Amarolinda Zanela Klein (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Carla Bonato Marcolin (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (PPGCONT / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Cristiane Drebes Pedron (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Guilherme Costa Wiedenhoft (PPGa - ICEAC / FURG)
Adilson Carlos Yoshikuni: (Programa de pós-graduação em controladoria e finanças empresariais/PPGCFE / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Rajeev Dwivedi: (Department of Business Systems and Analytics, School of Business, College of Professional Programs / Eastern Washington University, Cheney, Washington, USA)
A principal questão entre os praticantes e acadêmicos, é como as práticas de governança da tecnologia de informação, gestão estratégica e contábeis pode ser potencializada por tecnologias emergentes para construir vantagem competitiva e desempenho corporativo. Para responder esta questão, os sistemas de informação estratégicos e contábil, bem como a necessidade de governar e investir em tecnologias tradicionais e emergentes se destacam como recursos estratégicos que podem habilitar as capacidades organizacionais para alavancar tais resultados. Assim, as submissões para a trilha de Sistemas de informação Contábeis, Sistemas de informação Estratégicos e Governança da Tecnologia de Informação estão relacionadas as tecnologias tradicionais e emergentes, tais como Artificial Intelligence (AI), Blockchain, Internet of Things (IOT), Big Data & Business Analytics (BD&BA), Cloud Computing (CC), Machine Learning (ML), entre outras, que podem incluir estudos em andamento e completos, estudos conceituais teóricos e exploratórios, estudos de casos, relatos de desenvolvimento tecnológicos, pesquisa intervencionista, estudos por meio de métodos quantitativos, entre outros.
Ernani Marques dos Santos: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Manuella Maia Ribeiro: (Cetic.br / Núcleo de Informação e Comunicação do Ponto BR (NIC.br))
Jefferson David Araujo Sales: (PROPADM / Universidade Federal de Sergipe) - (NPGA / Universidade Federal da Bahia)
Os usos, impactos e repercussões de tecnologias e sistemas da informação (TI/SI) analisados e entendidos em nível da sociedade. Os usos, impactos, aplicações e implementações de tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) em nível da sociedade, na gestão pública e nas ONGs, bem como na prática democrática, na participação do indivíduo e na transparência da gestão; Tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) utilizados para a prestação de serviços ao cidadão; A tecnologia da informação e os sistemas de informação (TI/SI) como instrumentos para a gestão, inclusive a modernização, e suas repercussões nas políticas públicas; Implicações sociais do uso governamental de tecnologias e sistemas de informação (TI/SI); A adoção de software livre na gestão pública; Aspectos socioambientais e impactos do advento das tecnologias e sistemas de informação (TI/SI); Participação eletrônica: aspectos de tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) e seus usos por cidadãos, grupos e organizações sob a ótica da inclusão digital, bem como a emancipação de gênero, minorias, dentre outros. Uso das tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) para o desenvolvimento (ICT4D). Mídias sociais virtuais e suas repercussões na atuação do cidadão, da sociedade e do governo; Governança digital; Governo eletrônico - e-gov e suas implicações na qualidade dos serviços públicos; Cidades digitais: uso estratégico de tecnologias e sistemas de informação (TI/SI) na gestão de cidades; Transformação digital no setor público.
Esse tema é importante, pois os usos de TI/SI pela sociedade e por governos apresenta peculiariades e aspectos de grande diferenciação em relação ao uso privado e comercial devido, principalmente, a questões de regulação, governança e prestação de contas.
Alessandra Cabral Nogueira Lima: (PROFIAP/UFS - PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA / UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE)
Daielly Melina Nassif Mantovani: (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Emmanuelle Fonseca Marinho de Anias Daltro: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana – PPGTU / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
“Tecnologias e saúde” caracteriza-se como tema necessário a área de Administração da Informação (ADI) na qual serão abordados estudos e pesquisas relacionados aos diferentes ambientes de uso, adoção e apropriação da TI, seus aspectos caracterizadores e efeitos sobre a saúde, bem como a geração, o tratamento e a divulgação de dados de saúde. Além de promover um espaço de diálogo no qual a transformação da saúde através do uso das TIC seja discutida, e possa configurar o estado atual do desenvolvimento da tecnologia de informação em saúde no Brasil e no mundo.
Trata-se de um tema em constante evolução haja vista as tecnologias, a exemplo das plataformas sociais baseadas na Internet, vêm favorecendo a colaboração, o compartilhamento e a interação; e estão sendo apropriadas nas dimensões da atividade humana em seus mais diversos contextos, inclusive na área de Saúde, com reflexos nas atividades, papéis e competências dos profissionais de saúde e seus pares, evidenciando-se o aumento do uso de TI como forma de reduzir os efeitos do distanciamento social observado durante a Pandemia da Covid-19. É sabido que a saúde não se restringe aos seus profissionais e ao governo, sendo o usuário de serviços de saúde o cerne principal do setor, e, neste contexto, as TIC permitem a oferta de serviços digitais que atendam aos desejos e necessidades desses indivíduos. Temáticas como como saúde digital, global e mobilidade; informática clínica; Organização, Gestão, Avaliação e Impacto Social da Informática em Saúde; Dados abertos e saúde, são trazidas pela comunidade acadêmica uma vez que entendidas como área de conhecimento e prática, são consideradas nos ambientes organizacionais de saúde, que são influenciados pelo potencial das tecnologias digitais uma vez que estas propiciam procedimentos inovadores que expandem o alcance, a qualidade e a resolutividade dos diversos aspectos da atenção à saúde.
Eliete dos Reis Lehnhart: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Taciana de Barros Jeronimo: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PROPAD/DCA/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco) - (Prog de Mestr Prof em Gestão Pública e Desenvolvimento do Nordeste - MGP/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Como e por que decidimos de determinada forma? Essa é uma pergunta central formulada por Hammerstein e Stevens (2012) em seus estudos sobre decisão. Eles afirmam que nossas escolhas são governadas por mecanismos cognitivos moldados ao longo do tempo evolutivo através do processo de seleção natural. Desde a detecção de sinais e a memória, até o aprendizado individual e social, a evolução criou em nós fortes conceitos prévios sobre como e quando processamos as informações, e são esses blocos de construção cognitivos evoluídos que fornecem a base para nossas escolhas. Para um decisor específico, as decisões tomadas para um mesmo problema em momentos diferentes podem ser diferentes, porque a sua preferência não é sempre constante. Ademais, quando o decisor se depara com situações complexas de escolha, a aplicação dos métodos multicritérios pode ser uma alternativa diante da circunstância, isto porque esses métodos visam recomendação, discussão e adaptação ou refinamento da tomada de decisão até a escolha final (PEREIRA et al., 2010). Neste contexto, os atores são os indivíduos que participam direta ou indiretamente no processo de decisão, são co-autores do amadurecimento de seus julgamentos de valor. Este processo aponta a identificação e valoração de suas preferências como aprendizado, interação, comunicação com e entre os decisores (KEENEY e RAIFFA, 1976). Para Simon (1965) o comportamento real do indivíduo não consegue atingir a racionalidade objetiva em pelo menos um dos três aspectos diferentes: a racionalidade requer um conhecimento completo e antecipado das consequências resultantes de cada escolha; As consequências pertencem ao futuro, então o decisor deve usar sua imaginação e pensar; antecipadamente nas possíveis consequências de cada escolha; A racionalidade pressupõe uma opção entre todos os possíveis comportamentos alternativos. Porém, o comportamento real dos indivíduos apenas uma fração de todas estas possíveis alternativas é levada em consideração na tomada de decisão.
José Carlos da Silva Freitas Junior: (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios - PPGN / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Claudio Luis Carvalho Larieira: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Anatália Saraiva Martins Ramos: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
A sociedade, assim como o mundo dos negócios, está passando por um processo de transformação digital (Li, 2018). Essa transformação deve-se aos recentes avanços tecnológicos que tem permitido o surgimento de novos modelos de negócios, que agora estão transformando a era industrial por meio de tecnologias digitais. Muitas destas transformações se dão pelas adoções de tecnologias da indústria 4.0, gerando novos modelos de negócio.
A indústria 4.0, considerada a quarta revolução industrial, se baseia na ideia de criar fábricas digitais inteligentes, facilitando a interconexão e a informatização na indústria tradicional, tornando os negócios mais flexíveis e responsivos às tendências de mercado (Lu, 2017). As tecnologias da indústria 4.0 (ex. Internet das Coisas, big data, cloud computing, analytics) proporcionam as organizações solucionar problemas de forma inovadora e/ou aproveitar oportunidades por meio de novos rearranjos de recursos e novos modelos de negócio, tendo sido percebidas como fonte de diferenciação no mercado. Os novos modelos de negócio tem utilizado tecnologias digitais para obter vantagem competitiva (Fernandes et al., 2017). Para tanto, as empresas necessitam melhorar o seu desempenho, investindo em tecnologias digitais e desenvolvendo capacidades digitais.
O objetivo deste track é conceituar, teorizar e apresentar evidências práticas de como se dá a transformação digital nas organizações por meio da adoção e uso de novas tecnologias, bem como o desenvolvimento de capacidades organizacionais.
As seguintes questões são sugeridas:
Neste contexto, o tópico de Transformação Digital convida autores a submeterem seus trabalhos nos seguintes tópicos, mas não restrito à eles:
Alisson Eduardo Maehler: (PROFIAP / UFPel)
Gabriela Gonçalves Silveira Fiates: (15 / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Clarissa Carneiro Mussi: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
O conhecimento é um ativo intangível relevante para a obtenção da vantagem competitiva sustentável, o que torna relevante a sua gestão. A gestão do conhecimento compreende um conjunto de processos voltados à criação, armazenamento, compartilhamento, aplicação e proteção do conhecimento, visando atender aos objetivos organizacionais. A tecnologia da informação ao mesmo tempo que pode facilitar a gestão do conhecimento, também pode aumentar os riscos de perder a vantagem competitiva obtida. As organizações precisam equilibrar as atividades que promovem o compartilhamento e a proteção do conhecimento, com o intuito de manter sua competitividade. Vários são os antecedentes que podem alavancar a gestão do conhecimento na organização como, por exemplo o capital social, assim como mediar a relação dos seus processos com a inovação ou o desempenho organizacional como, por exemplo a capacidade absortiva. O tema proposto envolve o estudo de recursos e capacidades voltados ao conhecimento em nível individual, equipes, intraorganizacional e inter-organizacional. São aceitos trabalhos com diferentes abordagens metodológicas, sejam qualitativas, quantitativas ou mistas. Neste contexto, este tema “Gestão do Conhecimento: antecedentes, processos e resultados” convida os autores a submeterem seus artigos sobre as seguintes temáticas, mas não restrito as mesmas:
Mecanismos para compartilhamento do conhecimento
Equilíbrio entre compartilhar e proteger conhecimento
Questões sociais e comportamentais da gestão do conhecimento
Capacidade absortiva e Capacidades dinâmicas
Retenção e acúmulo de conhecimento
Gestão do Conhecimento e tecnologia da informação
Gestão do conhecimento e mídias sociais
Gestão do conhecimento e gestão de projetos
Resultados da gestão do conhecimento
Gestão do conhecimento em micro, pequenas, médias e grandes empresas
Avaliação e indicadores de gestão do conhecimento
Capital social e a gestão do conhecimento
Qualidade do conhecimento
Criação do conhecimento
Gestão do conhecimento e inovação
Aprendizagem organizacional
Gestão do conhecimento e ciência de dados
Motivações para gestão do conhecimento
Mecanismos para a gestão do conhecimento
Marcirio Silveira Chaves: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Cristina Dai Prá Martens: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Rodrigo Baroni de Carvalho: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
A gestão de projetos (GP) tem estado sempre presente na área de Sistemas de Informação (SI). Entretanto, as organizações estão cada vez mais projetizadas e os projetos continuam tendo altas taxas de insucesso, seja em relação a prazo, orçamento, metas de qualidade, satisfação do cliente, entre outros.
Além disso, pesquisadores e praticantes estão sendo questionados sobre como as estratégias de governança, de colaboração, de terceirização de recursos, entre outras, são conduzidas nos atuais projetos de TI/SI.
Neste cenário de novas realidades, a inteligência artificial e a ciência de dados modificam a forma como a equipe atua e colabora; os projetos podem envolver novas abordagens de gestão, a exemplo de metodologias ágeis; tecnologias da indústria 4.0, como internet das coisas e sistemas inteligentes; assim como TI/SI globais e descentralizados.
Este tema convida ao desenvolvimento de artigos científicos, provenientes de pesquisas básica e aplicada, e tecnológicos, que permitam o amadurecimento da compreensão sobre a GP de TI/SI. São aceitos trabalhos com diferentes abordagens metodológicas, sejam qualitativas, quantitativas, mistas ou Design Science Research. O tema contempla os seguintes tópicos, mas não se limita a eles:
Rafael Alfonso Brinkhues: (Administração / Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul)
Fabio Luis Falchi de Magalhaes: (Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica (PIT) / Universidade Federal de São Paulo)
Antonio Carlos Gastaud Maçada: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Para o funcionamento e crescimento dos negócios, é necessário governar e investir em tecnologias tradicionais e emergentes. As tecnologias emergentes estão relacionadas, mas não limitadas a, AI, Blockchain, IOT, Big Data, Machine Learning entre outras. A estratégia de TI e a gestão de TI também são importantes para tomar melhores decisões em diferentes setores, contextos e organizações. Como observamos, a pesquisa em Estratégia, Capacidades, Investimentos e Governança de TI tem sido explorada por diferentes motivações, que ainda são importantes para entender a contribuição desses estudos para a pesquisa nessa área, mas também como esses estudos podem ser usados pelos profissionais. Assim, as submissões para a trilha Estratégia, Capacidades, Investimentos e Governança podem incluir artigos completos e pesquisas em andamento, e podem ser conceituais, teóricos, de projeto, empíricos, estudos quantitativos, estudos de caso ou relatos de desenvolvimento tecnológicos. Os tópicos de interesse incluem, mas não estão limitados ao seguintes:
- Governança de TI
- Governança de tecnologias emergentes - IA, Blockchain, IOT, Big Data, Machine Learning, etc.
- Investimentos tecnologias tradicionais e emergentes - AI, Blockchain, IOT, Big Data, Machine Learning, etc.
- Estratégia de TI em todos os tipos de organizações relacionadas a tecnologias tradicionais e emergentes - IA, Blockchain, IOT, Big Data, Machine Learning, etc.
- Capacidades de Informação, Digitais e de TI / SI
- Planejamento, Gestão e Alinhamento Estratégico de TI
- Capacidades de Informação e TI
- Antecedentes e efeitos de TI / SI nas organizações.
- Competitividade, desempenho, valor e produtividade através do uso de TI
- Estruturas e modelos de governança, estratégia e investimentos de TI
- Antecedentes e decisões de TI / SI;
- Gerenciamento de TI, como desenvolvimento e uso de aplicativos, infraestrutura, sistemas, hospedagem e comunicações em nuvem
- Práticas e casos de governança, estratégia e investimentos em TI
Raquel Janissek-Muniz: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Fernando Carvalho de Almeida: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Com desafios globais associados a rápidos avanços tecnológicos, organizações devem desenvolver capacidade de transformar as mudanças do ambiente em estratégias de ação. Em ambientes turbulentos, cresce a pressão para que sejam proativas. Com processos estruturados de monitoramento do ambiente, a Inteligência potencializa a percepção de sinais e a conversão em insights, alimentando planejamento e decisão estratégica, e fortalecendo capacidades para competir com êxito e crescer com resultados.
A Inteligência Estratégica depende de pessoas, processos e tecnologia que, combinados, alavancam a conversão de informações. Em ambientes de transformação digital, a tecnologia exerce um papel crescente na captura e interpretação de informações. Destas, destaca-se a Inteligência Artificial, que auxilia o gestor na sumarização, análise e interpretação de dados, especialmente qualitativos, de grande aderência com a Inteligência Estratégica, dado sua capacidade de representar não apenas na forma, mas especialmente no conteúdo, o interlocutor com maior fidedignidade. Processamento de Linguagem Natural (NLP) é a área da Inteligência Artificial que se propõe a desenvolver ferramentas e técnicas para análise de grandes volumes de texto, e que pode contribuir com insights a partir da sua capacidade de condensar, sumarizar e explorar grandes quantidades de textos.
Este track se propõe a incentivar pesquisas relacionadas aos diversos tipos de inteligência, visando contribuir para a expectativa de que esta abordagem possa apoiar a estratégia corporativa na identificação antecipada de ações. Diversas literaturas de Gestão Estratégica e Sistemas da Informação estão associadas à Inteligência Estratégica: Strategic scanning, Strategic foresight, Inteligências Antecipativa, Coletiva, Prospectiva, Competitiva, de Mercado, entre outras. E sob um olhar mais tecnológico: Big Data, Data Science, Data Mining, Inteligência Artificial, etc, que podem aperfeiçoar o processo de Inteligência, abrindo um novo leque de possibilidades.
Erico Przeybilovicz:
Maria Alexandra Viegas Cortez da Cunha: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Elaine Maria Tavares Rodrigues: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
O mundo está passando pela maior onda de crescimento urbano da história. Estima-se que a população urbana vai alcançar a cifra de 5 bilhões de pessoas até 2030. Para administrar esse crescimento é necessária uma boa governança para encontrar maneiras inteligentes de lidar com a densidade da vida urbana. Ao mesmo tempo, observa-se o surgimento de uma nova era de transformação em que cresce o nível de conexão entre moradores e o ambiente que os cerca por meio do uso de tecnologias digitais. Todas estas mudanças apresentam uma maior probabilidade de melhorar o bem-estar e a prosperidade da sociedade. Contudo, os desafios entre a complexa interação entre tecnologia e sociedade estão aparecendo. O tema proposto tem como objetivo explorar como a sociedade gerencia e enfrenta tais desafios urbanos em busca de soluções inovadoras que possibilitem uma melhoria na qualidade de vida das pessoas e ao mesmo tempo criando mecanismos para a sustentabilidade das cidades. Este tema também inclui pesquisas relacionadas a governança inteligente, tecnologias para cidades resilientes, co-criação e co-produção cidadã. Além disso, aborda o desenvolvimento de modelos de políticas de cidades inteligentes e inovações tecnológicas para a áreas de energia, transporte, saúde, educação, segurança pública, infraestruturas, ambiente natural e negócios, infraestrutura resiliente baseada na comunidade, informática e governança urbana. Redes elétricas inteligentes, sensores, Internet das Coisas (IoT), inteligência artificial e Big Data Analytics (infraestrutura, transporte, educação, governança, meio ambiente, cuidados médicos, segurança, proteção e energia), bem como dispositivos inteligentes e de uso inovador na gestão pública também estão incluídos neste tema.
Thiago Ferreira Dias (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Eduardo José Grin (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Maria Carolina Martinez Andion (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Morgana Gertrudes Martins Krieger (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Mario Aquino Alves: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão Internacional - MPGI - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Daniel Moraes Pinheiro: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Luiza Reis Teixeira: (PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Este tema tem o intuito de debater características, potencialidades, dilemas e desafios encontrados nas relações entre Estado e diferentes formas de organização da sociedade civil, sendo estas formalizadas ou não. As relações entre Estado e organizações não estatais são componentes estruturantes da democracia e têm efeito na maneira como a sociedade lida com aquilo que é público e com problemas públicos.
Ainda ressoam em instâncias acadêmicas e na gestão pública certas recomendações do movimento da Nova Gestão Pública, que preconiza a contratação de organizações sem fins lucrativos para a entrega de serviços públicos. No entanto, as possibilidades de relação entre Estado, cidadãos e organizações da sociedade civil extrapolam esse tipo de interação, contemplando diversidade de formas e conteúdos para definir e lidar com os problemas públicos, o que pode ser compreendido como parte de uma Nova Governança Pública. Neste sentido, as práticas abordadas neste tema podem incluir, mas não se restringem a:
Este tema abarca com especial atenção, mas não de forma exclusiva, trabalhos focados nos seguintes tópicos:
Lindomar Pinto da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Manuela Ramos da Silva: (PROPADM / UFS)
A Administração Pública, considerada como um agente operativo do Estado, é requerido que se reorganize, e elabore modelos de gestão que atendam às exigências e às necessidades sociais, políticas e econômicas. A reformulação e a modernização da administração pública, no sentido de racionalizar as ações e aumentar a efetividade das suas instituições, respondendo com agilidade e competência às demandas do Governo e da sociedade, fazem-se cada vez mais necessárias.
As novas perspectivas teóricas apontam no sentido tanto de uma maior importância quanto de uma maior complexidade do papel do Estado, argumentando que instituições públicas eficientes e novas conexões políticas com a sociedade tornam-se fundamentais na oferta de serviços associados à expansão das capacidades humanas (POLLITT; BOUCKAERT, 2000).
Considerando tais aspectos, justifica-se a relevância e pertinências da proposição do tema Estado, Burocracia e Gestão Pública no âmbito da Divisão de Administração Pública.
De acordo com Kliksberg (1992, p.45), a administração pública e o seu funcionamento, modernização do Estado e as reformas administrativas não são a-históricos: "?fazem parte de um processo histórico global que a marcou profundamente em suas características centrais e que ela por sua vez, contribuiu para modelar. (...) Sua historicidade visceral determina que muitos dos problemas que apresenta não são endógenos; são as manifestações, em seu nível, de problemas estruturais da sociedade em seu conjunto?"
Diante do exposto, este tema acolherá os estudos teóricos, empíricos e /ou teóricos-empíricos sobre 1) estratégias, estrutura, atores, processos, relações e poder intrínsecos ao Estado e à sua administração pública; 2) crises e as reformas no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, tanto no contexto nacional e internacional; 3) relações entre poderes e a governabilidade;4) transformações nas configurações, papéis e funções assumidos pelo Estado. Além disso, há interesse em receber contribuições sobre temas atuais e emergentes com conexão com esses temas.
Danilo José Alano Melo: (Departamento de Governança Pública / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Lindijane de Souza Bento Almeida: (Programa de Pós-Graduação em Estudos Urbanos e Regionais / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Flavia de Paula Duque Brasil: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Este tema busca abrir espaço para trabalhos,teóricos e empíricos, sobre o experimentalismo democrático, a partir do agir
participativo na administração pública. Focaliza os processos de baixo pra cima fundados na participação democrática e na
interface entre diversos atores, recursos, práticas, dispositivos e saberes na gestão pública. Esse debate é de suma
importância, ainda mais diante dos efeitos da pandemia de COVID-19 e das crises das democracias em todo o mundo e seus
desdobramentos na administração pública e nas discussões sobre governança pública. Isso abre uma ampla agenda de
pesquisa sobre os alcances e os limites da governança colaborativa e de outras formas do agir democrático na renovação da
administração pública, tanto em âmbito internacional (Fung e Wright, 2003, Bohman, 2012; Ansell, 2007, 2012; Ansell e
Torfing, 2018, Ansell, Sorensen e Torfing, 2020) quanto no Brasil (Milani, 2008; Vaz, 2011; Avritzer, 2017; Midlej e Silva, 2019,
Andion, 2020). Diante disso, propomos discutir as relações entre administração pública, a participação e o Estado
democrático de direito. Em particular interessa compreender os alcances e os limites das experimentações democráticas e
suas relações com a ampliação da efetividade, da legitimidade, da justiça social e da inovação (considerando as suas múltiplas
dimensões) na administração pública. Avanços e retrocessos do agir participativo democrático nos sistemas políticos, na
governança e na ação públicas em territórios, instituições e organizações governamentais e não governamentais, diante da
regressão democrática no Brasil e em outros países do mundo. Desafios das dinâmicas de aprendizado coletivo, colaborativo,
da investigação pública, do controle social e accountability. Experiências de inovações sociais, redes de colaboração, ecossistemas de inovação social e a sua relação com o setor público, as políticas públicas e a ação púbilca. Trajetórias no enfrentamento, na
resistência e na co-construção de respostas aos problemas públicos, pela participação social e pela governança pública.
Fabiano Maury Raupp: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Rita Silva Sacramento: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Elaine Cristina de Oliveira Menezes: (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Territorial Sustentável / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
O tema abrange os trabalhos sobre o processo de planejamento e orçamento governamental. Finanças públicas: tributação/arrecadação, gasto público e financiamento. Função de controle interno e externo; estudo sobre os órgãos de controle e compliance no setor público; políticas; gestão; mecanismos; e instrumentos relacionados com as questões de transparência, prestação de contas, accountability, responsabilidade fiscal, contratualização de resultados e auditoria operacional no setor público; combate à corrupção; e qualidade do gasto público.
Denise Ribeiro de Almeida: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Liliane Magalhaes Girardin Pimentel Furtado: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense) - (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
Marco Antonio Catussi Paschoalotto: (Departamento de Administração Pública / Universidade do Minho - Portugal)
O tema é orientado para os artigos sobre funções e instrumentos gerenciais de planejamento estratégico, organização, direção e execução no âmbito intraorganizacional. Estilo e tomada de decisão em órgãos públicos. Estruturas, processos e comportamentos administrativos nas organizações públicas nas áreas funcionais de: gestão de pessoas, liderança e cultura organizacional; comunicação, marketing e qualidade em serviços públicos; gestão de materiais e patrimônio; logística, operações e suprimentos; gestão financeira e contábil; gestão por processos, sistemas de informações gerenciais (uso de TICs, governo eletrônico e governança digital). Abordagens e técnicas de gestão emergentes nas organizações públicas, tais como: gerenciamento de projetos, gestão do conhecimento, organizações matriciais, transformação digital no setor público, design thinking, análise de stakeholders, dentre outros. Trata-se de tema relevante na medida em que busca reunir pesquisas que explorem os caminhos para uma gestão pública de qualidade nas mais diferentes frentes, isto é, nas suas diversas áreas funcionais. Particularmente no contexto atual, no qual restrições diversas aliam-se às mudanças do contexto ambiental, notadamente aquelas advindas da pandemia da COVID-19 sobre as organizações públicas, torna-se fundamental a construção de uma agenda de pesquisa que vise promover a busca pela eficiência organizacional e a qualidade na prestação dos serviços públicos frente a esse cenário desafiador.
Lilian Ribeiro de Oliveira Simões: (Escola de Negócios / Centro Universitário Barão de Mauá)
Vicente da Rocha Soares Ferreira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
O tema destina-se aos trabalhos sobre gestão de serviços públicos pela perspectiva da prestação de serviços públicos em setores específicos: energia, transporte, telecomunicações, recursos hídricos, saneamento, saúde, educação, segurança pública e atendimento ao cidadão, entre outros. Modos de provisão dos serviços públicos: prestação direta ou delegada; desestatização, privatização, publicização, desregulamentação, concessão, coprodução e terceirização. Novos formatos organizacionais e a prestação de serviços públicos: organizações sociais (OSs), Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPS), Parcerias Público-Privadas (PPPs) e serviços sociais autônomos. Agências executivas e agências reguladoras.
O tema envolve tópicos fundamentais na gestão de organizações públicas e serviços públicos. Com os avanços tecnológicos, as reformas da administração pública as preocupações dos governos com uma gestão pública voltada para resultados, tornam-se indispensáveis reflexões sobre modelos organizacionais, estruturas de governança e arranjos institucionais que facilitem a entrega de serviços públicos de qualidade.
Trabalhos a partir de diferentes abordagens teóricas e recortes metodológicos, inclusive com orientação para a prática da Administração Pública, são muito bem vindos.
Washington Jose de Sousa: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Fátima Bayma de Oliveira: (Mestr e Dout em Admin Pública / EBAPE / FGV / Mestr e Dout em Admin Pública / EBAPE / FGV)
Diana Cruz Rodrigues: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
O tema volta-se a estudos e aplicações de políticas públicas sob perspectiva multi e interdisciplinar na tradição de policy orientation. Estudos orientados a política pública (policy oriented), nos termos em que é definida na literatura das policy sciences, são aqueles que acumulam aspectos de multidisciplinaridade (e interdisciplinaridade), normatividade e ânimo na resolução de problemas. Enfatiza a análise de casos de políticas, programas, projetos e ações públicas estatais e públicas não-estatais originárias de organizações da sociedade sob vieses técnico-econômico, socioambiental, cultural, de infraestrutura, educacional, de ciência, tecnologia e inovação e de desenvolvimento territorial, entre outros. Contempla aspectos teórico-metodológicos de técnicas e aplicações de políticas públicas e mudanças organizacionais. Outras possibilidades estão na concepção e aplicabilidade da política pública a partir de contraditórios, de leituras crítico-reflexivas a partir de casos. Metodologicamente, o tema prioriza estudos de casos, multicascos e análises comparativas sem, entretanto, descartar outros interesses. As montagens das seções serão realizadas prioritariamente por políticas públicas setoriais sem prejuízo à noção de intersetorialidade quando possível.
Antonio Sergio Araujo Fernandes: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Suely Mara Vaz Guimarães de Araújo: (Ciência Política / UnB - Universidade de Brasília) - (Administração Pública / Instituto Brasiliense de Direito Público)
marco antonio carvalho teixeira: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão e Políticas Públicas - MPGPP - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Visa discutir o pacto federativo e as relações intergovernamentais no Brasil diante de uma conjuntura política de crise de sistemas de políticas públicas constitucionalmente estabelecidas, sedimentadas em coordenação federativa. A crise econômica, atinge a maioria da população do país, sobretudo a população mais vulnerável. Além disso, desemprego e pobreza extrema, são problemas atualmente experimentados que tem como principal causa a negligência do desenho estrutural e da execução institucional dos sistemas de políticas sociais, capazes de assegurar um mínimo de inclusão e proteção social aos mais vulneráveis ao mesmo tempo que visa reduzir as desigualdades sociais e regionais do país. Ressalve-se que um dos elementos mais importantes que definem o Federalismo brasileiro é a existência de um modelo de cooperação inter federativa, dos sistemas de políticas públicas, as quais são necessárias descentralização e responsabilização pela implementação em nível subnacional, acompanhada de coordenação e repasses de recursos federais. A análise em perspectiva mostra no contexto político atual do federalismo brasileiro, que os efeitos não se referem apenas aos atuais sistemas de políticas sociais (saúde, assistência social e educação), mas também, no que se refere às novas policy issues que serão necessárias para tratar o momento pós-pandemia. As relações intergovernamentais que já estavam em processo de desordem e descoordenação, podem acentuar esta crise dado que o momento atual necessita de um papel coordenador e cooperativo de todos os entes federados. O tema quer construir uma discussão a partir de trabalhos relacionados às políticas sociais, setoriais e intersetoriais federativamente coordenadas (educação, saúde, meio ambiente, assistência social, cash transfer, política urbana, infra-estrutura), experiências de cooperação inter federativas nas unidades subnacionais (consórcios inter federativos), finanças públicas e processo decisório orçamentário, relação executivo-legislativo, entre outros.
MAGDA DE LIMA LUCIO: (Programa de Pós Graduação em Governança e Inovação em Políticas Pùblicas / UnB - Universidade de Brasília)
Alex Bruno Ferreira Marques do Nascimento: (PPGA/UFCG / Universidade Federal de Campina Grande)
O tema debate os papeis e a configuração dos municípios brasileiros que, após 1988, com seu novo status constitucional, passaram a desfrutar de autonomia administrativa, financeira e política. Os municípios têm passado por inúmeras transformações nos últimos trinta anos. Chave nesse processo foi o aumento de responsabilidades, pois as municipalidades tornaram-se a principal esfera de governo responsáveis pela implementação das políticas públicas, sobretudo as de bem-estar social. A descentralização de políticas, responsável pela transferência de responsabilidades para a esfera municipal, não deixou de ser influenciada em seus resultados pelas limitações institucionais e financeiras locais para responder aos encargos assumidos. Resta pouca dúvida que os municípios, no geral, possuem poucas capacidades estatais para lidarem com a ampliação das suas responsabilidades. Nesse contexto, é importante atualizar o debate sobre os desafios dos governos locais que requerem maior profissionalização da gestão municipal, bem como da relevância de instituir instrumentos controle social para qualificar a ação governamental. As exigências para qualificar a ação municipal tem sido um dos mais difíceis obstáculos para a implementação de políticas públicas no país. Contudo, ainda se conhece pouco sobre como as administrações municipais estão organizadas. Ampliar este conhecimento é uma primeira razão para o tema proposto. Esta situação se torna ainda mais desafiadora no contexto das múltiplas demandas que recairão sobre a gestão municipal brasileira no cenário pós-COVID-19. O município que sairá desta crise não será o mesmo de antes da pandemia. Capacidades estatais serão testadas para implementar políticas públicas com menos recursos, para responder a maiores demandas coletivas por serviços públicos, além da necessidade de criar canais de interlocução com a sociedade para lidar com os diversos problemas gerados pela pandemia. Nesse cenário, analisar as perspectivas e desafios dos municípios, além de um tema atual, é importante pelo papel central que ocupam na provisão de políticas públicas.
Julio Araujo Carneiro da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Escola de Comunicações e Artes - ECA / USP - Universidade de São Paulo)
Victor Silva Corrêa: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Os desafios do desenvolvimento regional é algo relevante para a academia pelos seus efeitos no bem estar social local. Especialmente por ser um propulsor da promoção de desenvolvimento social, econômico e local. Entretanto, esse desenvolvimento ocorre de forma efetiva quando existe troca de capital social entre os agentes e organizações locais. A existência de capital social (confiança, comprometimento, identidade local, cultura compartilhada, colaboração etc.) estimula e fortalece a relação entre eles. Isso faz com que haja a criação de especialidades locais e conhecimentos diferenciais, baseados na forma específica de trabalhar localmente, que se sobrepõe à atuação individual de cada organização. Diante disso, cabe ao poder público, especialmente aos policymakers, estimular os agentes locais não somente com apoio institucional, mas promovendo também o relacionamento e as trocas entre eles. Criam-se potencialidades locais de base social capazes de incrementar a legitimação de conhecimentos locais a partir da criação de marcas regionais, indicações geográficas e clusters com maior poder de competitividade conjunta. Além do mais, cria-se um ecossistema de trocas que estimula o desenvolvimento de indústrias locais especializadas e que, consequentemente, estimula o empreendedorismo local a partir de movimentos de spill-over e spin-offs.
