serviços organizacionais quanto de produtos industriais, em contextos públicos ou privados, locais ou internacionais.
O tema inclui pesquisas intra- e inter-organizacionais com foco na força de vendas – um elemento crítico e cada vez mais estratégico na criação de valor em B2B. Pesquisas que exploram a gestão, a eficácia e o impacto da força de vendas nesses ambientes são altamente valorizadas.
Em consonância com a tradição de pesquisa da área, este tema encoraja estudos que examinem as interações e interdependências em relacionamentos organizacionais, promovendo contribuições teóricas, metodológicas e gerenciais. Também visa fomentar estudos que gerem impacto positivo na sociedade, ao melhorar a eficácia dos mercados industriais. Abordagens empíricas e conceituais são aceitas, incluindo estudos qualitativos, quantitativos ou mistos.
As submissões podem abordar tópicos já estabelecidos como gestão de relacionamento com clientes organizacionais (CRM), Key Account Management (KAM), redes e alianças empresariais, gestão da cadeia de suprimentos, inovação, comunicação, canais (go-to-market) e precificação, e gestão da força de vendas B2B. Também é encorajado submissões que explorem novas tendências, como digitalização em B2B, o crescente papel das Inside Sales em relacionamentos comerciais, e insights sobre customer experience e customer journey no contexto de mercados industriais.
Espera-se que os trabalhos submetidos avancem para o desenvolvimento teórico do marketing B2B e forneçam insights práticos que melhorem a tomada de decisões estratégicas, promovendo melhorias na competitividade e eficiência dos mercados industriais.
Giuliana Isabella: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
Rafael Barreiros Porto: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Patrícia Leite da Silva: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
A comunicação de marketing é um componente crucial na estratégia global das empresas para maximização de impactos das campanhas. Ela tem passado por uma série de transformações inovadoras, incluindo a gestão de plataformas em múltiplos canais on-line e off-line, gerenciamento de mídias sociais e automação de ferramentas de comunicação. Este tema explora a gestão eficaz da comunicação de marketing, considerando tanto as abordagens integradas como as específicas do mix de comunicação, permitindo que as empresas transmitam mensagens coesas e consistentes ao consumidor. Estimulamos uma compreensão profunda da forma e conteúdo de mensagens de marketing, bem como, a sincronia de estratégias online e offline para alcançar os desempenhos desejados, tais como: o aumento do reconhecimento de marca, brand equity, engajamento do consumidor, taxas de conversão, vendas e retorno sobre o investimento (ROI).
É essencial examinar as estratégias e as melhores práticas específicas de cada canal de comunicação, tanto no ambiente digital quanto no tradicional. A eficácia de canais como mídias sociais, e-mail marketing, SEO, publicidade digital e interativa, patrocínio, televisão, rádio, mídia impressa, out-of-home, entre outras, pode ser analisada isoladamente para determinar seu papel em campanhas de marketing e seu impacto nos comportamentos dos consumidores. O uso de tecnologias avançadas, como a inteligência artificial generativa, a automação da gestão de comunicação, e a análise de big data, também deve ser explorado, já que essas ferramentas podem potencializar a personalização e a eficácia das campanhas.
Pesquisas nesse campo podem também focar na avaliação das estratégias de comunicação de marketing e no desenvolvimento de métricas que ajudem a medir o sucesso dessas iniciativas.
Marcelo de Rezende Pinto: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Nelsio Rodrigues de Abreu: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo – PPGIC / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Bruno Medeiros Ássimos: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
O tema “Marketing e Sociedade” se situa na área do macromarketing, campo que faz parte da perspectiva não-interativa-não-econômica das escolas do marketing, que surgiram a partir da década de 1960. Adeptos desse campo se dedicam a defender uma abordagem sistêmica para o marketing com vistas a melhorar as estratégias e as políticas para o bem-estar social. Nesse sentido, o tema tem como proposta principal debater os diversos aspectos relacionados aos efeitos do marketing sobre a sociedade, tendo como princípio norteador analisar tanto os aspectos positivos quanto as disfunções e problemas inerentes a essa relação. Assim, ganham destaque estudos que articulem ética em marketing, consumo consciente, consumo colaborativo, resistência ao consumo, consumismo, sustentabilidade em marketing, qualidade de vida subjetiva e bem-estar pessoal, diversidade e inclusão, externalidades positivas e/ou negativas das atividades de marketing e desafios e dilemas das relações de consumo e o mercado.