Partindo, portanto, do pensamento associado da localidade, desenvolvimento regional e do capital social, espera-se gerar discussões intrigantes e importantes sobre como a localidade pode se desenvolver e catalisar seu crescimento. Além de se buscar o aprofundamento de discussões de cunho social para o desenvolvimento regional, espera-se entender como agentes intermediadores, como é o caso dos policymakers, podem trazer contribuições efetivas para trocas entre agentes locais e estimular o desenvolvimento regional.
São bem vindas teorias de Capital Social, Trocas Sociais, Social Crítica, Relacionamento Estratégico, Institucional, Estruturação Social, Controle Social (ou Laços Sociais), Aprendizagem Social, Penetração Social, Imersão Social, Identidade Social, Socio-Materialidade, Redes Sociais, Cultura Local, Desenvolvimento Regional, e outras abordagens.
Ana Paula Rodrigues Diniz:
Bruno Lazzarotti Diniz Costa: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Mariana Mazzini Marcondes: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
O tema aborda discussões clássicas e contemporâneas relativas às teorias, metodologias e práticas de políticas públicas, enfocando, principalmente, sua relação com as desigualdades sociais e territoriais. O campo de políticas públicas, constituído pela interdisciplinaridade e pela dialética entre teoria e prática, é um campo de saber-fazer consolidado no Brasil e no mundo. No entanto, ainda é necessário avançar em abordagens críticas, especialmente para enfrentar as desigualdades em sua multidimensionalidade e multicausalidade. Seguindo essa abordagem, políticas públicas podem ser compreendidas como parte de um processo contraditório em torno da construção dos problemas públicos e do curso da ação pública, cujos contornos podem resultar tanto em reprodução, quanto em enfrentamento das desigualdades, comportando nuances e ambiguidades. Neste contexto, esperamos receber trabalhos que abordam desde discussões mais consolidadas (ex. ciclo de políticas públicas; relação com o federalismo e com a participação social; articulações intergovernamentais) até temas mais contemporâneos (políticas públicas baseadas em evidências, territorialidades, intersetorialidade, interseccionalidade, transversalidade, etc) no campo de políticas públicas. Convidamos, em especial, trabalhos que investiguem as relações entre políticas públicas e desigualdades, incluindo tanto análises sobre os efeitos das ações governamentais na (re)produção de desigualdades sociais, quanto sobre inovações para a transformação social rumo à igualdade e inclusão.
TATIANA DIAS SILVA: (MIR / Ministério da Igualdade Racial) - ((IPEA) / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
Pedro Jaime: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI) - (Graduação / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Ana Claudia Farranha: (Programa de Pós Graduação em Direito - PPGD / UnB - Universidade de Brasília)
Embora possua mais de um século de presença na produção acadêmica em Sociologia e Antropologia no Brasil, o tema das Relações Raciais é ainda pouco discutido no campo da Administração, e mais especificamente na área de Administração Pública e Políticas Públicas. A nossa sociedade negou a existência do racismo como elemento estruturante para o nosso processo de subdesenvolvimento e causa motora das diversas formas de desigualdades sociais. O mito da democracia racial que vigorou de forma hegemônica desde o fim da escravidão até meados dos anos de 1980, pressupunha a convivência harmônica entre negros e brancos, diferentemente das situações dos EUA ou da África do Sul, países que viveram processos formais de segregação racial. A partir das históricas denúncias da sociedade civil organizada liderada pelas diversas correntes do movimento negro e de análises empreendidas por pesquisadores de instituições acadêmicas e governamentais sobre as relações verticais em todos os setores da sociedade, essa utopia brasileira foi desnudada, deixando evidente as intensas desigualdades raciais expressas em inúmeros indicadores sociais. No entanto, apenas nas últimas duas décadas, o governo passou a reconhecer esse abismo social e a implementar medidas para enfrentá-lo. Até o século passado, tais medidas se restringiram a iniciativas de combate ao racismo (repressivas) e de valorização da matriz africana (culturalista). Essa nova resposta do governo brasileiro deveu-se à pressão cada vez mais qualificada dos movimentos negros, acadêmicos e setores progressistas, além de tensionamento institucional em universidades, governos subnacionais e organizações da sociedade. A literatura mostra que a partir dos resultados da III Conferência Mundial contra o Racismo (Durban, 2001), o Brasil passou a ser um dos países que mais implementaram políticas públicas de combate ao racismo e promoção da igualdade racial.
Diego Mota Vieira: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Ricardo Correa Gomes: (Mestrado e Doutorado em Administração Pública e Governo - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Lia de Azevedo Almeida: (Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional / UFT)
Na administração pública e na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas, observa-se a influência de stakeholders em esforços de cooperação e competição. O tema enfoca trabalhos teóricos e empíricos que utilizem a teoria de stakeholders, os modelos de análise de stakeholders e abordagens híbridas combinando outros referenciais teóricos com origem na administração, na ciência política e na sociologia, por exemplo. Algumas questões constituem a sua agenda de pesquisa: como os stakeholders atuam em processos de co-criação de valor na administração pública? Quais são as estratégias e recursos adotados pelos stakeholders para influenciar as políticas públicas? Como atuam no desenho de políticas públicas? De que forma os stakeholders lidam com as pressões institucionais? Como as organizações públicas podem realizar a gestão do relacionamento com seus stakeholders? De que maneira os stakeholders podem contribuir para o desenvolvimento de capacidades estatais? Qual é o impacto da influência de stakeholders no desempenho de políticas públicas? Como os stakeholders operam em redes de políticas públicas? Como a análise de stakeholders pode contribuir em estudos sobre participação social e advocacy? De que forma as especificidades políticas no Brasil, tais como federalismo e presidencialismo de coalizão, interferem na atuação dos stakeholders de políticas públicas? Quais são as críticas e os limites aos quais os estudos sobre stakeholders na administração pública estão sujeitos?
Antonio Isidro da Silva Filho: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Micheline Gaia Hoffmann: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
HIRONOBU SANO: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública – PPGP/CCSA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Este tema tem como proposta a discussão acadêmica sobre o tema da inovação pública, em suas mais variadas abordagens. É um assunto que vem ganhando crescente interesse, tanto no meio acadêmico como profissional, no Brasil e no mundo. Entende-se que a inovação traz o potencial de uma gestão pública mais eficiente, efetiva, transparente e democrática, com projetos, iniciativas e estruturas mais capazes de gerar valor público. Mas há também diversos desafios e barreiras nesse caminho, bem como potenciais efeitos adversos de iniciativas inovadoras.
Entre as diferentes abordagens para o tema, podemos citar os seguintes conceitos ou subáreas de pesquisa: inovação no setor público sob uma abordagem de serviços; inovação em políticas públicas; plataformas e arenas de cocriação de soluções inovadoras para problemas públicos; laboratórios de inovação pública; redes e processos colaborativos de inovação; inovação pública e governança colaborativa; transformação digital em governo; metodologias para a inovação; inovação aberta pública; capacidade estatal para a inovação; experimentalismo e a importância do erro no processo inovador; avaliação de processos, serviços e políticas públicas inovadoras.
Esperamos receber tanto ensaios teóricos como estudos empíricos. Os artigos podem ter como foco primário teorias diretamente ligadas à discussão sobre inovação bem como dialogar com outras correntes teóricas do campo público ampliado.
Magnus Luiz Emmendoerfer: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Daniela Meirelles Andrade: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Ana Maria Santos: (Administração Pública / ISCSP-ULisboa)
As organizações do setor público têm, paulatinamente, adotado práticas de mudança organizacional e expressões que remetem ao empreendedorismo, visando contribuir com sua eficiência para mitigar problemas públicos e gerar valor social para a comunidade e seu entorno. Adicionalmente, observa-se esforços e condutas colaborativas para além do setor público,
envolvendo indivíduos e organizações para cocriarem projetos e soluções para o bem comum ou de uma determinada
comunidade. Assim, o tema Empreendedorismo no Setor Público busca congregar pesquisadores e fortalecer o fomento de
agendas de investigação inter(multi)disciplinares e produções teórico-conceituais a partir de estudos nacionais e em
perspectiva comparada internacional, por meio de ações colaborativas e em rede, as quais ainda são, em sua maioria, difusas
e carentes de um lócus profícuo para debates e avanços. Espera-se receber trabalhos com diferentes epistemológicas e métodos que abordem sobre:
Verônica Macário de Oliveira: (. / Universidade Federal de Campina Grande) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Jeová Torres Silva Júnior: (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Gestão Social - PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UFCA - Universidade Federal do Cariri)
Estudos recentes sobre gestão social apontam que sua definição busca incorporar aspectos relacionados aos espaços de cidadania, relações interorganizacionais e administração pública. A proposta é incorporar a gestão social na prática comunitária, mostrando seu potencial para se desenvolver em contextos diversos.
Considera-se, portanto, que as interfaces entre Gestão Pública e Gestão Social discutem as interseções e distinções teórico-metodológicas, bem como as práticas entre gestão social, administração pública e desenvolvimento. Na democracia participativa espera-se uma relação mais estreita entre o Estado e a sociedade cujo protagonista deixa de ser o Estado que passa a intermediar as discussões e deliberações com os vários atores da sociedade civil. Nessa vertente e, sobretudo, considerando os desafios do atual contexto político e social do país, torna-se relevante a proposição de artigos que envolvam pesquisas sobre: Gestão social, governança e políticas públicas. Gestão Social, transparência e accountability. Gestão Social e coprodução de bens públicos. Gestão social em programas e projetos de desenvolvimento sustentável - dimensões social, ambiental e territorial. Gestão Social em políticas culturais. Gestão de políticas sociais: desigualdade, justiça e democracia. Inovação social, ação coletiva e cooperação para o bem comum. Cidadania ativa, participação e ação pública. Gestão social e controle social em ambientes públicos coletivos: fóruns, colegiados e conselhos.
A proposta desse tema é explorar pesquisas acadêmicas que busquem contribuir com o avanço teórico e empíricos nas interfaces entre Gestão Social e Gestão Pública – com modelos teóricos e conceituais, bem como com aplicações empíricas que busquem analisar exemplos pragmáticos.
Josiel Lopes Valadares: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Stephanie Ingrid Souza Barboza: (rograma de Pós-graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
No contexto da administração pública no Brasil, a discussão de matrizes ontológicas e epistemológicas, tem sido levantada no intuito de relatar a importância de compreensão do campo por um olhar multifacetado. Especificamente existe a necessidade de se pensar novos caminhos metateóricos pouco explorados tendo como inspiração referenciais diversos na análise das novas demandas da administração pública contemporânea. Há ainda uma escassez de trabalhos que utilizam abordagens críticas, hermenêuticas e fenomenológicas – aqui especificamente a teoria crítica como norteadora dos estudos na administração pública. Diante deste contexto, este tema, propõe-se fortalecer uma agenda de pesquisas que debata o fortalecimento teórico do campo da administração pública para além da perspectiva empírica. Busca-se, sobretudo fortalecer uma investigação disciplinar, interdisciplinar e/ou multidisciplinar na administração pública. São bem vindas propostas de trabalho que visem articular a administração pública tanto em âmbito técnico, quanto na perspectiva política, social e cultural. Assim, o tema volta-se ao debate sobre os fundamentos teóricos multi/interdisciplinares da administração pública. Processo de construção, delineamento e desenvolvimento do campo da administração pública do ponto de vista ontológico, epistemológico e metodológico. Paradigmas e modelos de gestão pública. Discussões sobre as abordagens teóricas que incidem na reflexão e análise dos objetos de estudo do campo: correntes do institucionalismo, nova gestão pública, novo serviço público, governança pública, entre outras. Estudos sobre as perspectivas metodológicas na pesquisa em administração pública
Frederico José Lustosa da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Luciana de Oliveira Miranda: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública - FUP/UnB / UnB - Universidade de Brasília)
Vânia Aparecida Rezende:
Nos últimos anos, na esteira da celebração de várias efemérides importantes, como os 200 anos da transferência da Corte portuguesa para o Rio de Janeiro e os 130 anos de República, ao lado de iniciativas mais perenes, surgiram esforços pontuais (mas significativos) que atestam a renovação do interesse pelos estudos históricos no campo da administração pública. Assim, diversas publicações recentes vêm se juntar à vigorosa produção historiográfica que vicejou na área até a década de 1980.
É verdade, que estamos longe do vigor da produção acadêmica de ensaios e livros didáticos dos anos 1950, 1960 e 1970. Mas, em 2019, a República completou 130 anos e no próximo 2022, o Brasil vai comemorar 200 anos de Independência. Certamente, o interesse pelo tema vai crescer e suscitar a valorização da produção intelectual no campo.
Por ouro lado, pouco se avançou no sentido de incorporar a essa produção historiográfica as principais conquistas da historiografia contemporânea. Com efeito, a maioria dos trabalhos recentes que vieram contribuir para renovação do campo pouco contribuiu para a superação das limitações indicadas pela crítica que se dirigia à monumental História Administrativa do Brasil, iniciada pelo DASP ainda nos anos 1950.
A redescoberta da importância do conhecimento histórico e da influência mútua entre países no campo da Administração Pública deve vir acompanhada da renovação de temas, fontes e métodos de pesquisa, com a produção de dissertações, artigos e livros que discutem as transformações do Estado e da Administração Pública brasileira em perspectiva histórica e comparada. Há muito o que discutir sobre esse processo, sobretudo no atual momento da vida brasileira em que todos as instituições estão em causa. Como já disse Unamuno, precisamos conhecer a história para evitar repeti-la. Nem como tragédia nem como farsa.
O tema acolhe trabalhos que resgatem a memória da Administração Pública brasileira.
ELINALDO LEAL SANTOS: (Rede de Pesquisa em Administração Política (EA_UFBA/UESB) / Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB))
ELIZABETH MATOS RIBEIRO: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
MONICA MATOS RIBEIRO: (Mestrado em Direito, Governança e Políticas Públicas / UNIFACS - Universidade Salvador)
A Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (EAUFBA) é pioneira na discussão sobre administração política no País. História essa que tem origem nas contribuições de João Ubaldo Ribeiro, quando exerceu a cátedra da disciplina Ciência Política na EAUFBA, no trabalho seminal Política e Administração (1969), (re)publicado em 2006 pelo periódico Organizações & Sociedade. A discussão ganha consistência com a tese defendida por Reginaldo Souza Santos no Instituto de Economia da UNICAMP (1991) e com o artigo Administração Política Brasileira (1993), publicado na Revista de Administração Pública. Mas, é nos idos dos anos 2000 que a definição de administração política, como campo de conhecimento se destaca na literatura brasileira. A Administração Política, na condição de subcampo da Administração, tem por finalidade científica e profissional, contribuir para que os administradores políticos e profissionais possam se capacitar para observar, descrever, explicar, evidenciar, criticar, normatizar e propor soluções administrativas e organizacionais (no campo da gestão e da gerência) que contribuam, de forma efetiva, para articular as duas dimensões indissociáveis que envolvem os ‘atos e fatos administrativos e organizacionais’ e/ou as ‘práticas e saberes administrativos e organizacionais’, através da integração entre o ‘Pensar e o Agir’; entre a dimensão política da gestão e a dimensão técnico-operacional da gerência. O tema proposto objetiva abrir espaço para a apresentação e discussão de estudos voltados para a análise dos modelos de gestão do desenvolvimento de correntes teóricas diversas como o estruturalismo, o pós-estruturalismo, o multiculturalismo e o pós-colonialismo (Desenvolvimentismo Cepalino, Neoliberalismo, Novo-Desenvolvimentismo, Pós-Desenvolvimentismo, etc.), de modo a evidenciar as implicações dos modelos no cotidiano dos indivíduos, das organizações e da sociedade; bem como de estudos dirigidos à análise e/ou avaliação dos efeitos da Administração Política Brasileira sobre a distribuição da riqueza e da renda social.
Maria Elisa Huber Pessina: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador)
Ives Romero Tavares do Nascimento: (Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA) e Programa Profissional em Administração Pública (Profiap) / Universidade Federal do Cariri) - (Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Gestão Social (PDGS) / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Thiago Lima: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Elencamos como objetivo principal tratar das interfaces, diálogos e convergências entre a Administração e os estudos acerca do internacional. Parte-se da premissa de que no plano global e das relações inter/supranacionais, localizam-se fenômenos sociais que se relacionam profundamente com os objetos de estudo da Administração, desde as empresas, o Estado, as políticas públicas, a gestão e sustentabilidade de organizações da sociedade civil ou o próprio manejo dos modos de desenvolvimento e produção capitalistas, entre outros. São investigações nessa natureza que o tema que aqui se propõe pretende reunir.
Nesse contexto, é importante registrar o quanto a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) ganharam força e vem direcionando a atuação de governos, Organizações da Sociedade Civil (OSC) e do mercado em todo o mundo.
Visamos concentrar trabalhos que abordem (i) organizações supranacionais, internacionais ou multinacionais, (ii) cooperação internacional, suas agendas, gestão, discussão da eficácia e implicações na gestão pública, social e de empresa local, (iii) governança internacional, (iv) internacionalização do capital, sistema-mundo e economia mundo, (v) relação entre agendas internacionais para o desenvolvimento e políticas públicas locais, (vi) organizações da sociedade civil transnacional, (vii) cadeias produtivas globais, (viii) geopolítica e geoestratégia da empresa, (ix) Agenda 2030 e engajamento do setor privado, (x) Cooperação Sul-Sul e Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional (Cobradi): gestão, atores e políticas. Serão bem vindos ainda resultados de investigações sobre outros fenômenos internacionais associados à área, mas que não tenham sido mencionados.
Vinícius Costa da Silva Zonatto (Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Daniel Magalhães Mucci (Curso de Pós-Grad em Controlad e Contab/Facul de Economia, Admin e Contab – PPGCC/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Ilse Maria Beuren (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Monica Cavalcanti Sa de Abreu (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
DIANA VAZ DE LIMA: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília)
Lidiane Nazaré da Silva Dias: (PPGEA / UFPA - Universidade Federal do Pará)
Fabrício Ramos Neves: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Políticas Públicas/Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH / USP - Universidade de São Paulo)
Desde o advento do New Public Management (NPM), pesquisas e discussões sobre como ocorrem as alterações nas instituições, processos, sistemas, políticas e organizações geraram insights úteis sobre os caminhos para melhorar a governança e as suas convergências pós-NPM (Rodhes, 1996; Lynn et al, 2000; Almqvist et al, 2013; Fukuyama, 2013; Capano, 2014; Frederickson et al 2015; Grindle, 2017; Tonelli et al, 2017; Peci et al., 2021). Da perspectiva local, os desafios que se apresentam são sobre quem gere a governança e como podem ser atribuídas responsabilidades entre os atores envolvidos; e sobre as questões significativas em termos de prestação de contas (Casula, 2017), revelando a importância da accountability também nesse processo. Na visão de Lynn Jr, Heinrich e Hill (2000), entre as questões que motivam o estudo sistemático da governança pública no campo de públicas estão: (i) Como mais entidades administrativas podem ser gerenciadas da melhor forma possível?” (ii) Como os regimes, agências, programas e atividades do setor público podem ser organizados e gerenciados para alcançar objetivos públicos? (iii) como os governos podem melhorar continuamente o desempenho de modo a ganhar o respeito dos cidadãos cujas vidas são afetadas por seus programas e atividades regulatórias? Desafios como esses são diariamente enfrentados pelos gestores públicos brasileiros, especialmente quando se trata de gestores de entes subnacionais (Silva Corralo, 2015). É nesse ambiente que surge a discussão de políticas públicas de governança e accountability, materializadas sob a forma de mecanismos de liderança, abertura, coparticipação, resiliência, estratégia e controle para avaliar, direcionar e monitorar a gestão pública municipal, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. A seção temática convida contribuições que explorem diferentes aspectos da governança e da accountability na perspectiva dos governos locais. Todas as abordagens teóricas e metodológicas são bem-vindas.
Carlos Eduardo Facin Lavarda: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Cláudio de Araujo Wanderley: (Ciências Contábeis / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Este tema foca no caráter interdisciplinar da contabilidade gerencial. Tem como foco as relações entre contabilidade gerencial e comportamento humano, estruturas e processos organizacionais e institucionais, e o ambiente sócio-político mais amplo da empresa. Tem como objetivo desafiar e estender a compreensão dos papéis da contabilidade gerencial e práticas emergentes e técnicas relacionadas na construção de atores econômicos e sociais, e seus modos de organização econômica, incluindo formas em que tais práticas influenciam e são influenciadas pelo desenvolvimento do mercado e outras instituições. Busca expandir a visão que os atores organizacionais são sempre racionais que tomam decisões eficientes. Destaca a importância de estudar fenômenos na área de contabilidade gerencial de forma mais abrange envolvendo aspectos ligados a pressões sociais, culturais e políticas no processo de adoção e usos de práticas de contabilidade gerencial. Buscam-se estudos que se baseiam em diversas metodologias e desenvolvimentos teóricos de todas as ciências sociais, e que iluminam o desenvolvimento, processos e efeitos da contabilidade gerencial em seus contextos organizacionais, políticos, históricos e sociais. Este tema cobre, mas não se limita, os seguintes tópicos: papéis da contabilidade gerencial nas organizações e na sociedade; contribuição das práticas de contabilidade gerencial para o surgimento, manutenção e transformação de instituições organizacionais e sociais; papéis da contabilidade gerencial no desenvolvimento de novas formas organizacionais e institucionais, ambos público e privado; relações entre contabilidade gerencial, accountability, ética e justiça social; estudos comportamentais das práticas de contabilidade gerencial e dos provedores, verificadores e usuários das informações contábeis, incluindo aspectos cognitivos dos processos de mensuração, julgamento e tomada de decisão; aspectos comportamentais dos processos de planejamento, controle e avaliação; estudos de processos organizacionais de concepção, implementação e uso de sistemas de controle de gestão; estudos sociais, organizacionais, políticos e psicológicos do processo de definição de padrões e práticas na área de contabilidade gerencial.
Sady Mazzioni: (Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis e Administração / Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó)
Simone Leticia Raimundini Sanches: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Denize Demarche Minatti Ferreira: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
O conceito de sustentabilidade experimentou um interesse crescente na contabilidade por várias décadas, conduzindo ao surgimento do campo da contabilidade para a sustentabilidade. A contabilidade para a sustentabilidade trata de rastrear, monitorar, agregar e relatar informações ambientais, sociais, econômicas e de governança no que diz respeito à redução de problemas de insustentabilidade ou de contribuição para o desenvolvimento sustentável.
A insustentabilidade corporativa vem acompanhada de vários tipos de riscos para várias partes interessadas. Os impactos sociais e ambientais corporativos, podem criar riscos de danos à reputação e financeiros à empresa, o que pode resultar em consequências graves para várias partes interessadas, como funcionários, fornecedores ou financiadores.
Relacionar as atividades corporativas com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), fornece às partes interessadas um referencial que permite avaliar a seleção de tópicos sociais e ambientais relevantes.
Este tema abrange pesquisas que abordam Responsabilidade Social Corporativa; Políticas Públicas e Sustentabilidade; Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; Informação Contábil e Economia Circular; Aspectos Ambientais, Sociais e de Governança (ESG); Controladoria Socioambiental; Relato Integrado e Relatórios de Sustentabilidade; Parcerias Empresas-Terceiro Setor; Ética nos Negócios; outros temas correlatos.
Silvia Pereira de Castro Casa Nova: (Curso de Pós-Grad em Controlad e Contab/Facul de Economia, Admin e Contab – PPGCC/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Mestrado em Ciências Contábeis / Universidade Federal do Mato Grosso do Sul)
SANDRA MARIA CERQUEIRA DA SILVA: (DCIS / Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS) - (FAT ADM / Faculdade Anísio Teixeira - FAT)
Fernanda Filgueiras Sauerbronn: (PPGCC / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) - (PPGCON / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
As discussões no tema pretendem lançar um olhar amplo sobre a contabilidade em seu contexto social, cultural e político, abrangendo perspectivas históricas e visões utópicas voltadas para o futuro, com foco especial na América Latina e Caribe. A história e os contextos políticos e sociais, e também a cultura e as relações de poder dentro/ao redor das organizações têm sido pouco explorados na literatura contábil, devido a fatores influentes na moldagem, interpretação e construção dos fenômenos contábeis. Contemplar perspectivas interdisciplinares, plurais e diversificadas que desafiam a sabedoria convencional sobre práticas financeiras e não financeiras e dar visualidade a vozes alternativas e contribuições para uma práxis transformadora. Abraçar pesquisas que percebam a contabilidade como mecanismo, discurso, estrutura ou práticas que contribuem para o neoliberalismo e sustentam formas invisíveis de controle, dominação ou violência. Esperam-se contribuições que tornem transparente o papel da contabilidade para o bem-estar social e dinâmicas de aprofundamento/enfrentamento de desigualdades, desafiando os modelos econômicos e de desenvolvimento tradicionais. Convidamos pesquisadores/as a submeterem estudos contemporâneos relacionados à contabilidade gerencial, pública, ambiental, auditoria, mercados financeiros, arcabouços de contabilidade, regulações, governança e responsabilidade, ensino, educação e pesquisa contábil. Oportunizaremos uma interface entre desenvolvimentos em estudos críticos de gestão em novas práticas, conhecimentos e formas de accountability e counter-accounting, além de recepcionar contribuições de uma variedade de tradições teóricas, epistemológicas, ontológicas e filosóficas relacionadas a paradigmas alternativos, críticos e interpretativos, com metodologias e abordagens qualitativas e quantitativas de pesquisa. O tema contará com um comitê plural, buscando a diversidade na construção, organização e divulgação da área temática, participando ativamente durante o evento da coordenação e mediação das sessões e do painel, bem como acomodando a contingência do conjunto de pessoas envolvidas com o tema e em termos de mudanças
Ieda Margarete Oro: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina)
JULIANO LIMA SOARES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis/PPGCONT / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Há diversos pontos de intersecção entre a Controladoria e a Gestão da Inovação, especialmente no que tange a contribuição de ambas na sobrevivência e adaptabilidade dos negócios com vistas ao desenvolvimento da firma.
Esse tema acolhe pesquisas que estudam uma abordagem tradicional da controladoria (seja ela em uma perspectiva estratégica, tática ou operacional), tais como:
Reconhecendo que alguns artefatos de controles oriundos da controladoria podem ser utilizados como um catalisador da inovação, propiciando diferentes tipos de inovação (produtos, serviços, processos, marketing e organizacional) e em diferentes perspectivas (incremental, radical ou disruptiva) e um uso desequilibrado de alguns desses podem inibir a criatividade, a aprendizagem organizacional e por consequente, a inovação. Diante disso, buscando ampliar os conhecimentos sobre essas relações teóricas e empíricas da controladoria e da gestão da inovação, esse tema incentiva pesquisas que busquem compreender:
Esse tema também acolhe pesquisas que investigam práticas gerenciais em empresas que adotam novos padrões de modelos de negócios, especialmente as empresas de base tecnológicas (EBT), como as Startups e Fintech.
Carlos Alberto Diehl: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos) - (Mestr e Dout em Admin / UCS - Universidade de Caxias do Sul)
Juliano augusto Orsi de Araujo: (Programa de Mestrado Profissional em Administração / UNIB - Universidade Ibirapuera)
José Alonso Borba: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade – PPGC/CSE / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) - (CPGA / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Entidades esportivas, outrora analisadas apenas como um fenômeno sociocultural, atualmente também são estudadas a partir do viés econômico-financeiro (Zambom-Ferraresi, García-Cebrián, Lera-López, & Iráizoz, 2017). Como consequência, o uso dos demonstrativos contábeis se torna objeto de análise tanto na academia como no mercado. Justificam-se estudos a este respeito, em função da sua importância para diversos interessados, como gestores, credores, investidores, governo e torcedores.
É necessário examinar seu desempenho a partir de duas perspectivas: resultados dentro de campo e sucesso econômico-financeiro (Guzmán, 2006). Portanto, os objetivos são orientados para que se alcance tanto a maximização dos lucros como o sucesso esportivo (Sloane, 2015; Terrien, Scelles, Morrow, Maltese, & Durand, 2017).
Szymanski (2017) argumenta que o desempenho esportivo é medido semanalmente e a gestão dos recursos financeiros é realizada a partir do seu nível. A conquista de vitórias e, consequentemente títulos, tende a impactar positivamente os resultados financeiros. Por outro lado, derrotas em sequência podem, em último caso, decretar a falência de um clube (Alaminos & Fernandez, 2019; Scelles, Morrow, Maltese, & Durand, 2017).
Sob outro aspecto da gestão dos clubes, há um cenário ainda comum, o de má gestão, crises financeiras e escândalos de corrupção. Estes se estabelecem, em certa medida, a partir do baixo nível de transparência da informação sobre a gestão das equipes e sua consequente avaliação. Assim, a Governança e suas boas práticas podem auxiliar na minimização deste cenário e contribuir para o processo de profissionalização da gestão e a reorganização financeira e administrativa das equipes (Marques & Costa, 2016; Ruta, Lorenzon, & Sironi, 2019).
Assim, as áreas de interesse deste tema abrangem, mas não se limitam, aos seguintes assuntos:
Cristian Bau Dal Magro: (Ciências Contábeis e Administração / Unochapecó - Universidade Comunitária da Região de Chapecó)
Dante Baiardo Cavalcante Viana Junior: (Programa Doutoral em Gestão / Iscte - Instituto Universitário de Lisboa)
Fabio Moraes da Costa: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino)
A Contabilidade tem como um de seus principais objetivos prestar informações úteis sobre as entidades aos seus diversos usuários, visto que parte é direcionada ao público externo. Com o crescimento da dimensão e da complexidade das atividades empresariais, as necessidades de informações por parte dos administradores e dos demais usuários da Contabilidade tornam-se cada vez mais distintas; no qual esses últimos precisam de uma crescente demanda de informações contábeis para que possam julgar o desempenho do administrador e da empresa, bem como para monitorar a elaboração e execução dos contratos.
O conceito de qualidade de informação contábil torna-se complexo e depende do objetivo do seu usuário, por isso, tem se tornado um dos principais temas de discussão pelo meio acadêmico e profissional. O conceito do que seria ‘qualidade da informação contábil’ está relacionado ao consenso dos seus usuários, observando as características institucionais e organizacionais do mercado, levando-se em consideração os aspectos econômicos, sociais, culturais, geográficos e, inclusive, temporais.
O tema Qualidade da Informação Contábil contempla vários tópicos, tais como (mas, não se limitando a estes):
Paulo Roberto da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / FURB - Universidade Regional de Blumenau) - (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Orleans Silva Martins: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Rodrigo de Souza Gonçalves: (PPGCont - Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis / UnB - Universidade de Brasília)
Estudos relacionados a governança e auditoria nas organizações, como mecanismo de mitigação de riscos sob uma perspectiva de contabilidade financeira, contempla tópicos, tais como: auditoria (interna e/ou externa), compliance, conselho fiscal, conselho de administração, comitê de auditoria, controle interno na ótica da contabilidade financeira, fraudes e tópicos afins. Dentre os tópicos apresentados, a área incentiva estudos que compreendam a relação entre as boas práticas de Governança Corporativa e os diferentes agentes internos e externos da organização, de forma a mitigar problemas de controles internos e fraudes. Também incentiva estudos que discutam as novas regulações na área de auditoria e suas implicações. Aspectos comportamentais do auditor internos e externo e seus efeitos no processo de auditoria e julgamento também são almejados. O processo da auditoria interna e externa e sua relação com a tecnologia. Estudos relacionados a fraude financeira e ao fraudador. Assurance, Compliance, troca de firmas e de equipe de auditoria, educação profissional em auditoria e governança, Riscos de auditoria, Reputação/Litígio da firma e do auditor, etc.
Vagner Antônio Marques: (PPGCon - Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Vinicius Gomes Martins: (Programa de Pós-Graduação em CIências Contábeis / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Aládio Zanchet: (Programa de Pós-Graduação em Contabilidade / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
O tema Contabilidade Financeira abrange pesquisas relacionadas ao processo de reconhecimento, mensuração contábil e divulgação de relatórios financeiros destinados aos usuários externos (tais como credores, investidores e reguladores). Inclui entre os tópicos, mas não exclusivamente, estudos sobre: reconhecimento, mensuração e divulgação de ativos/passivos, receitas e ganhos, despesas e perdas; modelos de risco de crédito baseados em variáveis contábeis; implicações econômicas da evidenciação; estudos sobre derivativos e outros instrumentos financeiros; impactos da regulação, incluindo adoção e alteração de normas internacionais de contabilidade (IFRS - International Financial Reporting Standards), informação contábil das empresas listadas em múltiplos mercados, relevância de métricas non-GAAP para o usuário da informação, mensuração de criptoativos; implicações do Blockchain na Contabilidade Financeira.
As mudanças ocorridas no ambiente de negócios têm, por um lado, proporcionado a evolução do ambiente regulatório e de governança das firmas. Por outro, este ambiente tem tornado o processo de reconhecimento, mensuração e divulgação mais complexo. Adicionalmente, tem emergido nas últimas décadas uma preocupação de maior aproximação entre a pesquisa e a prática profissional. Nesse sentido, o tema Contabilidade Financeira se justifica como espaço para discussão de trabalhos teóricos e/ou empíricos sobre os tópicos relacionados e que tenham potencial de contribuição e implicação para o campo, para os profissionais, reguladores e demais partes interessadas. Usuários externos; relatórios financeiros; regulação contábil; mensuração; mercado de capitais
Amaury José Rezende: (Prog de Pós-Grad em Controladoria e Contabilidade - PPGCC/FEA-RP / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
José Marcos da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
As pesquisas sobre tributos abrangem três atores: o contribuinte, o estado e as corporações. Essa temática inclui oportunidades para pesquisas com transferência de conhecimento para a resolução de problemas sociais, gestão fiscal das corporações e da administração pública.
PAPEL DO CONTRIBUINTE E A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: A literatura econômica e jurídica estabelece funções: alocativa e distributiva de recursos na economia; estabilizadora na economia pautadas em princípios fundamentais como equidade, neutralidade e simplicidade. Estudos entre tributação, sociedade e gestão, comportamento do contribuinte e atuação da administração pública na área tributária incluem, mas não limitados: Conformidade e Comportamento do contribuinte (Taxpayer Compliance), Moral tributária (Tax Morale), Evasão fiscal (Tax Evasion), Lacuna Fiscal (Tax Gap), Conformidade Fiscal (Tax Compliance), Políticas de Monitoramento e execução da autoridade tributária (Tax Authority Monitoring and Enforcement), Subvenções e benefícios fiscais (Tax Holiday and tax benefits), Tributação sobre Receitas (Tax Revenues), e Imposto sobre valor agregado: Eficiência e evasão (Tax Value-added: Efficiency and Evasion).
GESTÃO TRIBUTÁRIA E FISCAL DAS CORPORAÇÕES:
Muitos tópicos em contabilidade cruzam com a função dos impostos corporativos. Por exemplo, preços de transferência, que as empresas usam para fins de avaliação de desempenho, podem ter um efeito significativo sobre os impostos sobre a renda das empresas. O objetivo é atrair pesquisa rigorosa e inovadora sobre a interface entre a tributação e a gestão. Priorizamos a compreensão das práticas gerenciais, distorções criadas pelas normas fiscais existentes ou que prescrevam mudanças na prática de tributação gerencial e / ou corporativa. Estudos que incluem impostos e como afetam as decisões corporativas contribui para discussões das políticas públicas. Estudos incluem, mas não limitados a: Tributos e contabilidade. Processo tributário em práticas de contabilidade financeira; Fraude contábil e fiscal; Comportamento do contribuinte; Arranjos fiscais sobre o valor da firma; Práticas de planejamento tributário e governança corporativa, Políticas públicas de benefícios fiscais.
Alexandre de Pádua Carrieri (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Fabio Bittencourt Meira (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Juliana Cristina Teixeira (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
RENATA ALVAREZ ROSSI (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia) - (Programa de Desenvolvimento e Gestão Social - PDGS / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Ana Sílvia Rocha Ipiranga: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / Universidade Estadual do Ceará/UECE)
Luiz Alex Silva Saraiva: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
As cidades, enquanto uma junção de estruturas físicas espaciais, regras e direitos, atores, redes e saberes, culturas e diferenças, design e tecnologias, têm se apresentado de modo cada vez mais profícuo no campo dos Estudos Organizacionais, ampliando a sólida produção acadêmica interdisciplinar sobre o espaço urbano. No âmbito desta proposta, e dando continuidade ao tema de interesse dos anos anteriores, destacamos alguns aspectos associados à relação entre Cidade e Estudos Organizacionais: a perspectiva histórica, que situa os meandros da reflexão sobre o tempo na construção de espaços urbanos de história e memória; a perspectiva econômica, na qual se destacam a gestão e a criatividade como aspectos centrais; a perspectiva das margens que abriga múltiplos feixes associados a saberes e existências produzidos à margem do hegemônico; e, por fim, os processos relacionados a organização de territórios educativos na construção de cidades educadoras e inclusivas. Convidamos pesquisadores a submeterem artigos empíricos e ou teórico-conceituais para este tema de interesse a partir de diferentes posicionamentos epistemológicos e metodológicos que tenham como eixos as Cidades e os Estudos Organizacionais nos seguintes temas e tópicos, não exaustivos do tema:
Ana Flávia Rezende:
Josiane Barbosa Gouvêa:
Josiane Silva de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Este tema visa discutir desigualdades sociais produzidas no mundo do trabalho e nas organizações, bem como os privilégios dos grupos tidos como hegemônicos, considerando principalmente os seguintes eixos de opressão e exploração: raça e etnia, gênero, sexualidade e classe social. Privilegiamos estudos que partam de uma perspectiva interseccional, considerando não só como as diferenças constituem-se em desigualdades, mas também como se articulam no trabalho e nas organizações, gerando mecanismos de exclusão, discriminação e privilégios. Tais discussões têm ganhado destaque acadêmico e político, dada a crescente preocupação com a construção de um ambiente de trabalho, gestão e de organizações democráticas e inclusivas. Ressaltamos o interesse por pesquisas que evidenciem relações e dinâmicas de poder, enfatizando a dimensão política das diferenças em termos ideológicos, sócio-históricos e culturais. A visão de trabalho adotada inclui discussões relacionadas ao mundo do trabalho produtivo e reprodutivo, às organizações, à gestão e à administração pública e privada. No mesmo sentido, a concepção de organização inclui organizações públicas e privadas, não governamentais, associações, movimentos sociais, entre outras múltiplas dimensões organizativas da vida social. Convidamos estudos que abordem como as desigualdades sociais têm sido construídas e reproduzidas no trabalho, enfocando tanto grupos historicamente constituídos como subalternos (mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBT, pessoas com deficiência, etc.), quanto aqueles que ocupam lugares de privilégio (masculinidades, branquidades, etc.). Esse debate inclui análises sobre desigualdades no mercado de trabalho em nível nacional e/ou internacional; atuação de movimentos sociais e experiências organizacionais sobre os modos como as diferenças e desigualdades são vividas no trabalho, assim como sobre práticas de gestão direcionadas ao enfrentamento desse cenário. Destacamos, ainda, o interesse por trabalhos sobre as variadas perspectivas epistemológicas, teóricas e metodológicas, a exemplo de debates decoloniais e afrocentrados, incursões sobre novas agendas de pesquisa, ou outros eixos marcadores de diferenças não explicitados nesta proposta.
Amon Barros: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Denise Franca Barros: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Fernanda Tarabal Lopes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
A partir de uma abordagem histórico-temporal, o tema explora as relações políticas, econômicas e psicossociais estabelecidas entre sujeitos, organizações e sociedades. Convidamos trabalhos que investiguem administração e organizações a partir de quaisquer paradigmas epistemológicos ou ontológicos. Entendemos as organizações de forma ampliada, contemplando empresas, mas também movimentos sociais, o cotidiano do trabalho, organizações familiares, ou educacionais.
Destacamos a experiência das pessoas e organizações no tempo e as representações dos sujeitos sobre a história, incluindo sua história de vida. Também esperamos textos utilizando métodos biográficos ou história de vida em suas abordagens. Trata-se do registro de memórias individuais e coletivas, de experiências e trajetórias resgatadas para transformação, emancipação e visibilização de coletividades e sujeitos.
São bem-vindos, ainda, o resgate de clássicos do pensamento social brasileiro e temas estruturantes da realidade país. Também aguardamos trabalhos investigando conceitos caros à história ou à memória. Igualmente para teorias psicossociológicas, dentre outras vertentes, que versem sobre biografias, história e história de vida.
São bem-vindos estudos que:
- Analisem como fontes e arquivos históricos contribuem para entender fenômenos organizacionais e sua articulação com o social e o político;
- Estimulem debates sobre a pesquisa histórica em administração e estudos organizacionais;
- Discutam os usos do passado nos estudos organizacionais e investiguem como as organizações criam e gerem seus acervos e arquivos documentais, construindo significados a partir de disputas entre memórias oficiais e memórias silenciadas;
- Sejam baseados em fontes tais como arquivos públicos, privados e/ou empresariais, jornais de época; filmes; documentários;
- Utilizem as abordagens teórico-metodológicas de História de Vida e/ou História Oral, nas quais se destacam: a centralidade no sujeito e em sua experiência vivida, importância da oralidade;
- Resgatem as relações entre políticas públicas
Fabio Vizeu: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UP - Universidade Positivo)
Samir Adamoglu de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (IBEPES / Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas Sociais – IBEPES)
ARISTON AZEVEDO: (Escola de Administração / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
O tema é voltado para o aprofundamento teórico-metodológico que contribua com a compreensão da relação entre as organizações e a subjetividade situada no imbrincamento entre a cultura/tradição, a linguagem e a mudança social. Partimos do pressuposto ontológico de que a realidade humana é construída socialmente e condicionada pela prática, especialmente aquela mediada pela interação linguística. Isto implica em se adotar o ponto de vista epistemológico de matrizes teóricas interpretativas, históricas e dialógicas, de onde decorrem a adoção de métodos qualitativos de base hermenêutica e crítica. Neste sentido, é preciso destacar a noção ampla de linguagem, vista sob a perspectiva da filosofia da linguagem e onde se destaca o aspecto comunicativo da ontologia sócio-linguística. Por isso mesmo, assume-se uma abordagem muito próxima da corrente de pesquisa denominada por “Communication Constitutes Organization”.
Tendo sido posto as premissas onto-epistemológicas do tema de interesse, abre-se espaço para trabalhos sensíveis a questões sociais contemporâneas sob três prismas: i) a perspectiva de mudança e emancipação; ii) o pressuposto da linguagem como articulador do social e do momento histórico, seja na construção de processos de dominação, seja na ideação de possibilidades de superação; e iii) a prática administrativa e organizacional como uma prática retórica.
Outro ponto de destaque para esse tema são as temáticas sociais denominadas como ‘grand challenges’ ou ‘wicked problems’, reconhendo a necessidade de implicação do campo científico-acadêmico da administração e organizações na construção de caminhos possíveis de superação e articulação na mudança social. Alguns temas que podem ser relacionados a esse ponto são a questão das fake News, a articulação/organização da sociedade civil pelos mecanismos digitais de comunicação social, a criação de departamentos e organizações especializados em discurso para a emancipação de minorias e o combate as diferentes formas de intolerância, entre outros assuntos.
Fernando Ressetti Pinheiro Marques Vianna: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr Acadêmico em Admin/PPGA / UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Francis Kanashiro Meneghetti: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr Acadêmico em Admin/PPGA / UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná) - (Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade / UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
As inovações tecnológicas, enquanto ferramentas do neoliberalismo, têm produzido uma nova ordem econômica e social baseada em práticas veladas de extração, predição e vendas de dados. Essa exploração dos dados permite a maximização do lucro das organizações e potencializa a expropriação de direitos e de captura das experiências humanas, resultando em um discurso de solucionismo neutro tecnológico, indispensável para o crescimento e a produtividade das organizações. Essa racionalidade tecnológica tem permitido a reconfiguração das relações laborais e desarticulação dos trabalhadores, bem como o controle das ações e disputa de poder por meio de aplicativos de serviços, mídias sociais e gestão algorítmica.
Nesse sentido, esse fenômeno apresenta como efeito colateral: a acentuação da (re)produção de desigualdade, exclusão e discriminação social. Problematizar a ética das tecnologias digitais, desvelando suas predisposições de (re)produzir privilégios e os seus compromissos de manutenção de lógicas hegemônicas, torna-se uma agenda necessária e que contribui para a discussão da discriminação por gênero, raça, entre outras importantes questões denunciadas nas relações sociais.
A chamada pretende reunir abordagens e métodos plurais, e almeja instigar o desenvolvimento de pesquisas sobre o mundo digitalizado e os estudos organizacionais, focando nas assimetrias de poder entre usuários, trabalhadores, plataformas digitais, tal como, o papel do Estado na mediação e controle dessas relações.
Para isso, são propostas seis temáticas principais:
1)Capitalismo de vigilância, colonialismo de dados e mediação algorítmica;
2)Trabalho digitalizado, cultura de vigilância e gestão por algoritmo;
3) Digitalização como ferramenta de desigualdade, exclusão e discriminação (posições sociais, raciais, de gênero entre outras);
4)Poder e tecnorresistência;
5) Mídias Sociais e identidade;
6) A relação entre a digitalização e os contextos atípicos, como as consequências da pandemia da COVID-19, e suas repercussões nas e pelas tecnologias digitais.
Manolita Correia Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Fernanda Geremias Leal: (Secretaria de Relações Internacionais (SINTER) / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Elisângela Prado Furtado: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Desde sua gênese, as universidades estão submetidas a processos de transformação e a movimentos que colocam suas razões de ser em xeque. Os esforços para justificar sua relevância têm exigido capacidade de reconfiguração, preservando as responsabilidades originais e sugerindo novos desafios. Contudo, a historiografia da universidade permite afirmar que suas transformações nunca foram capazes de satisfazer plenamente às expectativas sociais. Frente à centralidade de uma instituição cujos compromissos ultrapassam os campos do ensino, da pesquisa e da extensão, pretende-se fomentar o debate sobre a universidade, sobretudo a pública. Nesse sentido, espera-se receber textos nestes tópicos: educação superior como direito humano universal; autonomia e liberdade acadêmica; limites éticos e políticos da universidade; gestão universitária contemporânea; formas de proteção contra a universidade mercantilista, corporativista e negacionista; questões emergentes sobre internacionalização, ranqueamentos e suas implicações; limitações orçamentárias e padrões de excelência de produção e difusão de conhecimento; responsabilidades quanto à inclusão social e à redução de desigualdades; disfuncionalidades e zonas de obsolência; interdisciplinaridade; relação entre educação e formação cidadã e a democratização do acesso aliada aos desafios da permanência discente; responsabilidades dos servidores técnico-administrativos em educação na gestão universitária e em atividades-fim, notadamente na pesquisa e na extensão; bem como aprendizado a partir das arquiteturas universitárias e os novos arranjos institucionais criados a partir do REUNI. Espera-se que os textos favoreçam o entendimento de caminhos deliberados e/ou emergentes para a rede de instituições de ensino superior em tempos de demandas crescentes, de escassez de meios e de incertezas – potencializadas por novas relações sociais, tecnologias de produção e comunicação e restrições sanitárias pós-pandemia. Nesse sentido, priorizam-se estudos sobre o âmbito público da educação, traduzido em projetos universitários arrojados e socialmente relevantes, suportados por abordagens teórico-metodológicas críticas e propositivas, voltadas à tríade ensino, pesquisa e extensão, mas, também, à gestão universitária.
Elcio Gustavo Benini: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAD / UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) - (Mestrado profissional em Administração Pública em Rede Nacional (Profiap) / UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
THIAGO CHAGAS SILVA SANTOS:
Romulo Carvalho Cristaldo: (Profiap - Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional / UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAD / UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul)
Esta proposta temática tem por objetivo reunir artigos e resultados de investigação envolvendo temáticas relacionadas às organizações, à economia política e à governança global. Em particular, espera-se que estas (i) se fundamentem em base econômica e macrogerencial, (ii) a partir de perspectivas crítico-reflexivas, (iii) considerando as interfaces de integração entre as organizações e a sociedade, especialmente, a relação entre modelos de desenvolvimento e modelos de gestão.
As discussões podem abarcar desde a construção de arranjos políticos e seus respectivos blocos no poder, até estudos que busquem analisar o processo de integração de organizações ao capitalismo. O escopo da abordagem perpassa o nível local, nacional, regional ou global, fazendo uso das terias do imperialismo e do sistema-mundo.
Nesses termos, pretende-se dar espaço para abordagens das organizações que ultrapassem as dinâmicas idiossincráticas ou voltadas especialmente para aspectos funcionais e institucionais, levando em conta também as desiguais relações de poder, os conflitos de classes, questões político-ideológicas e institucionais dos projetos de desenvolvimento e suas implicações sobre as relações sociais que sustentam a reprodução social.
Finalmente, partindo-se dessa perspectiva, busca-se discutir os limites e possibilidades de construção de experiências contra hegemônicas de organização em diferentes contextos políticos, além de aprender com experiências alternativas, fundadas, especialmente, em ideários de solidariedade.
São de interesse as seguintes temáticas:
Cada uma dessas linhas pode ser desdobrada em diferentes subtemas. São bem-vindos trabalhos teóricos e empíricos que problematizem as perspectivas aqui listadas.
Ana Paula Paes de Paula: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Maurício Roque Serva de Oliveira: (Programa de Pós-Gradução em Administração / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
O ambiente acadêmico nacional já assimilou a necessidade da reflexão sobre a produção do conhecimento científico a respeito das organizações e da prática administrativa. A epistemologia está inserida como disciplina específica, ou como tópico particular de discussão na maioria das grades curriculares dos Programas de Pós-Graduação em Administração. Epistemologia também é tema central de eventos científicos, como no caso do Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração, e diversas vezes já recebeu, por parte de periódicos da área, edições inteiramente dedicadas à sua discussão. No âmbito da ANPAD, o Tema foi criado em 2009, na Divisão de Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPQ), e, em 2010, na Divisão de Estudos Organizacionais (EOR). Enquanto estudo metódico e reflexivo do saber, de sua organização, de sua formação, de seu desenvolvimento, de seu funcionamento e de seus produtos, a epistemologia ocupa um lugar importantíssimo para o exame crítico de nosso próprio produzir ciências e saberes, auxiliando-nos, desta forma, na tomada de consciência crítica de nossa prática cotidiana.
Para a Divisão EOR, a proposta é que o tema seja dedicado à epistemologia nos estudos organizacionais e busque focalizar a reflexão sobre a produção de saberes e conhecimento científico dos fenômenos organizacionais e administrativos, como também discutir as condições sociais de produção desse conhecimento, sempre com o intuito de promover diálogos entre epistemologias e disciplinas. Com esses objetivos, o tema contempla as diversas abordagens epistêmicas (positivismo, funcionalismo, estruturalismo, institucionalismo, interpretativismo, teoria crítica, marxismo, pragmatismo, pós-estruturalismo, realismo crítico, pós-crítica, entre outras), a partir de contribuições de disciplinas como administração, sociologia, antropologia, filosofia, história, semiótica e psicanálise. Ontologia e metodologia podem ser abordadas, mas a partir da articulação dessas com as epistemologias, construindo-se princípios, argumentos, hipóteses, procedimentos, resultados, interpretações e práticas para analisar criticamente as diversas abordagens ou correntes epistemológicas.
Gabriel Farias Alves Correia:
Elisa Yoshie Ichikawa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Luciano Mendes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
O presente grupo de trabalho objetiva fomentar, visibilizar e articular pesquisas sobre práticas organizativas que rompem, desestabilizam ou abrem brechas e fissuras às lógicas de trabalho neoliberal, principalmente aquelas referentes ao universo do que é dito “popular”: negócios, comércio, artes, festas, economias informais, coisas do povo invisibilizadas que, de alguma forma, resistem ao sistema mundo globalizado.
Propomos fomentar a reflexão sobre os processos de produção e de organização de diferentes espaços, saberes e poderes: a casa, a rua, a cidade, grupos, organizações populares. O olhar se volta para os outros modos de existir e organizar que frequentemente são ignorados ou ativamente invisibilizados dentro de um mainstream da administração e que constituem múltiplas possiblidades de romper com pensamentos e práticas totalizantes na área.
Em um momento em que dispositivos e maquinários do poder buscam controlar e dar uma forma única à vida em meio a um capitalismo global, a resistência se intensifica justamente sobre a vida, na sobrevivência e criação de outros modos de ser e organizar que escapam, escorregam e invertem os jogos dados (FOUCAULT, 2017; LAZZARATO, 2014). Neste cenário, como indicado por Pelbart (2000, 2003, 2016), mapear outros modos de existir torna-se um projeto relevante, destacando multiplicidades que não permitem serem englobadas pelos maquinários totalizantes do poder. Na área de Estudos Organizacionais, outros modos de organizar que constantemente sobrevivem e se recriam num cotidiano formam um reservatório de saberes menores e potencialidades de superação de seu status quo.
Embasados por construções teóricas múltiplas, elaboradas por autores como Benjamin, Foucault, Deleuze, Guattari, De Certeau, Lazaratto, Negri, Didi-Huberman, Pelbart, entre outros, ressaltamos os conceitos de experiência, heterotopias, resistência, popular e fazer cotidiano para visibilizar práticas populares de resistência histórica (DIDI-HUBERMAN, 2011) que possibilitam modos de existência (PELBART, 2016) dissonantes aos modelos de negócio segundo o mainstream administrativo, baseados no trinômio avaliação,
Mário Sacomano Neto: (Programa de Pós-Graduação em Administração e Sociedade - PPGASo / Universidade Federal de São Carlos - UFSCar)
Raphael Jonathas da Costa Lima: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Francielli Martins Borges Ladeira: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Diferentes mercados e seus processos, tais como competição, cooperação, risco, avaliação e valoração, impactam as organizações, suas estratégias, estruturas e governança. Poder, política, moralidade, as leis e interesses também são aspectos relevantes para a compreensão da construção de mercados e de como as organizações nele se relacionam. Além disso, a diversidade institucional é influenciada fortemente por agentes econômicos. Tomando esses fenômenos em consideração, a Sociologia Econômica é uma das áreas que mais tem contribuído e ainda apresenta grande potencial para estimular novas teorizações no campo de Estudos Organizacionais. Esse ramo da sociologia tem ampliado o entendimento da ação econômica, principalmente ao transpor os pressupostos racionalistas da Teoria Econômica Tradicional e privilegiar aspectos culturais, sociais, cognitivos e políticos na dinâmica dos mercados e das organizações. Entendemos que o caráter distintivo da Sociologia Econômica, entre tantas outras teorias em Estudos Organizacionais, é a concepção de ação econômica imersa (embedded) socialmente e a sua relação com mercados, organizações e instituições. Portanto, tendo como objetivo o aprofundamento do conhecimento na área de Estudos Organizacionais acerca da relação entre Mercados, Organizações e Instituições, destacamos que são bem-vindos nesse tema trabalhos teórico-empíricos e ensaios de várias perspectivas teóricas, tais como: Sociologia Econômica, Sociologia dos Mercados, Economia Política, Socio-Economia, Nova Economia Institucional, Teoria Institucional, Análise Institucional Comparativa, Teoria dos Campos, Análise de Redes Sociais e Ciência Política. O tema está aberto a trabalhos de natureza tanto qualitativa quanto quantitativa.
Letícia Dias Fantinel: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Marina Dantas de Figueiredo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
YUNA SOUZA DOS REIS DA FONTOURA: (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
A COP26 - onde se discutiu o Relatório do IPCC sobre Mudanças Climáticas - levantou um alerta sobre a urgência de cortes sustentados nas emissões de gases de efeito estufa e a necessidade de se agir “glocalmente” para, pelo menos, mitigar (e se adaptar a) os efeitos negativos do Antropoceno. Alguns autores argumentam que o termo “Antropoceno” poderia ser um “Capitaloceno” (Moore, 2016) ou um “Econoceno” (Norgaard, 2013), um “Tecnoceno” (Hornborg, 2015) ou mesmo um “Plutoceno” (Glikson, 2017), entre outros, para representar as desigualdades inerentes ao capitalismo global, em que a exploração da natureza e as emissões de gases de efeito estufa são “justificáveis” para o benefício de poucos (Ergene et al., 2020). Extinções, ecocídios, desastres, crises climáticas e de saúde, entre outros, são fenômenos profundamente relacionados às estruturas de dominação e exploração que se desdobram em práticas organizacionais marcadas pelo excepcionalismo humano, individualismo, desigualdade e racismo ambiental. Também argumentamos que as organizações (o organizar, a ação humana organizada) são grandes agentes de destruição da natureza (Banerjee, 2008; Shrivastava, 1994) e pouco tem sido feito em termos de mudanças realmente efetivas na forma como as práticas organizacionais são engendradas. O mesmo vale para as teorizações sobre isso (Kallio; Nordberg, 2006; Cunha et al., 2008; Banerjee, 2011; Heikkurinen et al., 2016; Jermier; Forbes, 2016; Ergene; Calás; Smircich, 2018). Dito isso, já que somos convidados a “seguir com o incômodo” (Haraway, 2016) colocado pelo Antropoceno, convocamos artigos que reflitam criticamente sobre o papel dos diferentes atores (humanos, não humanos e coletivos multiespécies) na crise climática; (in)segurança alimentar, hídrica e energética; formas alternativas de organização, resiliência, resistência e (re)existência; políticas ambientais; teorias críticas de RSC e sustentabilidade corporativa; bem como artigos que encorajem o uso de metodologias e epistemologias não convencionais para empoderar vozes e realidades silenciadas na sociedade, especialmente do Sul.
Aline Lourenço de Oliveira: (Programa de pós-graduação de gestão pública e sociedade / Universidade Federal de Alfenas)
Fernanda Mitsue Soares Onuma: (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Sociedade (PPGPS) / UNIFAL - Universidade Federal de Alfenas/MG)
A presente proposta temática tem por objetivo desmistificar, no âmbito dos Estudos Organizacionais, o trabalho como restrito à esfera dita “produtiva”, apontando ainda para o potencial de contribuição da teoria sobre a reprodução social para a compreensão materialista, feminista, antirracista e decolonial das mudanças organizacionais, educacionais e sociais em curso no contexto do neoliberalismo contemporâneo. Neste tema, busca-se conferir visibilidade ao trabalho desvalorizado considerado “feminino”, nos termos de Jules Falquet, realizado por mulheres empobrecidas, racializadas e proletarizadas que, ao redor do globo, exercem as atividades mal (ou não) remuneradas do trabalho reprodutivo. Este, também chamado de “trabalho doméstico” é um conjunto de atividades de natureza física, emocional e sexual por meio do qual mulheres garantem a existência e manutenção do capitalismo pela via da reprodução social. Silvia Federici compreende a reprodução social em duplo sentido: pela reprodução da mão-de-obra explorada, via nascimento, sustento e educação de crianças que comporão o futuro proletariado, bem como pelos trabalhos realizados (principalmente) por mulheres nos lares, garantindo que a classe trabalhadora (sobretudo, os homens) esteja apta a retornar à exploração capitalista do dia seguinte. Desta forma, a reprodução social consiste na base material da cultura do patriarcado. Como Heleieth Saffioti explica, descarta-se a cultura patriarcal como fonte última de explicação da discriminação de mulheres no capitalismo. A partir da teoria unitária, como explica Cinzia Arruzza, compreende-se as relações geradoras de opressões de gênero, classe e raça como elementos integrantes da sociedade capitalista que, ao longo de processos históricos, dissolveu formas de vida social precedentes a fim de atender às necessidades das classes dominantes em cada contexto. Em período de crise econômica mundial, em que a sanha especulativa neoliberal acentua os ditames ideológicos da austeridade fiscal e cortes orçamentários de políticas públicas essenciais à reprodução social, observa-se a plena compatibilidade entre liberalismo econômico e conservadorismo moral. O avanço mundial de discursos contrários às mulheres, à população negra, indígenas e à comunidade LGBTQIA+ servem de verniz ideológico para empurrar cada vez mais mulheres racializadas e empobrecidas ao trabalho doméstico mal (ou não) remunerado, respondendo à importância concreta do trabalho reprodutivo para os donos dos meios de produção, que deixou de ser financiado coletivamente via Estado por políticas sociais para ser assumido na (suposta) esfera privada do lar. O tema se propõe, nesse sentido, a fomentar e discutir trabalhos relacionados a questões como: romantização da maternidade, trabalho doméstico, controle reprodutivo, acesso e condições de permanência da mulher na escola, reforço a estereótipos de gênero, genocídio de populações indígenas e da juventude negra, avanço de práticas e discursos liberais colonizados, aumento do encarceramento em massa de pessoas (sobretudo, mulheres) racializadas e proletarizadas ao redor do globo e que configuram, portanto, críticas a instrumentos de gestão da pobreza usados para mascarar a necessidade no contexto neoliberal atual de se empurrar pessoas racializadas e proletarizadas (sobretudo, mulheres) ao trabalho reprodutivo compulsório e/ou ao cárcere, a fim de mascarar a face essencialmente predatória e discriminatória da ordem social.Felipe Fróes Couto: (PPGDEE - Programa de Pós-Graduação Profissional em Desenvolvimento Econômico e Estratégia Empresarial / UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros) - (PPGDS - Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social / UNIMONTES - Universidade Estadual de Montes Claros)
Jussara Jessica Pereira: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Caio Coelho: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
O papel político-social desempenhado pelas organizações tem ganhado a atenção de autores nos estudos organizacionais com os temas de empreendedorismo (Battilana, Leca, & Boxenbaum, 2009), liderança (Yuan & Woodman, 2010) e direitos humanos (Barros, 2018). Já alguns trabalhos têm estudado a corrupção e a relação direta com o setor privado (Collins, Uhlenbruck, & Rodriguez, 2009; Chowdhury, Audretsch, & Belitski, 2015). Isso se dá em função de escândalos recentes de corrupção (Coelho & Barros, 2020), bem como crimes e desastres ambientais (Pereira, Barros & Rezende, 2020). Pesquisas recentes têm explorado a necessidade e o insucesso de políticas de governança corporativa, programas de integridade/compliance (Aldeguer et al. 2020; Couto & Carrieri, 2020; Zattoni & Cuomo, 2008) e responsabilidade social corporativa (Bansal, & Song, 2017). Ao mesmo tempo em que divulgam suas ações sociais, organizações ocultam atuações irresponsáveis e até mesmo ilícitas como corrupção, crimes corporativos, crimes ambientais e discriminação por gênero, raça e idade (Costa & Borin, 2018). Neste tema, são bem-vindas as pesquisas com diversas perspectivas de análises, bem como diferentes abordagens ontológicas, epistemológicas, metodológicas e teóricas que discutam sobre a função político-social das organizações. As pesquisas podem incluir, mas não se limitam aos seguintes temas: -O papel das organizações na promoção de Direitos Humanos ou na sua violação; -Ativismo político e estratégias de não-mercado (relações eleitorais-partidárias); -Ativismo político junto à sociedade (construções discursivas da imagem empresarial e disseminação de discursos de diversidade); -Transparência empresarial diante da sociedade em casos de escândalos; -RSC como discurso neoliberal e outras perspectivas críticas; -Abordagens teóricas, epistemológicas e metodológicas alternativas para se analisar a função política e social das organizações; -Envolvimento de organizações em viradas e momentos políticos históricos; -As organizações frente à sustentabilidade, ao meio ambiente e à sociedade; -Reflexões sobre eventos de irresponsabilidade corporativa; -Incentivo ao pensamento crítico sobre CSR e CPA.Marcelo de Souza Bispo (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (Programa de Pós-Graduação em Sociologia - PPGS / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Beatriz Quiroz Villardi (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Estratégia/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Bárbara Galleli (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Gracyanne Freire de Araujo (Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPADM/UFS / Universidade Federal de Sergipe) - (Programa de Pós-Graduação em Administração Pública - PROFIAP/UFS / Universidade Federal de Sergipe)
Américo da Costa Ramos Filho: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Camila Braga Soares Pinto: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Lais Silveira Santos: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Este tema objetiva promover estudos sobre a formação de pesquisadores e profissionais em Administração e Contabilidade numa abordagem integral de conhecimento, envolvendo a epistêmê (conhecimento científico), o conhecimento técnico baseado na téchnê (saber fazer) e o decorrente da phronesis (saber deliberar em contextos específicos, como e quando agir). Uma trilogia que privilegia a unidade do saber, inerente à ação e à decisão, implicando a prudência e a aprendizagem pela reflexão e experiência direta.
Contudo, o saber epistêmico tem sido a base da formação superior, não se integrando ao saber técnico-instrumental ou à sabedoria prática (phronesis), questionando-se como esta pode ser aprendida e aprimorada. O saber fronético ficou fora do campo de interesse reflexivo e de pesquisa, embora presente na realidade do meio organizacional, político, de formação escolar e científica. A phronesis provê uma base para a ação ética e caracteriza alguém que sabe agir com virtude. A problemática do Tema refere-se, assim, ao retorno da prática ao foco prioritário de reflexão. Destacamos algumas questões:
Flavia D` albergaria Freitas: (Administração e Marketing / Faculdades Integradas Hélio Alonso)
Gustavo Behling: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Victor Manoel Cunha de Almeida: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
O caso para ensino é uma modalidade de trabalho que abrange um relato de uma situação vivenciada por um profissional, uma organização privada, pública ou do terceiro setor, ou ainda um projeto específico de natureza prática e/ou social, que apresenta um dilema a ser analisado no contexto do ensino de graduação ou pós-graduação. Desta forma, o método do caso subsidia o processo de tomada de decisão, oportunizando a maior integração entre a teoria e a prática. O principal objetivo é educacional e orientado para a aprendizagem e o desenvolvimento de competências específicas de uma disciplina (Alberton & Silva, 2018).
Algumas características de um bom caso para ensino incluem a clareza do objetivo e do dilema, a sua contribuição para a área de conhecimento da Administração e o contexto em que foi desenvolvido, bem como a imparcialidade do autor na apresentação do caso, o fornecimento de informações detalhadas de incidentes ou diálogos abrangendo o contexto, os antecedentes, os agentes envolvidos e o dilema, além da qualidade das notas de ensino (Alberton & Silva, 2018).
O formato de um caso para ensino é bem específico. Trata-se de um documento único de 8 a 16 páginas, organizado em duas grandes seções - descrição (narrativa) do caso e notas de ensino.
A análise do caso deve ser apresentada exclusivamente no corpo das notas de ensino, por meio de questões para discussão que ofereçam “possíveis respostas” apoiadas por referências à literatura. Em outras palavras, as notas de ensino não devem apresentar uma seção de revisão de literatura.
Importante ressaltar que os casos para ensino diferem da metodologia de pesquisa estudo de caso. Enquanto os estudos de caso, como metodologia, objetivam responder a problemas de pesquisas científicas e, por conseguinte, seu público-alvo são pesquisadores, os casos para ensino visam promover a aprendizagem.
Sandro Vieira Soares: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
FERNANDO MACIEL RAMOS:
Verônica de Fátima Santana: (Prog de Mestr em Ciências Contábeis - PMCC / FECAP - Centro Universitário FECAP)
Os métodos de pesquisa são dinâmicos e seu desenvolvimento é permanente, pois refletem as mudanças culturais, sociais e tecnológicas. Diante disso há a necessidade de formação contínua dos pesquisadores. Dessa forma, entende-se como relevante o desenvolvimento de pesquisas e reflexões sobre os diferentes Métodos e Técnicas de Pesquisa Quantitativa. Tais pesquisas e reflexões possibilitam evidenciar suas limitações e potencialidades que geram novos olhares para as pesquisas em Administração e Contabilidade.