Pertencem ainda a esse tema os estudos que se baseiam nas propostas da Transformative Consumer Research e da Transformative Service Research, nas quais a figura dos consumidores vulneráveis torna-se central, mas que também propiciem a emergência de outras questões tais como fome, obesidade, política alimentar, consumo de alimentos e seus impactos sócio ambientais, cidadania e consumo, escravidão moderna, refugiados, caminhos desviantes do consumo, gênero e interseccionalidade, pobreza, vícios, preconceito e discriminação nos espaços de consumo, narrativas e estigmatização também são bem-vindas. No tocante às escolhas onto-epistemológicas, as diversas perspectivas e correntes, bem como trabalhos de cunho empírico ou ensaístico são apropriados para o tema.
Marcus Wilcox Hemais: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Renata Couto de Azevedo de Oliveira: (Prog. de Pós-Grad. em Admin/Esc. de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA/ECSA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio)
O consumo é frequentemente visto como a principal forma de produção e reprodução de significados em nossa sociedade. Sua relevância nas relações sociais é inegável, já que, enquanto ato social fundamental, ele não apenas oferece oportunidades de conexão, mas também pode restringir ou eliminar possibilidades dependendo dos atores envolvidos. Nesse contexto, as relações mediadas por bens, serviços e experiências podem ter um caráter tanto emancipador quanto opressivo. A análise crítica do consumo revela aspectos obscuros, como os efeitos indiretos e não previstos mencionados por Nason (1989), incluindo discriminação, ameaças à saúde e à segurança, além da degradação ambiental. Essa perspectiva crítica ilumina as relações de poder que muitas vezes são naturalizadas nos mercados, tornando-as invisíveis. O termo "emancipação" é utilizado para destacar estudos que exploram desequilíbrios de poder e dominação, visando gerar conhecimento que promova a libertação do consumidor dessas opressões. Isso pode ser feito por meio da proposta de ações sociais que incentivem a consciência crítica no consumo, além de análises teóricas que ajudem a identificar e desafiar esses limites. Dentro desse escopo, questões de gênero, ideologias de consumo e a resistência do consumidor se tornam centrais ao discutir o consumo como uma ação política. O ativismo e a pedagogia do consumo, assim como a análise das identidades espoliadas, oferecem uma rica base para investigar os efeitos do consumo e suas dinâmicas de poder. As interseções entre consumo, marketing e tecnologias de informação e comunicação, bem como debates sobre marketing crítico e a conscientização do consumidor são fundamentais para desafiar práticas que perpetuam a opressão. Convidamos contribuições iniciais e completas que explorem esses temas, incluindo estudos sobre efeitos indesejados do consumo e discussões teóricas sobre marketing, emancipação e a ação política dos consumidores.
Cláudia Buhamra Abreu Romero: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Ramona de Luca: (Mestrado Profissional em Gestão Internacional - MPGI - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Mateus Ferreira: (PPG em Administração (PPGA) / Universidade Federal do Cariri (UFCA)) - (PPG em Administração (PPGA) / Universidade Estadual do Ceará (UECE))
A atuação estratégica da pesquisa no fortalecimento do Varejo justifica a permanência do tema como um dos tracks da ANPAD, cujo objetivo é promover o debate crítico e o avanço científico sobre o futuro da Gestão do Varejo e de Canais de Marketing, antecipando tendências e desafios, e integrando diferentes perspectivas teóricas e metodológicas de pesquisa.
A trilha recebe estudos teóricos e empíricos com foco em temas relacionados a Varejo, que envolvem diferentes tópicos:
1. Formatos e Estratégias no Varejo: Mobile Shopping; Varejo Online e Marketplace; Pop-Up Stores; Varejo de Vizinhança; Clubes de Assinatura; Gestão de Marcas Próprias, Internacionalização.
Suzane Strehlau: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Olga Maria Coutinho Pépece: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Carolina Redolfi: (Business / Oxford Brookes Business School)
O campo de estudo deste tema tem como premissa a interseção entre criatividade, consumo e estratégias de marketing nos contextos de arte, moda e luxo. A inovação artística tem desempenhado um papel relevante na transformação desses mercados, influenciando desde o design de produtos, as suas embalagens chegando até a comunicação das marcas. No âmbito cultural, como em exposições, apresentações, performances e outras formas de expressão, o marketing vem adquirindo características singulares. Por exemplo, a estética e o design se integram às marcas de forma cada vez mais visível, influenciando o comportamento dos consumidores frente às manifestações artísticas originais. Além disso, colaborações entre artistas e marcas são cada vez mais frequentes, enquanto o uso de tecnologias digitais se intensifica na conexão entre arte e marketing. A partir deste pano de fundo, são bem-vindas contribuições teóricas e empíricas que busquem compreender este fenômeno de consumo e suas implicações para as teorias de marketing. Encorajamos submissões que examinem o papel das plataformas digitais, arte e luxo, falsificações, masstige, colaborações artísticas e museus.