Tópicos principais
- Discussão dos usos dos métodos quantitativos em diferentes perspectivas teóricas e empíricas e os impactos da aplicação destes métodos no desenvolvimento do conhecimento em Administração e Contabilidade.
- Discussão das boas práticas, limites, benefícios, diferenças e semelhanças dos diferentes métodos de pesquisa quantitativa.
- Planejamento da pesquisa científica quantitativa: identificação de lacunas no conhecimento, modelo conceitual, prevenção de viés (e.g. common method bias) etc entre os diferentes métodos quantitativos.
- Implicações empíricas das escolhas de certos métodos em detrimentos de outros, isto é, como as escolhas de estratégias empíricas impactam os resultados e, consequentemente, as conclusões dos estudos.
- Construção de instrumentos e coleta de dados: bases de dados estruturadas e não estruturadas, big data, levantamento (survey), experimento, simulação, desenvolvimento de escalas, validade, confiabilidade etc.
- Análise dos dados: análise estatística, econometria, psicometria, contabilometria, cientometria, bibliometria, informetria, webmetria, patentometria, altmetria, machine learning, mineração de dados, softwares livres e comerciais, programação, etc.
- Rigor na apresentação e discussão dos resultados, reprodutibilidade da pesquisa quantitativa e gestão dos dados, etc.
- Questões éticas relacionadas a todas as etapas da pesquisa quantitativa, desde o planejamento até a publicação.
- Ensino dos métodos de pesquisa quantitativa: oportunidades e desafios na graduação e pós-graduação de Administração e Contabilidade.
Paola Schmitt Figueiro: (Curso de Mestrado Acadêmico em Administração / FEEVALE - Universidade Feevale)
Janette Brunstein: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Priscila Borin de Oliveira Claro: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
O fomento a iniciativas educacionais orientadas à sustentabilidade e à espiritualidade tem se dado em três instâncias: institucional, organizacional e didática-pedagógica. Desde os anos 1970, Conferências, Cartas e Princípios contribuíram para a divulgação e institucionalização da sustentabilidade no ensino. No Brasil, no final da década de 1990, a temática passou a ser obrigatória no ensino superior (Lei 9795/1999). Em paralelo, estudos da espiritualidade nas organizações ganharam força, legitimado pelo grupo MSR (Management, Spirituality and Religion) no Academy of Management. Em 2015, a partir da Agenda 2030 e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, a Educação para Sustentabilidade e Espiritualidade ganhou mais visibilidade. A responsabilidade das Instituições de Ensino Superior (IES) é traduzir os objetivos globais em estudos e experiências de aprendizado que fomentem a formação de profissionais responsáveis e conscientes. As iniciativas relacionadas a experiências curriculares e co-curriculares, experimentação pedagógica, metodologias ativas e inovadoras são fundamentais para o desenvolvimento de profissionais preparados para lidar com os desafios socioeconômicos e ambientais da sociedade. E partir de 2018, as diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira também vem desafiando a gestão das IES. A abordagem aqui considerada pode contribuir para o atendimento desta diretriz. Assim, o tema proposto dedica-se a explorar experiências das IES e dos professores-pesquisadores no âmbito da Educação para Sustentabilidade e Espiritualidade nos cursos de Administração, Contabilidade e Turismo, contemplando, mas não se limitando a:
- Experiências curriculares e co-curriculares; inter, multi e transdisciplinares.
- Utilização de metodologias ativas e inovadoras.
- Definição, monitoramento e reporte de impacto social das IES.
- Formação de professores em prol da Educação para Sustentabilidade e Espiritualidade.
- Desafios e avanços na adequação dos cursos de Administração, Contabilidade e Turismo aos aspectos regulatórios, aos princípios de certificadoras, acreditadoras e associações (PRME; Pacto Global, AMBA, EQUIS/EFMD, AACSB)
- Experiências de curricularização da extensão.
MARCIO PASCOAL CASSANDRE: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Fernanda Roda de Souza Araújo: (PROFIAP / Universidade Federal do Vale do São Francisco)
Estratégias de investigação qualitativa: estudo de caso, grounded theory, pesquisa-ação, design science research, etnografia, fenomenologia, história oral, história de vida. Procedimentos para coleta de dados: estudo documental, técnicas de observação, entrevistas, grupo focal. Interpretação e análise de dados qualitativos. O uso de recursos computacionais na pesquisa qualitativa. Tecnologias de Informação e Comunicação. O processo de planejamento, desenvolvimento, redação, discussão dos resultados e elaboração do relatório da pesquisa. Desafios da qualidade da pesquisa qualitativa. Critérios de qualidade, consistência interna. credibilidade, confiabilidade e validade da pesquisa qualitativa em administração e contabilidade. O papel do pesquisador para construir pesquisas com potencial de replicabilidade. O uso de múltiplas fontes de evidências na pesquisa qualitativa e as distintas fontes de triangulação de dados. A saturação teórica como gerador de confiabilidade para a pesquisa qualitativa. Construção de categoria analíticas com uso de softwares qualitativos de pesquisa. O uso de proposições qualitativas para validação empírica de dados.
Almir Martins Vieira: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Fabio Chaves Nobre: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UFERSA - Universidade Federal Rural do Semi-Árido)
Marcelle Colares Oliveira: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Programas de pós-graduação stricto sensu priorizam, por sua natureza acadêmico-científica, a formação de pesquisadores. Especificamente em relação às áreas de Administração e Contabilidade, egressos titulados costumam exercer, em sua maioria, a docência no ensino superior. Apesar de tal panorama, permanece a discussão sobre a necessidade de se contemplar, no âmbito dos programas de pós-graduação stricto sensu, componentes didático-pedagógicos voltados para a formação docente que sejam específicos para a área de negócios. Assume-se, então, que o exercício da docência voltado à formação do administrador e/ou do contador exige reflexão e análise a respeito de componentes curriculares, metodologias de ensino e práticas de avaliação, dentre outros aspectos, de modo a propiciar experiências de aprendizagem que resultem na formação aos moldes previstos nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) dos cursos de Administração e Contabilidade.
Especificamente no que se refere à docência na pós-graduação stricto sensu, percebe-se o pouco foco na formação para orientação acadêmica; supervisão de estágios docentes; avaliação de trabalhos científicos; gestão das universidades, dentre outros papéis que docentes da área podem assumir, de modo que tal lacuna compromete o desenvolvimento de uma identidade profissional acadêmica. Assim, observa-se que o entendimento do papel dos docentes na área de negócios encontra-se fragmentado e superficial, trazendo como possíveis consequências a saída da profissão, a falta de responsabilidade e de comprometimento com a docência, além de uma prática pedagógica pouco adequada para a realidade atual.
Soma-se a tal panorama a introdução de novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, bem como nas relações empresariais, resultando na exigência de novas competências para formação profissional. Tanto o perfil discente quanto o perfil docente estão sujeitos aos desafios e às possibilidades que o meio empresarial apresenta, principalmente em função das novas tecnologias. Fatores como elevado aprofundamento do nível técnico, interação com ambientes digitais, aplicação de simulações da realidade empresarial
Christian Daniel Falaster (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Clarice Secches Kogut (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Fábio Lotti Oliva (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Keysa Manuela Cunha de Mascena (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Adilson Caldeira: (Programa de Pós Graduação em Administração do Desenvolvimento de Negócios / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Peter Kelle: (Entrepreneurship and Information Systems / Louisiana State University)
Jefferson Luiz Bution: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Considerando risco como a possibilidade de um evento ocorra e afete negativamente a consecução dos objetivos organizacionais e oportunidade como a possibilidade de que um evento ocorra e influencie favoravelmente a realização dos objetivos organizacionais, COSO (2004, 2017), entende-se que o tema proposto está associado à divisão acadêmica “Estratégia em Organizações”, no sentido de que a gestão dos riscos corporativos conspira para a efetiva implementação da estratégia das organizações. A abordagem adotada contempla os riscos de todas as fontes possíveis que impactam a gestão organizacional, por exemplo, riscos financeiros, estratégicos, operacionais, políticos, econômicos, naturais, imagem, cibernéticos e outros riscos. De forma integrada, pode-se entender que a gestão de riscos corporativos se conecta com a gestão estratégica por meio da avaliação do desempenho organizacional mensurado pelo Balanced Scorecard (Kaplan, 2012, 2009). Adicionalmente, vale destacar que a gestão de riscos corporativos deve ir além das fronteiras da organização, considerando que os riscos se potencializam à medida que a organização estabelece relações com outros agentes do ambiente de negócios. Nesse sentido, em um ambiente de negócios cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, a gestão de riscos corporativos é uma ferramenta administrativa essencial para suportar os princípios da boa governança corporativa que inspiram a maior confiança nas relações estabelecidas com os agentes envolvidos (OECD,2015).
- Modelos de Gestão de Riscos Corporativos;
- Gestão de Riscos Corporativos e Gestão Estratégica dos Negócios;
- Gestão de Riscos Corporativos e Desempenho Organizacional;
- Gestão de Riscos Corporativos e Governança Corporativa;
- Cultura da Gestão de Riscos Corporativos;
- Análise de Riscos na Cadeia de Valor;
- Gestão de Riscos Corporativos e Gestão da Inovação;
- Gestão de Riscos Corporativos e Gestão dos Negócios Digitais;
- Gestão de Riscos Corporativos e Gestão de Negócios Internacionais;
- Gestão de Riscos Corporativos no Setor Público;
- Gestão de Riscos em Startups;
- Maturidade em Gestão de Riscos Corporativos.
Tobias Coutinho Parente: (Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Alex Fernando Borges: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (FACES / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Thiago Henrique Moreira Goes: (Câmara de Gestão e Empreendedorismo / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Empresa familiar é a estrutura de negócio dominante na maioria dos países, sendo uma das principais responsáveis pela geração de emprego e renda (Zellweger, 2017). Todavia, a simples prevalência da empresa familiar não é suficiente para considerá-la um tópico de estudo, sendo necessário observar o que as tornam um tipo particular de organização. Assim, as pesquisas têm sido impulsionadas pela perspectiva de que o envolvimento da família no negócio influencia a definição e condução da estratégia organizacional (Chrisman, Chua, & Sharma, 2005; Chua, Chrisman, & Sharma, 1999). A constante interação entre o sistema da família e do negócio é característica única das empresas familiares. Sob essa ótica, as empresas familiares possuem comportamentos diferentes das suas contrapartes, uma vez que as empresas não-familiares não possuem a família como stakeholder.
Nesse sentido, a proposta deste tema é receber artigos que contribuam para o avanço do conhecimento sobre empresas familiares, considerando as idiossincrasias das famílias e como suas relações com o negócio influenciam a estratégia.
Alguns temas são sugeridos, porém esta não é uma lista exaustiva:
RENATO TELLES: (Prog de Pós-Grad em Admin / USCS - Universidade Municipal de São Caetano do Sul) - (Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Ana Cláudia Azevedo: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Paulo Cassanego Jr: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa)
Embora a compreensão sobre redes, clusters e ecossistemas de negócios e suas respectivas contribuições para o desempenho sócio econômico tenha se ampliado consistentemente nas últimas décadas, a literatura abriga uma diversidade importante de pressupostos teóricos e observações empíricas não distintos e, muitas vezes paradoxais. Constata-se uma falta de integração e diálogo entre os estudos e abordagens da literatura. Esse fato reflete na dificuldade de compreensão das complexas inter-relações dentro, entre e para além destes arranjos e formas de governança. Na expectativa de aprofundar e consolidar o conhecimento nessa temática, o objetivo deste tema é explorar e contribuir para o debate sobre abordagens contribuintes para o avanço da compreensão sobre redes, clusters, ecossistemas de negócios e suas formas de governança. Mais especificamente, tem-se como foco processos, estruturas, capacidade competitiva desses arranjos, envolvendo organizações públicas, privadas e do terceiro setor. Nesse sentido, ênfase é dada a contribuições voltadas a combinações sistêmicas de atores, envolvendo processos e interações, trocas e perspectivas, intervenientes na competitividade e geração de valor destes arranjos interorganizacionais.
Considerando o escopo apresentado, possíveis temas para envio de submissões incluem:
- Teoria de Redes, Clusters e Ecossistemas de Negócios;
- Competitividade de Redes, Clusters e Ecossistemas de negócios;
- Desempenho de Redes, Clusters e Ecossistemas de negócios;
- Análise Comparada de Redes, Clusters e Ecossistemas de negócios;
- Identificação de mecanismos de governança e gestão relacionados à eficácia de grupo;
- Relação entre vínculo social e recursos para governança e gestão de redes, clusters e ecossistemas;
- Mecanismos culturais e institucionais para gestão de redes, clusters e ecossistemas;
- Interação dinâmica de estrutura e gestão para o alcance de objetivos coletivos;
- Função da gestão na orientação estratégica de Redes, Clusters e Ecossistemas de Negócio;
- Dinâmica de inovação em Redes, Clusters e Ecossistemas de Negócios;
- Redes, Clusters, Ecossistemas de
Carlos Ricardo Rossetto: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Ângela França Versiani: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Éverton Luís Pellizzaro de Lorenzi Cancellier: (Programa de Pós-graduação Acadêmico em Administração / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina) - (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
As discussões sobre estratégia abordando a vantagem competitiva têm caminhado no sentido de integrar as perspectivas teóricas da visão baseada em recursos, capacidades e conhecimento. Argumenta-se que o papel fundamental da gestão estratégica está em adaptar, integrar e reconfigurar recursos, processos e rotinas organizacionais internas e externas a fim de se articular capacidades organizacionais que sustentem vantagens competitivas. Para executar e desenvolver capacidades, processos de integração e combinação de recursos são necessários e suas eficácias são alcançadas por meio de rotinas (Eisenhart & Martin, 2000; Zollo & Winter, 2002). A concepção tradicional de rotinas se aplica a ambientes relativamente estáveis ou previsivelmente em mudança, cujo processo depende do conhecimento existente (Wang & Ahmed, 2007). Em contrapartida, em ambientes complexos e instáveis as capacidades dinâmicas, baseadas na geração de novos conhecimentos (Ray, Barney & Muhanna, 2004) parecem ser as mais requeridas.
Sugerimos que os pesquisadores considerem o princípio da equifinalidade, onde existem diversos fatores que podem auxiliar na construção de capacidades, levando a desempenhos empresariais superiores. Também serão bem-vindos artigos com modelos multiníveis que concebam as capacidades nas várias dimensões organizacionais. Consideramos que é desejável ir além de um foco de definição para um foco configuracional. Pensemos sobre como abordar a heterogeneidade, e isto implica que o desenvolvimento de capacidades não apresenta um modelo geral ótimo com variações para contingências, mas diferentes modelos ótimos para diferentes firmas e setores. A proposta de submissão para este track abre o leque de propostas que contribuam para a transversalidade de temas que abraçam não só a discussão de recursos, capacidades e rotinas, mas que também incluam: (1) gestão de tecnologia e inovação; (2) negócios internacionais; (3) transformação digital; (4) gestão de operações; (5) sistemas de informação; (6) ativos complementares; (7) gestão de marketing e recursos humanos; (8) gestão do conhecimento, dentre outras áreas.
Eduardo Guedes Villar: (Dep. de Ensino / INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Natália Rese: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Rosalia Aldraci Barbosa Lavarda: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
A partir do conceito de strategizing, o fazer estratégia ganhou novos contornos, sendo compreendido como uma prática socialmente imersa (Vaara & Whittington, 2012). Esse reconhecimento abriu espaço para uma compreensão aprofundada do fenômeno, para diálogos e intersecções do entendimento de estratégia com diferentes perspectivas do campo do management, das organizações, da teoria social e estudos de linguagem (Golsorkhi, Rouleau, Seidl & Vaara, 2015). Partimos da contribuição de Whittington (1996), que lançou um olhar compreensivo sobre a estratégia, ao entender a estratégia como prática social para explicar que a estratégia é uma realização situada, construída cotidianamente por diferentes praticantes (Jarzabkowski, et al., 2016). Entendemos, assim, que a estratégia é realizada em um nível micro, mas, também carrega todos os significados, modelos, ferramentas, valores, que são compartilhados em nível macro (Golsorkhi et al., 2015). Face a essa discussão, o fenômeno da estratégia pode ser compreendido a partir de: (i) diversas abordagens onto-epistemológicas; (ii) diferentes teorias, concepções, conceitos sociológicos e organizacionais; (iii) procedimentos metodológicos inovadores e aproximações não-tradicionais. O foco temático-teórico dessa perspectiva permitiu a aproximação de discussões da estratégia com temáticas contemporâneas e problemas atuais (grand challenges) do fazer organizacional, tais como: fenômeno da abertura da estratégia (Seidl, Krogh, & Whittington, 2019); dimensão sociomaterial e elementos não-humanos no strategizing (Cooren, 2020); strategizing em contextos institucionais híbridos, extremos, pluralísticos e/ou espaços digitais (Hällgren, Rouleau, & De Rond, 2018); construção da estratégia como um processo narrativo e de storytelling (Rese et al., 2017; Vaara & Fritsch, 2021). Portanto, o foco situado e voltado ao que as pessoas efetivamente fazem ao se envolver no strategizing permite que essa temática busque compreender fenômenos, problemas e diálogos atuais/contemporâneos (Gond, Cabantous, & Krikorian, 2018; Hughes et al., 2021) trazendo-os ao campo da produção teórico-científica, contribuindo para aproximação entre os praticantes que constituem o campo da estratégia (Czarniawska, 2015).
Heidy Rodriguez Ramos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Cidades Inteligentes e Sustentáveis / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Marcelo Roger Meneghatti: (Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
Vanessa Vasconcelos Scazziota: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
As relações entre empreendedorismo e estratégia constituem uma interessante intersecção para ambas as disciplinas. Se por estratégia entendemos ações por meio das quais as empresas criam vantagem e, por empreendedorismo, empresas nascentes competindo em ambientes incertos, podemos argumentar que a estratégia empreendedora é a formulação de estratégia em cenários de incerteza, ambiguidade e alta velocidade (Ott & Eisenhardt, 2020). Além disso, o comportamento empreendedor pode ser observado em empresas estabelecidas que necessitam expandir para novos mercados ou inovar (Davidsson, 2016). Exemplos dessas abordagens seriam a Effectuation (Sarasvathy, 2008) e a Bricolage (Baker & Nelson, 2005), consideradas como abordagens flexíveis e orientadas ao learning by doing. Outras linhas de pesquisa focam na capacidade cognitiva do empreendedor como um elemento essencial para a formulação estratégica. Exemplos dessas abordagens são encontrados na literatura de managerial cognition e das capacidades dinâmicas (Helfat & Peteraf, 2015). Dessa forma, há a oportunidade de explorar os benefícios de um possível equilíbrio entre essas duas linhas de investigação e entender como os empreendedores podem combinar a flexibilidade oriunda da ação orientada à aprendizagem e a elaboração estruturada de atividades de formulação estratégica (Ott et al., 2017). Mediante o exposto, consideramos algumas temáticas para esta linha:
Clandia Maffini Gomes: (PPGA / FURG)
Renata Peregrino de Brito: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Este tema se subdivide em dois eixos:
Conceitos e práticas relacionadas aos novos modelos de negócios que visam à sustentabilidade. Tópicos abordados: estratégias inovadoras relacionadas ao empreendedorismo social e sustentável; projetos sociais e ambientais estratégicos; corporações B; negócios de impacto socioambiental; negócios na base da pirâmide; modelos de negócio com base na economia circular; estratégias de financiamento e parcerias institucionais para projetos e negócios sociais e ambientais. Busca-se discutir a criação de negócios orientados estrategicamente para a sustentabilidade por meio da aplicação de modelos de negócios inovadores alinhados ao TBL e ESG (Environmental Social & Governance).
2.Impacto das Mudanças Climáticas
Estratégias de mitigação de emissões, estratégia de baixo carbono, e de adaptação aos riscos de eventos extremos provocados das mudanças do clima. Análise das ameaça e oportunidades das mudanças do clima para a empresa e sua cadeia de suprimentos no longo prazo. Estratégia net-zero. Respostas e adaptação às incertezas ambientais, na busca de inovação e adequação de produtos, processos, modelos de negócio, e resiliência climática. Influenciam neste desenvolvimento de práticas, a capacidades e recursos internos, políticas públicas, e capacidade cognitiva dos gestores em reconhecer as mudanças ambientais.
Ivano Ribeiro: (Mestr Prof em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplicadas / UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná)
FELLIPE SILVA MARTINS: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Carlos Alberto Gonçalves: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) - (ICB - Neurociências / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
O tema "Estratégia comportamental" tem como objetivo discutir sobre o campo das ações humanas que influenciam as decisões estratégicas nas organizações (Steensen, 2014). O tema abrange os pressupostos decorrentes da psicologia cognitiva, comportamental, social e evolutiva e suas diversas aplicações em processos, agentes, antecedentes e consequentes organizacionais. Abrimos assim, um espaço para estudos envolvendo sociologia, política, economia comportamental e neurociência aplicada. Faculta ainda os estudos com foco em composição de equipes, coalizões e conflitos (Augier, Fang, & Rindova, 2018).
Buscamos estudos cujas contribuições incluam, mas não se limitem, à Teoria do Alto Escalão, Teoria da Agência, Governança Corporativa, Threat-rigidity, Adaptação, Attention-Based View, TCT e Inércia Estratégica. Além disso, também desejamos pesquisas sobre as características dos decisores e desempenho, tomada de decisão estratégica, oportunismo, implementação da estratégia e comportamento diante de crise.
Para iteração do tema, esperamos um processo mais maduro de contribuições (Hoskisson, Hitt, Wan, & Yiu, 1999) - pautados em literatura sólida, desenvolvimento de hipóteses e proposições claras e estruturadas e, consequentemente, contribuições relevantes para a área (Brinberg & McGrath, 1985; Van de Ven, 2007; Reypens & Levine, 2018; Jacquard & Jacoby, 2019). Além dos métodos tradicionalmente utilizados em estratégia, há espaço para experimentações metodológicas, bem como métodos que podem trazer novidade à pesquisa na área - experimentos, análise neuro/psicológica, Aprendizado de Máquina e Deep Learning, entre outros.
A proposta para este tema se justifica, pois abre um espaço de pesquisa para a interação entre diversas bases teóricas, níveis de análise e abordagens metodológicas compatíveis com os estudos na área comportamental (Kline, 2008). Sendo, justamente, esta visão ampliada que melhor reflete o cenário da pesquisa em estratégia comportamental.
Marcos Cohen: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Flavio Hourneaux Junior: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Annelise Vendramini da Silva Caridade: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Este tema aborda as teorias, conceitos e práticas relacionadas aos processos de concepção, implementação e avaliação das estratégias com vistas à sustentabilidade em organizações públicas, privadas ou do terceiro setor, assim como os desafios estratégicos da transição das organizações rumo à sustentabilidade. Os tópicos abrangidos são: estratégias competitivas e colaborativas para o alcance da sustentabilidade socioambiental das organizações; sustentabilidade incorporada às estratégias de negócio; projetos estratégicos sustentáveis; criação de valor sustentável para os múltiplos stakeholders das organizações por meio de conceitos como Responsabilidade Social Corporativa. Inovação Social Corporativa e Valor Compartilhado; estratégias funcionais sustentáveis; gestão estratégica da sustentabilidade na cadeia de valor; estratégias para implantação de ecoparques industriais e da economia circular. Busca-se estimular, também, a discussão dos fatores motivadores e limitantes da adaptação das empresas, mudanças nas rotinas e o desenvolvimento de capacidades dinâmicas sociais e ambientais. Adicionalmente, são encorajadas pesquisas sobre modelos de mensuração da sustentabilidade e do desempenho socioambiental; sistema de controle da sustentabilidade; balanced scorecard sustentável; abordagens do Triple Bottom Line e ESG (Environment, Social and Governance) e indicadores relativos aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Jefferson Marlon Monticelli: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Douglas Wegner: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
A formação de redes e relações interorganizacionais, em seus diversos formatos, segue um fenômeno atual e multifacetado, cuja compreensão requer múltiplas lentes e níveis de análise para gerar avanços teóricos e aplicados. Este tema reúne pesquisadores interessados em compreender aspectos sobre como a cooperação, a competição e a coopetição ocorrem no nível interorganizacional e interpessoal, em relações caracterizadas por conexões diádicas (alianças e parcerias) ou múltiplas (tríades e redes), verticais ou horizontais, geograficamente dispersas ou em clusters e ecossistemas. Entre os elementos centrais de análise destes fenômenos, pode-se destacar as relações sociais formais e informais entre os indivíduos, bem como o papel do capital social e da confiança para a dinâmica dos relacionamentos. A governança colaborativa (e seus efeitos para a colaboração) é diretamente influenciada e influenciadora das relações sociais entre os indivíduos e as organizações que estes representam, sendo, portanto, elemento indissociável nesta temática. O tema inclui ainda aspectos como o compartilhamento, criação, transferência e aplicação de conhecimento nos diferentes tipos de relações e seus resultados para o desempenho dos participantes, inclusive para a inovação. Mais recentemente, a literatura passou a considerar o papel das smart technologies e plataformas digitais para estimular a formação de relações interorganizacionais, promover a cooperação e facilitar a governança colaborativa, sendo esta uma relevante direção de estudos em desenvolvimento. Entre as teorias de base estão esta a Visão Baseada em Recursos, Visão Relacional, Networks, Teoria dos Custos de Transação, Teoria Institucional e Estratégias de Coopetição, assim como outras teorias que possam trazer novos enfoque à análise do fenômeno da cooperação, competição e coopetição em relações interorganizacionais são bem vindas.
Nesse sentido, propõe-se um eixo para os seguintes tópicos: • Antecedentes, dinâmicas e resultados da competição, cooperação, coopetição e conflito; • Instituições e desempenho por meio de relações interorganizacionais e interpessoais; • Criação e apropriação
Brigitte Renata Bezerra de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração e Desenvolvimento (PPAD) / UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco)
Leonardo Vils: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Desde as proposições seminais de Chandler (1962), o campo busca refinar o conceito de estratégia e delimitar seu escopo de atuação e pesquisa. Nas palavras de Nag, Hambrick & Chen (2007, p. 944), “The field of strategic management deals whit the major intended and emergent initiatives taken by general managers on behalf of owners, involving utilization of resources, to enhance the performance of firms in their external environments”. Os autores argumentam que a administração estratégica apresenta fronteiras amorfas e pluralismo inerente, não sendo restrita a abordagens teóricas ou metodologias dominantes, sendo tal perspectiva posteriormente corroborada por Ronda-Pupo e Guerra Martins (2012) e Burgelman et al. (2018).
Deste modo, notamos que existem temas emergentes considerados out of the spotlight, por vezes contemplados apenas de modo marginal. Nos últimos anos, as publicações e conferências da Strategic Management Society, incentivam pesquisas em torno de temas como “Designing the Future: Strategy, Technology, and Society in the 4th Industrial Revolution, “Strategy in a Disruptive World”, “Hits and Misses: Strategic Decisions in an Uncertain World, “Imagination and Inspiration: Creating Strategy Breakthroughs in a Discordant World”, entre outros. Busca-se aprofundar tópicos tradicionais em estratégia em termos de seu conteúdo e contexto, ao longo de abordagens como competição, liderança e governança, níveis de estratégia, desempenho, estratégia comportamental, coopetição, empreendedorismo etc. Citamos ainda questões de interface com a comunidade a partir de desafios metodológicos e de ensino.
Em síntese, este tema procura incluir temas, metodologias e abordagens emergentes ou evolutivas a fim de propor discussões e reflexões inovadoras. Exemplos podem ser: ecossistemas em estratégia, abordagens interdisciplinares com outros campos sociais tais como economia, política, sociologia etc. em torno da área, estudos regionais, locais e setoriais, perspectivas institucionais, experimentos, estudos longitudinais e em painéis, além de abordagens tipicamente qualitativas não tradicionais na área, como etnografia e fenomenologia.
Isabel Cristina Scafuto: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Sérgio Henrique Arruda Cavalcante Forte: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
ALESSANDRA CASSOL: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
O uso de projetos dentro das organizações vem crescendo com o intuito de atingir os seus objetivos estratégicos e operacionais (Papke-Shields and Boyer-Wright, 2017). No entanto, apesar do progresso das pesquisas e das práticas de gestão de projetos, a entrega e suporte aos desafios estratégicos, e o efeito nos resultados das organizações, ainda são um desafio (Meredith and Zwikael, 2020).
A pesquisa tem focado na gestão estratégica de projetos e no papel estratégico dos gerentes de projeto. O interesse acontece pela competição acelerada, as pressões institucionais e as rápidas mudanças tecnológicas. Existe a crença de que o gerenciamento desses projetos se conecta com os negócios, gerando possibilidades positivas para as organizações. Essa implementação do gerenciamento de projetos deve estar mais alinhada com a estratégia empresarial de nível superior (Patanakul and Shenhar, 2012). Dessa forma, o Gerenciamento Estratégico de Projetos está ganhando força, pois está combinando metodologias de projetos e estratégia para impulsionar benefícios dentro das organizações e gerar vantagem competitiva. (Brady and Davies, 2004).
O Gerenciamento Estratégico de Projetos também pode proporcionar à organização identificar e escolher os projetos alinhados com os objetivos estratégicos por meio dos portfólios. Contribui na avaliação, priorização e seleção de projetos de acordo com a estratégia (Martinsuo, and Killen,2014). Apesar destas possibilidades, ainda sabemos pouco sobre os efeitos dos projetos no resultado das organizações, bem como sobre esta escolha de portfólios de projetos estratégicos e como se conecta com a gestão de projetos.
Propomos submissões de estudos que avancem com essa relação entre as estratégias e os projetos. O suporte das diversas abordagens teóricas de estratégia é bem-vinda. Como também, outras abordagens específicas aos projetos e que possam contribuir com esses estudos, por exemplo: Portfólio; Metodologias ágeis e tradicionais; Aprendizagem e Conhecimento; Inovação; Valor Estratégico; Cultura organizacional; Organizações Baseadas em Projetos; Organizações Orientadas a Projetos.
Cláudia Sofia Frias Pinto: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Manuel Anibal Silva Portugal Vasconcelos Ferreira: (Departamento de Gestão e Economia / ESTG - Instituto Politécnico de Leiria)
CRISTINA LELIS LEAL CALEGARIO: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Este tema foca as questões de estratégia global e negócios internacionais. Incluem-se as pesquisas sobre internacionalização, modos de entrada, localização, estratégias e tomada de decisão nas multinacionais, subsidiárias, inovação internacional, fluxos de conhecimento globais, interação entre o ambiente global e as empresas, estudos comparativos em diferentes países, economias emergentes, internacionalização de e para a América Latina, cadeia de valor global, atuação subnacional, as diversas componentes do ambiente internacional de negócios, empreendedorismo internacional, entre outros assuntos, usando as teorias disponíveis. Buscamos também pesquisas que abordem os novos aspetos globais como a internacionalização na era digital, ecossistemas digitais, novas estruturas organizacionais, novos modelos de negócio, (de)globalização, entre outros.
O tema busca trabalhos que abordam assuntos como os seguintes, não estando restrita a estes:
- Estratégias globais e estruturas nas empresas multinacionais.
- Competição global, multinacionais e subsidiárias.
- A produção internacional e a cadeia de valor global.
- Transferência de tecnologia e conhecimento e inovação internacional.
- Como o ambiente internacional (p.ex., cultural, econômico, legal, politico) influencia as atividades, estratégias, estruturas e processos de tomada de decisão das multinacionais.
- A influência do ambiente politico, legal e regulatório na internacionalização e suas disfunções.
- O ambiente institucional e os negócios internacionais.
- A influência do governo e conexões na internacionalização e nas estratégias das empresas globais.
- Decisões de localização internacional e subnacional.
- CEOs, top management team e tomada de decisão nas multinacionais.
- Estudos sobre os modos de entrada (exportação, alianças estratégicas, aquisições).
- Estudos comparativos em diferentes países e ambientes institucionais.
- A internacionalização envolvendo mercados emergentes, multinacionais emergentes e (des)vantagens internacionais.
- Como a transformação digital influencia as estratégias de internacionalização e os negócios das empresas.
- A digitalização e novos modelos de negócio na internacionalização
Jeferson Lana: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
Marina Amado Bahia Gama: (Programa de Mestrado Profissional em Administração - MPA - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Rodrigo Bandeira-de-Mello: (. / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Estratégias de não mercado (NMS) envolvem os esforços de uma empresa nos arranjos políticos, sociais e legais para melhorar seu desempenho. Há uma gama diversificada de estratégias que as empresas usam, por exemplo doações para campanha; formação de coligações; ativismo do CEO, acionistas e stakeholders; boicotes por grupos ativistas; parcerias com organizações não governamentais (ONGs); contratação de atores de não mercado para o conselho de administração e gestão de crises de reputação. Essas estratégias estão evoluindo e novas formas estão surgindo, dada sua importância prática e teórica, faz-se necessário mais estudos focados em sua elaboração e implementação nos países em desenvolvimento e suas consequências para as empresas e bem-estar social. Algumas questões de discussão emergentes são:
a) Como países em desenvolvimento podem se beneficiar de NMS? As estratégias políticas e sociais influenciam mercados e sociedade com a mesma intensidade?
b) Quais os riscos privados e sociais da realização de estratégias políticas? Há mecanismos de controle para que estratégias políticas não visem benefícios pessoais dos gestores às custas dos acionistas?
c) Quais motivadores, táticas empregadas e ganhos e riscos privados e sociais do ativismo do CEO e dos acionistas?
d) Como as características do CEO e dos diretores do conselho moldam as estratégias políticas e sociais e o seu potencial para externalidades positivas ou negativas?
e) Como as relações de parceria entre empresas e ONGs se comportam com o tempo? As empresas mantêm as parcerias ou substituem por ações sociais próprias? Quais os ganhos privados e sociais de ações próprias e colaborativas? Quais os riscos das associações com ONGs?
Essas questões e tópicos relacionados podem ser estudados mediante abordagens conceituais, quantitativas, qualitativas ou métodos mistos, com base em diversas lentes teóricas, como teoria institucional, visão da empresa baseada em recursos, teoria da dependência de recursos e teoria dos stakeholders.
SILVIO POPADIUK: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
SUZANA GILIOLI DA COSTA NUNES: (GESTÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS / UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS)
FERNANDO RIBEIRO DOS SANTOS: (Tecnólogos e Bacharelados / Instituto Federal de São Paulo - Campus Cubatão) - (Tecnólogos / FATEC Praia Grande)
A potencialização dos recursos da firma advém da sua capacidade em promover o melhor trade-of entre o processo de exploitation (explotação) e exploration (exploração) (March, 1991). A compreensão desses dois conceitos relativos à busca e aplicação do conhecimento organizacional – exploração e explotação – envolve a sua conexão com um amplo conjunto de outros elementos que fazem parte de seu modelo ontológico e epistemológico. Ao se especificar mais detalhadamente as características relativas aos dois conceitos, automaticamente contribui para o entendimento do terceiro conceito derivado de ambos, a ambidestria (ambidexterity). Gupta, Smith e Shalley (2006), em análise de artigos publicados no Academy Management Journal, em 2006, avaliaram que os conceitos de exploração e explotação precisam ser discutidos sob diferentes correntes teóricas: inovação tecnológica, design organizacional, adaptação organizacional, aprendizagem organizacional, vantagem competitiva ou sobrevivência organizacional. Para isso, sugere-se a apresentação de trabalhos teóricos e empíricos que contemplem a associação da ambidestria com: capital social, empreendedorismo, capacidade absortiva, transferência de conhecimento, compartilhamento de conhecimento, aprendizagem organizacional, redes, tomada de decisão, inovação, estrutura organizacional, custo de transação, teoria da agência, sustentabilidade.
Benny Kramer Costa: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Depto de Relações Públicas, Propaganda e Turismo da Escola de Comunicações e Artes / USP - Universidade de São Paulo)
EDSON RICARDO BARBERO: (Progr de Mestr Prof em Admin / FECAP - Centro Universitário FECAP) - (Ética em Negócios / FFA - Faculdade FIA de Administração e Negócios)
Thiago de Luca Santana Ribeiro: (Gestão e negócios / FATEC - SP)
Os temas de criação e cocriação de valor tem espaços nos estudos sobre estratégia empresarial e nas práticas de gestão no Brasil e no mundo nos últimos anos, com aplicações em setores específicos da economia e sociedade. Além disso, pode ser considerado por sua relação com o desempenho organizacional, financeiro e não financeiro. Nesse sentido, as trocas entre a organização e seus stakeholders geram ganhos que são apropriados pelos diversos stakeholders criando um ambiente de criação e distribuição de valor para stakeholders que resulta em impactos no desempenho organizacional e na gestão e alocação dos recursos. Nessa perspectiva, estudos que mensuram o desempenho social e financeiro, evidenciando como os recursos são alocados para os diferentes stakeholders e quais as suas implicações tem sido uma temática relevante nas últimas décadas.
A discussão sobre valor é uma questão central na gestão estratégica. Entender como o valor é criado e distribuído pela empresa contribui para explicar diversos resultados organizacionais. Mais especificamente, essa temática discute e avança sobre o conceito de valor e seus desdobramentos no contexto organizacional, assim como a análise dos antecedentes do desempenho, mensuração de desempenho e a relação entre estratégia organizacional, valor e desempenho. Os temas que abordam essas questões incluem:
Criação e cocriação de valor:
- Conceito e tipos de valor
- Teorias de Criação, Cocriação, Distribuição e Apropriação de Valor
- Valor em Uso
- Destruição de Valor
- Valor, Vantagem Competitiva e Competitividade
- Valor em contextos específicos.
Desempenho organizacional:
- Desempenho social corporativo
- Divulgação do desempenho social
- Desempenho financeiro corporativo
- Relação entre desempenho social e financeiro
- Recursos e capacidades organizacionais e desempenho
- Competências organizacionais e desempenho
Marcos Rogério Mazieri: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
André Moraes dos Santos: (Prog de Pós-Grad em Administração - PPGA / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí) - (Prog. de Mestrado Profissional em Gestão, Internacionalização e Logística / UNIVALI - Universidade do Vale do Itajaí)
A pesquisa científica em estratégia tem sido desenvolvida com a dupla abordagem; avanço teórico e os benefícios ou implicações para os praticantes. Ainda não há total clareza sobre como atender a esta dupla abordagem, em parte porque ainda não há tantos artigos tecnológicos (Biancolino et al., 2012). Artigos tecnológicos são artigos científicos em termos de rigor metodológico e de fundamentação teórica, que conduzem a discussões sobre a aplicação de determinado conhecimento da área de estratégia, notadamente aderente aos interesses dos praticantes (Rojo & Walter, 2014). O potencial de disseminação do conhecimento sobre estratégia de um artigo tecnológico é um dos interesses deste tema aqui proposto, envolvendo o desenvolvimento de novos produtos (Wang et al., 2020; Zhan et al., 2020), alcance de competências, relacionamento entre universidade e indústria (Cheng et al., 2020; Kohus et al., 2020), indicadores estratégicos (Lai & Yuen, 2020; Villarreal et al., 2020; الربيعي & أحمد, 2020) entre muitas outras possibilidades que encontram-se fora do campo teórico, mas que são relevantes para a gestão e para a estratégia das organizações. Para tanto, interessam discussões a respeito da forma e do conteúdo dos artigos tecnológicos, adaptação ou desenvolvimento de métodos aderentes aos artigos tecnológicos, definição das seções descritivas sobre a aplicabilidade do conhecimento e da forma como os resultados são discutidos orientados para proporcionar insights, comparações com cenários estratégicos similares além de oferecer artefatos acionáveis e aplicáveis em contextos diferentes ao da pesquisa original (Rosini et al., 2015). Trata-se, portanto, de discutir possibilidades de produção de qualidade internacional de pesquisas aplicadas na área de estratégia, documentadas em forma de artigo tecnológico, rigorosamente construídos, do ponto de vista metodológico e teórico, com alto potencial de disseminação e popularização de conhecimento de estratégia para as organizações, praticantes e para a academia.
João Maurício Gama Boaventura: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Greici Sarturi: (Programa de Pós-Graduação em Administração Pública / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) - (Prog de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Simone Ruchdi Barakat: (Progr de Mestr Prof em Admin / FECAP - Centro Universitário FECAP)
O gerenciamento estratégico das organizações envolve uma ampla gama de stakeholders, os quais são conceituados como grupos ou indivíduos que afetam ou são afetados pela organização na busca por seus objetivos (Freeman, 1984). Entender o relacionamento com esses atores e sua influência em diversos resultados organizacionais tem ganhado destaque na literatura de gestão devido ao seu potencial para criar vantagem competitiva (Barney and Harisson, 2020; Boaventura et al., 2020; Harrison, Bosse and Phillips, 2010). Tendo em vista contemplar os avanços teóricos e empíricos acerca da gestão de stakeholders, o tema aborda estudos que buscam compreender como as estratégias de stakeholders são formuladas e implementadas, como a gestão pode contribuir com as dimensões ESG ao longo de sua rede de stakeholders e como as organizações podem melhorar seu desempenho frente às diversas e, muitas vezes, conflitantes demandas dos stakeholders. As pesquisas nessa temática contemplam diferentes contextos (empresas privadas, organizações públicas e sem fins lucrativos) e níveis de análise (individual, organizacional e institucional) sobre as seguintes temáticas:
- Teoria dos Stakeholders
- Estratégia para Stakeholders
- Cooperação, Envolvimento e Engajamento de Stakeholders
- Stakeholders e Responsabilidade Social Corporativa
- Stakeholders e Governança Corporativa
- Stakeholders e Gestão de Projetos
- Recursos e Capacidades Organizacionais para a Gestão de Stakeholders
- Microfundamentos da Teoria dos Stakeholders
- Rede de Stakeholders
- Valor para Stakeholders
- Desempenho para Stakeholders
Paulo Renato Soares Terra (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
CRISTIANE BENETTI (Mestrado / ICN Business School) - (Conselho / FECAP - Centro Universitário FECAP)
Igor Bernardi Sonza (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
LUIZ EDUARDO TEIXEIRA BRANDAO (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) - (McCombs School of Business / University of Texas at Austin)
JOSETE FLORENCIO DOS SANTOS: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PROPAD/DCA/CCSA / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Daiana Paula Pimenta: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis - PPGCC / UFG - Universidade Federal de Goiás)
O tema Finanças Corporativas tem como objetivo principal promover trabalhos de pesquisa sobre os principais aspectos científicos, teóricos e práticos da administração financeira, abordando a alocação e gestão dos recursos financeiros nas organizações. Incentivamos a submissão de artigos que abordem tópicos relevantes como: decisões de financiamento, investimento e liquidez; política de dividendos, recompra e payout; fusões e aquisições; gestão de capital de giro; projeção de fluxo de caixa, análise de sensibilidade, risco corporativo e capacidade financeira; falência, estresse financeiro e restrições financeiras. Também são bem-vindos trabalhos que envolvam as teorias de agência, assimetria de informação, trade-off, pecking order, divulgação, sinalização, dentre outras.
Vicente Lima Crisóstomo: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Henrique Castro Martins: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
FERNANDA MACIEL PEIXOTO: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Esse tema abrange pesquisas sobre conflitos de agência, práticas de governança corporativa e os aspectos da estrutura de propriedade da empresa. Os conflitos de agência variam desde conflito entre acionista e gestor (modelo principal-agente) até conflitos entre acionistas controladores e minoritários (modelo principal- principal). Os mecanismos de governança corporativa incluem práticas relacionadas, por exemplo, à composição e práticas do Conselho de administração, à diretoria executiva, aos direitos dos acionistas, à divulgação de informação e à resolução de conflitos. Também são estimulados estudos sobre mecanismos externos de governança corporativa e o entorno institucional. Pesquisas sobre características da estrutura de propriedade e a relação destas com políticas da empresa são também contemplados. Aí estão elementos como a identidade dos principais acionistas controladores, a concentração de propriedade, a ausência de acionistas controladores. Sumarizando-se, incentiva-se a submissão de trabalhos que discutam teórica e empiricamente Governança Corporativa e Estrutura de Propriedade. Espera-se que, ao final do evento, o participante/apresentador/debatedor de artigos desse tema tenha capacidade de questionar e aprimorar essa temática, à luz das críticas em curso na literatura nacional e internacional relacionada e das especificidades dos diversos ambientes institucionais.
Claudia Emiko Yoshinaga: (Programa de Mestrado Profissional em Administração - MPA - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Kelmara Mendes Vieira: (Prog de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão de Organizações Públicas / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Este tema inclui (mas não está limitado a) estudos que consideram vieses comportamentais que vão contra a plena racionalidade de investidores e gestores. Há uma discussão acerca da eficiência dos mercados. Essa discussão também ganhou peso por conta do surgimento de bolhas especulativas, como foi o caso da bolha da internet que acometeu o mercado de ações dos Estados Unidos ao final dos anos 90. Mais recentemente tivemos a crise do subprime que trouxe à tona também eventuais dúvidas quanto à eficiência do mercado e quanto aos problemas de assimetria de informação que puderam ser identificados nos mercados mais desenvolvidos do mundo. Exemplos de tópicos: Estudos sobre o comportamento dos agentes; a tomada de decisão e vieses cognitivos; a teoria do prospecto; contabilidade mental; efeito disposição; análise da eficiência e anomalias dos mercados; efeito manada; humor, atenção e experiência do investidor; acesso limitado a informações; pesquisas em neurociências aplicadas a finanças.
angela cristiane santos povoa: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
Newton Carneiro Affonso da Costa Jr.: (PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina) - (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
Em Finanças, o método experimental é relativamente novo, embora tenha uma longa tradição em muitas disciplinas como em medicina, biologia e mesmo psicologia. Experimentos são úteis não só em finanças, mas em áreas como contabilidade e economia, pois permitem isolar e manipular uma variável de cada vez, ilustrando assim seus efeitos causais sem recorrer a técnicas econométricas complexas e imperfeitas para filtrar os efeitos de variáveis omitidas e variáveis não observadas, inconvenientes habituais em dados históricos. Estes problemas podem ser evitados atribuindo aleatoriamente os participantes do experimento a diferentes tratamentos. Salienta-se também que experimentos podem ser realizados não só em laboratórios, como também no campo (field experiment) e mesmo através de surveys com vinhetas (vignette-based study), este último mais comum nos experimentos em contabilidade. Exemplos de tópicos que compõem esse tema seriam: tomada de decisão individual sob diferentes condições de risco, uso da teoria dos jogos na tomada de decisão empresarial, análise do papel da transparência de informações na negociação de ações com diferentes regras de mercado, entre outros tópicos. Enfim, uma grande parte das disciplinas de finanças, contabilidade e economia pode ser foco de algum experimento que analise as relações de causa e efeito entre as variáveis envolvidas.
Andrea Maria Accioly Fonseca Minardi: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
Marcos Antônio de Camargos: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais) - (Mestrado Profissional em Economia / Faculdade Ibmec de Minas Gerais)
Rodrigo Fernandes Malaquias: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
O tema “Investimentos e Apreçamento de Ativos” faz parte da divisão de Finanças. Os seguintes tópicos estão incluídos: avaliação de projetos de investimento; avaliações usando a abordagem de opções reais; investimentos em ativos individuais e carteiras; modelos de apreçamento de ativos (tanto de renda fixa como de ações); avaliação de desempenho de fundos; e avaliação de empresas. Estudos que considerem a abordagem Ambiente, Social e Governança (Environment, Social and Governance – ESG) e seus desdobramentos para a área de investimentos e apreçamento de ativos são bem-vindos. É possível desenvolver, avaliar, testar e propor metodologias de apreçamento de ativos financeiros para os Fundos de Investimento e aos Fundos de Investimento em Índice de Mercado. As metodologias devem ser desenvolvidas de acordo com as características de cada ativo ou grupo de ativos e devem seguir as melhores práticas do mercado. As informações de preços ou fatores a serem utilizados no apreçamento de ativos financeiros devem ser preferencialmente obtidos por fontes públicas para facilitar a replicação. Ademais, como exemplos de trabalhos empíricos, podem-se ter modelos baseados em consumo e visão geral; mercados de ativos contingentes; fronteira média-variância e representações beta; relações entre fatores de desconto, betas e fronteiras média-variância; etc. Também há interesse em estudos ligados títulos bancários (como CDB), a títulos públicos federais (representando a dívida do governo) e a Debêntures (que são títulos de dívida emitidos por empresas).
Anderson Luiz Rezende Mól: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Programa de Pós-grad em Ciências Contábeis / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Pedro Guilherme Ribeiro Piccoli: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná) - (Prog de Mestr Prof em Gestão de Cooperativas - PPGCOOP / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
O tema visa estimular a investigação de alto nível sobre Mercados e Instituições Financeiras no Brasil e no Mundo.
De forma objetiva o tema proposto abriga discussão acerca dos aspectos da integração de mercados, política monetária e estabilidade financeira, canais de transmissão de volatilidade e contágio, regulação de mercados, “corporate banking”, ratings, governança corporativa de Instituições financeiras, concentração de mercados, valuation e desempenho de instituições financeiras, entre outros.
Stricto sensu, o tema se articula sob dois objetivos. O primeiro (1) é substantivo: contribuir com o debate sobre estabilidade financeira, a regulação e integração dos mercados além da gestão e avaliação das Instituições financeiras, viabilizando insights dentro e fora da ortodoxia econômica de forma a produzir uma pauta propositiva à luz do trinômio “Corporate Banking x Regulação x Integração de Mercados”. O segundo (2) é metodológico, e se relaciona diretamente com o objetivo do tema: consolidar metodologias de estudos que permitam a extrapolação do “ceticismo esclarecido” da simples evidência empírica. Em relação ao objetivo (1), estimulam-se investigações que tragam contribuições relevantes do ponto de vista do desenvolvimento dos instrumentos e das instituições financeiras partícipes do Sistema Financeiro doméstico e internacional. Neste contexto, a regulação, integração de mercados e globalização financeira sustentam um ambiente fértil de investigações para além de pautas institucionais clássicas. Políticas monetárias alternativas, reforma e novos instrumentos de regulação oferecem um contexto para produção de reconstruções institucionais comparadas, discutindo a evolução de certos arranjos de governança do sistema financeiro.
Isto posto, o tema proposto visa oferecer um ambiente adequado para a produção e veiculação de investigações de alto impacto sobre os Mercados e Instituições Financeiras.
Leandro Maciel: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
Marcelo Cabus Klotzle: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
ELI HADAD JUNIOR: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
A gestão de riscos corporativos é um processo contínuo, que consiste no desenvolvimento de um conjunto de ações e práticas destinadas a controlar fontes de incertezas que afetam os objetivos, processos e projetos empresariais, nos níveis estratégico, tático e operacional. Objetiva-se, por meio de estratégias de mitigação ou eliminação, a identificação, análise, avaliação, priorização, tratamento e monitoramento de fontes de riscos corporativos, de liquidez, de mercado, operacional, legal. Destaca-se a capacidade do uso de instrumentos financeiros para eficiência e alavancagem organizacional na gestão do risco de mercado, com o uso de derivativos financeiros, atuando como instrumentos de maximização de valor. A gestão de risco favorece os processos decisórios visando o uso de informações particulares das firmas, de seus concorrentes, contextos econômicos nacionais e internacionais, utilização de derivativos para proteção de flutuações inesperadas ou esperadas do preço de mercado dos ativos que compõem carteiras de investimentos ou afetam os resultados das firmas. Esse tema trata da identificação, avaliação, e gestão dos riscos corporativos de forma coordenada, com aplicações práticas e empíricas minimizando o impacto de eventos inesperados e negativos e, permitir a maximização dos resultados esperados para a organização. Os tópicos incluem, mas não se limitam a: identificação do risco e sua análise; instrumentos de gestão de riscos; avaliação de técnicas e gerenciamento de risco de mercado; de crédito e operacional; da adequação às normas para mitigação do risco legal; estratégias de gestão de riscos por meio da utilização dos mercados de commodities, termos, futuros, opções e swaps; apreçamento de derivativos; dentre outros. São esperados trabalhos que contribuam para a temática da gestão de risco e do uso de derivativos de contribuindo a literatura sobre o tema, tendo em vista o avanço nos estudos das finanças no Brasil, mas também suas intersecções com mercados e práticas internacionais.
Fabiano Guasti Lima: (Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade / USP - Universidade de São Paulo)
Flavio Luiz de Moraes Barboza: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
leonardo fernando cruz basso: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
A ciência de dados (CD) tem sido impulsionada pelas inovações tecnológicas e pela geração e armazenamento massivos de informações. De forma abrangente, CD incorpora o uso de métodos científicos que exploram ferramentas estatísticas e computacionais, tradicionalmente utilizadas na teoria e na prática de finanças. No entanto, recentemente, CD passou a ser associada com técnicas voltadas a inteligência artificial, aprendizagem de máquina (AM), big data, etc. Em Finanças, algoritmos de AM estão sendo utilizados em diversas aplicações como, por exemplo, construção de carteiras, estimação de preços, application scoring, migração de risco de crédito, avaliação de churning de clientes, identificação de fraudes, avaliação e prevenção de erros humanos ou de falhas em sistemas, e propensão a aquisição de serviços ou produtos. Resultados de pesquisas acadêmicas têm sugerido que modelos de AM apresentam desempenho superior ao de técnicas estatísticas tradicionais. Os top journals de finanças estão também explorando CD trazendo discussões teóricas respaldadas por análises empíricas por meio de regressões tradicionais como também análises do uso de técnicas que exploram big data e AM. Destaca-se que CD é multidisciplinar e pode contribuir para a integração de finanças com outros campos em administração. Por exemplo, dados de clientes podem ser utilizados para a definição de características de produtos e serviços financeiros e a identificação de clientes mais propensos a adquirí-los são aplicações interessantes para CD. Sob a perspectiva de teoria de finanças, o uso de técnicas mais recentes de ciência de dados pode contribuir na investigação de hipóteses, a partir de uma análise empírica menos restrita pelos modelos usuais de regressão. Finalmente, destaca-se que algoritmos de inteligência artificial estão sendo desenvolvidos e utilizados em praticamente todas as áreas do conhecimento. Portanto, CD tem adquirido um papel estratégico no desenvolvimento e na competitividade corporativa. Particularmente, Finanças tem apresentado evoluções relevantes advindas da exploração dessas técnicas.
Ani Caroline Grigion Potrich: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
Wenner Glaucio Lopes Lucena: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Moisés Ferreira da Cunha: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis/PPGCONT / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (PPGCC / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
A complexidade dos produtos financeiros, serviços e sistemas atualmente disponíveis à sociedade fazem com que os indivíduos necessitem ser capazes de tirar o máximo proveito das oportunidades que estes oferecem, mas também se torna primordial a compreensão dos riscos e das incertezas inerentes aos diferentes produtos e serviços. Por isso, a educação financeira tornou-se uma habilidade essencial para a plena participação na sociedade. Complementariamente, a educação financeira é uma competência crítica no século 21 para os indivíduos, sendo necessária a existência de esforços para o seu aprimoramento, a fim de apoiar o crescimento econômico em qualquer economia mundial. No entanto, apesar de sua importância, vários estudos ao redor do mundo apontam que grande parte da população mundial ainda sofre de analfabetismo financeiro e que medidas para sanar tal problema são urgentes. Ademais, tanto governos de países desenvolvidos, quanto de países emergentes, estão preocupados com o nível de educação financeira dos seus cidadãos, principalmente pelo difícil contexto econômico e financeiro existente e pelo reconhecimento de que a falta de educação financeira é um dos fatores que contribuiu para decisões financeiras mal informadas e com enormes repercussões negativas. Além disso, as evidências indicam que a educação financeira é um fenômeno complexo, multifacetado, direta e indiretamente determinante de outros fatores comportamentais e que se apresenta de maneira distinta em diferentes perfis socioeconômicos e demográficos. Neste sentido, é um tema extremamente atual que vem sendo cada vez mais pesquisado em diversas esferas, o que o torna um importante tema de pesquisa e que vem crescendo ao longo dos anos.
Graciela Dias Coelho Jones: (FACIC/UFU / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Wilson Toshiro Nakamura: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Natalia Diniz Maganini: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Português:
A área temática proposta refere-se a temas contemporâneos abordados pela área de Finanças, que não são contemplados nas demais áreas temáticas da divisão, por se tratarem de assuntos emergentes, ou seja, contemporâneos na área de Finanças, que merecem ser estudados. Como sugestões para submissão de artigos, sem contudo limitar outros temas emergentes, propõe-se os seguintes:
- Finanças Sustentáveis: Finanças Verdes, greens bonds, Rating ESG (environment, social and governance), ODS (objetivo de desenvolvimento sustentável da ONU) e métricas de medição , blended finance, economia circular, crédito de carbono.
- FinTechs
- Inteligência Artificial (I.A.) aplicada a Finanças
- Mercado de Private Equity and Venture Capital (PEVC)
- Criptomoedas: Crowdfunding, blockchain, criptomoeda, ICO( initial coin offer), STO (security token offer)
- Finanças no esporte: Gestão de equipes esportivas profissionais.
A justificativa para a criação dessa área temática está respaldada nos fenômenos que tem permeado o mundo moderno, na nova realidade e no atual cenário proveniente de inovação, novas tecnologias e legislações que impactam de forma significativa a área de Finanças.
LEONARDO AUGUSTO DE VASCONCELOS GOMES (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
José Augusto Lacerda Fernandes (PPGGP/NAEA / UFPA)
Paola Rücker Schaeffer (Programa de Pós-Graduação em Gestão e Negócios - PPGN / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Priscila Rezende da Costa (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Gabriel Marcuzzo do Canto Cavalheiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Henrique Machado Barros:
Fábio de Oliveira Paula: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
O valor das empresas é influenciado pela capacidade de gerar inovações, assim como criar mecanismos efetivos para se apropriar do valor as mesmas (Laursen & Salter, 2014). Dessa forma, a proteção dos ativos de propriedade intelectual (PI) tornou-se primordial na atual sociedade do conhecimento (Castells, 2000; Lall, 2003), sendo o principal mecanismo formal de apropriação de inovações (Hall et al., 2014). Assim, empresas atuantes em setores altamente competitivos precisam construir robustos portfólios de ativos de PI (marcas, patentes, desenhos industriais e direitos autorais), para promover a competitividade (Drivas et al., 2016). Ademais, as universidades brasileiras têm demonstrado um engajamento cada vez maior com PI, sendo atualmente as organizações nacionais com o maior número de depósitos de pedidos de patente. Tendo em vista a crescente importância dos intangíveis e um contexto mais frágil da garantia da PI em países emergentes como o Brasil (Cuervo-Cazurra & Rui, 2017), o estudo deste tema é relevante para o contexto nacional. Ele envolve pesquisas relacionadas à gestão da PI e transferência de tecnologia, incluindo: prospecção tecnológica no campo da PI; monitoramento de tendências em registros de marcas; desafios da PI na transformação digital; avaliação dos impactos de indicações geográficas (IGs); estratégias para a transferência das inovações geradas pelas Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs); avaliação de políticas públicas de estímulo à proteção das criações; gestão de acordos de transferência de tecnologias oriundas das ICTs; avaliação do relacionamento de ICTs com empresas; avaliação de políticas públicas de estímulo à proteção das criações; avaliação da conveniência da proteção e divulgação das criações; atuação de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) e ferramentas tecnológicas de apoio à gestão de PI e transferência de tecnologia. Adicionalmente, este tema também enfoca a análise do impacto da PI sobre ambientes promotores de inovação no setor acadêmico, empresarial, governamental e de organizações sociais.
Claudia Brito Silva Cirani: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROBERTO CARLOS BERNARDES: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Moacir de Miranda Oliveira Junior: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo)
A ascensão dos países em desenvolvimento como centros de inovação e sua nova nomenclatura para mercados emergentes têm ocupado lugar de relevância na agenda de pesquisa sobre estratégias de inovação, de P&D e de transformação digital. Os mercados emergentes têm propiciado às organizações vantagens dinâmicas para explorarem as mudanças digitais e os fluxos de oferta de recursos e conhecimento local, por meio de estratégias orientadas para a gestão da inovação. Pesquisas atuais em mercados emergentes evidenciaram que muitas inovações surgiram de modo pioneiro nestes mercados, em empresas nativas ou subsidiarias estrangeiras locais para, depois, serem comercializadas e adotadas com sucesso nos mercados avançados (Von Zedtwitz et al., 2015; Lee et al., 2020; Ekman et al., 2021). Estudos recentes também exploraram a transformação digital em mercados emergentes e avançados, abordando, especificamente, o impacto das tecnologias digitais nas organizações (Wamba et al., 2018; Alberti-Alhtaybat et al., 2019; Bertello et al., 2020), os recursos e capacidades para explorar a transformação digital com sucesso (Ferraris et al., 2018; Muninger et al., 2019), bem como os aspectos mercadológicos (consumo) e comportamentais (aceitação, adoção e uso de tecnologias), que podem influenciar a transformação digital (Yeow et al., 2018; Tabrizi et al., 2019). Sendo assim, o objetivo deste tema é reunir estudos empíricos e teóricos associados às estratégias de inovação, de P&D e de transformação digital em organizações de mercados emergentes, indicando possíveis tópicos para submissão de artigos, tais como: inovação global, inovação reversa, inovação trickle-up, inovação frugal, internacionalização de startups e empresas digitais, inovação analítica, inovação disruptiva digital, smart digital innovation, gestão de modelos de negócios digitais, interconectividade das plataformas e ecossistemas digitais, uso das tecnologias digitais como estratégia ou recursos complementares, processos de inovação digital que geram propostas de valor mais dinâmicas, capacidades inovativas digitais, aspectos comportamentais da transformação digital, entre outros.
Luciana Maines da Silva: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos) - (Mestrado Profissional em Gestão Educacional / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
John Robert Bessant: (Business School / University of Exeter)
Kadígia Faccin: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
A temática "Inovação Responsável, ESG e Grand Challenges" propõe um olhar aprofundado sobre a interseção crucial entre Inovação Responsável, práticas de ESG e os Grandes Desafios (Grand Challenges) que moldam nosso mundo contemporâneo. Este enfoque unificador destaca a necessidade de uma abordagem holística e ética no âmbito da pesquisa e inovação, promovendo um impacto positivo em múltiplos níveis.
O conceito de Inovação Responsável, originalmente concebido no âmbito do Responsible Research and Innovation (RRI), transcende agora para incorporar os princípios de ESG. Enquanto a responsabilidade na pesquisa e inovação continua a ser uma resposta às preocupações éticas e ao princípio da precaução, a abordagem ESG amplia essa responsabilidade para incorporar considerações ambientais, sociais e de governança. Nesse contexto, examinaremos como a Inovação Responsável pode ser potencializada para contribuir não apenas para o progresso tecnológico, mas também para a sustentabilidade ambiental, equidade social e boas práticas de governança corporativa.
Os Grandes Desafios globais, como delineados pelas Nações Unidas, definem os problemas urgentes que demandam soluções inovadoras e responsáveis. Este tema explora como a Inovação Responsável e as práticas ESG podem ser direcionadas para enfrentar e superar esses Grand Challenges. Desde questões climáticas e escassez de recursos até desigualdades sociais, examinaremos como a inovação pode ser alavancada como uma força transformadora na busca por soluções duradouras.
Ao considerar a inovação como um processo, nosso enfoque se baseia nas dimensões-chave da Inovação Responsável: antecipação, inclusão, capacidade de resposta e reflexividade. Antecipação refere-se à análise proativa dos impactos econômicos, sociais e ambientais. Inclusão destaca a importância de envolver diversas partes interessadas. Capacidade de resposta destaca a flexibilidade diante das mudanças, enquanto reflexividade implica em um compromisso contínuo de avaliar e ajustar as práticas inovadoras.
Ao explorar "Inovação Responsável, ESG e Grand Challenges", este tema busca catalisar discussões e colaborações que impulsionem a pesquisa e a inovação em direção a um futuro mais sustentável, inclusivo e ético. Aceitamos contribuições que explorem e promovam o potencial transformador da inovação responsável diante dos desafios globais e das expectativas crescentes em relação a práticas ESG.
Andrea Aparecida da Costa Mineiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Thiago Renault: (Curso de Mestr Prof em Gest e Estrat/Prog de Pós-Grad em Gest e Est/Inst de Ciênc Soc Aplic - MPGE/PPGE/ICSA / UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
Adriana Ferreira de Faria: (Economia / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Com o advento da difusão de tecnologias associadas ao conceito de indústria 4.0, a dinâmica socioeconômica e empresarial enfrentam modificações (Schwab, 2019). A era da Quarta Revolução Industrial, da Economia Compartilhada e da Inteligência Artificial, começaram a afetar empresas, cadeias de suprimentos e todo o ecossistema. Este novo contexto exige a reformulação do papel dos governos e das instituições como um todo (Schwab, 2019).
Especificamente na dinâmica empresarial, os modelos e políticas regionais de inovação enfrentam mudanças com as tendências tecnológicas, implicando em novas configurações organizacionais (Aranguren, Magro, Navarro & Wilson, 2018). A tradicional metáfora da Hélice Tríplice (HT) formada pelas conexões entre atores das esferas da universidade-empresa-governo proposta por Etzkowitz e Leydesdorff (1995), vem se fortalecendo e incorporando novos modelos de geração de inovação, incluindo a sociedade (Hélice Quádrupla - HQ) e o meio ambiente (Hélice Quíntupla – 5H), como hélices importantes na dinâmica da inovação, especificamente nesse contexto de transformações tecnológicas (Etzkowitz & Leydesdorff, 1995; Carayannis & Campbell, 2009; Carayannis & Campbell, 2011).
As relações entre os atores da HT e Quádrupla refletem na emergência de mecanismos e ambientes de inovação, como as incubadoras de empresas, os parques científicos, tecnológicos e de inovação, os hubs de inovação, projetos de desenvolvimento econômico regional (arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais), entre outros.
Este track estará recebendo artigos nas temáticas abaixo:
- Ambientes de inovação (ecossistemas; incubadoras de empresas; parques científicos, tecnológicos e de inovação; áreas de inovação; distritos de inovação);
- Mecanismos de proteção do conhecimento e transferência de tecnologia (escritórios de comercialização, núcleos de inovação tecnológica, entre outros);
- Sistemas de inovação (nacional/regional) e as abordagens da Hélice Tripla, Quádrupla e Quíntupla;
- O papel da sociedade civil organizada na inovação e no desenvolvimento econômico;
- O papel da universidade no século XXI, universidade empreendedora e
ALSONES BALESTRIN: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Andre Grutzmann: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras) - (Programa de Pós-Grad em Admin Pública - PPGAP / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Giana de Vargas Mores: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin / ATITUS - Atitus Educação S/A)
Os ecossistemas de inovação e empreendedorismo têm ganhado proeminência entre pesquisadores e formuladores de políticas públicas pela capacidade de gerar empregos, riqueza e desenvolvimento tecnológico. Os ecossistemas de inovação (ADNER; KAPOOR, 2010) e empreendedorismo (ISENBERG, 2010) têm raízes históricas na discussão sobre ecossistemas de negócios (MOORE, 1993). Enquanto os ecossistemas de inovação objetivam analisar a criação de valor distribuída entre atores autônomos, mas interdependentes que cooperam (ADNER, 2006), os ecossistemas de empreendedorismo buscam entender como diferentes elementos (infraestrutura, ciência e tecnologia, capital humano, dinâmica de negócios e dinâmica de mercado) se relacionam para impulsionar a atividade empreendedora (ALVES et al., 2019). Desde então, a utilização desses termos cresceu e emergiram críticas com relação à ambigüidade conceitual nas pesquisas, decorrentes essas da variação na definição de limites e níveis de análise dos fenômenos (RITALA; GUSTAFSSON, 2018). Além disso, os conceitos têm recebido críticas pela falta de consistência teórica e de evidências empíricas (GOMES et al., 2018, 2021; OH et al., 2016; SCARINGELLA; RADZIWON, 2017). A diversidade de conceitos e aplicações empíricas que surgem neste âmbito evidencia os desafios teóricos e metodológicos da área e destaca as oportunidades de pesquisas futuras, principalmente em países emergentes. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos que contemplem:
Silvio Bitencourt da Silva: (Mestrado Profissional em Direito da Empresa e dos Negócios / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Luiz Carlos Di Serio: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo) - (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Glessia Silva: (Programa de Mestrado Acadêmico em Administração da Universidade Federal de Sergipe - PROPADM/SE / Universidade Federal de Sergipe - UFS)
Além do cenário nacional, é preciso considerar que a inovação e o empreendedorismo possuem relevância prática e teórica em todo o mundo (BERRY; BERRY, 2018).