Luciana Florêncio de Almeida: (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
MARCIA DUTRA DE BARCELLOS: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (Division of Agri-food marketing and chain management / Ghent University)
Flavia Galindo: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Nosso track enfatiza a importância crítica de temas relacionados ao agronegócio e à alimentação, que têm atraído um interesse consistente de pesquisadores em todo o mundo. Convidamos contribuições nas áreas de estratégia, marketing e comportamento do consumidor que abordem a cadeia de valor do agronegócio, a indústria e o varejo de alimentos, o setor de foodservice e o turismo gastronômico, com um claro alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Este track acolhe uma variedade de abordagens de pesquisa, incluindo estudos empíricos, ensaios teóricos e estudos de caso, que analisam e propõem estratégias implementadas por empresas e agentes públicos. Abrange uma ampla gama de temas, como o comportamento do consumidor e sua influência no desenvolvimento das indústrias alimentícias, alimentação saudável, veganismo, segurança alimentar, sustentabilidade na produção de alimentos, rastreabilidade e autenticidade alimentar. Também incentivamos estudos que enfoquem o papel dos influenciadores digitais, storytelling e comunidades online na formação das preferências alimentares, veganismo, vegetarianismo, flexitarianismo e gastronomia. Ao integrar essas diversas perspectivas e abordar os ODS, nosso track busca fornecer insights inovadores que possam orientar estratégias e práticas de marketing no setor em evolução do agronegócio e alimentos, contribuindo para um sistema alimentar mais sustentável e equitativo.
Helena Belintani Shigaki: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Marcos Inácio Severo de Almeida: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Renato Hübner Barcelos: (École des sciences de la gestion(ESG UQAM) / Université du Québec à Montréal)
Este tema de pesquisa aprofunda a compreensão acerca do uso de tecnologias emergentes e métodos científicos avançados na transformação de dados em insights analíticos, que ampliam o potencial de transformação do marketing. Em uma era onde dados são fundamentais para a tomada de decisões, o monitoramento de modelos descritivos, diagnósticos, preditivos, prescritivos e cognitivos é vital para a tomada de decisões. Nesse sentido, este tema de pesquisa recebe trabalhos teórico-empíricos ou puramente teóricos que abordam a aplicação da Ciência de Dados e da Inteligência Artificial em duas frentes: (i) como um “meio” para a transformação de interações, utilizando ferramentas como robôs de atendimento e chatbots, visando influenciar métricas comportamentais e de desempenho; ou (ii) como técnicas analíticas, incluindo Machine Learning, Deep Learning e Econometria de Séries Temporais, que geram insights valiosos a partir da análise de grandes volumes de dados. Portanto, são considerados elegíveis para este tema pesquisas que utilizem as mais diversas técnicas metodológicas associadas à Ciência de Dados e à Inteligência Artificial que discutam ou mensurem o impacto dessas tecnologias. Os eixos de pesquisa incluem: (i) aplicação do marketing analytics para entender o impacto das estratégias de marketing sobre as atividades de marketing; (ii) relação homem-máquina, via interação entre consumidores e ferramentas automatizadas, como chatbots e sistemas de recomendação na personalização da experiência do consumidor; (iii) ética na proteção e uso de dados que discutam limites e implicações éticas em pesquisas científicas e de mercado; (iv) uso de dados de alta frequência em CRM e marketing de relacionamento para aprimorar o relacionamento com os clientes; e (v) ensaios teóricos, com propostas que discutam a aplicação de diferentes métodos científicos relacionados ao tema, promovendo uma análise crítica das práticas atuais e a exploração de novas abordagens, contendo hipóteses e proposições de pesquisas.
Emerson Wagner Mainardes: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino) - (Mestrado em Contabilidade e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino)
Lucilaine Pascuci: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) - (Programa de Pós-Graduação em Gestao Publica / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Claudimar Pereira da Veiga: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Este tema cobre estudos ligados ao marketing público, marketing para organizações sem fins lucrativos, marketing para o ensino superior e outras modalidades de ensino, marketing verde, marketing social, marketing religioso, marketing para a saúde, marketing político, outros tipos de marketing ligados ao setor público e ao setor sem fins lucrativos; os assuntos de interesse envolvem qualidade de serviços, marketing mix nos setores público, educacional e não lucrativo, marca, co-criação de valor, estratégias de marketing, relacionamento, captação e retenção de doadores e voluntários, entre outros assuntos abordados sob a ótica pública, educacional e/ou do setor sem fins lucrativos.
A temática do marketing público, marketing educacional e do marketing sem fins lucrativos vem ganhando espaço na literatura de marketing em virtude do crescimento de importância do marketing em setores não comerciais. Especialmente as organizações sociais e educacionais ampliam sua importância para a sociedade e, ao mesmo tempo, cresce a competição por recursos, como doadores e voluntários. Já o marketing público vem demonstrando relevância para mostrar à sociedade a efetividade das ações dos governos, cada vez mais cobrados pelos cidadãos.