Numa perspectiva prática, a inovação é o pilar das economias mais desenvolvidas do mundo, a exemplo da Suiça, em 1º e 5º lugar, da Suécia, em 2º e 8º lugar, e dos Estados Unidos, em 3º e 2º lugar, respectivamente nos rankings de inovação e de competitividade (GII, 2019; WEF, 2019); assim como o empreendedorismo, com aproximadamente 99% de pequenos negócios no mundo (North, 2020) e contribuição desses negócios entre 20% e 50% do PIB na maioria dos países (GEM, 2020) e cerca de 60% dos empregos no mundo (GEM, 2020; SBA, 2019). Ainda assim, tanto economias desenvolvidas como economias em desenvolvimento estão sendo desafiadas a traçarem estratégias voltadas a políticas públicas de inovação e de empreendedorismo mais efetivas e alinhadas com os anseios de seus cidadãos (AUDRETSCH; MOOG, 2020).
Numa perspectiva acadêmica, a literatura internacional que trata de políticas públicas de inovação e de empreendedorismo ainda precisa avançar sobre a efetividade e o contexto que envolve essas políticas (BRAUNERHJELM, 2021), como os discursos por trás das políticas públicas afetam os propósitos de desenvolvimento de cada país (PORTER, 1998; AUDRETSCH; MOOG, 2020), bem como sobre o caráter local dessas políticas no processo de implementação (ROPER, LOVE, BONNER, 2017).
Há diversas contribuições sobre políticas de inovação e de empreendedorismo que precisam ser investigadas e debatidas, para criar subsídios para os formuladores de políticas públicas em um momento em que muitas estão em revisão por conta do seu período de vigência e das perspectivas dos atuais governos para alavancar o desenvolvimento econômico e social de longo prazo, e para os pesquisadores debruçados em avançar na discussão que trata de políticas públicas de inovação e de empreendedorismo.
Edmilson de Oliveira Lima: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
ROSE MARY ALMEIDA LOPES: (N/A / ANEGEPE) - (Vice-Presidência / ANEGEPE Associação Nacional de Estudos de Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas)
Usar a frugalidade (ou fazer muito com pouco) é algo frequentemente empregado como modo de empreender, ainda mais em situações de dificuldade e crise (Kuckertzet al., 2020; Nelson e Lima, 2020; Kwong et al., 2019; Tsilika et al., 2020). Isso implica, entre outras possibilidades, usar bricolagem (Baker e Nelson, 2005) e effectuation (Sarasvathy, 2001; Sarasvathy et al., 2020) – como também informa Fisher (2012) – esta última se também houver limitação dos riscos enfrentados a um nível de perdas aceitáveis (Dew et al., 2009; Iqbal, Ahmad e Halim, 2021; Martina, 2020; Michaelis et al., 2020).
Há muitas possibilidades de se fazer muito com pouco, usando-se a frugalidade. Entre elas, há o uso dos meios ou recursos já disponíveis, com o emprego da efetuação e/ou da bricolagem. Essas formas de empreender podem até mesmo incluir o aproveitamento de recursos fora de padrão, de baixa qualidade, menosprezados por outras pessoas, descartados e/ou reaproveitados (Baker e Nelson, 2005; Sarasvathy, 2001). Na superação de dificuldades e crises (econômicas, de desastre, com pandemia, etc.), podem-se usar também soluções digitais (Allen, 2019) para se fazer muito com pouco. O digital é útil para superar a distância física das pessoas e ampliar o alcance das atividades empreendedoras a baixo custo. Os usos do digital frente a crises são propiciados por effectuation e/ou bricolagem (p. ex. Kuckertz et al., 2020; Khanal et al., 2022), até mesmo em condições de grande pobreza, por contarem com meios tecnológicos baratos e amplamente disponíveis. No geral, a effectuation, a bricolagem e o digital ajudam na resiliência e no desenvolvimento do empreendedorismo e das economias. As variadas formas de superação e resiliência são particularmente necessárias frente a crises para permitirem a continuidade do desenvolvimento de pessoas e organizações (Shepherd, Saade e Wincent, 2020; Thorgren e Williams, 2020; Williams e Shepherd, 2016; Williams e Shepherd, 2018).
Os temas focados nesta chamada de trabalhos têm sua importância e sua necessidade de pesquisa já confirmadas por ampla literatura. Contudo, tal necessidade é particularmente grande no Brasil. Em nosso país, a pesquisa em empreendedorismo e inovação é reduzida nesses temas, precisando de ampliação e aperfeiçoamento.
Nesta chamada de submissões para o Enanpad, serão bem-vindos trabalhos teóricos e empíricos, estudos quantitativos, qualitativos e mistos que podem ser comparações e perspectivas internacionais e apresentar qualquer configuração possível de tratamento de apenas um ou vários dos temas da chamada.
Aurora Carneiro Zen: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Bibiana Volkmer Martins: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Sílvio Luís de Vasconcellos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Esta proposta traz o debate sobre diferentes perspectivas de redes sociais e as implicações da criatividade e do fluxo de conhecimento no empreendedorismo e inovação. Esse tema é crítico para o sucesso de empreendimentos inovadores que dependem de quão bem os atores são capazes de adaptar proativamente suas redes e lidar com as consequências da rotatividade. As redes sociais se desenvolvem a partir de trocas formais e informais entre os atores, sendo fundamentais para que empreendedores e gestores identifiquem novas oportunidades e organizem sua rede de acordo com suas necessidades (JOHANNISSON; HUSE, 2000). A posição de indivíduos e firmas em redes impacta na geração de ideias criativas (WALSH; KNOTT; COLLINS, 2021)e na criação de empresas (STUART; SORENSON, 2005). Estudos sobre redes de empreendedores focam nas suas relações ou laços com outros indivíduos ou organizações, comportando-se como agentes da firma (ANDERSON; MILLER, 2003; BATJARGAL, 2003; SHANE; CABLE, 2002). Seus laços iniciais influenciam as decisões econômicas do novo empreendimento, como resultado de estarem imersas nas relações sociais do empreendedor (GRANOVETTER, 1973). Além disso, laços adormecidos, quando reconectados, podemser fonte de conhecimento e capital social, valiosos (Walter et al., 2015). Esses nós fracos originam informações não redundantes que permitem o desenvolvimento e a diferenciação (GRANOVETTER, 1973), nutrem a criatividade (PUCCIO; CABRA, 2012) e oportunizam a inovação. Assim, este tema congrega estudos teóricos e empíricos que contemplem, por exemplo:
Dinâmica de laços adormecidos e reconectados e o impacto para a inovação das empresas.
Henrique Cordeiro Martins: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
Vânia Maria Jorge Nassif: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Marcelo Amaral: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
A atividade empreendedora e o processo empreendedor apesar de amplamente debatidos e pesquisados, permanecem como objeto de interesse de pesquisadores, profissionais e acadêmicos. Esse interesse diz respeito à ausência de modelos definitivos que possam explicar e orientar a criação de negócios de sucesso. A literatura recente tem enfatizado a importância de se reconhecer a diversidade das iniciativas e do valor dos diferentes tipos de empresas para a construção de um ambiente saudável em termos econômicos, sociais e ambientais (Morris, Neumeyer & Kuratko, 2015), não raro apontando a atividade empreendedora como um processo complexo (McMullen & Dimov, 2013).
Dessa forma, o contexto adquire relevância (Baker & Welter, 2018), como aqueles observados em economias em desenvolvimento, que exibem ausência de cultura empreendedora, falta de disposições legais que fomentem o empreendedorismo, escassez de recursos – como acesso à crédito e financiamento -, além de ausência de cooperação entre empreendimentos locais e organizações âncoras – como universidades e empresas privadas já estabelecidas – o que não contribui para a atividade empreendedora (Cao & Shi, 2020). No caso de regiões periféricas ou que estejam passando por crises econômicas, por exemplo, o empreendedor terá em sua rede social mais íntima, o núcleo familiar, o sustentáculo para o acesso à recursos (Benneworth, 2004), construindo seu empreendimento com “o que quer que esteja em mãos” (Baker & Nelson, 2005, p. 330). Dessa forma, compreende-se que condições macro ambientais irão influenciar a atividade empreendedora, incluindo-se aspectos socioeconômicos e ecológicos (Wiklund, Wright & Zahra, 2019).
Cabe a pesquisa em empreendedorismo, então, debater alternativas e possíveis soluções aos “grandes desafios”, como a pobreza, minorias, desigualdade, poluição, mudanças climáticas, avanço e efeitos colaterais da digitalização e demais questões de intensa relevância atual (Berger, Von Briel, Davidsson & Kuckertz, 2019; Ricciardi, Rossignoli & Zardini, 2021). Mantendo-se o impacto alcançado pela pesquisa em empreendedorismo
Graziela Dias Alperstedt: (Prog de Pós-Grad Profissional em Administração - ESAG / UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina)
Ana Clarissa Matte Zanardo dos Santos: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
Suzanne érica Nóbrega Correia: (PPGA / Universidade Federal de Campina Grande)
Os desafios econômicos, políticos e ambientais da atualidade têm mobilizado diferentes atores em âmbito local, regional e nacional, assim como em escala global. Apesar da aparente consciência sobre os problemas socioambientais vivenciados, poucas análises têm sido empreendidas a respeito de inovações sociais e seus ecossistemas em termos de teorias, características e impactos (PRADEL MIQUEL; GARCÍA CABEZA; EIZAGUIRRE ANGLADA, 2013). A partir de um conceito abrangente de inovação social (DOMANSKI; HOWALDT; KALETKA, 2020), este tema se propõe a discutir as inovações sociais operadas por organizações no contexto urbano. Nesse sentido, busca discutir a inovação social e sua relação com a mudança e a transformação social, a partir de suas consequências em nível local, destacando a perspectiva multissetorial. Interessa a este tema o resultado de pesquisas sobre inovações sociais, ecossistemas de inovação social e suas consequências nas cidades, assim como as respostas coletivas direcionadas à capacidade dos diferentes atores de desenvolver práticas socialmente inovadoras. A abordagem dos Ecossistemas de Inovação Social (EIS), da governança para a sustentabilidade e sua influência na promoção de cidades mais sustentáveis é central nessa agenda de pesquisa e também na prática da inovação social (KALETKA; MARKMANN; PELKA, 2016; ALIJANI et al., 2016; HODSON; KAIKA, 2017; HOWALDT et al., 2018; 2019; ANDION; ALPERSTEDT; GRAEFF, 2020).
O tema convida os autores a submeterem seus artigos sobre os seguintes tópicos, mas não restrito a eles:
- Discussão sobre paradigmas e teorias de Inovação social;
- Experiências de inovação social e ecossistemas de inovação social em cidades;
- Inovação social e Governança para a sustentabilidade;
- Inovações sociais multissetoriais;
- Inovação social e Mudança social;
- Temas relacionados.
Joysi Moraes: (Mestr Prof em Admin/Prog de Pós-Grad em Admin - MPA/PPGA / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Jairo de Carvalho Guimaraes: (Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas (PPGPP) / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
Um dos determinantes do desenvolvimento econômico de um país é seu capital humano e, para tanto, o desenvolvimento de competências empreendedoras tem sido reconhecido pelos sistemas educacionais de muitos países como elemento central na formação desse capital. No âmbito da educação, a competência deve identificar o que uma pessoa necessita para responder aos problemas aos quais será exposta ao longo da vida (Zaballa e Arnau, 2014).
Para desenvolver tais competências, o que se constata é a introdução da educação para o empreendedorismo, da educação básica ao ensino superior, indo além do foco na criação de empresas. No Brasil, a educação para o empreendedorismo, do ponto de vista das políticas públicas, passou a fazer parte da agenda, formalizada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O propósito é providenciar meios para que as pessoas possam desenvolver habilidades e competências que possibilitem sua atuação em atividades cada mais complexas (Almeida e Packard, 2018). Fundamental estar atento ao ecossistema educacional que envolve da promoção de metodologias ativas de aprendizagem, formação de educadores, parcerias universidade-escola para facilitar o processo de ensino-aprendizagem que promoverá o desenvolvimento gradativo de aquisição e habilidades e competências necessárias à vida em sociedade.
Este tema congrega estudos teóricos e empíricos de artigos que examinam, sem exclusão de outras possibilidades no escopo desta chamada:
- Educação para o Empreendedorismo na Educação Básica e no Ensino Superior
- Práticas pedagógicas e organizacionais para o desenvolvimento da educação para o empreendedorismo
- Integração da Educação Profissional e da Educação para o Empreendedorismo
- Desenvolvimento de cursos para formação de educadores para o ensino do empreendedorismo
- Metodologias educativas para o empreendedorismo
- Ambientes de aprendizagem inovadores
- Práticas didático-pedagógicas orientadas ao Empreendedorismo para formação profissional integral
- Estudos e pesquisas sobre Empreendedorismo na Pós-graduação
- Casos de ensino em Empreendedorismo
Bruno Anicet Bittencourt: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
Giancarlo Gomes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Aplic – PPGAd/CCSA / FURB - Universidade Regional de Blumenau)
Lucas Bonacina Roldan: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
A Quarta Revolução Industrial fortaleceu a importância da cultura e das competências técnico, funcional e relacional que devem ser aprimoradas durante todos os anos de estudos. Além disso, as competências genéricas que permitem uma participação bem-sucedida em processos de inovação e empreendedorismo são muito valorizadas. A importância das inovações fica clara, pois as empresas e organizações procuram continuamente funcionários inovadores. As empresas precisam de inovações para criar competitividade e o setor público para produzir serviços de alta qualidade e com boa relação custo-benefício (Keinänen e Kairisto-Mertanen, 2019). Dessa forma, são necessários profissionais que sejam capazes de participar dos processos de inovação e que possam contribuir para a criação de inovações (Hero e Lindfors, 2019). No entanto, “o papel do ensino superior não é apenas formar alunos de graduação para trabalhos futuros, mas também treinar futuros funcionários para realizar tarefas de trabalho, que então geram inovações” (Keinänen e Kairisto-Mertanen, 2019, p. 17). Assim, isso impõe desafios às formas de educar, uma vez que precisamos de mudanças em todas as etapas principais da educação: planejamento, implementação e avaliação dos resultados de aprendizagem (Lappalainen, 2018).
Cada vez mais discussões sobre como preparar pessoas e ambientes para se tornarem mais inovadores e empreendedores vêm ganhando espaço no contexto acadêmico e gerencial.
Nesse track, discutiremos papers centrados em diferentes aspectos de pesquisa relacionados ao lado técnico, funcional e relacional da inovação. Serão aceitos ensaios teóricos e trabalhos empíricos sobre os seguintes tópicos:
Cleidson Nogueira Dias: (Prog de Pós-Grad em Admin – PPGA / UnB - Universidade de Brasília) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Marcelo Fernandes Pacheco Dias: (Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais / Universidade Federal de Pelotas)
Jose Elenilson Cruz: (Agronegócio / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Gestão Pública / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília (IFB))
O agronegócio é um setor economicamente pujante, complexo e diversificado, cujo Brasil tem liderança mundial, como, por exemplo, na produção de soja, milho, laranja, cana-de-açúcar, café, gado e aves (IBGE, 2017) e no abastecimento da população global. Nesse contexto, iniciativas empreendedoras e inovadoras são essenciais para soluções nos níveis da unidade de produção e dos sistemas agroindustriais. O avanço no conhecimento sobre Inovação e Empreendedorismo no agronegócio tem relevância acadêmica e prática, tanto que o SemeAd/FEA/USP abriu espaço exclusivo para esse debate. A ANPAD pode contribuir ainda mais no fomento dessa discussão nos PPGs de administração, contabilidade e afins, bem como nos PPGs de mestrado/doutorado em agronegócios e nos diversos cursos superiores de bacharelado e de tecnologia neste tema.
O objetivo da proposta é contribuir para o avanço do conhecimento nas várias dimensões da inovação e do empreendedorismo no contexto do agronegócio. Para isso, encorajamos contribuições que abordem, mas não se limitem aos seguintes tópicos:
Dennys Eduardo Rossetto: (BBA, M.Sc., and Ph.D. Program in Global Business / SKEMA Business School • Université Côte d’Azur (GREDEG)) - (EGADE Business School / Tecnológico de Monterrey)
Edson Sadao Iizuka: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
O objetivo deste tema é examinar novos métodos, técnicas e processos que permitam o desenvolvimento metodológico de pesquisas no contexto da gestão da inovação e do empreendedorismo. Encorajamos contribuições que explorem a associação de métodos distintos, métodos multi-métodos ou que abordem, mas não se limitem aos seguintes tópicos: (1) Especificidades da gestão da inovação e/ou empreendedorismo para o desenho metodológico e teórico: Como métodos existentes e emergentes podem contribuir para o avanço teórico e analítico para os estudos no campo da Inovação/empreendedorismo? Ou ainda, como novos métodos podem ser aplicados no ensino de inovação e empreendedorismo? (2) Pesquisa Interdisciplinar: Como métodos de outras áreas do conhecimento podem contribuir com os estudos de gestão da inovação e/ou do empreendedorismo? Avanços da ciência cognitiva, de análise, simulação e inteligência computacional que podem ser aplicados ao estudo da inovação e/ou do empreendedorismo; (3) Novas unidades e níveis de análise na gestão da inovação/empreendedorismo: Que tipo de desafios e oportunidades metodológicas existem quando se estudam formas de organização como ecossistemas de inovação ou ecossistemas empreendedores? Como podemos estudar questões de gestão da inovação e/ou de empreendedorismo quando estão envolvidos um grande número de atores ou informações? (4) Questões de mensuração na pesquisa em gestão da inovação e/ou empreendedorismo: Como podemos medir os conceitos aparentemente intangíveis usados na pesquisa em gestão da inovação e/ou em empreendedorismo? (5) Metodologias, técnicas, ferramentas, métricas e impacto prático: Como podemos utilizar métodos que permitam uma melhor comunicação dos resultados para que sejam compreendidos fora da academia? Como podemos combinar métodos de pesquisa rigorosos com relevância prática ao mesmo tempo? (6) Metodologias e técnicas de coleta, limpeza de dados, normalização, processamento e análises para pesquisa e produção científica no campo da inovação e do empreendedorismo.
Simone Vasconcelos Ribeiro Galina: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Organizações - PPGAO / FEA-RP/USP - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo)
Ana Valéria Carneiro Dias: (Mestrado Profissional em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual/ Programa de Pós-Graduação em Inovação Tecnológica / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Iraci de Souza João Roland: (Programa de Mestrado Profissional Interdisciplinar em Inovação Tecnológica / Universidade Federal de São Paulo)
Novos temas relacionados a diversos modos de descontinuidades - como mudanças tecnológicas, interrupções institucionais e desafios globais da sociedade - emergem, comportando-se como alavancas de transformação de setores, geração de novos negócios e novas epistemologias. É importante entender peculiaridades do gerenciamento da inovação (GI) geradas por eles.
● Novos padrões de relações entre ambiente e organizações são estabelecidos, configurando-se em contextos emergentes que impactam o GI. Por exemplo, a relação entre o processo de financeirização e o GI (Lazonick, Mazzucato, 2013) é pouco explorada. Que condicionantes o capitalismo financeirizado aporta para o GI? Ademais, a inovação transformativa possibilita enfrentar desafios globais como sustentabilidade e inclusão (Schot e Steinmueller, 2018), que foram potencializados com a pandemia, levando à alteração do desenvolvimento tecnológico nos sistemas nacionais de inovação (Guderian et al., 2020). Quais são as tendências em políticas para inovação transformativa? Quais são as habilidades necessárias para envolver diferentes atores na inovação transformativa? Como a inovação foi gerenciada para acelerar o desenvolvimento de tecnologias de enfrentamento da pandemia em instituições públicas e privadas?
● A gestão das relações inter e intra-organizacionais demanda maior compreensão para a superação de descontinuidades. Como as organizações superam o desafio da colaboração a longa distância? Como a substituição/sobreposição (Hansen, 2015) influenciam as relações entre parceiros com distâncias geográficas e não-espaciais? Como sustentar mecanismos de interação universidade-empresa com alta intensidade relacional que possibilitem a cocriação de conhecimento (Perkmann et al., 2013; Rossi et al., 2017)?
● Disrupções promovem mudanças nas organizações. Como as organizações desenvolvem capacidades para lidar com tendências tecnológicas? Como compreender o trabalho em atividades de inovação? A ambidestria (Gibson e Birkinshaw, 2004) favorece o GI?
● Epistemologicamente, como abordagens críticas e interpretativas (e.g. inovação como processo e prática complexa e performativa - Garud et al., 2018; Langley et al, 2013) podem contribuir para o GI?
DANIEL PAULINO TEIXEIRA LOPES: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Ana Luiza Lara de Araújo Burcharth: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral) - (Msc. Innovation Management / Aarhus University, Denmark)
Janaina Ruffoni: (Prog de Pós-Grad em Admin/Área Escola de Gestão e Negócios – PPGAdm / UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos)
É crescente o interesse de pesquisadores e praticantes na criação, adoção e desenvolvimento de estruturas, métodos e técnicas de gestão da inovação no ambiente organizacional (Hidalgo & Albors, 2008). A gestão da inovação diz respeito ao modo como as organizações lidam com a criação, difusão ou adoção de inovações.
Ainda que os estudos sobre inovação sejam caracterizados pela interdisciplinaridade, tradicionalmente, o entendimento da gestão da inovação esteve fortemente relacionado à gestão da inovação tecnológica. Contudo, para se compreender as diversas nuanças da gestão da inovação, trabalhos clássicos (Van de Ven, Angle, & Poole, 2000; Joe Tidd, 2001; Utterback, 1994) e recentes (Damanpour, 2020; OECD, 2018; Škudienė, Li-Ying, & Bernhard, 2020; J. Tidd & Bessant, 2018) apontam aspectos que vão do estratégico ao operacional, do incremental ao disruptivo, da concepção à mensuração, do fechado ao aberto, além de modos de lidar com inovações que vão das tecnológicas às não tecnológicas. Para Silva, Bagno, and Salerno (2014, p. 488) a gestão do processo de inovação deve ir além da representação visual de um modelo, devendo estar calcadas em “bases conceituais sólidas acerca de seus limites, objetivos, contexto competitivo e estratégico, e parâmetros organizacionais”.
Em meio ao surgimento de modelos, ferramentas e métodos de apoio aos processos decisórios em inovação, o objetivo deste tema é revelar diferentes perspectivas e abordagens da gestão da inovação e suas implicações no ambiente organizacional. Trabalhos no tema podem incluir abordagens conceituais e empíricas, tanto quantitativas como qualitativas, sobre:
- Ferramentas emergentes de gestão da inovação in-house e aberta, em contextos privados e públicos, resultando em inovação tecnológica, gerencial e/ou social;
- Integração da gestão da inovação às estratégias e aos processos decisórios nos mais variados arranjos organizacionais;
- Visão comparativa da aplicação de ferramentas de gestão da inovação em geografias, setores e portes de organização diversos.
Simone Sehnem (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNOESC - Universidade do Oeste de Santa Catarina) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Fernando Luiz Emerenciano Viana (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UNIFOR - Universidade de Fortaleza)
Maciel Manoel de Queiroz (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Paulo Renato de Sousa (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Cyntia Meireles Martins: (ISARH / UFRA-UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA) - (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Luciel Henrique de Oliveira: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) - (Gestão de Negócios / UNIFAE - SP)
Alvany Maria dos Santos Santiago:
A economia circular (EC) pressupõe a adesão a modelos de negócios que permitam contribuir para a circularidade de materiais ao longo das cadeias de produção. A intenção é reter valor por meio da retenção dos recursos nas cadeias de suprimentos, no mesmo ciclo ou em ciclos diferentes. Quanto menor o ciclo para reintroduzir o material na mesma cadeia de suprimentos ou em outra, maior é o valor que se retém. Seguindo essa prerrogativa os 10Rs ilustram as potencialidades de retenção de valor dos recursos, por meio das práticas de recusa, redução, reutilização/revenda, reparo, renovação, remanufatura, reutilização com nova função/propósito, reciclagem, recuperação de energia e re-extração de recursos. Para que essas práticas se tornem viáveis e possíveis nas organizações, requer-se o engajamento dos diferentes atores, a integração da inovação e das premissas da circularidade na estratégia e nas operações das organizações. Isso demanda uma cultura organizacional alinhada com os preceitos da economia circular. Além de demandar novas métricas não financeiras para mensuração dos níveis de circularidade, a necessidade de gestão pautada por valores éticos, sociais e ambientais. Dessa forma, o tema proposto se subdivide em distintos tópicos para a EC, detalhados a seguir: Antecedentes e barreiras. Práticas. Transição do modelo linear para o circular. Modelos de negócios. Alternativas comerciais circulares. Dimensão social. Reformulação de produtos e cadeias de suprimentos. Modularização e aproveitamento em cascata. Reutilização de produtos, componentes e materiais. EC e comunicação com o mercado. Cidades sustentáveis e EC. Indicadores de desempenho e avaliação. Ecossistemas industriais. Mudanças institucionais e Políticas Públicas rumo à EC. Eco-design. Redução. Reuso. Reciclagem. Reclassificação. Renovação (energias renováveis). Custo de fabricação. Competências. Liderança. Inovação. Modelagem, simulação, modelos de decisão e técnicas de pesquisa operacional para EC. Transições tecnológicas e de sustentabilidade. Integração da EC com a Indústria 4.0, Transformação Digital e tecnologias emergentes.
Claudia Terezinha Kniess: (Prog de Pós-Grad em Admin/Curso de Mestr em Admin – PPGA/CMA / UNISUL - Universidade do Sul de Santa Catarina)
Kumiko Oshio Kissimoto: (Administração / Unifesp)
Claudia Aparecida de Mattos: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
A Transformação Digital (TD), por meio da utilização de tecnologias digitais tem sido apontado como o responsável por grandes mudanças no âmbito organizacional e social (Majchrzak et al., 2016; Vial, 2019). No contexto organizacional, empresas devem buscar remodelar a sua forma por meio da utilização das tecnologias digitais, com foco na inovação, melhoria da produtividade e redução de custos (Chanias, Myers & Hess, 2019; Hess et al., 2016). Para obter sucesso na jornada de TD, as organizações integram à sua estratégia aspectos relacionados a tecnologias digitais, planejamento e sistemas da Indústria 4.0 (Mokgohloa, Kanakana-Katumba, & Maladzhi, 2020)
A transformação digital possui um papel significativo no desenvolvimento sustentável e tem um grande impacto na gestão sustentável das organizações. Para acelerar o progresso em direção aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda 2030 da ONU (UNSDN, 2017) é crucial usar todo o potencial dessas transformações, com cooperação digital ativa e interações entre pesquisadores e formuladores de políticas.
A gestão sustentável é a organização de todo o processo de aplicação de inovação para alcançar a sustentabilidade, redução de resíduos, responsabilidade social e uma vantagem competitiva por meio da aprendizagem e do desenvolvimento contínuo, abraçando metas e estratégias que são totalmente integrados como os objetivos e estratégias da organização (HADEN; OYLER; HUMPHREYS, 2009).
Nesse sentido, esta proposta de tema, na área de Gestão de Operações, tem como objetivo discutir a contribuição da transformação digital na gestão sustentável das organizações. As contribuições de trabalhos são bem-vindas nos tópicos a seguir, mas não limitados a esses:
Marcos Lopez Rego: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Luciano Ferreira da Silva: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Projetos/PPGP / UNINOVE - Universidade Nove de Julho)
Leandro Alves Patah: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
O tema “Gestão de projetos: processos, pessoas e tecnologias” contempla estudos, pesquisas e trabalhos acadêmicos relacionados à unidade de análise denominada “projeto”, o qual pode ser definido como um esforço temporário para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo, realizado em uma organização ou em um conjunto de organizações, com limitações de prazo, recursos e com um escopo definido. Sua importância pode ser destacada pela necessidade das organizações, públicas ou privadas, implementarem adequadamente seus projetos com o intuito de cumprirem os objetivos estratégicos que deram origem aos mesmos. A partir desse entendimento são propostas três vertentes de estudos em projetos. A primeira delas refere-se aos processos usados para governança e gerenciamento de projetos, tanto com abordagens preditivas quanto com abordagens ágeis. A segunda vertente trata das pessoas, incluídos os gerentes de projetos, equipes, clientes e outras partes interessadas. A terceira linha trata de tecnologias associadas à gestão de projetos.
Seguem os subtemas de interesse: Projetos como organizações temporárias; Metodologias de gestão de projetos; Ferramentas e técnicas de gestão de projetos; O gerente de projeto; Gestão estratégica de projetos; Maturidade em gestão de projetos; Programas e portfólios de projetos; Desempenho, benefícios e sucesso de projetos; Projetos internacionais; Megaprojetos; Governança e estruturas organizacionais para projetos; Escritórios de projetos; Gestão do conhecimento e Lições aprendidas em projetos; Ensino e treinamento em gestão de projetos; Tecnologias da Indústria 4.0 e projetos; Abordagens ágeis e híbridas; Projetos no setor público; Organizações baseadas em projetos; Casos em projetos: projetos culturais, sociais, ambientais, ajuda humanitária; Projetos históricos; e Sustentabilidade e gestão de projetos.
Dafne Oliveira Carlos de Morais: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / FEI - Centro Universitário da FEI)
Gustavo Picanço Dias: (Programa de Pós Graduação em Gestão Pública - MPGP-UFPI / Universidade Federal do Piauí - UFPI)
Marilia Bonzanini Bossle: (PROFNIT - Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul - IFRS)
A gestão de operações deve ir além da sua perspectiva tradicional de eficiência e produtividade, considerando aspectos sustentáveis, incluindo pautas ambientais, sociais e de governança. A pandemia da Covid-19 consolidou e potencializou essa demanda (Patrucco e Kähkönen, 2021), assim como as condições climáticas adversas, fechamento de portos, oscilação cambial e instabilidade política (Sarkis et al., 2020) que afetam sobremaneira as operações.
Aliado a isso, a digitalização (Barbieri et al., 2021; Bai et al., 2021) impacta diretamente a produção de conhecimento em operações sustentáveis e dialoga com temas já consolidados. Por exemplo, um novo olhar para a ética entre os membros da cadeia de suprimento (Beske e Seuring, 2014); o aprofundamento sobre as questões sociais (Yawar e Seuring, 2017; Morais e Silvestre, 2018; Modak et al., 2020); a demanda por modelos de gestão mais transparentes (Marshall et al., 2016; Marques et al. 2021); barreiras à sustentabilidade em operações e cadeias de suprimento, como a corrupção (Silvestre et al., 2018; Silvestre, Viana e Monteiro, 2020); e as tensões e paradoxos da sustentabilidade (Pagell et al., 2020; Govidan et al., 2021; Zehendner et al., 2021).
Assim, considerando os temas mencionados, destacam-se os tópicos:
Sérgio Castro Gomes: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Gleimiria Batista da Costa Matos: (Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração / UNIR - Universidade Federal de Rondônia)
Armando Fornazier: (Agronegócios / UnB - Universidade de Brasília)
Os tópicos para submissão podem ser relacionados a:
- Impactos da gestão econômica e financeira da rede de suprimento nos relacionamentos entre fornecedores e clientes;
- Logística reversa, práticas sustentáveis de produção e agregação de valor;
- Pequenos negócios e certificação em cadeias de base primária;
- Extrativismo sustentável e segurança alimentar, inserção em mercados globais;
- Cooperação, coprodução e colaboração entre agentes econômicos de arranjos produtivos, Sistemas interconectados, soluções integradas, vida saudável
- Estruturas de governança, custos de transação, políticas públicas e impactos socioambientais em cadeias produtivas de base primária;
- Mudanças ambientais e climáticas na produção e na rentabilidade dos produtores de produtos florestais madeireiros e não-madeireiros;
- Nexus FEW (segurança alimentar, energética e hídrica); energia de biomassa, redes sociotécnicas, biodiversidade, biomas brasileiros, arranjos extrativistas e produtivos sustentáveis;
- Inovação/tecnologia/negócio social, interdisciplinaridade, educação transformadora e sustentável.
Marcelo Martins de Sa: (Faculty of Business and Law - Newcastle Business School / Northumbria University) - (MBA Executivo Internacional / Saint Paul Escola de Negócios)
Carla Roberta Pereira: (Department of People and Organisations - FBL / The Open University Business School (United Kingdom))
Priscila Laczynski de Souza Miguel: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Turbulências nos mercados globais e locais oferecem oportunidades inovadoras para melhorar nosso campo de conhecimento. Nosso objetivo é discutir e buscar soluções para os desafios atuais, principalmente no que diz respeito à gestão de operações e cadeia de suprimentos, por meio do debate sobre os caminhos para enfrentar grandes rupturas, promover respostas rápidas, e redução das vulnerabilidades em diferentes indústrias. Este objetivo pode ser alcançado por meio da adaptação de tecnologias existentes e/ ou adoção de novas, inovações nas organizações e cadeia de suprimentos, melhorias nos mecanismos de governança, entre outros. Assim, esperamos receber pesquisas que possam beneficiar a adaptação ou criação de ambientes mais resilientes, que proporcionem o fortalecimento de organizações e suas cadeias produtivas no que diz respeitos aos aspectos econômicos, sociais, ambientais, tecnológicos e de governança. A diversidade de questões e tópicos recomendados do ponto de vista de como melhorar a gestão de risco e resiliência em organizações e cadeias de suprimentos podem incluir, entre outras:
Dércio Bernardes de Souza: (Programa de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração / UNIR - Universidade Federal de Rondônia)
Veridiana Rotondaro Pereira: (Mestrado Profissional em Enfermagem / Faculdade Israelita Albert Einstein)
Renata Corrêa Nieto: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
A importância dos serviços vai além dos setores de serviços tradicionais (por exemplo, saúde, hotelaria, transporte, etc.), uma vez que muitas empresas industriais têm investido em uma gama mais ampla de serviços para aumentar sua vantagem competitiva. Assim, a pesquisa em serviços cresceu e ganhou periódicos específicos, como Journal of Service Research, Journal of Services Management, Journal of Service Theory and Practice, Service Science e The Services Industries Journal. Na gestão de operações, pesquisadores exploram as nuances da operação de serviços. Somam-se a isso os desafios postos por inovações e novas tecnologias (por exemplo, IoT, inteligência artificial e robótica) que vêm transformando operações de forma geral e alterando formas de prestação de serviços. Este tema explora aspectos relacionados à gestão de operações de serviços, inovação e a relação entre ambos os conceitos. Nos interessam estudos em organizações que atuam nos mercados Business-to-business (B2B) e Business-to-consumers/usuários (B2C), seja na esfera pública ou privada.
Incentivamos a submissão de trabalhos relacionados a diferentes tópicos, incluindo:
- gestão da experiência de serviço
- gestão da qualidade, produtividade e desempenho em serviços
- cocriação, coprodução e participação do cliente nas operações de serviço
- logística e suprimentos para serviços
- recuperação de serviço
- Inovação de processo, produto e serviço
- Desenvolvimento de novos produtos e serviços
- Competências voltadas para a inovação
- Aplicações de novas tecnologias à indústria e serviços
- infusão em serviços, servitização, servitização digital e sistemas produto-serviço
- novas tecnologias em operações de atendimento e tecnologia de autoatendimento
- operações de serviços empresariais intensivos em conhecimento (KIBS) e serviços business-to-business (B2B)
- modelos de gestão adaptados aos serviços públicos
Mauro Vivaldini: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Marcio Cardoso Machado: (Programa de Pós-Graduação em Administração / UNIP - Universidade Paulista)
Gin Kwan Yue:
Pesquisas relacionadas com o aumento da produtividade e da qualidade em gestão de operações tornam-se importantes para a discussão da estratégia e gestão operacional. Nesse sentido, o tema discutirá questões relacionadas com as estratégias de manufatura, onde projetos e implementação de sistemas e processos voltados para o aumento e melhorias da produtividade e da qualidade, partem da utilização de novas tecnologias. Questões relacionadas com a criação de valor em processos produtivos a partir da eliminação de desperdícios utilizando ferramentas e técnicas de lean manufacturing, assim como o controle da variabilidade na produção, com base na metodologia six sigma, podem ser exemplos de resultados de pesquisa em produtividade a serem discutidos nesse tema. Também serão objeto de discussão nesse tema assuntos relacionados à incorporação da qualidade em produtos, processos e serviços. Desta forma, pesquisas sobre a implementação de sistemas de gestão da qualidade, sistemas integrados de gestão podem ser objeto de estudos de interesse para o tema Produtividade e Qualidade. Aceitamos artigos sobre estratégia e gestão de operações, bem como sobre princípios e técnicas de excelência operacional. O tema de gestão de operações produtivas está aberto a diversos métodos de pesquisa, incluindo modelagem, estudos qualitativos e quantitativos.
Os tópicos potenciais para submissão podem incluir (mas não limitado a esses):
• Estratégia de Operações
• PCP, Lean, Six Sigma e Indústria 4.0
• Drivers, facilitadores, barreiras e desafios dos sistemas de gestão da qualidade.
• Capturar o impacto das relações colaborativas em sistemas de gestão de qualidade baseados em dados.
• Estratégias para o envolvimento de recursos humanos dentro das organizações para sistemas de gestão de qualidade digital
• Operações logísticas e de cadeia de suprimentos.
• Integração de Sistemas de Gestão (e.g. ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001).
Helio Arthur Reis Irigaray (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Anelise Rebelato Mozzato (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm/FEAC / UPF - Universidade de Passo Fundo) - (Programa de Pós-Graduação em Envelhecimento Humano / UPF - Universidade de Passo Fundo)
Jefferson Rodrigues Pereira (Programa de Mestrado Acadêmico / Centro Universitário Unihorizontes) - (Graduação / FDC - Fundação Dom Cabral)
Milka Alves Correia Barbosa (FEAC / Universidade Federal de Alagoas) - (PPGDides / Universidade Federal do Vale do São Francisco)
Anderson de Souza Sant Anna: (Mestrado Profissional em Gestão para a Competitividade - MPGC - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Flávia de Souza Costa Neves Cavazotte: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Juliana Mansur: (Mestr Prof em Admin Pública / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas) - (Mest Executivo em Gestão Empresarial / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Nos últimos 30 anos e, em especial, a partir dos anos 2000, a pesquisa sobre o tema Liderança cresceu expressivamente (Carton, 2021; Day et al., 2021; Gardner et al., 2020). Em essência, liderar envolve direcionar, alinhar e mobilizar pessoas (Kotter, 2001) e a liderança é especialmente importante quando grupos, organizações e sociedades precisam lidar com desafios adaptativos (Heifetz, Grashow, & Linsky, 2009). Nas últimas décadas, novos paradigmas, teorias e visões sobre o fenômeno da liderança se desenvolveram, passando de uma perspectiva que se concentra na figura do líder (seus traços, estilos e comportamentos), para um fenômeno mais dinâmico, relacional, compartilhado, que envolve diferentes mecanismos e loci de liderança (Hernandez et al., 2008).
O tema, portanto, se direciona a fomentar a produção, debate e discussão de estudos, pesquisas e discussões em torno do fenômeno da Liderança, tendo por base as dimensões societal, organizacional e individual. O escopo envolve, também, espaço para a discussão de perspectivas teórico-metodológicas e conceituais que sejam direcionadas ou que extrapolem o mainstream dos estudos sobre o tema,
Dentre o conjunto de tópicos e subtópicos incluem-se estudos teóricos e empíricos abrangendo abordagens clássicas e emergentes, liderança e perspectivas críticas, relações entre liderança e poder, relações de poder nos espaços de trabalho, liderança e cultura, liderança e revolução 4.0, liderança e identidade, liderança e gênero, liderança e sustentabilidade, liderança e equipes, liderança e demais elementos do comportamento humano e organizacional, assim como liderança e terceiro setor, liderança e administração pública, desenvolvimento e emergência da liderança, competências em liderança, liderança e educação, liderança e novas configurações organizacionais, liderança e complexidade, liderança e economia digital, liderança e incerteza, liderança no contexto pós-pandemia (COVID-19) e liderança no contexto do trabalho remoto.
Luis Felipe Dias Lopes: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Diva Ester Okazaki Rowe: (Núcleo de Pós-Grad em Admin – NPGA / UFBA - Universidade Federal da Bahia)
Ana Paula Moreno Pinho: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
O objetivo da discussão proposta nesse tema é favorecer o contato com discussões atuais no campo dos estudos organizacionais nas dimensões que abarcam o indivíduo, o grupo e organização. Diante de um campo tão vasto, diversificado e fragmentado, vários recortes são possíveis. Desse modo, propõe-se discutir e refletir sobre alguns fenômenos e processos organizacionais que constituem objeto de intenso interesse acadêmico e profissional no atual contexto de mudanças no mundo do trabalho e analisar como a diversidade individual impacta na construção da qualidade do relacionamento entre trabalhadores e organizações.
Assim, a partir da temática do comportamento organizacional, são propostos alguns subtemas mais comuns e que ainda são objeto de interesse dos pesquisadores: a) Motivação e satisfação; b) Percepção e Tomada de decisão; c) Comunicação; d) Poder (autoridade e autonomia); e) Conflitos no trabalho; f) Cultura Organizacional; g) Valores (pessoais, profissionais, no trabalho, organizacionais); h) Comprometimento, vínculos no trabalho, entrincheiramento; i) Justiça organizacional; j) Ética; h) Equipes de trabalho; i) Emoções no trabalho; j) Ferramentas e instrumentos de medida do comportamento organizacional.
Mario Teixeira Reis Neto:
Jorge Filipe da Silva Gomes: (Other / ISEG, Universidade de Lisboa)
Bruno Henrique Rocha Fernandes: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
A gestão de pessoas está passando por grandes mudanças e seus desafios nas organizações exigem adequação aos novos tempos. Nesse cenário, o presente tema se propõe a acolher:
Simone Costa Nunes: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
FLAVIA LUCIANE SCHERER: (Prog de Pós-Grad em Admin/Centro de Ciências Sociais Humanas – PPGA/CCSH / UFSM - Universidade Federal de Santa Maria)
Felipe Gouvêa Pena: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes)
No contexto contemporâneo de maior movimentação internacional, no qual se verifica maior mobilidade de profissionais, a gestão internacional de recursos humanos se mostra como demanda crescente nas organizações. Como exemplos, podemos pensar na necessidade de critérios para a escolha de quem será enviado ao exterior a fim de suprir demandas de transferência de conhecimento; como a família de um expatriado deve participar do processo de transferência internacional; quais apoios são necessários à minimização de dificuldades de adaptação à nova realidade, no exterior; quais são as políticas de expatriação e repatriação da organização; e, quais são os aspectos legais que envolvem o trabalho fora do país de origem. Esses são apenas alguns dos desafios com os quais a área de recursos humanos se depara em processos de internacionalização e transferência de profissionais. Assim, são sugeridos os seguintes temas: O contexto legal, político, econômico, social e cultural, em diferentes países, e a influência na gestão internacional de recursos humanos; Cultura Organizacional e práticas de gestão internacional de recursos humanos em diferentes países e setores; Fusões, Aquisições, Internacionalização e Gestão de Recursos Humanos; Programas de global mobility em organizações brasileiras; As políticas de global mobility durante a pandemia da Covid-19; Políticas e práticas de gestão de recursos humanos voltadas à internacionalização; Expatriação e repatriação de executivos, profissionais técnicos e operacionais; Práticas organizacionais que contribuem para a adaptação intercultural; Processos organizacionais e a global mobility; Alinhamento internacional em Gestão de Pessoas; A gestão da diversidade em empresas multinacionais; Processos de aculturação dos expatriados e suas famílias; Programas de retenção e valorização de profissionais internacionais; Apoio organizacional às famílias de expatriados; A carreira internacional e seus múltiplos desafios; Formação e desenvolvimento de lideranças globais; Soft e hard skills em profissionais com carreira internacional; Tendências e desafios da área de gestão internacional de recursos humanos.
Ana Carolina Kruta de Araújo Bispo: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão Pública e Cooperação Internacional / UFPB - Universidade Federal da Paraíba)
Cristina Lourenço Ubeda: (PPGAdS - Programa de Pós-Graduação em Administração e Sociedade / UFSCAR - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS) - (Administraçao Bacharelado / UFSCar)
Lana Montezano: (MPAP e EGEN / IDP (INSTITUTO BRASILEIRO DE ENSINO, DESENVOLVIMENTO E PESQUISA)) - (Pesquisa / Laboratório de Inovação e Estratégia em Governo - LineGOV|UnB)
Espera-se trazer discussão de pesquisas teóricas e empíricas acerca das competências, gestão por competências e aprendizagem, inclusive com diferentes abordagens metodológicas e recortes temporais de pesquisa.
A perspectiva da gestão por competências contempla estudos que abordam a visão geral ou pelo menos uma das etapas da gestão por competências (ex: diagnóstico e prognóstico de competências, desenvolvimento de competências, provimento de competências, avaliação de desempenho por competências, recompensa por competência, certificação de competências, trilhas de aprendizagem de competências).
Estudos acerca das competências em suas diferentes dimensões, tipologias, níveis de gestão e profissões são contempladas no escopo deste tema.
Na perspectiva da aprendizagem, espera-se estudos sobre práticas e processos de aprendizagem, tanto na perspectiva formal quanto informal, em diferentes contextos. A discussão acerca dos desafios e possibilidades de estratégias de aprendizagem que envolvam a natureza das pessoas e suas múltiplas diversidades e relações também fazem parte do escopo da temática.
Assim, espera-se que sejam apresentados estudos os quais considerem as possibilidades e os desafios para o estudo das competências, mensuração de efeitos da aprendizagem, competências ou gestão por competências na esfera pública, privada e das organizações do Terceiro Setor como um todo. Investigações que contemplem perspectivas diferentes para os níveis de análise das competências e aprendizagem - multinível, organizacional, equipe, individual.
Frente ao contexto de pós-pandemia de COVID 19, dos imperativos da transformação digital e dos fatores ESG, as reconfigurações das relações profissionais desencadeiam o desenvolvimento de competências e aprendizagens. Neste tema, também são esperados o estudo das variáveis que influenciam a percepção/expressão das competências, estudos comparados de implantação da gestão por competências em diferentes organizações, de modelos de maturidade da gestão por competências, avanços das práticas vinculadas ao modelo de gestão por competências, diferentes perspectivas sobre aprendizagem para
Elza Fátima Rosa Veloso: (Prog de Mestr Prof em Gestão de Negócios - MPGN / FFA - Faculdade FIA de Administração e Negócios) - (Pós graduação lato sensu - CCSA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Leonardo Nelmi Trevisan: (Prog de Estudos Pós-Graduados em Admin / PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Silvio Roberto Stefani: (PPGADM PPGDC / Universidade Estadual do Centro-Oeste) - (Portugal / Atlântico business school)
O contexto atual do trabalho, permeado pelos efeitos da globalização e dos crescentes avanços tecnológicos, influenciam a gestão de carreira de diferentes maneiras. Porém, a consciência das pessoas quanto às transformações do mundo do trabalho nem sempre evolui na mesma velocidade em que disrupções digitais se apresentam.
Outra questão, também essencial, é a convivência dos diferentes mundos do trabalho que estão em diferentes estágios, ou velocidades, de absorção de uma cultura digital em suas realidades profissionais. Um desses estágios está na realidade vivida por trabalhadores envolvidos em atividades de rotina, desde a linha de produção, até o redator de contratos de textos repetitivos. Neste contexto, a percepção da “presença híbrida” da robótica como ameaça ao trabalho humano ocupa diferentes fases. Não é diferente no trabalho de perfil criativo, cognitivo ou persuasivo no que se refere à “presença híbrida” da inteligência artificial para ocupar espaço dos trabalhadores, de forma cada vez consistente.
Nesse contexto, diversos questionamentos se apresentam: Como valores organizacionais convivem com a presença híbrida primeiro da robótica e depois da inteligência artificial? As definições geracionais conhecidas resistem como às pressões da inteligência artificial no reescrever das funções e atividades? O desenvolvimento de competências, com acelerada obsolescência programada, se adequa de que forma à visão de que carreira é propriedade do indivíduo?
Considerando esse cenário e diversas discussões sobre tecnologia e gestão de pessoas, amplamente divulgadas tanto no meio acadêmico quanto na esfera profissional, convidamos pesquisadores a submeterem seus artigos, considerando possibilidades associadas aos seguintes temas:
Ana Heloisa da Costa Lemos: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Angela Beatriz Busato Scheffer: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Filipe Augusto Silveira de Souza: (Programa de Mestrado Profissional em Administração - MPA - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
O aprofundamento dos processos de globalização, mudança tecnológica, reestruturação organizacional e mobilidade do capital contribuiu para a reconfiguração do mercado de trabalho (Adamson, Doherty & Viney, 1998). A proliferação de arranjos alternativos de trabalho, o aumento do desemprego e do subemprego concorreram para a polarização e precarização crescentes do trabalho (Callanan, Perri & Tomkowski, 2017). Mudanças verificadas nas dimensões cultural e individual, por sua vez, sinalizam uma nova relação da mão de obra com o trabalho, levando um contingente crescente de indivíduos a buscar se engajar em uma relação mais significativa com suas carreiras (Sullivan & Al Ariss, 2021).
Estas mudanças impactaram o modelo tradicional de carreira, retratado como linear, estável e ascendente. Novos modelos de carreiras, unidos pelo foco na dimensão individual, foram propostos para compreender a maior complexidade das trajetórias profissionais, como as carreiras sem fronteiras (Arthur, 1994), proteana (Hall & Mirvis, 1996), caleidoscópica (Mainiero & Sullivan, 2005) e sustentável (De Vos, Heidjen, & Akkermans, 2018). Ainda que se mantenham o foco central na agência, as duas últimas modalidades estenderam esse foco às dimensões gênero e espaço social/tempo, em linha com a preocupação crescente, nos estudos de carreira, da valorização dos múltiplos contextos que influenciam as trajetórias profissionais.
Alternativamente, surgem perspectivas que tendem a valorizar as condicionantes externas das carreiras (Pringle et al., 2020), por intermédio de um movimento de (re)apropriação de abordagens sociológicas como Institucionalismo, a Teoria da Prática e o Interacionismo Simbólico, em que as carreiras são utilizadas como meio de compreensão das complexas interações entre indivíduo, organização e sociedade. Valoriza-se, entre outros aspectos, o impacto no processo de construção de carreira dos marcadores sociais, como classe, etnia, gênero e raça (Mayrhofer et al., 2007).
Ivan Beck Ckagnazaroff: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Lilian Bambirra de Assis: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Kamila Pagel de Oliveira: (Mestr em Admin Pública / FJP - Fundação João Pinheiro)
Diante do quadro decorrente da fragilidade fiscal e da pandemia do COVID-19, que tem de um lado implicações sociais,econômicas caracterizadas por aprofundamento da desigualdade social, aumento de demandas relacionadas a saúde; e de outro lado, marcado por restrições financeiras que afetam a gestão de pessoal, este tema busca tratar com questões e iniciativas de gestão de pessoas que tratam das condições de trabalho, do modo de gestão, de lideranças e de políticas e iniciativas voltadas para tal área em contexto de desafios complexos. O serviço público atualmente convive com dois extremos em gestão de pessoas. Em uma mesma organização é possível encontrar processos ultrapassados e práticas modernas de gestão de pessoas. Segundo Longo (2007), por mais importantes que sejam as mudanças legais, as reestruturações organizacionais e a modernização tecnológica não são suficientes para alterar o funcionamento das organizações públicas. Segundo Gaetani (2010), apesar do discurso reformista reivindicar profissionalização da gestão pública, com mudanças no sistema de recrutamento e seleção, nas políticas de cargos e salários, etc, a preocupação primordial sempre foi diminuir a folha de pagamentos e o downsizing.
Vários modelos de gestão de pessoas podem existir nas instituições públicas até hoje, ao considerar que a implementação dos modelos normalmente não estão consolidados. Skorková (2016) aponta que as funções gerenciais podem ser similares e genéricas entre os setores público e privado, porém as condições nesses dois ambientes são bem distintas. Adicionalmente, desafios ainda maiores se colocam para a gestão de pessoas no setor público, quando observado o contexto da área especialmente devido à COVID-19, a instabilidade política, reforma do Estado, entre outros. Discutir as políticas e práticas e debater como as organizações públicas vêm se organizando em sua gestão de pessoas, torna-se fundamental para contribuir com a sociedade e com os desafios diários
Ludmila de Vasconcelos Machado Guimaraes: (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais) - (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Jefferson Lopes La Falce: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
Renato Koch Colomby: (Programa de Pós-Graduação em Ambientes Saudáveis e Sustentáveis / IFPR - Campus Palmas) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Baseado em três eixos principais (Trabalho, Organizações e Subjetividade), a proposta deste tema é avançar nas discussões sobre o trabalho e suas articulações com as dinâmicas micro (sujeito) e macro (social). Nesse sentido, o trabalho, articulador dessas instâncias, pode ser visto a partir de duas perspectivas: 1) como sentido vital e potencial emancipador compreendido para além de uma ocupação, fundamental na estruturação da identidade, da subjetividade e da saúde do sujeito e que, ao mesmo tempo, permite a construção do laço social e suas articulações com o real; 2) como meio de subsistência, exploração, convertido de uma atividade vital em algo estranhado, alienado, marcado pela desrealização do ser social, precarização e perda do sentido mais amplo da vida. Considerando a centralidade ontológica do trabalho, ao se articular organizações e subjetividade, é preciso observar as perspectivas ideológicas, sociológicas, psicológicas, políticas, legais e econômicas para se compreender os impactos do trabalho e do não trabalho nos eixos aqui descritos. Da mesma forma, deve-se ponderar o avanço da precarização estrutural do trabalho que empurra o sujeito a ocupar lugares cada vez mais precários, desafiando, assim, os últimos suspiros das promessas de realização e de emancipação pelo trabalho.
Convidamos aos interessados a dialogar, trazendo discussões que transitem dentro da problemática proposta, mas não limitado aos seguintes tópicos:
Prazer e Sofrimento no trabalho.
Clínicas do trabalho.
Saúde e adoecimento mental: exaustão, estresse, burnout e suicídio.
Violência no trabalho, assédio moral e sexual.
Impactos da plataformização e gestão algorítima do trabalho.
Controle e resistência no trabalho.
Alcoolismo e outras drogas.
Precarização, modos de trabalhar e suas consequências.
Trabalho, suas múltiplas dimensões e sua indissociabilidade com as diferentes esferas da vida.
Contratos psicológicos.
Trabalho prescrito e real.
Relações de poder no trabalhado.
Métodos e metodologias de intervenção no trabalho.
Cartografias psicossociais do e sobre o trabalho
Thiago Soares Nunes: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
JESUINA MARIA PEREIRA-FERREIRA: (PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (PPGA) / UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA)) - (PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO (PPGA) / UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA))
Suzana da Rosa Tolfo: (Programa de Pós-Graduação em Psicologia / UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina)
As transformações sociais, econômicas, nas relações de trabalho e as imposições feitas aos trabalhadores pelas organizações somadas a pandemia da Covid-19 trouxeram impactos positivos e negativos ao contexto de trabalho (OIT, 2021; OMS, 2018), tendo como consequências o aumento das exigências mentais de ordem cognitiva, emocional e psicossocial (GLINA; ROCHA, 2010) e adoecimento dos trabalhadores (OMS, 2018).
Estratégias e gestão hostis são reinventadas e praticadas, e possuem potencial para causar danos à saúde física e mental do trabalhador, além do consequente adoecimento nas suas mais diferentes formas. Além de serem temas ainda pouco explorados na literatura, as organizações tendem a naturalizar a violência e os elementos que afetam a saúde e o adoecimento no trabalho (MINAYO; ASSIS, 2017; CHAPPELL; DI MARTINO, 2006), buscando cercear os processos de resistência do indivíduo, (tidos como comportamentos contraproducentes do ponto de vista organizacional), que foi ameaçado, agredido e hostilizado (FERREIRA et al., 2011).
Desse modo, convidamos trabalhos empíricos ou teóricos, de diferentes abordagens epistemológicas e metodológicas, que procuram fomentar e avançar no conhecimento sobre tais temas e outros correlatos, a saber: qualidade de vida no trabalho; saúde física e mental no trabalho; adoecimento no trabalho (síndrome de burnout, ansiedade, depressão, estresse, além das doenças físicas); violência no trabalho (assédios moral e sexual, intimidações e coerções, incivilidade, etc.); acidente e suicídio decorrentes do trabalho; retaliação nas organizações; injustiça organizacional; processos de violência e resistência, dentre outros.
Andrea Leite Rodrigues: (Prog de Pós-Grad em Gestão de Políticas Públicas/Escola de Artes, Ciências e Humanidades - EACH / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Silas Dias Mendes Costa: (Mestrado Interinstitucional em Administração UFPE/UFRR / UFRR - Universidade Federal de Roraima)
Tereza Cristina Batista de Lima: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Considerado uma atividade central que estrutura a vida dos indivíduos, o trabalho passou adquirir diferentes sentidos ainda mais em tempos de intensificação da flexibilização e terceirização sustentadas pelo discurso da empregabilidade e gestão da própria carreira. Por isso, sentido do trabalho tem sido, reiteradamente, objeto de pesquisa.
A discussão sobre o tema também abarcou os novos formatos de regulação do trabalho, os contratos temporários, horários flexíveis, redução de jornada e teletrabalho (RODRIGUES e al. 2017)
Explorar esta conversa inédita, a partir de diferentes ontologias e epistemologias, entre sentido do trabalho, identidades sociais (visíveis ou invisíveis) e contextos organizacionais (estruturas, processos, práticas e políticas das organizações) contribuirá para um melhor entendimento e avanço da discussão não só sobre o tema em questão, mas também sobre os processos organizacionais de inclusão e exclusão, prazer e sofrimento, e, no limite, qualidade de vida no ambiente de trabalho e suas relações com produtividade.
Possíveis tópicos para submissão:
Jair Nascimento Santos: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UNIFACS - Universidade Salvador) - (Administração / UNEB)
Fabricio Stocker: (Mestr Prof em Admin Pública / FGV/EBAPE - Fundação Getulio Vargas - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas)
Alice de Freitas Oleto: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Entendemos que os estudos sobre diversidade nos ambientes de trabalho têm privilegiado o olhar colonizador, androcêntrico, branco, rico, heterossexual, jovem e belo. Neste sentido, consideramos que cabe à academia iniciar um movimento de decolonização das identidades (sociais) e políticas de diversidade instrumentais adotadas pelas organizações. Para tal, é preciso que tomemos consciência da omnipresença de um "sistema manipulado" de injustiças sociais e culturais, que são economicamente determinadas e estruturadas (Reich, 2020).
Assim, o objetivo deste GT é promover o debate sobre todas as formas de desigualdades nas relações de trabalho e nas políticas públicas para as diferentes dimensões da diversidade, bem como numa economia política global, também do reconhecimento e da análise dos “rastros” deixados pelo período escravista e pela sociedade patriarcal, sexista e homofóbica, nas práticas de gestão das pessoas nas organizações.
Neste GT aceitamos trabalhos empíricos e ensaios teóricos que partam de qualquer premissa ontológica e se valham de qualquer escolha epistemológica, visto que identidades diversas nas esferas organizacionais representam desafios para a gestão e podem levar a ideologias defensivas em relação à diferença, com o culminar em práticas excludentes e a atribuição de identidades "culturais" ou "funcionais" que se cristalizam em distinções essencialistas baseadas em gênero, raça, etnia, cor da pele, doença mental, cultura, religião, idade, estética, (in) capacidades (físicas, mentais, sensoriais, psicossociais, intelectuais), orientações afetivo-sexuais, país ou região de origem, classe social ou situação organizacional. A experiência da exclusão muitas vezes se manifesta em atos simbólicos ou explícitos de marginalização ou violência que perpetuam um ciclo de privação de direitos e o surgimento de movimentos sociais baseados na identidade que exigem reconhecimento oficial e reparação. Embora cada um dessa identidades reflita a sua própria história de lutas e mobilizações, elas compartilham interesses em emancipação coletiva e contém um potencial para alianças transversais num movimento contra-hegemônico generalizado.
Heliani Berlato: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Angela Christina Lucas: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas)
Fernanda Versiani de Rezende: (Curso de Mestr Acadêmico em Admin - CMAA / FNH - Centro Universitário Unihorizontes) - (Graduação Administração / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
A proposta é discutir a situação atual dos estudos em torno de conquistas e desafios vivenciados por mulheres e homens quando se equaciona carreira e vida pessoal. Dado que a temática de gênero faz luz a essa discussão, o grupo de trabalho também pretende ampliar o olhar para as interseccionalidades que tocam a mulher e chamar à discussão os conceitos de feminilidade e masculinidade.
A participação da mulher no mercado de trabalho é cada vez mais estudada. Na área da administração encontramos diversos estudos sobre mulheres que chegaram aos primeiros escalões, discussões sobre o fenômeno Glass Ceiling em relação a esta categoria profissional (Mota-Santos, Tanure, Carvalho Neto, 2014), e em relação às empreendedoras (Mota-Santos, Carvalho Neto, Versiani, Caeiro e Martins, 2016), além de aspectos que tratam a perspectiva de profissionais mais maduras e em processo de envelhecimento.
Logo, o interesse desta proposta é aglutinar pesquisas e práticas, de caráter transdisciplinar, que problematizam as questões relacionadas ao trabalho e a vida pessoal de mulheres e também de homens. Espera-se reunir pesquisadores e pesquisadoras que tratam destas discussões com enfoque também nas questões de gênero levando em conta antigos e atuais impasses e desafios.
Entender o gênero como elo de duas partes permite refletir a respeito do quebra-cabeça social que constrói posições e papéis nos quais os homens, como categoria universal são vistos com determinados comportamentos (Carmo, 2010) e as mulheres com comportamentos geralmente opostos (Medrado & Lyra, 2008).
Ao falar de gênero, é comum referirmos ao feminino e ao masculino. Infelizmente aprendemos a agir de acordo com as prescrições de cada sexo e ainda encontramos padrões estereotipados em que o feminino se relaciona apenas às mulheres e o masculino apenas aos homens.
Não podemos esquecer a fluidez que existe ao falarmos de gênero. Souza et al
Kely Cesar Martins de Paiva: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Diego Costa Mendes: (Mestrado Profissional em Administração Pública - PROFIAP / UFV - Universidade Federal de Viçosa) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFV - Universidade Federal de Viçosa)
Darcy Mitiko Mori Hanashiro: (Programa de Pós-Graduação em Administração de Empresas - PPGA / Mackenzie - Universidade Presbiteriana Mackenzie)
Não é novidade afirmar que o mundo do trabalho apresenta composição cada vez mais diversa. A heterogeneidade da força de trabalho apresenta para os campos do trabalho, do comportamento humano e da gestão de pessoas vastos enfoques de investigação, incluindo-se estudos que relacionem e interseccionem o fator idade e/ou geracional com outros construtos nas relações sociais no trabalho. Uma geração pode ser compreendida como um grupo que compartilha — além do período de nascimento e de idades próximas — eventos históricos, políticos e sociais significativos em suas existências e que podem ser associados ao desenvolvimento humano e à existência de alguns padrões de referência. A literatura aponta que indivíduos de faixas etárias diversas tendem a se comportar de modos peculiares, demarcando distintas formas para adentrar, permanecer e/ou sair do mundo do trabalho, espelhando particularidades nos comportamentos de trabalhadores jovens, adultos e mais velhos nos espaços laborais. Assim como as juventudes são diversas, as experiências de trabalhadores mais velhos em processo de aposentadoria também demarcam vivências que precisam ser melhor investigadas, compreendidas e gerenciadas. Levando-se em conta, também, outras interseccionalidades — como gênero, cor de pele/raça, orientação sexual, orientação religiosa, orientação estética —, tais particularidades tendem a aumentar e a se constituir fatores complicadores do ponto de vista social e, assim, de gestão. Tais questões demandam, seguramente, um papel mais ativo das organizações e da gestão de pessoas, no sentido de uma maior participação e responsabilização no que se refere aos desafios compreendidos nos processos de inserção, manutenção e de saída do mercado de trabalho de trabalhadores de diferentes faixas etárias.
Assim sendo, este tema busca estimular debates, desenvolvimento de pesquisas e aprofundamento dos conhecimentos a respeito da diversidade etária da força de trabalho e das múltiplas gerações no ambiente laboral, bem como discussões que relacionem tais temáticas com outras correlacionadas.
Laura Alves Scherer: (Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGA / UNIPAMPA - Universidade Federal do Pampa)
Aline Mendonça Fraga: (Mestr e Dout em Admin / UCS - Universidade de Caxias do Sul)
Janaina Maria Bueno: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão Organizacional - Mestrado Profissional / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Propomos discutir a(s) (i)mobilidade(s) relativas ao trabalho vivenciadas por pessoas e organizações na contemporaneidade. Vivemos na era das mobilidades (CRESSWELL, 2006; HAAS; CASTLES; MILLER, 2020; FREITAS, 2009; RODRIGUEZ; MEARNS, 2012), embora estruturas e contextos produzam estratificações, e atributos individuais limitem ou expandam movimentos.
Por um lado, pessoas e organizações vivenciam a mobilidade internacional e cruzam fronteiras para negócios. Por outro, disputas de poder impulsionam pessoas a movimentos para sobreviver ou buscar trabalho (BAUMAN, 1999; CHANLAT; DAVEL; DUPUIS, 2013).
O impacto da tecnologia nas (i)mobilidades também vem modificando modos de trabalhar e a relação vida-trabalho (HISLOP; AXTELL, 2007). Os vínculos veem-se mais fluidos, envoltos na coexistência entre imobilidade geográfica e mobilidade digital, a exemplo do home-office.
Destacam-se marcas de (i)mobilidade social relacionadas ao trabalho (CRESSWELL; DOROW; ROSEMAN, 2016) nas desigualdades de acesso ao ensino superior, desemprego, flexibilização e precarização que exigem novas formas de trabalhar, resistir, empreender e se (re)inventar.
Embora tais contextos possam ser considerados transformações laborais, a pandemia de Covid-19 veio desvelar desigualdades e desafios e nos fez questionar se as consequências serão tão fugazes quanto seu imperativo, se a escolha de manter-se móvel ou imóvel se tornará um privilégio ou se seus efeitos deixarão marcas profundas no contexto ora conhecido.
São esperadas pesquisas teóricas e empíricas, com diferentes matizes epistêmicas, sobre os tópicos sugeridos (mas não limitados a estes) nas perspectivas:
Geográfica - (Auto)Expatriação. Executivos(as) globais. Mobilidade acadêmica/cultural/religiosa. Fuga de cérebros. Intercâmbio. Turismo voluntário. Refúgio. Migrantes internos/econômicos/ambientais.