Desta forma, os pesquisadores podem contribuir com organizações públicas, educacionais e sem fins lucrativos, tendo em vista que, geralmente, a importação direta dos conhecimentos de marketing com fins lucrativos para os setores público, educacional e sem fins lucrativos tende a não ser adequada, exigindo a construção de conhecimentos de marketing específicos para os setores público, educacional e sem fins lucrativos. Assim sendo, este tema busca estimular o interesse dos pesquisadores brasileiros para investigar o marketing público, marketing educacional e o marketing sem fins lucrativos, bem como suas derivações (saúde, política, ecológico, entre outros).
Jussara Goulart da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Caissa Veloso e Sousa: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
O marketing experiencial representa uma evolução significativa nas estratégias de relacionamento entre empresas e consumidores, valorizando o engajamento emocional, sensorial e psicológico. Esse tema se mostra altamente relevante no contexto atual, onde os consumidores buscam mais do que apenas produtos e serviços; eles desejam experiências memoráveis e personalizadas. O marketing experiencial responde a essa demanda ao focar na criação de momentos de valor que conectam os consumidores a uma marca de forma única e diferenciada, promovendo não só a compra, mas a fidelização e o engajamento contínuo.
Em um ambiente digitalizado e competitivo, o engajamento do consumidor é um dos principais indicadores de sucesso para marcas que buscam construir comunidades leais. Estratégias de marketing experiencial permitem que as empresas ofereçam experiências diferenciadas, como eventos, conteúdos interativos, e jornadas personalizadas, que aumentam o valor percebido e reforçam a identidade da marca na mente dos consumidores. Além disso, a presença de canais digitais de alta conectividade tem expandido o alcance do marketing experiencial, permitindo interações dinâmicas e em tempo real.
Este tema se mostra particularmente relevante diante das transformações tecnológicas e das novas exigências dos consumidores. Explorar como o marketing experiencial pode fortalecer o engajamento torna-se essencial para empresas que desejam se manter competitivas, captando a atenção e a lealdade de um público cada vez mais informado e exigente.
Dado o crescimento das plataformas de avaliação online e das redes sociais, os consumidores compartilham cada vez mais suas percepções sobre serviços, buscando explicitar as suas experiencias. Assim, uma experiência excepcional pode gerar um efeito positivo em rede, promovendo o engajamento e a retenção de novos clientes. O tema é essencial para as empresas de serviços que buscam diferenciação e fidelização em um mercado dinâmico e cada vez mais orientado pela experiência.
Rafaela Almeida Cordeiro: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Tania Modesto Veludo de Oliveira: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Farah Diba Abrantes Braga: (Graduação, Mestrado, Doutorado Profissional / TBS Education (Toulouse Business School) - França, Espanha)
Este tema recebe trabalhos que discutem a interseção entre marketing e políticas públicas.
Políticas públicas consistem em um conjunto de diretrizes e instrumentos, geralmente criados por governos, para enfrentar problemas públicos e promover o bem-estar social. Por se tratar de uma disciplina que estuda mercados e consumidores, o marketing tem contribuído para políticas públicas ao: identificar falhas/limitações de mercado, por meio da interação organizações-consumidores, e sugerir a criação de políticas de proteção ao consumidor; trazer conhecimento sobre como as empresas adaptam suas ofertas para seguir políticas públicas; elucidar a reação dos consumidores a campanhas de marketing e regulamentações; apresentar modelos de segmentação de grupos de consumidores para o direcionamento de políticas públicas, entre outros. Relevantes pesquisadores de marketing e políticas públicas (ex.: Andrews et al. 2022; Stewart 2015) têm incentivado o fortalecimento dessa linha de investigação e a condução de estudos que respondam questões como: Que tipos de problemas de marketing na sociedade justificam o desenvolvimento de políticas públicas? Como a pesquisa de marketing pode informar formuladores de políticas públicas? Como os estudos do comportamento do consumidor são úteis na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas?
Nesse sentido, a proposta do tema “Marketing e Políticas Públicas” é fomentar o debate acerca de questões sociais relevantes e apresentar contribuições dos estudos de marketing e comportamento do consumidor para políticas públicas.
Possíveis tópicos incluem estudos de marketing que explorem ações/campanhas/políticas/regulamentação sobre (mas não são restritos a):
- rotulagem nutricional;
- proteção ao consumidor;
- apostas esportivas;
- diversidade, equidade e inclusão no mercado;
- consumo excessivo de drogas (ex.: álcool, cigarro, drogas ilícitas);
- tecnologia e privacidade do consumidor;
- educação do consumidor (ex.: financeira, mercadológica, midiática);
- impacto de políticas públicas nas estratégias de marketing;
- governos e regulação das atividades de marketing;
- reações dos consumidores a políticas públicas.
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