Tecnológica – Trabalho/Migração/Nomadismo digital. Teletrabalho. Invasões do office no home: espaço doméstico x laboral, desafios para paternidades/maternidades/configurações familiares.
Social - Espaços sociais de circulação. Territórios. Expressões de resistência e resiliência. Empreendedorismo. Inserção/transição no mercado de trabalho. Barreiras de classe,
Deise Luiza da Silva Ferraz: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Janaynna de Moura Ferraz: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte) - (Prog de Pós-Grad em Serviço Social - PPGSS / UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
O tema pretende agregar pesquisadoras/es marxistas que se dediquem ao estudo do desenvolvimento das forças produtivas, das relações sociais e os desdobramentos para a classe trabalhadora. Espera-se análises sobre desenvolvimento de tecnologias físicas, sociais e de gestão que apreendam as particularidades da exploração dos trabalhadores/as no atual estágio das relações de trabalho. Especificamente, por relações de trabalho, entende-se toda e qualquer relação decorrente do fato gerador trabalho, desde as concretudes dos processos de controle do/a trabalhador/a às distintas formas assumidas pelo assalariamento (novas e velhas formas de efetivação do contrato de trabalho - implícitos e explícitos, legais ou ilegais); as práticas empreendedoras; a plataformização do trabalho; a escravidão moderna; as subjetividades próprias de consentimentos, resistências, lutas, etc.;a produção das manifestações de doença-saúde e das múltiplas opressões. Se as formas de produzir os meios materiais de reprodução da vida correspondem às relações sociais, partir de investigações sobre o trabalho - e/ou voltando a ele - possibilita refletir sobre uma infinidade de particularidades do sistema moral, jurídico, estético enquanto meios de reprodução das explorações-opressões e como obstáculos à constituição de uma consciência de classe necessária à emancipação das classes. Não é nosso intuito debater o desenvolvimento de técnicas de aperfeiçoamento do controle do processo de trabalho em prol do capital, ao invés disso, faz-se necessário sujeitar tais técnicas à reflexão sobre suas reais e contraditórias contribuições para o desenvolvimento humano.
São bem-vindos ensaios e artigos empíricos que discutam:
Arnaldo José França Mazzei Nogueira: (Mestr Prof em Empreendedorismo - MPE/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Prog de Estudos Pós-Graduados em Admin / PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo)
Marcia Cristiane Vaclavik: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (PROFNIT / IFRS - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul)
Rodrigo Bombonati de Souza Moraes: (PROFIAP - Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública / UFG - Universidade Federal de Goiás)
As manifestações das transformações laborais, a partir dos deslocamentos provocados pela necessidade de inovação constante, relacionam-se com mudanças organizacionais, desafiando os sistemas de regulação e as relações de trabalho (RTs). Seus efeitos sobre as RTs pedem pesquisas para além dos estudos clássicos (condições laborais, negociação coletiva sindicatos-empresas, flexibilização e (des)regulamentação). Estes temas coexistem com os emergentes, abrindo-se para estudos teóricos e empíricos, qualitativos e quantitativos nos níveis macro, meso e micro. Há necessidade de exame das mudanças e permanências existentes, dos novos modelos de organização e gestão de pessoas, do papel dos sistemas de relações de trabalho (SRTs) no bem estar social e no processo civilizatório. As novas tecnologias, inovações organizacionais e reestruturações na indústria, serviços e comércio introduzem e refletem um contexto de flexibilidade laboral e das organizações. A Internet das Coisas (IoT), Inteligência Artificial (AI), Indústria 4.0 e novas configurações da uberização e gig economy desafiam as pessoas e suas profissões. O futuro do labor e do mercado de trabalho está em xeque. A pandemia, parte desse contexto, altera a organização do processo produtivo, o mercado de trabalho, formas de contratação, cadeias produtivas globais e a própria divisão internacional do trabalho. A análise das dinâmicas atuais das RTs e sua complexidade requer lentes analíticas diversas e visão estratégica, crítica e inovadora. Convidamos a comunidade acadêmica a submeter artigos sobre os tópicos abaixo (não limitados a eles), no Brasil e outros países:
- Estudos comparados sobre transformações do trabalho;
- Inovações em RTs e mercado de trabalho: empreendedorismos, indústria 4.0, IoT, AI, gig economy, startups e unicórnios;
- Mudanças impostas pela pandemia, como transição digital e trabalho em home office;
- Imbricações entre transformações digitais, gestão de pessoas e RTs;
- Reformas trabalhistas, sindicalismo e acordos coletivos nas novas organizações do trabalho e seus impactos nos SRTs.
Jorge Brantes Ferreira (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Ana Augusta Ferreira de Freitas (Programa de Pós-Graduação em Administração / UECE - Universidade Estadual do Ceará)
Evandro Luiz Lopes (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing) - (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Ricardo Limongi França Coelho (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAdm / UFU - Universidade Federal de Uberlândia)
Leonardo Nicolao: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
Stefânia Ordovás de Almeida: (Programa de Pós-graduação em Administração – PPGAd / PUCRS - Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul)
O estudo do comportamento do consumidor abrange todos os processos envolvidos quando as pessoas selecionam, compram, usam ou dispõem de produtos, serviços, ideias e experiências para atenderem suas necessidades e desejos. O tema Comportamento do Consumidor é sempre atual, pois como consumidores, somos constantemente expostos a novas formas de consumo e também influenciamos as estratégias de marketing das empresas. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, a diversificação dos canais e das plataformas digitais, a quantidade de fatores que influenciam as decisões de consumo cresceu substancialmente. Consequentemente, a demanda por pesquisas que analisam os antecedentes e consequentes do comportamento do consumidor é enorme. Os estudos que envolvem essa temática buscam analisar os fatores que permitem a compreensão do comportamento de compra dos consumidores e suas implicações na formulação da estratégia da empresa e também de políticas públicas. As pesquisas nesse tema também buscam discutir as principais perspectivas da análise do consumidor, envolvendo os aspectos socioculturais, as diferenças individuais e as etapas do processo de decisão de compras. Dessa forma, este tema abrange estudos teóricos e empíricos que resultem de pesquisas do tipo levantamento, modelos correlacionais, experimentos e estudos exploratórios. Também inclui estudos que explorem os determinantes individuais do comportamento do consumidor. Além disso, incluam, mas não exclusivamente, estudos sobre motivação, personalidade, atenção, percepção, busca de informações, processo de decisão de compra, afeto, formação e mudança de atitudes.
Helena Belintani Shigaki: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Otávio Bandeira De Lamônica Freire: (Prog de Pós-Grad em Admin/Faculdade de Economia, Admin e Contab – PPGA/FEA / USP - Universidade de São Paulo) - (Programa de Pós-Graduação em Turismo/Escola de Artes, Ciências e Humanidades - PPGTUR/EACH / USP - Universidade de São Paulo)
Marcos Inácio Severo de Almeida: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGADM / UFG - Universidade Federal de Goiás)
Este tema recebe trabalhos interdisciplinares com relação à aplicação de métodos científicos para transformação de dados em conhecimento de marketing analítico. As decisões baseadas em dados mercadológicos estão intrinsicamente interligadas às teorias da área, perpassando a preparação e análise de dados de forma fácil e ágil no contexto mercadológico, monitoramento e gerenciamento de modelos para otimização da tomada de decisão, bem como a automatização de decisões e análises do impacto no negócio no mercado que, com os avanços, científicos e tecnológicos, tem se apresentado cada vez mais competitivo. Nesse sentido, o tema Data Science, Inteligência Artificial e Marketing Analytics recebe trabalhos com as seguintes aplicações analíticas: Big Data, Aprendizagem de Máquina Supervisionada e Não-Supervisionada, Clusterização, Análise Fatorial e Análise de Correspondência, Inteligência Artificial, Deep Learning, Redes Neurais, Séries Temporais Univariadas e Multivariadas que envolvam aplicações em diversos campos mercadológicos, tais como serviço, varejo, marketing empreendedor, entre outros. Os trabalhos devem ser organizados de acordo com os seguintes eixos temáticos: (a) a relação de estratégias de marketing com métricas de desempenho; (b) a relação homem-máquina em contextos de marketing, como vendas, comportamento do consumidor, entre outros; (c) efetividade de sistemas de recomendação; (d) os limites e discussões éticas acerca da proteção e uso de dados em pesquisas científicas e de mercado; (e) ensaios teóricos que proporcionem discussão a respeito da aplicação de diferentes métodos científicos em Data Science, Inteligência Artificial e Marketing Analytics.
Luís Alexandre Grubits de Paula Pessôa: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Ana Raquel Coelho Rocha: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGAd / UFF - Universidade Federal Fluminense)
Este tema inclui discussões integradas com a perspectiva teórica da Consumer Culture Theory (CCT), uma tradição de pesquisa interdisciplinar que tem contribuído para o conhecimento sobre cultura do consumidor (em todas as suas heterogêneas manifestações) e gerado achados empiricamente fundamentados e inovações teóricas relevantes para um amplo público das disciplinas de ciências sociais, da arena das políticas públicas e dos setores empresariais. Nesse sentido, o tema contempla estudos ou ensaios que busquem explorar o consumo - discursos, significados, sócio materialidade, influências, práticas – a partir de uma abordagem multidisciplinar. Articula áreas de conhecimento tais como Antropologia, Filosofia, Sociologia, História, Linguística e Comunicação Social. Como exemplos, podem ser citadas as investigações que buscam compreender o consumo e as questões relativas a gênero, estética, regionalidades, construção e manutenção de identidade social, diferenças culturais e sociais, tribos urbanas, diferentes tipos de coletividades de consumidores, redes, anticonsumo e resistência, nostalgia e memória relacionadas ao consumo ou ao comportamento do consumidor.
Marlon Dalmoro: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul)
João Felipe Rammelt Sauerbronn:
Daniel Carvalho de Rezende: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFLA - Universidade Federal de Lavras)
Este tema visa ampliar a interconexão entre o conhecimento do campo de marketing e a noção de mercado. Prevalente nas discussões do campo de marketing até 1960, essa interconexão tem voltado à tona diante do reconhecimento do papel que o mercado - sua produção e suas dinâmicas - possui na teorização e prática de marketing. O interesse no tema envolve pesquisadores inicialmente conectados com as perspectivas socioculturais do consumo, do marketing industrial e do macromarketing, bem como da sociologia e antropologia econômica. A perspectiva ontológica que dá forma aos estudos de mercado envolve desde concepções estruturalistas do mercado, da prática, culturais, da teoria dos sistemas até ontologias planas como a Teoria Ator-Rede. Contempla, assim, estudos ou ensaios que abordam 'mercado' - a partir das mais diferentes perspectivas teóricas e metodológicas - como elemento central. Envolve estudos conectados com perspectivas emergentes na descrição dos mercados, como a de estudos construtivistas de mercado, mercado enquanto prática, exercício de agência e modelagem dos mercados, sistemas dinâmicos de mercado, entre outros. Contempla, também, estudos de mercados a partir de diferentes níveis de análise (macro, meso e micro), das noções de sistemas agregados de marketing, das instituições e processos institucionais envolvendo mercados e da intersecção entre mercados e sociedade. Como exemplos, possíveis discussões neste tema envolvem, entre outras, a descrição das dinâmicas que moldam um determinado mercado, formatação de mercados, análise de mercados alternativos, conflitos e papel de diferentes atores na constituição de mercado, estrutura, regulação e institucionalização dos mercados, processos de mercantilização, explicações culturais, sociológicas, históricas e antropológicas para os mercados.
Eduardo Eugênio Spers: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc Sup de Agricultura “Luiz de Queiroz” - PPGA/ESALQ / USP - Universidade de São Paulo)
Elder Semprebon: (PPGADM UFPR / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Felipe Zambaldi: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
O tema Teoria, Epistemologia e Métodos de Pesquisa em Marketing já é oferecido como opção para submissão de trabalhos no EnANPAD por muitos anos. Uma de suas contribuições principais é a de ser um espação para a submissão de artigos que discutam e reflitam ao mesmo tempo a essência da área acadêmica de marketing, quanto proponham novas sugestões de teorias, modelos e metodologias que devam ser exploradas pela área de marketing em artigos futuros. Engloba tanto estudos que exploram tanto o desenvolvimento e aplicação de novos métodos de pesquisa qualitativos e quantitativos em marketing, bem como a contribuição para o desenvolvimento da teoria e epistemologia em marketing. Este tema inclui estudos sobre as novas opções metodológicas em estudos de marketing, desenvolvimento e testes de propriedades de escalas, construção de novos modelos teóricos e modelos de previsão e de simulação. Também abrange discussões metodológicas e epistemológicas sobre usos de métodos qualitativos em marketing. Contempla estudos que busquem o entendimento dos fenômenos em marketing associados às diferentes realidades brasileiras, integrando contribuições teóricas e metodológicas não apenas de outras áreas da administração, mas também de outros domínios de conhecimento. Por fim, este tema inclui discussões de bases epistemológicas que permeiam a construção de Teorias em Marketing. Trata-se de um tema já existente na divisão de marketing e que permite não só testar ou propor inovações e melhorias metodológicas e teóricas, mas também uma reflexão sobre a produção atual e as tendências das pesquisas de marketing realizadas no contexto nacional e internacional. São bem-vindos todos os tipos de estudos que envolvam a coleta e a análise de dados qualitativos e quantitativos, resenhas, bibliometrias e ensaios teóricos e conceituais.
ANA MARIA MACHADO TOALDO: (Prog. de Pós-Graduação em Administração/PPGADM / UFPR - Universidade Federal do Paraná)
Juliano Domingues da Silva: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Heitor Takashi Kato: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
Este tema de pesquisa relaciona estratégias e atividades de marketing como inputs e o desempenho mercadológico como principal(is) output(s). Por inputs entende-se todo o esforço mercadológico das estratégias de marketing (produto/serviço, preço, praça e promoção) e por outputs variáveis de desempenho/resposta em níveis de mindset do consumidor (brand equity, qualidade percebida, satisfação, lealdade atitudinal), comportamental do consumidor (aquisição, retenção, boca a boca, customer lifetime value, share of wallet), produto-mercado (vendas, participação de mercado, rentabilidade), contabilidade e financeira (custos, lucros, margens, alavancagem, retorno para o investidor). O tema de pesquisa ampara-se na fundamentação teórica da cadeia de produtividade e resultados de desempenho de marketing. Inclui estudos sobre conceitos, modelos e teorias acerca de relacionamentos entre empresas, clientes e outras partes envolvidas na entrega de valor e geração de desempenho. Por essas razões, se trata de um tema de pesquisa transversal, cujo principal objetivo é compreender o efeito e o retorno das atividades de mercado nas medidas de desempenho. Desse modo, o tema recebe trabalhos de diversas inspirações metodológicas, tais como pesquisas de levantamento (métodos amparados em survey), experimentais e de modelagem econométrica aplicada a dados de marketing e diversas técnicas analíticas para compreender o impacto resultante do marketing em níveis de firma, empresa (ou varejo), produto-marca ou consumidor. Finalmente, pode incluir também revisões sistemáticas de literatura (revisões bibliométricas ou estudos meta-analíticos) cujo objetivo é explicar os determinantes das variáveis de desempenho mercadológico em seus diferentes níveis.
Ricardo Teixeira Veiga: (Centro de Pós-Grad e Pesquisas em Admin – CEPEAD / UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais)
Agnaldo Keiti Higuchi: (PPAP / UFVJM)
CELSO AUGUSTO DE MATOS: (Universidade de Lisboa (ULisboa) / Instituto Superior Técnico (IST))
Esse tema é motivado pelo surgimento dos modelos de negócios baseados em serviço, viabilizados pelas novas tecnologias de comunicação e informação, novas regulações de mercado e novas formas de interação social. Nesse tema enfoca-se a evolução teórica e a revitalização metodológica da disciplina de marketing associada à evolução da lógica dominada por serviço (LDS) e dos serviços baseados em inteligência artificial (IA). Essa combinação promove uma ciência de serviço emergente baseada em sistemas de serviço, cuja inovação, marketing e gerenciamento lucram com essa nova estrutura teórica. O tema recebe pesquisas em LDS, englobando desde questões relacionadas à propostas de valor, processos de integração de recursos, lógicas institucionais vigentes, assim como estudos envolvendo aspectos relacionados à ciência de serviço, como a articulação entre as compreensões organizacionais e humanas e os novos ambientes de negócios. Assim, o tema inclui pesquisas relacionadas a serviço, como inovação, ecossistemas, tecnologia e gestão, serviços digitais, especialmente aplicações de inteligência artificial, cocriação e destruição de valor, serviços transformativos e outros assuntos correlatos.
Cid Goncalves Filho: (Programa de Doutorado e Mestrado em Administração/PDMA / FUMEC - Universidade FUMEC)
Paulo de Paula Baptista: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPAD / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná) - (Prog de Mestr Prof em Gestão de Cooperativas - PPGCOOP / PUCPR - Pontifícia Universidade Católica do Paraná)
Marcos Ferreira Santos: (Escuela Internacional de Ciencias Económicas y Administrativas / Universidad La Sabana)
Marcas representam um valioso ativo das organizações, muitas vezes se configurando com uma das principais fontes de vantagem competitivas a serem exploradas por seu potencial de agregar valor aos produtos e serviços, diferenciar as ofertas de marketing de concorrentes, fidelizar clientes e gerar resultados superiores para as organizações. O atual ambiente de aceleração tecnológica e virtualização das relações empresa-cliente, os desafios ambientais e sociais crescentes, o surgimento startups que desafiam os modelos de negócio tradicionais, o crescimento exponencial de tecnologias da informação e comunicação apontam para diferentes caminhos de pesquisa sobre as oportunidades e ameaças para a gestão das marcas.
Estudos sobre relacionamento consumidor-marca se destacam pela vasta publicação não apenas em periódicos qualificados na temática de marcas, mas também em top journals de escopo mais amplo da área de marketing ou especializados em comportamento do consumidor e comunicação. Eles são realizados a partir de diferentes abordagens que envolvem desde uma perspectiva mais racional utilitária em que os consumidores buscam maximizar a utilidade de suas relações com a marca até abordagens que discutem os vínculos simbólicos e emocionais que geram gratificação aos consumidores. Também os estudos sobre como a criação de significados está relacionada com a interação individual com a marca, dinâmica das comunidades de marca ou ainda em uma abordagem cultural para o fenômeno.
Neste sentido, o tema proposto agrega estudos sobre fenômenos relacionados aos seguintes subtemas: Brand equity baseado no cliente; Identidade, Posicionamento e Reputação de marca; Estratégias de branding e arquiteturas de marcas; Impactos do composto de marketing no brand equity; Comunicação integrada e Digital da marca; Responsabilidade social, ativismo e advocacia de marca; Perspectivas de estudo do relacionamento consumidor marca (e.g. autoconexão, comunidade, engajamento, amor e ódio a marca); Modelos e variáveis utilizadas na explicação e previsão dos relacionamentos consumidor-marca (e.g. personalidade, justiça, autenticidade, hipocrisia, valor,
Nelsio Rodrigues de Abreu: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / UFPB - Universidade Federal da Paraíba) - (Programa de Pós-Graduação em Gestão, Inovação e Consumo – PPGIC / UFPE - Universidade Federal de Pernambuco)
Marcelo de Rezende Pinto: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGA / PUC Minas - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)
Olga Maria Coutinho Pépece: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
O tema “Marketing e Sociedade” se situa no campo do macromarketing, campo que faz parte da perspectiva não-interativa-não-econômica das escolas do marketing, que surgiram a partir da década de 1960. Adeptos desse campo se dedicam a defender uma abordagem sistêmica para o marketing com vistas a melhorar as estratégias e as políticas para o bem-estar social. Nesse sentido, o tema tem como proposta principal debater os diversos aspectos relacionados aos efeitos do marketing sobre a sociedade, tendo como princípio norteador analisar tanto os aspectos positivos quanto as disfunções e problemas inerentes a essa relação. Assim, ganham destaque estudos que articulem ética em marketing, consumo consciente, consumo colaborativo, resistência ao consumo, consumismo, sustentabilidade em marketing, qualidade de vida subjetiva e bem-estar pessoal, externalidades positivas e/ou negativas das atividades de marketing e desafios e dilemas das relações de consumo e o mercado.
Pertencem ainda a esse tema os estudos que se baseiam na proposta da Transformative Consumer Research e Transformative Service Research, os quais propiciam a emergência de questões tais como fome, obesidade, política alimentar, cidadania e consumo, escravidão moderna, refugiados, caminhos desviantes do consumo, gênero e interseccionalidade, narrativas e estigmatização também são bem-vindas. No tocante às escolhas onto-epistemológicas, as diversas perspectivas e correntes, bem como trabalhos de cunho empírico e ensaístico são apropriados para o tema.
Eduardo André Teixeira Ayrosa: (Prog. de Pós-Grad. em Admin/Esc. de Ciências Sociais Aplicadas - PPGA/ECSA / UNIGRANRIO - Universidade do Grande Rio) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / UP - Universidade Positivo)
Marcus Wilcox Hemais: (Mestr e Dout em Admin de Empresas/IAG-A Esc de Negócios da PUC-Rio – IAG / PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro)
Ronan Torres Quintão: (Administração / IFSP) - (Prog de Pós-Grad em Admin - PPGA / CEFET-MG - Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais)
Cláudia Buhamra Abreu Romero: (Prog de Pós-Grad em Admin e Controlad – PPAC / UFC - Universidade Federal do Ceará)
Ramona de Luca: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
Mateus Ferreira: (PPG em Administração (PPGA) / Universidade Federal do Cariri (UFCA)) - (PPG em Administração (PPGA) / Universidade Estadual do Ceará (UECE))
O track recebe estudos teóricos e empíricos com foco em temas relacionados à gestão varejista e aos canais de marketing. Os trabalhos relacionados a Gestão do Varejo e de Canais de Marketing podem abordar diferentes formatos varejistas; definição de estratégias varejistas; vantagens competitivas no varejo; internacionalização varejista; varejo na base da pirâmide; desafios e vantagens das configurações de varejo multicanal e omnicanal; transformação digital no varejo; showrooming e seus impactos; formatos, estratégias e gestão de franquias; inovação e tecnologia e seus impactos no varejo; inteligência artificial, data science e privacidade de dados no contexto varejista; mobile shopping; e-tailing; experiência, engajamento e comportamento do consumidor no varejo; trade-offs do consumidor no contexto varejista; localização de loja física; ambientação de loja; marketing sensorial aplicado ao varejo; planejamento de sortimento e gestão de estoques no varejo; gerenciamento por categoria; preços dinâmicos, pacotes de preço e formação de preço no varejo; logística varejista; operação varejista; big data, métricas, CRM e sistemas de informação no varejo; gestão de marcas próprias; densidade espacial, densidade social e percepção de crowding no varejo; definição do nível de serviços ao cliente; design e layout de loja; visual merchandising; gestão de pessoas e de equipes de vendas no varejo; varejo sustentável; questões éticas, legais e de responsabilidade social corporativa. Também inclui pesquisas discutindo relacionamento entre varejistas e demais membros da cadeia de suprimento; gestão atacadista e novas configurações; papeis dos intermediários no canal de marketing; estruturas de poder nos canais de marketing; construção e manutenção de relacionamentos no canal de marketing; natureza, consequências, fontes e resolução de conflitos no canal; entre outros. O objetivo do tema é promover o debate crítico e o avanço científico sobre o futuro, as tendências e os desafios da Gestão do Varejo e de Canais de Marketing, integrando diferentes perspectivas teóricas e metodológicas de pesquisa.
Everaldo Marcelo Souza da Costa: (Mestr e Dout em Admin - PPAD / UNAMA - Universidade da Amazônia)
Paula Chimenti: (Instituto COPPEAD de Admin – COPPEAD / UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro)
O marketing digital e o comportamento do consumidor no mundo digital são questões centrais do marketing nos dias de hoje, tanto para a academia quando para empresas. Da mesma forma, a compreensão de como empresas e consumidores lidam com inovações, desenvolvendo-as ou decidindo adotá-las, ganha mais relevância conforme a velocidade com que tais inovações surgem na era da informação. Este tema contempla trabalhos que explorem o marketing digital em qualquer um de seus aspectos (comportamento do consumidor digital, redes sociais digitais, e-commerce, propaganda digital, mobile commerce, boca-a-boca eletrônico – eWOM, marketing via dispositivos móveis, realidade aumentada, marketing via ferramentas de busca, realidade virtual, games, métricas e dados digitais, big data, e-mail marketing, electronic marketplaces, marketing afiliado, marketing baseado em localização, blog marketing, influenciadores digitais, mundos virtuais 3D, plataformas digitais, ofertas digitais e novas regras de precificação em plataformas, entre outros), assim como trabalhos que tratem do desenvolvimento, difusão e adoção de inovações e novas tecnologias (teorias difusão, processo decisório de adoção, modelos de adoção e aceitação de tecnologias – TAM, UTAUT e outros, taxa de adoção, atributos de inovações, desenvolvimento de inovações, liderança de opinião, redes de difusão, agentes de mudança, consequências de inovações, entre outros). O tema está aberto tanto para estudos de marketing digital e inovação que tenham foco no comportamento do consumidor quanto para estudos com foco na perspectiva das empresas, explorando as dinâmicas de plataformas digitais.
Luciana Florêncio de Almeida: (Progr de Mestr Prof em Comportamento de Consumidor - MPCC / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing) - (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
MARCIA DUTRA DE BARCELLOS: (Prog de Pós-Grad em Admin/Esc de Admin – PPGA/EA / UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) - (Division of Agri-food marketing and chain management / Ghent University)
Os temas conectados ao agronegócio e alimentos têm atraído atenção contínua e consistente de pesquisadores do mundo todo, e após a ocorrência da Pandemia do COVID-19, o debate se ampliou em função da necessidade premente de manter as cadeias agroalimentares em funcionamento respeitando a tríade da saúde, sanidade, sustentabilidade. O tema contempla estudos, ensaios teóricos e pesquisas nos campos da estratégia, marketing e comportamento do consumidor que focalizem o agronegócio, a indústria e varejo de alimentos, bem como foodservice e turismo gastronômico. Abrange estudos relacionados a análise e proposições acerca das estratégias desenvolvidas por empresas e agentes públicos nas diversas cadeias de valor do agronegócio. Inclui também estudos que desvendam e discutem o comportamento do consumidor de alimentos e o impacto de suas decisões no desenvolvimento da indústria de alimentos, do varejo, do foodservice e do turismo gastronômico. O tema inclui estudos que discutem alimentação saudável, veganismo, segurança do alimento, sustentabilidade na produção de alimentos, rastreabilidade e autenticidade alimentar, além daqueles relacionados às comunidades online que discutem alimentação, veganismo e gastronomia.
Frederike Monika Budiner Mette:
Mateus Canniatti Ponchio: (Mestrado e Doutorado em Administração de Empresas - FGV/EAESP / FGV/EAESP - Fundação Getulio Vargas - Escola de Administração de Empresas de São Paulo)
A temática da economia comportamental questiona as hipóteses básicas da relação com o dinheiro, buscando compreender o processo de tomada de decisão individual e as decisões financeiras: como poupar, investir ou gastar? Neste sentido, estudam-se as principais heurísticas e vieses (regras práticas que orientam o julgamento e avaliação dos indivíduos) e sua influência nas decisões de consumo.
Nestes estudos, incluem-se fatores cognitivos, emocionais, sociais, econômicos e contextuais na tomada de decisão. É particularmente de interesse abordar aspectos que possam induzir indivíduos a situações de vulnerabilidade de consumo e vulnerabilidade financeira, bem como aqueles passíveis de promover aumento do bem-estar geral e financeiro do consumidor. Entender a dinâmica de acesso ao crédito e gerar insights para desenvolver estratégias que promovam o bem-estar financeiro da população é uma possível avenida para contribuições teóricas e gerenciais.
Nessa perspectiva, o tema proposto espera receber artigos que explorem diferentes contextos de consumo que investiguem o processo de tomada de decisões financeiras, considerando a influência de heurísticas e vieses, aspectos pessoais e de mercado. Entende-se, por ‘decisão financeira’, qualquer decisão individual que compreenda uma transação financeira, seja de consumo, poupança ou investimento. Possíveis tópicos incluem (mas não são restritos a):
Emerson Wagner Mainardes: (Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino) - (Mestrado em Contabilidade e Administração / FUCAPE - Fundação de Pesquisa e Ensino)
Lucilaine Pascuci: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo) - (Programa de Pós-Graduação em Gestao Publica / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Claudimar Pereira da Veiga: (Prog de MestrProf em Admin: Gestão Contemporânea das Organizações / FDC - Fundação Dom Cabral)
Este tema cobre estudos ligados ao marketing público, marketing para organizações sem fins lucrativos, marketing para o ensino superior e outras modalidades de ensino, green marketing, social marketing, marketing religioso, marketing para a saúde, marketing político, outros tipos de marketing ligados ao setor público e ao setor sem fins lucrativos; os assuntos de interesse envolvem qualidade de serviços, marketing mix nos setores público, educacional e não lucrativo, marca, co-criação de valor, estratégias de marketing, relacionamento, captação e retenção de doadores e voluntários, entre outros assuntos abordados sob a ótica pública, educacional e/ou do setor sem fins lucrativos. A temática do marketing público, marketing educacional e do marketing sem fins lucrativos vem ganhando espaço na literatura de marketing em virtude do crescimento de importância do marketing em setores não comerciais. Especialmente as organizações sociais e educacionais ampliam sua importância para a sociedade e, ao mesmo tempo, cresce a competição por recursos, como doadores e voluntários. Já o marketing público vem demonstrando relevância para mostrar à sociedade a efetividade das ações dos governos, cada vez mais cobrados pelos cidadãos. Desta forma, os pesquisadores podem contribuir com organizações públicas, educacionais e sem fins lucrativos, tendo em vista que, geralmente, a importação direta dos conhecimentos de marketing com fins lucrativos para os setores público, educacional e sem fins lucrativos tende a não ser adequada, exigindo a construção de conhecimentos de marketing específicos para os setores público, educacional e sem fins lucrativos. Assim sendo, este tema busca estimular o interesse dos pesquisadores brasileiros para investigar o marketing público, marketing educacional e o marketing sem fins lucrativos, bem como suas derivações (saúde, política, ecológico, entre outros).
Marcelo Moll Brandão: (Programa de Pós-Graduação em Administração – PPGAdm / UFES - Universidade Federal do Espírito Santo)
Giuliana Isabella: (Prog de Mestr Prof em Admin / Insper - Instituto de Ensino e Pesquisa)
A Comunicação de Marketing refere-se aos meios adotados pelas empresas para transmitir mensagens sobre suas marcas, seus produtos e seus serviços, direta ou indiretamente aos clientes, com a intenção de promover maior awareness da marca e engajar os consumidores no funil de conversão (conhecimento, interesse, desejo, intenção, avaliação e compra).
O tema Comunicação de Marketing abrigará trabalhos teóricos e empíricos acerca do uso – com foco nos anunciantes – e efeitos – com foco no consumidor - das ferramentas de comunicação de marketing utilizadas pelas empresas/marcas. Incluindo estudos sobre Publicidade, Promoção de Vendas, Eventos e Experiências (patrocínio), processos de endossamento, Relações Públicas, Marketing Direto, Marketing Interativo, Word-of-Mouth, entre outros, aceitando abordagens qualitativas, quantitativas e experimentais, em relação aos diversos canais de comunicação existentes, sejam estes offline (tv aberta, pay-tv, out-of-home etc.) ou online (WhatsApp, e-mail marketing, mídias sociais digitais, entre outros).
Sabe-se que a Comunicação de Marketing é uma ferramenta estratégica essencial para o desenvolvimento das organizações, contribuindo para que a empresa consiga potencializar sua comunicação com intuito de provocar maior impacto e se destacar em relação aos seus concorrentes. O tema ganha ainda mais relevância dado o atual contexto do uso de estratégicas de comunicação digital agregadas às tradicionais estratégias de comunicação offline.
Ana Paula Celso de Miranda: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPA / UEM - Universidade Estadual de Maringá)
Suzane Strehlau: (Programa de Pós-Graduação em Administração - PPGA / ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo - Associação Escola Superior de Propaganda e Marketing)
Este tema inclui estudos que articulem adoção e disseminação da moda e do luxo como manifestações estéticas do comportamento de consumo que buscam a compreensão da dinâmica do consumo tanto numa abordagem filosófica quanto mercadológica. O objetivo é analisar as relações de consumo de moda e luxo quer sejam estas entre pessoas, pessoas e objetos ou entre objetos, e o contexto no qual essas relações se dão enfatizando a compreensão das comunidades de consumo de moda em contextos como vestuário, beleza, influenciadores digitais, tatuagens, ativismo, marcas, luxo, produtos virtuais, ritos, coleções, comportamento desviante, diversidade, resistência, gênero, fetichismo, entre outros. Os estudos de estratégias de marcas de moda e luxo, como recursos de construção de significados entre marcas e sociedade contribuem com a teoria da moda como estudo do comportamento compartilhado por um grupo em uma mesma relação de tempo e espaço e com a compreensão do luxo como construção social não só do que é raro ou exclusivo, mas do que não é comum ou usual. Para tanto esse tema contempla artigos tecnológicos, estudos e/ou ensaios que busquem explorar moda, marcas ou produtos e serviços de luxo (extensão e alongamento, estratégias nacionais e globais, imitações e falsificações), pesquisa de tendências, expansão de mercado, redes sociais no contexto de luxo e moda, omnichannel e moda, inovação e desenvolvimento de produtos e coleções de moda, artificação do luxo, marketing digital e e-commerce no contexto da moda e do luxo, novos conceitos no varejo de moda e luxo, experiência no consumo de moda e luxo, usabilidade de sites de moda e luxo. Todas vertentes de métodos de pesquisa são incentivadas, sejam qualitativos ou quantitativos com abordagens tanto interpretativista quanto positivista.
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